Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 90

December 23, 2013

um amor que não acabou


 


A escritora Margarita Robayo escreveu sobre seus romances com homens mais velhos: “São como qualquer namorado, só que mais felizes.”


Oona escreveu sobre o marido 36 anos mais velho: “Gargalhar é um dos maiores presentes que Charlie me deu. Minha infância não foi nada feliz. Ele é meu mundo.”


Uma das histórias de amor que derrubam os prognósticos fatalistas e das mais lindas que existiram foi protagonizada por uma das mulheres mais lindas que já existiu, Oona O’Neill, Lady Chaplin, a senhora Charlie Chaplin, filha do maior dramaturgo americano, Eugene O’Neill (Longa Jornada Noite Adentro), Nobel de Literatura de 1936, que a abandonou quando ela tinha 4 anos de idade com a mãe, a escritora Agnes Boultyon, e um irmão mais velho que se matou.


 



 


Oona se mudou na adolescência para Nova York.


Circulava nos anos 1940 com uniforme da Brearley School (saia plissada xadreza, meia soquete e sapatinho Oxford). Aparecia depois da lição de casa nos bares da boemia intelectualizada com Truman Capote.


Era a musa do Stork Club, do tipo em que “pessoas comuns olham celebridades olhando no espelho”.


Era fotografada e paparicada como uma celebridade. Ou melhor, filha de uma.


Se o pai, que nasceu num pulgueiro da Broadway e se tornou um anarquista radical e bebum, era avesso a badalações, a filha gostava do holofote.


A psicanálise de coluna de jornal diria que, sufocada por um complexo de rejeição edipiano, queria chamar a atenção do pai que curava uma ressaca tomando outro porre.


Era dos rostos mais perfeitos em 56 quilos e 1m62 de altura.


Viajou pela Califórnia com o casal de amigos Carol Marcus e William Saroyan (de A Comédia Humana). Foram vistos nus pelas praias de San Francisco. Para aonde o pai tinha se mudado.


Já tinha namorado o cartunista da New Yorker, Peter Arno, e o cineasta Orson Welles, quando conheceu aos 16 anos J. D. Salinger.


Salinger encaixava. Era mais velho (25 anos de idade), baladeiro, escritor como o pai (conhecido pelo circuito de revistas literárias) e rico, que entendia como poucos de problemas da adolescência e o sentimento de se sentir à parte. Mas Salinger queria atenção, Oona, chamar a atenção.


Estourou a Segunda Guerra. Salinger, judeu, se sentiu na obrigação de combater Hitler e se alistou.


No versão de 1942, Oona foi eleita a Debutante do Ano. Sua foto rodou o país. A repercussão foi tamanha que, pela primeira vez, recebeu uma carta do pai. Eugene não buscava a reconciliação, criticava a sua exposição.


Salinger foi para academia militar. Trocaram longas cartas, algumas com mais de dez páginas. Ele mostrava para os colegas de farda fotos de Oona modelo e se vangloriava: “Essa é minha garota. Me casaria com ela amanhã, se topasse.”


Ela fez dois pequenos papeis em peças de teatro, até a mãe a matricular numa escola de artes dramáticas de Hollywood. Orson Welles a ciceroneava. Sua reputação já era conhecida sob o sol da Califórnia. Reclamou com a agente que todos que a entrevistavam queriam ir pra cama com ela. Até a agente descobrir que Chaplin precisava de uma jovem para um papel. Mandou Oona. Chaplin, com 54 anos, não a escalou. Mas escreveu na sua biografia que foi amor à primeira-vista.


 



 


Ela se encantou pelos olhos azuis do “velhote”. Parou de responder as cartas de Salinger sem explicação.


Ironia: virou garota propaganda de uma linha de cosméticos cujo slogan era “fique linda para seu garoto soldado“, enquanto o seu soldado não tão garoto partia para guerra.


Oona se casou com Chaplin em 16 de junho de 1943, um mês e dois dias depois de completar 18 anos. Nunca mais atuou.


Chaplin escreveu: “No começo fiquei com medo da diferença de idade, mas Oona não ligava.” Eugene a deserdou e não permitiu que falassem dela.


