Rodrigo Constantino's Blog, page 389

March 4, 2012

Os arruinados pelo êxito!

Doutor José Nazar *

Pessoas se matam, diariamente, das mais diversas maneiras. E isso não vai parar. É gente rica, é gente humilde, é gente famosa, é gente de todas as classes sociais. Para dizer a verdade, é gente que sofre os efeitos de angústias avassaladoras! E cada um carrega consigo uma verdade que, por si só, não explica as razões de uma tal desistência da vida.
O suicídio da musa Whitney Houston coloca-nos diante de uma questão: o sucesso pode matar?
Este doloroso acontecimento rememora o trágico horror de tantas outras mortes de artistas famosos como, por exemplo, Marylin Monroe, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Elis Regina, Cassia Eller, Amy Winehouse, etc..
Olhando de fora, quase sem nada compreender, pensamos tratar-se de uma simples banalização da morte. Mortes desnecessárias, esvaziadas de sentido, sem nenhuma razão de ser. Mas a causa está bem ali, no interior da vida íntima de cada um, que vivem uma luta incessante contra uma angústia de morte. Vidas partidas, vidas sofridas, vidas melancolizadas! O sucesso os leva a um confronto com fracasso com suas histórias de vida de seu passado. Mesmo fazendo tanto sucesso na vida artística, são sujeitos que não se acham merecedores de suas conquistas, não suportam mais tanto sucesso?
Inclusive, chega-se a imputar a causa destas mortes a um uso abusivo de drogas e álcool. Mas, não é desta maneira que devemos entender estas questões, que são provocadas pelos próprios sujeitos e que têm, como triste final, vidas interrompidas. As drogas e o álcool são fachadas, álibis, meios sancionados pelos próprios, para desencadear um desejo de morte, no intuito de acabar com tudo. Por isso mesmo pode-se afirmar que a reciproca é que é verdadeira, para se matar, droga-se, bebe-se. Chega, acabou, vamos colocar um ponto final nisto tudo, não aguentamos mais viver esta dor, chega de sofrer!
Em todo caso, uma pergunta que fica no ar: Por quê algumas pessoas famosas se matam justo quando se encontram no auge do sucesso em sua carreira profissional? Muitas outras não desistem da vida, conseguem, além de alcançar seu sucesso, administrá-lo muitíssimo bem. São pessoas que "têm" tudo para viver uma vida solene, de deuses, muita grana, sucesso para dar e vender, sem contar o calor mágico dos fãs que externam, de uma maneira exuberante, sua paixão delirante. Isso tudo não bastaria? Será que o problema estaria em como cada um lida com seus ideais? Sim!
Seria então o sucesso, para alguns, algo tão insuportável? Sabe-se que o sucesso tem um peso e que cada um irá lidar como pode, e não como deve. O sucesso é perigoso, sim, ele acirra as exigências internas do sujeito consigo mesmo, alimentando um sentimento inconsciente de culpa, fazendo viger um profundo estado de recriminação, insensata e cruel contra o próprio. E não se trata apenas da sua conquista, parece que o problema maior está em como mantê-lo de pé, vivo, sendo sustentado diante do público.
É Freud falando, sobre algo que se aplica a tantos e tantos personagens brilhantes que, no auge da sua carreira decide, impensadamente, acabar com a própria vida : "Parece ainda mais surpreendente, e na realidade atordoante, quando, na qualidade de médico, se faz a descoberta de que as pessoas ocasionalmente adoecem precisamente no momento em que um desejo profundamente enraizado e de há muito alimentado atinge a realização. Então, é como se elas não fossem capazes de tolerar sua felicidade, pois não pode haver dúvida de que existe uma ligação causal entre seu êxito e o fato de adoecerem".
De todo modo, temos que olhar os impasses da relação de cada um com seu desejo. O ser humano têm uma dificuldade nata de lidar com suas realizações: ele sofre um embate, ele quase sempre não quer aquilo que deseja. Eis aí sua depressão original, sua dificuldade de suportar a necessidade de insistir, cada vez mais, no caminho de seu desejo. Trata-se de uma análise no mínimo genial do mestre vienense, sobre os paradoxos que regem a mente humana: como posso adoecer ou, até mesmo, acabar com minha própria vida quando me aproximo de algo tão desejado? Isso vai depender da história de cada um, do desejo que habita a origem de sua vida.
Portanto, meus caros, parem, reflitam, e tomem essa afirmação, não como simples conhecimento estéril, mas como uma profunda reflexão, que possa produzir consequências cruciais nos desígnios de uma vida. Pergunte-se como você lida com seus valores, seus ideais, com o que recebeu de herança dos pais, dos avôs, das palavras que lhes transmitiram e o peso que elas carregam, que engraçaram a educação que seus pais lhe passaram. Os ideais, quando muito acirrados, podem deixar um sujeito sem saída!
Se todos desejamos o sucesso, porque que a sua conquista, pode vir a fazer tanto mal a alguém. Sim, o sucesso pode levar um sujeito a acabar com a própria vida. É isso mesmo, existem sujeitos que não suportam o sucesso, pois vivem o drama de um enlouquecimento existencial, que a própria razão lógica consciente, não consegue explicar.

