Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 85

April 30, 2014

onde os amigos se encontram


 


MERCEARIA SÃO PEDRO decide mudar e recuperar a clientela mais antiga.


Ou melhor, decide voltar ao que era antes.


A MERÇA – para quem a vê como um ponto de encontro de amigos, em que se almoça, janta, compra livros, DVDs, produtos para a casa, sorvete e bebe. E conhece todos pelo nome.


O MERÇA – para quem o vê apenas como um bar.


Ponto tradicional de mais de 30 anos na Vila Madalena, atualmente virou pico da juventude dourada paulistana e ficou na moda.


Para desespero do MARQUINHOS, um dos donos, no caixa, o melhor indicador de livros da cidade, maior resenhista literário.


 



 


Andou recebendo visitas da fiscalização, que mediu em decibéis a barulheira de centenas de moleques pequenos boêmios que se espalham pelas calçadas em frente, um hábito bem paulistano de xavecar, beber no asfalto, encontrar amigos ao lado de carros passando.


A boemia aliada à poluição.


“Quinta que é dia da Merça”, diz a garotada agora.


Quinta-feira e sábado, virou ponto.


Como um enxame de gafanhotos, tomam a Rua Rodésia e as quadras ao redor da Mercearia na Vila Madalena. Parece uma Micareta.


Na verdade, para os mais velhos, todos os dias são dias da Merça.


Segunda-feira, Bortolotto faz ponto ao lado do caixa, sentado num banquinho, com uma taça de vinho na mão.


Terça era dia de encontrar Sócrates e Xico Sá, vindos do Cartão Verde.


Quarta, futebol na TV.


Sábado e domingo, almoço com a família no buffet com arroz, feijão e farofa.


Mas, de repente, nos últimos tempos, o perfil do público mudou.


Virou “pico” da molecada.


Nesta semana, numa decisão difícil, os donos da Merça decidiram afastar a nuvem de gafanhotos e recuperar a clientela antiga.


Começaram segunda-feira.


Não vendem mais cerveja no balde depois das 21h, para inibir os que ficam espalhados pela calçada.


Priorizaram o serviço das mesas, de quem vai jantar, papear sentado.


E, à meia-noite, sem choradeira, fecham as portas.


Deu certo na segunda-feira.


Hoje e amanhã será o teste definitivo.


Uma pena que não deu pra agradar a todos.

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Published on April 30, 2014 07:21

April 29, 2014

os comunistas

Lembrança do José Geraldo Couto:


 


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Published on April 29, 2014 18:53

Drone sobre estádio do Corinthians

Surpreendente voo de drone sobre a Arena Corinthians, que abre a Copa do Mundo.


Feito neste domingo, dia 27/04.


O estádio já é um fato.


Falta uns tapas…


 

 https://www.youtube.com/watch?v=793bU8Ua…

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Published on April 29, 2014 14:40

April 28, 2014

o novo santo

Pode-se discordar do papismo, da posição ideológica de João Paulo, da soberba da Igreja, da teimosia em apoiar ideias conservadores, da moral baseada na culpa.


Mas, pra aguentar este beija mão, só um santo mesmo.


 








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Published on April 28, 2014 07:33

April 24, 2014

a mulher da esquerda


 



Soubemos pela filosofia contemporânea brasileira que a “direita liberal” é péssima para pegar mulher.


 



 


Quando o general Olympio Mourão viu pela TV de Minas a morena que acompanhava o presidente Goulart, uma gaúcha de São Borja, sua esposa MARIA THEREZA, de 24 anos, em 13 de março de 1964 no Comício da Central do Brasil, se levantou e berrou:


“Isso é provocação. E em frente ao Ministério do Exército!”


Não represou mais o violento e reprimido sentimento de inveja ideológica.


Ligou para Castello Branco e perguntou: “Viu a mulher daquele comunista?! Dizem que aquele costureiro afrescalhado, o tal de Dener, que a veste!”


 




 


Nem esperou amanhecer.


Na madrugada do dia 1 de abril, liderou tanques e a tropa para o Rio de Janeiro, para destronar o presidente casado com aquela lindeza.


