Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 93

October 28, 2013

fotos da escravidão no brasil


 


O Museu de Arte Contemporânea da USP e o Instituto Moreira Salles abrem hoje exposição EMANCIPAÇÃO, INCLUSÃO E EXCLUSÃO.


São fotografias de Marc Ferrez, Victor Frond e George Leuzinger, entre outros, com curadoria de Lili Schwarcz, Maria Helena Machado e Sergio Burgi que tratam de um tema, A ESCRAVIDÃO.


Programa fundamental para se ver um dos podres da nossa história, se não o maior, que tem consequências na nossa formação e reverbera ainda hoje.


Ao todo, 72 fotos, inclusive originais de época, feitas de negros livres, escravizados ou libertos, no Brasil.


São de fotógrafos estrangeiros que registrava os trópicos, a natureza e o homem com grandes câmeras sobre tripés, que lembram pinturas de cavalete.


A grande contradição do Império brasileiro, a escravidão, foi abordada por autônomos ou apoiados pela Coroa.


Particularmente entre 1870 e 1880 proliferaram as fotos de escravos. Incluem-se os trabalhos nas fazendas de café realizadas tanto por Victor Frond nos anos de 1859 e 1860, como por George Leuzinger por volta de 1860, e Marc Ferrez na década de 1880.


São representações naturalizadas da escravidão.


Nas cidades, os fotógrafos encontraram motivos e características de uma escravidão urbana, caracterizada pelos trabalhos de rua, como as de carregadores, vendeiras e barbeiros, libertos ou cativos.


Novamente, “o espetáculo de uma escravidão pacífica e sem contestação. No entanto, essas fotos urbanas denunciam igualmente precariedade, indisciplina e certa ausência de controle do trabalho escravo nas cidades”, analisa os organizadores da exposição.


 


Abertura: 28 de outubro de 2013, às 18h30


Exposição até 29 de novembro de 2013


MAC Cidade Universitária


Rua da Praça do Relógio, 160


Cidade Universitária


São Paulo – SP


Tel.: 11 3091.3039


 


De terça a domingo das 10 às 18 horas


Fechado às segundas-feiras


Entrada franca – Classificação livre

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Published on October 28, 2013 11:48

October 24, 2013

amor de bêbado


 


Este é mais um caso verídico e aconteceu com um amigo jornalista.


Noite de verão.


RR, que já estava bem alto de cerveja, bebia agora vodca com os colegas de trabalho, eu inclusive, num botequim da Vila Madalena.


O de sempre.


Chegou um amigo do amigo com duas jovens curiosas: “Elas querem conhecer o Love Story. Quem se atreve?”.


Todos toparam festivamente. Eu inclusive. Verão!


Love Story fica melhor se for um programa não planejado. O que vale é ir em turma. Ainda mais com amigas de amigos que nunca foram.


Pagamos a conta e zarpamos para o Centro.


LS ainda vazio.


Ocupamos a primeira mesa.


As meninas no sofá, os marujos em volta.


Logo, um balde com garrafas de cerveja ficou no centro de gravidade. E ninguém se afastava dele.


Elas, ligeiramente assustadas.


Procurávamos mostrar as normas da casa de todas as casas, transmitir segurança, indicar os canos a serem abraçados e explorados. As meninas travaram. Surpreendentemente, decidiram ir embora.


Elas. Só elas. Porque, irritados, ficamos. Uma rebelião. Despediram-se com aquele ar melancólico.


Claro que imediatamente as garotas de programa passaram a girar em trono daquele grupo de agora apenas marmanjos e já bem alterados pela bebida, música e visão de moças de fino trato girando.


Surgiu como que do nada uma garota alta, loira, serelepe, de minissaia, tranças no cabelo, que dançava sem parar.


Naquele universo, era a mais gata, a mais animada.


E, pelo visto, a fim de trabalhar, pois jogou tranças e rebolados.


RR tomou a iniciativa e se inclinou até seu ouvido. Quanto e o quê?


Era uma garota de R$ 400, chegava a R$ 300 com insistência, mas ali já se falava em R$ 200 devido ao horário, e ela topou R$ 150, porque RR estava pra lá de bêbado, o mais de todos, e daria pouco trabalho.