Salinger soube do noivado pelos jornais e fez o que mais sabia fazer, escreveu longas e sarcásticas cartas. Na biblioteca da Universidade do Texas, pesquisadores têm acesso à pilha de cartas desaforadas que escreveu. Escrevia e desenhava Chaplin como um velho desagradável.


Salinger desembarcou no Dia D na Normandia. Viu o horror no front.


Apesar do “escândalo”, Oona e Charlie viveram inseparáveis por 35 anos em Beverly Hills e, depois, no exílio na Europa. Tiveram oito filhos. Geraldine é a mais velha. Ficaram juntos até ele morrer.


 



 


Ela morreu alcoólica e reclusa em 1991, 14 anos depois do grande amor, de pancreatite aguda. Sempre se recusou a falar de Salinger. Está enterrada na Suíça ao lado de Chaplin. Seu quinto filho se chama Eugene (engenheiro de som que trabalhou com Rolling Stones, David Bowie e Queen), em homenagem ao pai, que nunca mais a viu.


Aí está o exemplo de um amor que não acabou.


 


+++


 


E antes que eu me esqueça:”Ho ho ho…”


 


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Published on December 23, 2013 05:19

December 20, 2013

sábado vamos bagunçar no parque

Haddad prometeu a vereadores sancionar o Parque Augusta, já aprovado na Câmara.


Mesmo assim, a ocupação e vigília permanece.


E o convite para a população conhecer essa maravilha de 25 mil metros quadrados com Mata Atlântica.


Muitos grupos de trabalho, os GTs, se reúnem e discutem como será a sua gestão.


São reuniões abertas e por setor, que ocorrem lá mesmo.


Minha intuição diz que será um parque focado em arte e cultura.


Não apenas para respirar ar puro, passear com a criançada, tomar um pouco de sol, nessa pilha de concreto em que vivemos.


Mas para debatermos ideias.


Por isso, uma série de eventos rola desde já.


Sábado terá distribuição gratuita de 2 mil livros infantis da PATRÍCIA SECCO .


Às 18h, entre shows da banda MULHERES NEGRAS e VESPAS MANDARINAS, rola um debate entre eu, ANTÔNIO PRATA, MARCELO TAS, PEDRO EKMAN, mediado pelo grande CADÃO VOLPATO.


Apareça.


 


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Published on December 20, 2013 05:27

December 18, 2013

haddad irá sancionar parque augusta


 


Grande vitória da garotada e do movimento Parque Augusta Já.


Haddad irá sancionar a lei que cria o Parque Augusta.


O vereador Nabil Bonduki (PT) confirmou na sua página do Facebook:


https://www.facebook.com/NabilBonduki


E o vereador Ricardo Young (PPS) avisou ao movimento, que está agora diante da Prefeitura.


Ambos estiveram hoje com o prefeito Fernando Haddad, representando a Frente Parlamentar pela Sustentabilidade da Câmara Municipal, e escutaram que ele irá sancionar o projeto, por ser favorável mesmo com as restrições orçamentárias.


Haddad procura agora formas de mobilizar recursos para a sua implementação.


A Frente se comprometeu a buscar formas alternativas de recursos, consciente das restrições no orçamento.


O Parque Augusta já existe.


A discussão agora é a sua gestão.


A ideia do movimento que organiza a ocupação do Parque é que o terreno seja auto-gestionado pela população. Como já está sendo.


Em reuniões, assembleias e divisão de grupos de tarefas, os GTs [orientação, limpeza, programação, jurídico].


Lembra Daniel Scandurra: “Não há grana da Prefeitura para tocar o Parque? Não precisa, a assembleia toca o espaço. Laboratório de democracia direta, educação ambiental e auto- gestão (yes we can). É uma ideia utópica, sim, e estamos vivendo-a.”

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Published on December 18, 2013 12:38

programão para férias

Paulo Mendes Campos é preciso.


E preciso quando descreveu o fim de um amor em O Amor Acaba.


Mas impreciso quando atesta que todos têm um fim. Nem todos acabam. Um amor, sim.