* Escola Lacaniana de Psicanálise
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Published on March 04, 2012 06:37

Putin, O Eterno

Hoje, Putin deve se consagrar por mais alguns anos como líder russo. É verdade que há uma classe média com crescente indignação, mas nada tem sido capaz de abalar o enorme poder concentrado neste sujeito que, aos 32 anos, já era um figurão importante dentro da KGB (isso, por si só, já é suficiente para me dar calafrios sobre Putin).

Segue um artigo meu de 2006 explicando, com base nos argumentos de Richard Pipes, porque falta a cultura da liberdade e propriedade na Rússia. Eu escrevo: "Infelizmente para os russos, a propriedade privada nunca fincou suas raízes no solo da Rússia, cujo poder sempre esteve arbitrariamente concentrado no Estado".

Na Rússia, ao que parece, ocorreu aquilo que Lampedusa resumiu bem em seu clássico O Gattopardo: Tudo mudou, para que tudo pudesse continuar como antes. Pobres russos...
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Published on March 04, 2012 04:34

March 2, 2012

Ancine ou KGB?


"Nunca fomos contra a confecção de conteúdo nacional, mas somos contra a cota obrigatória, porque quem vai pagar essa conta é o consumidor. Na Ancine ninguém trabalha em TV, eles não sabem nada sobre isso e ainda querem decidir o que vamos fazer. Não temos medo de competição. Somos contra a interferência excessiva da Ancine. A agência deveria comprar logo parte das empresas, já que eles querem ma...ndar sem ser donos de nada. Ela age como um porteiro de boate, que decide quem entra, mas não diz o porquê." (Luiz Eduardo Baptista da Rocha, presidente da Sky, contra o projeto de lei que aumenta a intervenção da Ancine na TV por assinatura, criando cotas para conteúdo nacional. O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, pertence ao PCdoB. Precisa dizer quem está certo?)[image error]
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Published on March 02, 2012 06:50

SUS reprovado no teste


Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

"Eu acho que não está longe de a gente atingir a perfeição no tratamento de saúde neste país", disse, em abril de 2006, em um de seus arroubos verborrágicos típicos, o então presidente Lula. O escárnio com todos aqueles que são obrigados a atravessar verdadeiro calvário para obter tratamento no Sistema Único de Saúde foi tão grande, que gerou reação revoltada de muitos quando Lula descobriu ter câncer, e foi buscar tratamento em um dos melhores e mais caros hospitais privados do país. É quando a porca torce o rabo que vemos a máscara da hipocrisia vir abaixo.

Aquilo que todos já sabiam, ou seja, que o SUS está muito aquém do desejável, quiçá perto de alguma perfeição, foi agora comprovado por pesquisa feita pelo próprio governo. O Ministério da Saúde lançou ontem o Índice de Desempenho do SUS, e a avaliação feita por pesquisas com 24 indicadores apontou que somente 6,2% dos municípios têm serviço de boa qualidade (leia-se uma nota acima de 7, de 1 a 10). A nota média no país ficou em 5,47, ou seja, medíocre. O Rio ficou na rabeira, com as piores notas. Isso explica o viés dos cariocas, meu inclusive, ao apontar o SUS não como algo razoável, mas sim como uma grande porcaria.