Foram para um hotel que ela indicou.


Ele deitou na cama, viu tudo girar e pediu apenas para ela fazer um strip.


Não se lembra do resto.


Se lembra de falar em seu ouvido: “Eu te amo. Você me ama? Você se casa comigo? Foge comigo…”


E se lembra das respostas: “Sim. Também te amo. Caso-me com você. Fujo com você…”


Ele não sabe como, mas acordou no seu carro.


Ao checar seus pertences, percebeu a ausência da carteira de habilitação.


Uma reminiscência rápida: ele a deixou no lobby do hotel. Norma da casa. Mas de qual hotel?


Desceu do carro.


Olhou ao redor.


Havia dezenas por ali.


RR foi de um em um. Em todos eles, mostraram-lhe pilhas de carteiras de habilitação. De outros bebuns.


RR não encontrou a sua.


E foi à noite de táxi pra Vila Madalena.


Beber não para se esquecer.


Beber sem saber se amou.

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Published on October 24, 2013 07:37

October 22, 2013

nasi e edgar juntos de novo


 


Talvez hoje seja o dia do recomeço.


Enfim um show com NASI e EDGAR SCANDURRA, da banda IRA!, um dos pilares do rock brasileiro dos anos 1980.


Paulistana na veia, com direito a um estiloso sotaque do subúrbio, IRA! era a resposta paulistana, com os Titãs, ao novo rock que surgia de fora pra dentro num acomodado [mas competitivo] mercado fonográfico.


Que passou a apostar todas as fichas em bandas que lotavam inferninhos roqueiros que não se viam representados pela MPB dominante.


Os 2 sdobem juntos no show beneficente para escola NANE (Novo Ângulo, Novo Esquema), escola regular  que atende crianças e jovens com dificuldade de aprendizado, no Espaço Traffô.


RUA GOMES DE CARVALHO, 560, VILA OLIMPIA


TEL 3045-4524


A banda, que começou no Colégio Basílio Machado, teve um baque em 2007, depois de uma briga entre Nasi e seu irmão, o empresário Airton Valadão.


Ele deu impulso a uma carreira solo, lançou dois discos Onde os Anjos Não Ousam Pisar, de 2006 e Vivo na Cena, que foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro em 2010.


E Edgard lançou seu DVD Ao Vivo, é guitarrista da cantora pernambucana Karina Buhr e de Arnaldo Antunes, retomou a banda Smack – outra banda que fez parte no início dos anos 80, além dos projetos Les Provocateurs, Pequeno Cidadão e participa de shows da banda Cidadão Instigado.


No ano passado, Nasi e Valadão anunciaram a reconciliação depois de 5 cinco anos de brigas públicas e judiciais.


Chance de rever a banda e dançar juntos Pobre Paulista, Gritos na Multidão, Longe de Tudo, Mudança de Comportamento, Núcleo Base, Tolices, Envelheço na Cidade, Flores em Você, clássicos como Nasci em 62.


E de torcer para que a volta seja definitiva.


 



 


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E olha quem toca hoje.


Outro ícone.


Que dia…


 


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Published on October 22, 2013 06:57

October 21, 2013

keith richard para presidente

Nem segunda ou terceira.


A via torta: Keith para presidente!


 



 


Está em cartaz na HBO o documentário CROSSFIRE HURRICANE, ou Rolling Stone 50th, de Breet Morgen.


Que traça os 50 anos da maior banda de rock.


Narrado pelos membros e ex-membros da PRÓPRIA, como Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts, Ron Wood.


Produzido por eles.


É o doc autorizado.


Que os mostra na intimidade, cheirando, fumando, viajando de ácido, assediando garotas, nus, blasès, inseguros.


Nada a esconder.


Exemplo que deveria ser seguido.


 



 


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Assistência técnica de primeira.


Trabalha-se com todos sistemas operacionais. E mais alguns.


Isso sim é start-up.


 



 


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Os Beagles estão livres. Mas suas biografias, não.


O Instituto Royal adverte que biografia dos Beagles libertos precisa da autorização.


Dele.