Quer um programão para as férias?


O cineasta Richard Linklater nos proporciona uma experiência cinematográfica sem precedentes: assistir na sequência aos filmes Antes do Amanhecer (de 1994), Antes do Pôr do Sol (de 2004) e Antes da Meia-Noite (de 2013), todos com os mesmos atores, Ethan Hawke e Julie Deply, sobre o mesmo casal, o americano Jesse e a francesa Celine.


No primeiro filme, eles se encontram num trem para Viena. Decidem descer e arriscar uma história de amor por uma noite apenas. Passeiam pela cidade, falam sem parar.


No segundo, eles se reencontram dez anos depois em Paris, engatam uma história não mais por uma noite.


Que é revista na década seguinte na Grécia, no terceiro filme.


 




 



 


Feitos pela mesma equipe, eles têm o mesmo jeitão: planos longos, externas, diálogos intermináveis e um debate arriscado sobre as diferenças de gêneros, americanos e europeus, Dionísio e Apolo. Cada filme se passa num momento da história (Guerra da ex-Iugoslávia, o debate ecológico e a decadência financeira do Euro), percorre o platonismo dos inconsequentes 20 anos, a busca por um amor sólido aos 30, e a crise dos 40 pautada pelo questionando se ele acaba, sobre ruínas gregas.


Passam pelo amor sonhador, o real e o pactuado.


Assim como os atores, o diretor-roteirista cresceu e nos coloca os dilemas de uma jornada com que muitos de nós se identifica. Assim como eles, tivemos 20, 30 e 40, sonhos, arrependimentos, mal-entendidos e amores casuais que poderiam ter rendido. Compre ou alugue, ejete a criançada, chame a patroa e… Boa sorte.


Não esqueça dos lencinhos de papel em mão.


 


+++


 


Se quiser protestar hoje e fazer política passeando no parque no fim de semana, rola:


 



 


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Published on December 18, 2013 04:14

December 17, 2013

chá no parque


 


Me pergunto: Não é mais fácil e barato ocupar os espaços já existente, com a mata original, do que no futuro abrir a marretadas espaço para a cidade respirar?


No entorno da Rua Augusta, se constroem diversas torres.


São Paulo está sendo tomada por elas.


Uma mata no centro da cidade é um oásis.


Os vereadores sacaram isso e aprovaram o Parque Augusta em duas votações.


O prefeito Haddad afirma que prefere gastar dinheiro com creches e não sanciona a lei.


São Paulo precisa de creches. De hospitais, escolas, transporte público, esgoto.


E de parques.


Amanhã haverá um ato em frente a Prefeitura.


 



 


Enquanto isso, o parque que ainda não é oficializado é ocupado por uma série de atividades


Até cinema ao ar livre rola.


Informações em várias páginas do Face:


https://www.facebook.com/groups/151005085091876/


https://www.facebook.com/events/625006824227126/625920410802434/?notif_t=like


https://www.facebook.com/pages/Parque-Augusta/475522202526118?fref=ts



 

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Published on December 17, 2013 05:41

December 15, 2013

sancione haddad!

O Legislativo legisla, o Executivo executa, certo?


Nem sempre.


Um pequeno paraíso está ameaçado.


 



 


Pode reparar: na maioria dos anúncios imobiliários, indica-se a proximidade de um parque e uma estação de trem ou metrô.


Mas a possibilidade de um parque é ameaçada pela dinâmica do próprio mercado imobiliário.


Existe uma área verde com árvores remanescentes da Mata Atlântica de 25 mil m² no centro de São Paulo.


Preservá-lo é simbólico.


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda votação o projeto que prevê a criação de um parque nele, o Parque Municipal Augusta [lei 345/ 2006].


Está no colo do prefeito Haddad.


Se sancionar, impede a construção de prédios na área verde localizada entre as ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá, no BAIXO AUGUSTA.


As incorporadoras Setin e Cyrela planejam construir de 2 a 3 torres no local.


Por enquanto, tombado só está o portão.


Atualmente funcionam 2 estacionamentos.