E foi imediatamente apoiado por outros golpistas, incentivados pelos EUA, que também queriam se livrar de Goulart, depois que Jackie Kennedy alertou o marido que, no Brazil, havia uma primeira-dama que, segundo a TIME, era tão bonita quanto ela, e exigiu uma intervenção.


 


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Published on April 24, 2014 06:59

April 23, 2014

a nudez de scarlett


 


Nu frontal de Scarlett Johansson causa furor na net.


Scarlett é das melhores atrizes da sua geração.


Scarlett é uma pedra preciosa que nem precisa ser delapidada.


Eu amo Scarlett. Amo sua voz, seu olhar, sua malícia.


Muitos de nós a amamos.



A atriz vai aparecer nua pela primeira vez na tela, no filme “Under the Skin”, cujo trailer já está na rede:

 https://www.youtube.com/watch?v=kMUwA7ek…


Filme de


Jonathan Glazer

comparado aos do grande Kubrick, sobre como um ET nos vê.



 



 


Tem gente dizendo que ela está fora de forma.


Para vim, diva!


Para quem não se lembra, há anos um selfie dela nua foi roubado por um hacker.


 


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Published on April 23, 2014 12:55

como pegar homem liberal

Tem homem “liberal” de direita se queixando de que tal opção ideológica é péssima para pegar mulher.


Se viajasse no tempo, teria mais chances.


Num manual americano dos anos 1940, dicas de como uma garota deve se comportar num “dating”, um encontro amoroso, mostra uma sociedade “liberal”, ou melhor, conservadora, controladora e travada.


Uma sociedade absolutamente repressora, em que as mulheres precisam se controlar, para agradar aos homens.


Caso contrário, perdem a chance de outros “datings”.


Era a época dos meus pais. Quando ainda se casavam virgens, com etiquetas que hoje soam de outro planeta.


Nunca fomos tão infelizes…


Ainda tem gente que diz que o mundo piorou.


NÃO FALE COM OUTRO HOMEM muito animadamente. Talvez a sua paquera nunca mais marque nada com você.


 



 


NÃO BEBA DEMAIS. Homem espera que você se comporte com dignidade a noite toda. Bebida deixa algumas garotas espertas, mas doidas.


 



 


 


NÃO FIQUE FALANDO DE SUAS ROUPAS. Fale de assuntos que possam interessá-lo.


 



 


NÃO SEJA MUITO ÍNTIMA com outros, nem fale de outros tempos. Homem quer e merece atenção exclusiva.


 



 


NÃO PAREÇA ÍNTIMA quando estiver o acompanhando em público. Muito afeto normalmente o deixa envergonhado.


 



 


PRENDA os cabelos antes, e cuidado com as meias arriadas.


 



 


NÃO FALE ENQUANTO DANÇA. Homens querem dançar quando estão dançando.


 



 


HOMEM NÃO GOSTA que sujem o lenço dele com batom. Faça a sua maquiagem a sós.


 



 


NÃO SE SENTAR DISPLICENTEMENTE, nem demonstrar estar entediada, apesar de estar. Nem masque chicletes de boca aberta.


 



 


NÃO USE ESPELHO DO CARRO PARA SE MAQUIAR. Os homens precisam dele para dirigir.


 



 


NÃO SEJA SENTIMENTAL. Homem não gosta de mulheres que choram, especialmente em público.


 


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Published on April 23, 2014 07:52

April 22, 2014

quando a água acabar


 


A água da piscina do condomínio começou a baixar um azulejo por semana. A moradora do bloco B, zelosa pela condição física, a única que nadava todas as noites, foi a primeira notar.


Avisou o porteiro, que avisou o chefe do turno, que reportou ao zelador. Vazamento?


O síndico, sedentário que não zelava pela condição física, demorou para chamar o técnico terceirizado. Que disse, numa inspeção cuidadosa, que o fenômeno ocorria na vizinhança. Fenômeno?


Sugeriu checarem as imagens gravadas pelas câmeras espalhadas.