 



Biografia autorizada é como comida de hospital. Sem tempero, não tem gosto.


Uma frase não sai da minha cabeça: muita pretensão dos que temem pela privacidade individual banir a livre expressão de todos.


Defende meu amigo Rui Mendes: “Deveriam proibir as biografias autorizadas.”


Se o Judiciário é lento para julgar casos de difamação, se as indenizações são simbólicas, condena-se o princípio da Liberdade de Expressão?


Então porque a Justiça é demorada, vamos proibir os livros?


Vamos proibir os carros também. Pois a mesma Justiça é lenta para julgar os crimes de trânsito.

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Published on October 21, 2013 07:13

October 18, 2013

beck blocs

Polícia Federal apreende grande quantidade de blocos de becks.


Ou beques.


 



 


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Falando nisso, olha o que abre na segunda.


CAZUZA MOSTRA A SUA CARA, no Museu de Língua Portuguesa


Bela homenagem…


 


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Published on October 18, 2013 12:38

October 17, 2013

quando a tv brasileira mudou

Nos anos 1980, dois grupos mudaram a TV brasileira.


Ambos tinham uma câmera de vídeo profissional, algo impensável num país de economia fechada.


Um liderado por Tadeu Jungle, estudante da ECA -USP, a TVDO, mais Walter Silveira, na Praça Benedito Calixto, Pinheiros.


Outro por Fernando Meirelles, estudante da FAU-USP, a produtora Olhar Eletrônico, com Marcelo Machado, Marcelo Tas, Toniko Melo e outros, na Pedroso de Moraes, Alto de Pinheiros.


TV que mamou durante décadas nas tetas de um mercado conservador, vítima da censura e, pior, aliada à Ditadura.


A intenção era renovar a TV brasileira e afirmar o vídeo como uma linguagem descasada do cinema.


Sem contar que o Brasil mudava de fora para dentro: renascimento dos movimentos sociais e Diretas Já implodiriam o regime naqueles anos.


O Olhar encontrou no alternativo/pop apresentador Goulard de Andrade um padrinho. E na TV Gazeta, a antena de que precisava.


Jungle se aliou ao Teatro Oficina e TV Cultura.


Apresentou o programa mais importante da TV na época, que lançou as bandas do movimento Rock BR, como Titãs, e fomentou um novo teatro, inspirado em Asdrúbal Trouxe o Trombone.


Na semana em que cinema é a estrela de São Paulo [hoje é a abertura da Mostra Internacional], fala-se de TV no Sesc Pompeia.


 



 


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E tem CABARÉ hoje.


Aliás, CABARETAS?


Não! CABARETERAS.


Com minhas musas…


Elas não são demais?!


 



 


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E tem amigo cineasta estreando como diretor de teatro.


MURILO PASTA, meu colega de ECA -USP, autor do filme CARMO, agora se confronta com a contaminação do vírus do teatro.


Em grande estilo.


 


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Published on October 17, 2013 07:29

October 16, 2013

ideias que melhoram o mundo


 


Carro a ar?


Sim, é ideia da indiana Tata. O Airpod é movido a ar comprimido.


O carro chega a 80 km/h e tem autonomia de 200 km .


Um tanque guarda 175 litros de ar comprimido que pode ser preenchido em casa ou postos especiais.


Preço? Em torno de 7 mil euros [R$ 21 mil].


 


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Molecada no recreio pode gerar eletricidade.


 



 


Numa escola de Gana, África, um gira gira da Fast Company gera 150 watz/hora com a brincadeira.


Energia armazenada em baterias que iluminam, depois, a própria escola.


O Employer Play custa, com instalação, uns 10 mil dólares [R$ 22 mil].


 



 


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A Universidade de Oxford desenvolve uma tinta que, aplicada num vidro, gera energia através da captação solar.


Vem em qualquer cor.


É mais do que embrulhar um prédio em células fotovoltaicas.


É uma usina de energia instalada. E custa 10% a mais do que um vidro comum.


 


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Published on October 16, 2013 08:44

October 15, 2013

enganos que alguns cometem

Será que foi de propósito?


 



 


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Você viu este filme,  OBSESSÃO?