O governo brasileiro não gasta pouco em termos relativos; muito pelo contrário. Nosso governo é obeso, gasta quase 40% do PIB. O problema é que gasta muito mal, em programas inúteis, assistencialismo populista, inchaço da máquina, sem falar dos infindáveis ralos de corrupção. Se o governo reduzisse substancialmente seu escopo de atuação, poderia taxar bem menos o "cidadão" (súdito parece um termo mais apropriado), além de focar em suas funções precípuas, como segurança e justiça. E poderia até sobrar para alguns investimentos básicos de infraestrutura, além de saúde e educação.

Neste quadro, que não chega a ser de um estado mínimo liberal, o governo, sem sombra de dúvidas, poderia oferecer um serviço bem melhor de saúde. O SUS teria foco mais limitado, porém nota infinitamente melhor. Atenderia às necessidades básicas da população, especialmente daqueles com maiores dificuldades financeiras. Ainda não seria nada perto da perfeição (esta não existe no mundo real), mas com certeza seria possível oferecer um mínimo de dignidade ao povo.

Agora, enquanto este governo torrar milhões do "contribuinte" para uma pasta totalmente inútil do ponto de vista da sociedade, como o Ministério da Pesca, que serve apenas como moeda de troca política, será difícil corrigir as enormes ineficiências das áreas realmente importantes.[image error]
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Published on March 02, 2012 05:46

Gastar é fácil, investir nem tanto

Rogério Furquim Werneck, O GLOBO

Em artigo publicado há quase cinco anos, o ex-ministro Antonio Palocci fez ponderações sobre entraves aos investimentos do PAC que, a cada dia, soam mais oportunas (O GLOBO, 16/9/2007). Arguiu que, no governo, o investimento costuma ser "a mais difícil das tarefas". E que, em vista das dificuldades envolvidas, não só na escolha dos projetos, como nas fases de planejamento, financiamento e execução, "os gastos correntes tendem a ganhar de goleada dos gastos com investimentos".

O que Palocci queria dizer era que, ao escolher que uso dar aos recursos fiscais adicionais propiciados, ano após ano, pelo crescimento da arrecadação, o governo vinha mostrando preferência inequívoca por aumento de dispêndio corrente. E que, mesmo quando a escolha recaía sobre o investimento, à medida que a execução dos projetos se atrasava, na esteira de incontáveis dificuldades, a sobra de recursos fiscais acabava por viabilizar expansão adicional de gastos correntes.

São ponderações que continuam a merecer atenção. Nos últimos anos, o governo não encontrou dificuldade para expandir em muito seus gastos correntes. Aumentar o investimento público, no entanto, continua sendo muito difícil. E não se trata apenas de evitar que a expansão tão fácil dos gastos correntes acabe por inviabilizar o aumento dos investimentos. Trata-se também, e principalmente, de conseguir fazer o investimento acontecer, quando o financiamento está plenamente garantido.

No ano passado, o governo não tinha qualquer intenção de conter seus gastos de investimento. Muito pelo contrário. Ainda assim, o que se constatou, afinal, foi que tais gastos permaneceram estagnados, em nível equivalente ao de 2010. Não por ter havido contingenciamento de verbas ou qualquer outra forma de restrição ao financiamento. Mas, simplesmente, porque, em ministérios infestados por esquemas de corrupção, o governo se viu obrigado a desmantelar as cadeias de comando que acionavam o investimento. E ainda não conseguiu remontá-las.

A remontagem promete ser bem mais complexa do que o governo antevia, como bem ilustram as dificuldades de reconstrução do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o emblemático Dnit. De acordo com seu novo diretor, o órgão teria de contar com o dobro dos funcionários com que agora conta, para que pudesse ter chance de desempenhar a contento o papel que dele se espera, na gestão dos programas de investimento público sob sua responsabilidade. Em vista dessas dificuldades, já há quem argua que talvez faça mais sentido reconstruir o Dnit em outras bases.

Além de corrupção escancarada, o atrofiado esforço de investimento que ainda subsiste no orçamento federal vem enfrentando os custos do problemático loteamento de cargos que vem sendo feito pelo governo, em nome de um presidencialismo de coalizão que parece já ter ido bem mais longe do que seria razoável. A mídia tem dado destaque à licença com que políticos agraciados com a gestão de determinados órgãos da administração pública interpretam os poderes de que foram investidos. Proliferam casos de gestores que se permitem concentrar a maior parte dos investimentos dos órgãos que administram em projetos de interesse exclusivo dos Estados de onde são oriundos.