Na administração do prédio, num monitor sem cor nem definição, técnico terceirizado, zelador e síndico sedentário viram a moradora do bloco B entrar na piscina e nadar. Elogiaram a disposição e o bom condicionamento. Adiantaram as imagens. Viram que, no meio da madrugada, pessoas encapuzadas apareciam correndo e, com baldes, retiravam às pressas água da piscina. Adultos e crianças. Subtraíam água do bem coletivo de uso compartilhado pela massa condominial.


Quem?


Pelo mesmo monitor, viu-se que naquele horário ninguém atravessou o esquema de monitoramento do perímetro condominial (portaria gaiola, ou clausura, com sistema de “intertravamento”, portaria blindada, cercas eletrificadas, grades duplas, alarmes e sensores a laser). Não tinha outra: moradores dos blocos A, B e C, independentemente do condicionamento físico, surrupiavam noite após noite água da piscina.


Numa reunião marcada com urgência na Associação de Síndicos de Condomínios Comerciais e Residenciais, descobriu-se que o fenômeno era epidêmico. Condôminos roubavam água das piscinas dos próprios condomínios. E residências com piscinas eram invadidas por ladrões de água. Sugestão: redobrar a vigilância, cobrir piscinas com lonas e grades, até a crise abastecimento do Estado passar.


O boato se espalhou.


Esgotou-se o estoque de baldes e afins.


A notícia de que a água estava com os dias contados foi a mais comentada em redes sociais por dias. Clubes e academias de natação foram invadidos por gangues organizadas que, com SUVs adaptados com caixas d’água de polietileno e fibra de vidro nas carrocerias, com capacidade de armazenarem até 5 mil litros, chegavam armados de bastões, agrediam fisioterapeutas, professores, pacientes e clientes com ou sem tendinites e dores nos meniscos, e sugavam a água dos reservatórios que encontrassem. Clorada e salinizada.


Pessoas estocavam água potável ou não em casa, no quintal, na varanda, no armário, no cofre.


A Força de Segurança Federal foi chamada para cercar o sistema público de tratamento de água e esgoto, que podia ser tomado pelo novo movimento sem-água, braço radical do sem-terra e sem-teto, que acampou nos portões da companhia mista de capital aberto de saneamento básico do Estado.


Postos de gasolina viram o estoque de água mineral de suas lojas de conveniência se esgotar. Passaram a vender a água estocada de seus lava-rápidos. O negócio era uma mina de ouro. A clientela não parava. Esvaziaram os tanques de gasolina e passaram a vender água pelas bombas de gasolina aditivada, comum e etanol.


O preço, lógico, foi reajustado.


Filas de clientes com galões se formaram. Caminhões tanques, que antes transportavam gasolina, diesel e álcool, traziam água de rios distantes. Como sempre, as agências reguladoras, criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada, como  a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e a Agência Nacional de Águas, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, que coordena a gestão dos recursos hídricos no país e regula o acesso à água, foram as últimas a se darem conta da crise.


Uma comissão mista, acoplada a uma força tarefa, foi criada tarde demais, quando já não se vendia mais combustível na maioria dos postos da cidade, e a população obstinada agia anarquicamente e se organizava em milícias em busca de água.


De bairro em bairro, as torneiras secaram.


Famílias armadas paravam carros no farol e anunciavam o assalto. Enquanto as vítimas se preparavam para entregar bolsas, correntes, relógios e celulares, num gesto rápido e aparentemente bem treinado, o líder da gangue abria o capô por dentro, mantendo as vítimas sob a mira de um revólver, enquanto, numa operação bem orquestrada, sua família retirava água dos reservatórios do carro assaltado, incluindo a do radiador.


O Estado de Emergência mudou para o Estado de Calamidade Pública do dia para a noite.


Aviões não mais posavam nem decolavam, já que não havia combustível nem água nos aeroportos. As linhas telefônicas ficaram congestionadas, com pessoas em busca do que beber. A internet caiu: a expressão “água potável” foi a mais digitada em sites de busca, superando “Justin Bieber”, “dieta de Hollywood” e “como adquirir barriga tanquinho”.


Carros como o Fusca, com motor refrigerado a ar, foram valorizados. Mas a enorme quantidade de veículos sem combustível e com motor fundido (sem água no radiador) parada no meio do caminho congestionou ruas, alamedas, avenidas, túneis, artérias rodoviárias das cidades e estradas.