Há uma ocupação organizada por coletivos, movimentos sociais e artistas.


Sábado passado, a banda PEQUENO CIDADÃO tocou para 4 mil pessoas.


Neste sábado, teve jazz, piquenique e cinema ao ar livre.


 



 


 


 


 


A ideia é ocupar o espaço até Haddad sancionar a lei.


A programação na página: https://www.facebook.com/pages/Parque-Augusta/475522202526118


 


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Published on December 15, 2013 07:26

December 12, 2013

dicas de livros para as férias


 


Jô, você me pediu dicas de leitura para as férias.


Começaria com MARGARITA GARCIA ROBAYO, a colombiana GUAPA que mora na Argentina e escreveu um conto sobre suas relações com homens mais velhos para a revista Orsai, AMAR O PAI.


É ela na capa da revista.


A piauí desse mês publicou traduzido por Sérgio Molina e Rubia Goldoni.


Como escreve bem a chica…


Ela tem vários livros publicados, mas nenhum no Brasil.


Logo logo ela desembarca por aqui. Fala com uma crueza sobre sexo e amor, que foge dos parâmetros de literatura feminina que eu conhecia. Chega naquele ponto em que o leitor não sabe se ela está falando mesmo das suas experiências ou inventando.


O que na verdade pouco importa.


 



 


A mesma sensação que se tem quando se lê DIVÓRCIO, de RICARDO LÍSIAS.


O melhor e mais perturbador livro de autor brasileiro quem li nesse ano.


Você conhece a história?


 



 


Um escritor chamado Ricardo encontra o diário (sim, diário, em papel) da mulher e descobre que ela, uma jornalista cultural que se acha “a melhor jornalista cultural do Brasil” e escreve coisas como “A Notre Dame é um patrimônio histórico da humanidade”, com quem se casou 4 meses antes, se casou com ele porque achava importante se casar com um escritor, apesar de descobrir que o marido parecia um “autista”. Confessa no diário que teve um caso com um jurado do festival de Cannes, que ela cobriu para um grande jornal.


Ricardo xeroca o diário, sai de casa, informa que irá processá-la.


No começo do livro, ele diz que é tudo verdade. No final, que nem tudo é verdade.


É um jogo perturbador do uso da LITERATURA COMO VINGANÇA.


Acontece que LÍSIAS escreve muito, é irônico na medida certa, é ciente da experiência doentia e crime de injúria que comete, mas não resiste: movido pelo ódio de ter caído no conto de vigário do amor, e por ter sido traído ainda nos primeiros meses de casamento, deixa o impulso e os instintos misóginos conduzirem a sua vida.


E nos faz rir quando lista as gafes da mulher, que se acha o máximo,e diz coisas como ”Notre Dame é um patrimônio histórico da humanidade”.


O livro bombou. O cara já tinha recebido diversos prêmios. Vai longe.


Homem traído faz parte de uma corja, mesmo. Lembra-se de ANTONIO CONSELHEIRO?


Viu no que deu?


Imagine homem traído escritor. Coitada da fulana. Literatura é uma missão.


Mas, lembre-se: pode ser tudo mentira. Não é fascinante?


Jô, você me disse que está terminando AMOR SEM FIM e amando IAN McEWAN.


Bem-vindo ao time. Você fala com um dos obcecados pelo autor. É para mim o maior escritor vivo de língua inglesa. Perguntou qual livro dele deveria ler em seguida. Indicaria NA PRAIA, SOLAR e AMSTERDÃ.


Mas para tudo.


Você tem que ler REPARAÇÃO. Você sabe, virou filme, DESEJO E REPARAÇÃO.


 



 


Era o único que eu não tinha lido, exatamente porque já tinha visto o filme, até meu amigo MARÇAL AQUINO me dar uma dura e dizer: “Filme é filme, livro é livro. É o melhor livro dele!”


E é sim disparado. Então fica a dica.


Se você quiser ler um livro de crônicas, tem que ler DAVID FOSTER WALLACE, FICANDO LONGE DO FATO DE JÁ ESTAR MEIO QUE LONGE DE TUDO. É a minha [e de muitos] nova obsessão.