A grande vantagem da presidente é que dela não se pode dizer que lhe falte reflexão prévia sobre esses problemas. Desde o primeiro mandato do presidente Lula, Dilma Rousseff está mobilizada com o desafio de assegurar que os programas de investimento público avancem conforme previsto. E foi exatamente isso que, na transição do governo anterior para o atual, assegurou tão alto grau de continuidade na gerência dos programas de investimento público. Prestes a completar sete anos de envolvimento diário com tais problemas, a presidente já não tem como alegar surpresa diante de qualquer dos desafios envolvidos na complexa gestão dos investimentos do governo. Não pode se dar ao luxo de apresentar mais um ano de desempenho medíocre nessa área.[image error]
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Published on March 02, 2012 04:58

March 1, 2012

They just don't get it at the Fed


Rodrigo Constantino

Em discurso hoje realizado em Connecticut, a governor do Federal Reserve Sarah Raskin defendeu a política extremamente acomodatícia do banco central americano para estimular a economia. No trecho abaixo, ela demonstra como funciona a "lógica" de um típico governor do Fed:

"This extended period of depressed levels of economic activity and low interest rates will continue to have important implications for household income flows. In particular, critics of the Federal Reserve's accommodative monetary policy are correct that the low level of interest rates represents a strain on households who rely on income from interest-bearing assets; indeed, the flow of interest income that households earn on their savings has declined about one-fourth since the recession began. However, I would also emphasize that many households are benefiting from the low level of interest rates, and some critics of the Federal Reserve's accommodative monetary policy seem to minimize this point. Purchases of motor vehicles and other household durables can be financed more cheaply, and in many cases, households have been able to refinance their mortgages into lower-rate loans, freeing up income for other uses."

Ou seja, ela reconhece que ALGUMAS pessoas claramente perdem com esta política inflacionária, mas argumenta que OUTRAS pessoas, por outro lado, ganham. E depois acusa os críticos do Fed de minimizarem este outro lado. Não! Nós, críticos do "afrouxamento monetário" do Fed, não ignoramos este efeito positivo. Nós apontamos justamente que a política inflacionária é uma deliberada medida de TRANSFERÊNCIA DE RIQUEZA. Disfarçada e legalizada, ao contrário da um falsificador de moeda. Mas ainda assim, pura transferência de riqueza.

Sendo mais específico ainda, e como fica evidente no próprio exemplo usado por Riskin, os poupadores prudentes são obrigados a transferir riqueza para os gastadores alavancados. Apelando para a fábula de La Fontaine, o inverno chegou, mas agora as formigas são forçadas a sustentar as cigarras. Você não quis participar da farra de crédito fácil? Você poupou dinheiro em vez de se alavancar para trocar de casa e carro? Problema é seu! Quem mandou ser otário? Agora terá que obter retorno nulo nominal, e negativo real (após a inflação), para deixar de ser besta!

Afinal, a cigarra endividada precisa rolar as dívidas e agora ficou mais barato trocar de carro ou se refinanciar no imóvel. É o recado aberto que a governor do Fed dá, sem vergonha na cara. Alguns ganham, mas outros perdem. Logo, não critiquem tanto o Fed. Ele está "apenas" transferindo renda. Dos poupadores para os gastadores. E, como keynesianos só focam em demanda agregada, colocando a carroça na frente dos burros, é essa gastança que faz a economia girar, e os produtores investirem. Assim reza a lenda, ao menos. O rabo balança o cachorro.

Mais crédito fácil e mais inflação vão fazer os gastadores gastarem mais, e isso é que gera empregos e riqueza. Os poupadores não devem reclamar do retorno negativo por sua prudência. A eutanásia dos poupadores é necessária para salvar os devedores! Viva o Fed, há quase um século destruindo o valor de compra da moeda americana. E produzindo bolhas locais e mundo afora.[image error]
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Published on March 01, 2012 12:37

Ancine


Este blog é totalmente contra o projeto de lei que pretende aumentar o controle estatal sobre o conteúdo da TV Paga. Façamos parte da campanha contra esta intervenção indevida e absurda![image error]
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Published on March 01, 2012 05:47

Why the 'risk-on' rally will not last

By Richard Bernstein, Financial Times

The recent rally in global markets has been led by what most investors are now calling "risk-on" assets. Their counterparts, risk-off assets, have lagged. We question the longevity of this risk-on trade. Indeed, we believe that the secular investment theme remains risk-off.