Sei não…


Meio afetado.


Todos parecem só pensar num a coisa: no anterior, PRECIOSA, o cara proporcionou Oscar de atriz coadjuvante em 2010, vou então mostrar meu talento.


A trama é sensacional.


Mas LEE DANIELS não é SCORSESE


 


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Hoje à noite meu amigo CADÃO VOLPATO recebe.


Eu vou.


CADÃO é chique demais…


 


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Published on October 15, 2013 08:50

October 12, 2013

kubrick é eterno


 


Muita gente para ver a exposição de Stanley Kubrick, que abriu quinta no MIS em SP.


Muita gente, muito hipster, nerd, cineasta, cinéfilo, curioso, muito fã que aprendeu a gostar dos filmes do cineasta mais completo de todos e que nem tinha nascido quando a maioria dos seus filmes foi lançada.


Fila que dobrava quarteirão.


Kubrick é pop, é eterno, é inigualável, atual e, ainda bem, descobre-se, um perfeccionista- obsessivo que escrevia e rescrevia, rescrevia e escrevia, que demorava em média 3 anos para elaborar o roteiro de seu próximo projeto.


 



 


Exposição está imperdível.


Na primeira sala, descobrimos por que Kubrick era aficionado por lentes.


 



 


Antes de completar 20 anos, trabalhou como fotógrafo entre 1945 em 1950 para as revistas Life e  Look –  tinha um um pai que o incentivava desde pequeno.


Entendia de ótica como poucos, levou para O CINEMA truques da FOTOGRAFIA, e se diferenciou de muitos cineastas por isso.


Encomendava-as para cada cena, cada propósito. Inventava, como a enorme que capta luz de velas em BARRY LYNDON.


E tinha um equipe própria para limpá-las.


Espalhada por 16 salas, vê-se muitos objetos de cenas, roteiros com comentários.


 




 


Cada filme ganha um espaço temático.


Lá está a trincheira de GLÓRIA FEITA DE SANGUE. O público se sente num plano sequência, dos muitos que marcaram a obra dele.


 



 


Fotogramas de LOLITA


Dr. Fantástico.


O clima da nave de 2001.


 



 


O leite bar KOROVA, de LARANJA MECÂNICA, em que se bebia um leitinho batizado daqueles.


Com objetos de cena que deixariam os censores do FACEBOOK em alerta.







Um claustrofóbico corredor do hotel de ILUMINADO, em que, atrás de cada porta, revela-se uma surpresa. Primeiro grande filme a usar steadycam e criar um clima de terror psicológico que se banalizou hoje em dia.







Lá estão os figurinos de BARRY LYNDON e DE OLHOS BEM FECHADOS.

ATÉ UMA SALA COM ESBOÇOS DO SEU PROJETO QUE NUNCA SAIU DO PAPEL, NAPOLEÃO.


Programaço.


Para, lógico, correr para casa e rever algum dos seus filmes.


Ou lá mesmo, no MIS.


Porém, cuidado.


O que revi em casa foi justamente O ILUMINADO. Ao lado da mulher grávida.


A história de dois zeladores que, presos por 5 meses num hotel com a família, mata a machadadas os filhos e as digníssimas esposas.


A minha perguntou qual a moral da obra.


Não tive dúvidas: a decadência do formato do casamento como instituição.


Claro que ela achou que eu estava falando de nós.


Não.


Filme feito no começo da revolução sexual questiona a capacidade de uma tradicional família sobreviver como célula independente e por si mesma.


Aconselho a rever outro filme.


Evita-se terminar a noite em clima de tensão.

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Published on October 12, 2013 20:22

October 11, 2013

autobiografia não autorizada

FELIZ ANO VELHO é uma autobiografia não autorizada.


Proibirei a sua publicação.


Meu inconsciente me denegriu do começo ao fim.


Desfez mistérios e segredos que meu consciente escondeu por anos.


Lei que enquadrem o inconsciente!


Sem contar as capas horrorosas de que fui vítima.


 




 



 


 

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Published on October 11, 2013 17:33

Marcelo Rubens Paiva's Blog

Marcelo Rubens Paiva
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