Dei de presente para amigos que postam no FACE me agradecendo.


Marca para sempre.


Você não fica mais o mesmo após lê-lo.


Em julho do ano que vem, a Cia. Das Letras publica seu romance, INFINITE JEST [tem uma versão de Portugal rodando pelas livrarias, mas eu esperaria a brasileira]. Você vai se assustar. Tem mais de 1.100 páginas. Ele não para no colo. Nem na praia, nem no avião. Teremos que ler apoiado numa mesa.


Tenho amigos quer leram. E me disserem que temos que ler.


O melhor amigo dele era JONATHAN FRANZEN.


Aí vão mais duas dicas, os romances AS CORREÇÕES e LIBERDADE, do Franzen.


Li na ordem inversa, mas acredito que não altera. Livros que você lê e volta a acreditar na linguagem do romance e em suas infinitas possibilidades.


E não se esqueça de outro que eu já tinha te indicado, A TRAMA DO CASAMENTO, do JEFFREY EUGENIDES.


Olha uma foto dos 3 juntos, quando eram garotões [Jonathan, David e Jeffrey]


 



 


Livro que foi injustamente malhado, apesar de não ter sido lido, pela crítica brasileira.


Na lista dos melhores livros que li nesse ano. Dica do Marquinhos, da Merça.


 




E tem o livro mais surpreendente, CASA DAS ESTRELAS, com definições metafísicas sobre tudo feitas por crianças. Lindo.


Filosofia na pureza de quem ainda não saiu da escola.


Acabou de ser publicado pela FOZ.


 



 


OK? Boas férias, querida. Na volta, me conta tudo.

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Published on December 12, 2013 06:37

December 11, 2013

10.000 livros grátis na quebrada


 


Para incentivar a leitura na perifa da pauliceia, a Cooperifa [Cooperativa Cultural da Periferia] vai distribuir 10 mil livros.


Começa às 11h de 15 de dezembro. Belo presente de Natal.


Será no Largo da Piraporinha, altura do n. 1.000 da M’Boi Mirim [avenida da zona sul].


São títulos doados por amigos da Cooperifa.


Faz parte das comemorações dos 12 anos de atividades.


Uma barraca de feira será armada no Largo da Piraporinha para expor os livros.


Artistas convidados e integrantes da Cooperifa vão percorrer as ruas do Jardim


Angela, Parque Santo Antônio, Guarapiranga, Jardim Novo Santo Amaro


e Jardim São Luiz para falar de literatura com os moradores


Mais informações: 11/9 9342-8687 e 11/9 96595499


 

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Published on December 11, 2013 05:17

December 10, 2013

melhores do ano – séries

Não vou dizer o que é melhor.


Ou quem foi o melhor do ano.


Não existe melhor e pior. Vale tudo. Tem espaço para todos: o filme comercial, o autêntico, o que não faz concessões.


Até filme ruim tem direito a existir e ser exibido.


Aliás, o que é ruim hoje pode ser incrível amanhã.


Se uma lição aprendemos do século que passou é que não existe ideologia certa ou errada,  regime perfeito, arte certa ou errada e herói infalível.


Por isso, a partir de hoje, listarei não o melhor, mas o que eu, neste ano, mais gostei.


Que que me lembre.


 


HOMELAND – TERCEIRA TEMPORADA


Bacana a terceira temporada de Homeland.


Continuam as emoções se sucedendo, os pontos de virada espetaculares, os dilemas da agente bipolar, do traidor que não é traidor, cuja filha agora na adolescência dá trabalho.


Um pequeno problema. Entra o Irã como grande inimigo e fomentador do terrorismo. E a Venezuela como abrigo de terroristas.


Justamente quando um surpreendente acordo ONU, EUA e IRÃ muda a geopolítica da região.


Irã é superestimado.


Acertaram no formato, erraram no inimigo, se confundiram. Esses americanos… Péssimos em política externa.


Sem contar que o melhor da série, Brody, aparece lá na frente.


Mesmo assim, é boa que dói.