Investors use the hackneyed term risk-on to refer to assets that have tended to outperform when investors are bullish. Commodities, real estate and emerging markets would be prime examples. Risk-off assets are perceived haven assets such as US Treasuries, German Bunds, the US dollar and even US stocks.

Yet few investors seem to understand the implied economic forecasts of the risk-on/risk-off trades. Our research shows that risk-on assets' outperformance during the 2000s was directly related to the inflation of the global credit bubble. The most popular investments during the decade were all credit-related investments. When one buys risk-on assets, therefore, one assumes that the deflation of the global credit bubble will subside and that credit will again expand. The implied forecast of a risk-off trade is the exact opposite, ie, that the credit bubble will continue to deflate.

During 2009-10, it was widely thought that the deflating credit bubble was solely a US problem, and that economies in the remainder of the world were still healthy. Consensus at the time was that the US was de-basing the dollar, and the euro would soon be an alternative reserve currency. In 2011, investors fully realised that there were credit problems in Europe too, and talk of the euro becoming a reserve currency ended.

Despite 2011's dismal emerging markets equity performance, investors continue to believe that the emerging markets are largely immune to the developed world's credit hangover. But cycles often begin in the US, travel to Europe and then end up in the emerging markets. This cycle will likely follow that historical precedent. The emerging markets' difficult tugs-of-war between inflation and growth indicate that the emerging markets, rather than decoupling from the developed world, were perhaps the biggest beneficiaries of the global credit bubble.

If risk-on assets are credit-related assets, then it follows they should outperform when credit is expected to expand, and underperform when credit is expected to contract. Accordingly, we expect risk-on assets' outperformance to be periodic when policymakers attempt to reinflate the global credit bubble. Risk-on assets outperformed subsequent to the Federal Reserve's attempts to stymie US financial sector consolidation, and they have been outperforming more recently as the European Central Bank made moves to thwart European bank consolidation.

The question is whether policymakers can fully alleviate the effects of a deflating global credit bubble. Longer-term investors should be sceptical.

Bubbles create overcapacity within an economy. For example, towns were formed during the California gold rush in the 1800s as the population of California swelled with hopeful prospectors. These became ghost towns once the gold bubble subsided and people moved elsewhere to find more productive work.

During credit bubbles, overcapacity builds on bank balance sheets. When credit bubbles deflate, bloated bank balance sheets are no longer a productive use of assets, and they inevitably contract. The only uncertainties are the means and the speed of balance sheet contraction. Economic history shows that the faster bubble-produced overcapacity is reduced, the quicker economies rebound. Economists, therefore, generally prefer speed in capacity rationalisation because they want assets to be used more efficiently. Politicians abhor such speed because it often means job losses and weak voter confidence.

The performance see-saw between risk-on and risk-off assets reflects this fight between economic and political realities. When policymakers take actions to attempt to counteract the economic reality that bank balance sheets must contract (as the ECB has recently done), then risk-on assets outperform.

But economic history is also full of stark reminders that bubbles cannot be reinflated despite best attempts of politicians to soften the blows of consolidation and deflation. When these economic realities prove more powerful than policy, the risk-off trade outperforms.

Could the secular investment theme for the 2010s indeed be risk-on? We doubt it. Risk-on assets' performance during the 2000s was propelled by credit. The global economy is now on the downside of a credit bubble, the full effect of which has yet to be felt in places such as emerging markets. The history of financial bubbles and their subsequent deflation seem to favour the secular underperformance of risk-on assets.

Risk-off assets will likely be the secular investment theme of the 2010s. US-based assets (both stocks and bonds) continue as our favourites. In fact, this significant secular shift is already under way. Despite the recent attention-grabbing rally in risk-on assets, the S&P 500 has outperformed Bric equities for more than four years.