 



 


RAY DONOVAN


Sobre 3 irmãos em LA que sofriam abusos do padreco da paróquia do bairro antigo e, com a ajuda do pai [John Voight], ex-presidiário, resolvem se vingar.


A surpresa do ano da Showtime.


Seu piloto bateu recorde de audiência.


Casting sensacional [participações de Elliott Gould, Rossana Arquette, James Woods], trama que prende, ironia fina com o life style de Hollywood.


 


HOUSE OF CARDS


Eu gosto da série da NETFLIX, do formato e do jeitão que exibem [todos os episódios disponíveis numa tacada].


O podre dos quatro poderes, a promiscuidade entre imprensa e Casa Branca.


 



 


Único problema é quando o personagem [Kevin Spacey] olha pra câmera e comenta o que acabamos de ver.


Gosto da repórter vadia e manipuladora [Kate Mara]. Me é familiar. Conheço tantas parecidas…


 



 


Logo logo estreia a segunda temporada. Até assinei o NETFLIX.


 



 


THE NEWSROOM


Gosto. Sei que é um bla-blá-blá sem fim.


Gosto do elenco, da trama, do fato de usaram o noticiário quente para a série, das provocações políticas. Também nova temporada a caminho.


 


THE WIRE – QUINTA TEMPORADA


Está passando na HBO Signature, apesar de ter sido exibida em 2008.


Sou daqueles fãs incondicionais da série sobre a polícia e o combate a drogas de Baltimore.


Os caras foram fundos na investigação das causas da violência.


Na primeira temporada, desbaratou o tráfico de drogas [que inspirou os filmes Cidade de Deus e Tropa de Elite].


Na segunda, mostrou que o tráfico estava ligado à pobreza, que vinha do fato da cidade perder sua vocação portuária


Na terceira, abordou a corrupção policial e política.


Na quarta, a desestruturação familiar e a decadência no ensino.


Na quinta, entra o fim do jornalismo de qualidade [o criador da série, David Simon, é repórter policial], a crise financeira do País e a sofisticação do crime organizado.


É de longe minha série favorita, com um elenco inacreditável e que investiga a fundo os problemas de uma sociedade em crise.


Vista em 2013, continua atual.


É aquela série de que você adoraria sair pra tomar umas com os caras.


 



 


VEEP


Elaine, Elaine, Elaine…


De rolar de dar risada.


As trapalhadas da vice-presidente americana [Julia Louis-Dreyfus], em enrascadas criadas por sua equipe atrapalhada, não têm fim.


Que não acabe nunca.


 


ps> Me esqueci de Game of Thrones? Não, não me esqueci, não. Só acho que não entra na lista.

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Published on December 10, 2013 10:34

December 6, 2013

eu apoio o toplessaço


 


Deixem as garotas livres para se bronzear de peitos de fora.


Quem tem medo deles?


Não foi a primeira coisa que vimos quando nascemos?


Não nos apegamos a ele durante os primeiros meses?


Não chupamos, nos alimentamos, amamos aqueles bicos macios, nos lambuzamos, nos deliciamos?


E só paramos de admirá-los na morte.


Mas a atriz Cristina Flores, de 37 anos, tirou a blusa na Praia do Arpoador para ser fotografada e divulgar a peça COSMOCARTAS.


Foi abordada por três PMs.


Vestiu a roupa para não ser atuada por ato obsceno (pena de três meses a um ano de prisão ou multa).


O abuso foi tamanho que o vereador Elton Babú (PT) apresentou projeto na Câmara Municipal do Rio que autoriza o topless nas praias da cidade do calçadão até o mar.


E a repercussão ganhou as redes.


Um Toplessaço está marcado para o dia 21, primeiro dia de VERÃO.


Idealizado pela atriz e produtora de teatro Ana Rios, de 23 anos, e pela produtora Bruna Oliveira, de 23.


 



 


Primeiramente agendado para IPANEMA, e com adesão maciça, ameaça se estender pelos 8 mil quilômetros da costa brasileira.


Aderi.


Com meu barrigaço.

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Published on December 06, 2013 06:22

Marcelo Rubens Paiva's Blog

Marcelo Rubens Paiva
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