Richard Bernstein is chief executive officer and chief investment officer of Richard Bernstein Advisors [image error]
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Published on March 01, 2012 04:53

February 29, 2012

Corecon: a privataria dos conselhos regionais

Vídeo onde desabafo sobre o absurdo de ter que pagar mais de R$ 300 por ano para sustentar o Corecon, Conselho Regional de Economia, que serve apenas para fazer proselitismo escancarado.[image error]
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Published on February 29, 2012 16:08

Correa não bate no lombo dos equatorianos

Mario Guerreiro *

Como sabemos, na América do Sul candidatos costumam ser eleitos mediante um processo de tentativas e erros na esperança de um dia acertar.
Neste processo, de vez em quando, como candidatos de má aparência são eleitos e mostram-se decepcionantes, a sabedoria popular elege chicos muy guapos só para ver no que dá.
No passado, assim foram eleitos Alan Garcia no Peru e Fernando Collor no Brasil. E no presente, assim foi eleito Rafael Correa Dura no Equador.
No entanto, após eleitos, esses príncipes de contos-de-fada transformam-se em repelentes sapos.
Mas não podemos dizer que o povo não aprende com seus erros. Na próxima eleição, eles certamente votarão num asqueroso batráquio tendo a esperança de que ele se transforme num belo príncipe.
Como dizem os mais velhos e mais sábios: "Quem vê cara não vê coração". "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento".
Desde que foi eleito graças a um desvairado populismo - páreo duro para Lulinha-Paz-e-Amor, Primevo Inmorales e Evita III – Correa Dura tem enfrentado duras críticas da mídia equatoriana.
Ele só recebe rasgados elogios de seu guru, Hugorila Chávez, El Coma Andante de Caracos, por ser um fiel seguidor do socialismo bolivariano, que é el socialismo del siglo veinteuno. Pátria o muerte, venceremos!
Nos últimos tempos, as críticas feitas pela mídia equatoriana têm se tornado insuportáveis para Correa Dura.
Dois autores escreveram um livro intitulado El Grande Hermano, mas não era sobre o Big Brother de George Orwell nem sobre o Big Brother Brasil (BBB) da TV Globo, sob o empolgante comando de Pedro Bial.
Tratava-se do irmão de Correa Dura, que se tornou grande graças ao enriquecimento ilícito, embora não tivesse se transformado de funcionário do Jardim Zoológico em rico fazendeiro criador de gado Nelore, como o filho de um governante de um país da América do Sul...
[Fiz uma boa carapuça, quem quiser que a ponha].
Esses autores ousados e indiscretos foram condenados pela Justiça equatoriana a pagar uma indenização de US$ 2.000.000 (dois milhões de dólares)!!!
Como se vê, denunciar Correa Dura, ainda que com base em fortes suspeitas, custa muito caro.
E é escusado dizer que "o bolso é o órgão mais sensível do homem", como dizia J.M. Keynes.
Contudo, se aplicarmos aqui a análise das desvantagens comparativas, veremos facilmente que não foi tão caro assim...
Três diretores e um editor do jornal El Universo, por publicarem um artigo virulento em que chamavam Correa Dura de "ditador" foram condenados pela Justiça a três anos de prisão e uma multa de US$ 40.000.000 (Quarenta milhões de dólares)!!!
Se o referido jornal tivesse que pagar uma multa tão salgada, este seria o fim de El Universo, de acordo com a segunda lei da termodinâmica.
Mas, apesar da mão pesada da Justiça equatoriana, o Presidente tem um corpo de Rambo, mas um coração de Madre Teresa de Calcutá...
Num programa em rede nacional de TV, concedeu anistia a todos esses delinqüentes condenados por injúrias.
Mas não sem proferir uma sentença profunda e retumbante: "Há perdão, mas não há esquecimento!"
Desde criança que Rafaelito já mostrava sua grande vocação para a política. Com esse gesto magnânimo, ele deu dois recados:
Para o público externo, mostrou que a verdadeira Justiça equatoriana era a dele, liberal e tolerante, aceitando críticas e respeitando a liberdade de expressão.
Mas para o público interno é como se tivesse dito: "Desta vez, passa. Mas da próxima vez , passo. Passo o ferro nos meus contestadores!
Conclusão anticlimática: toda a esperança de liberdade de expressão e democracia na América do Sul está no Chile.

* Filósofo[image error]
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Published on February 29, 2012 12:54

Rodrigo Constantino's Blog

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
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