O trânsito travou de vez.


Carroceiros trocaram seus instrumentos de trabalho por apartamentos. Uma bicicleta passou a valer mais do que um SUV. Um pangaré passou a valer mais que uma Ferrari 550 Maranello V-12 com 485 cavalos de potência.


A moradora do Bloco B, sem condição física, já que estava há dias sem nadar, decidiu não encarar a jornada a que a população se propôs: rumar para o norte em comboios.


Viu da sua janela a procissão de farrapos humanos imundos e sedentos abandonando a cidade em busca de água. Carroças, bicicletas, carrinhos de supermercado, skates, tudo que tivesse rodas servia para a grande migração. Viu o porteiro e o chefe do turno ajudarem a empurrar o carrinho de lixo com pertences do síndico e do zelador, que partiam com a grande massa que, ao longe, lembrava migração de gnus na África.


 



 


Poucos ficaram, esperando que autoridades competentes e incompetentes conseguissem resolver o problema.


Até acabar a luz.


 


+++


 


Numa arte em 3D, vê-se toda a água do Planeta.


A bolha maior é a totalidade de água [eau, em francês].


A menor, de água potável.


Você como eu achava que era muita?


 



 

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Published on April 22, 2014 07:48

April 15, 2014

Os verdadeiros subversivos


 


Muitos apontam o Golpe de 64 como resultado da instabilidade institucional e desordem provocadas pelo próprio governo João Goulart.


O Brasil vivia um conflito ideologicamente polarizado. Greves em diversos setores, como a de marinheiros, sublevação de tropas, comícios com bandeiras de partidos então ilegais (PCB) e palavras de ordem radicais assustaram parte da sociedade.


A conspiração se generalizou e atravessou fronteiras.


Mas o único que respeitou as regras estabelecidas foi justamente ele, o desordeiro Jango- latifundiário acusado de ligações com comunistas, que empregou o diplomata Tiago Dantas, o banqueiro Walter Salles (ministro da Fazenda), e o empresário José Ermírio de Moraes (ministro da Agricultura).


Para uma democracia que não tinha completado a maioridade, depois de séculos de poder colonial, monárquico, regimes turbulentos, República Velha e Nova, outra ditadura, que vivia sob regras da Constituição de 1946, a rebelião de sargentos da Marinha e Aeronáutica, inconformados com a decisão do STF de não reconhecer a elegibilidade de sargentos para o Legislativo, e conflitos agrários levantaram o clamou pela intervenção armada.


Como se hoje o estado democrático não sobrevivesse à ocupação de um terreno na M’Boi Mirim, de uma fazenda improdutiva, queima de pneus em estradas, bloqueios de caminhoneiros e índios, greves de professores, taxistas, agentes penitenciários, e a uma manifestação de PMs, com trocas de tiros com seus colegas da Policia Civil, cercados por bandeiras vermelhas de partidos de esquerda e centrais sindicais, a quadras do palácio do governo. Conflitos que aprendemos não temer e negociar democraticamente.


Os EUA encararam o assassinato de um presidente, de líderes de direitos civis e a renúncia de outro, a França ficou em chamas em Maio de 68, a Alemanha confrontou o Baader Meinhof, o Reino Unido, o IRA, a Itália, as Brigadas Vermelhas, a Espanha, o ETA, mas não penhoraram sua joia mais valioso, a democracia.


Por aqui, ela não resistiu ao Comício da Central do Brasil.


Jango pode ser se acusado de frouxo por uns, inábil por outros.


Não resistir e fugir do Brasil no dia 2 de abril decepcionou aliados. Incendiar com palavras e gestos um ambiente já volátil atiçou a conspiração.


Mas, do começo ao fim, ele cumpriu a lei.


 



 



 


Numa época em que se votava separadamente para presidente e vice, Jango foi eleito vice-presidente em 1955 com mais votos do que o presidente eleito, Juscelino Kubitschek. Na eleição de 1960, foi reeleito vice-presidente de Jânio Quadros.


Em 25 de agosto de 1961, Jânio renunciou de surpresa. Jango estava na China. Os ministros militares Sílvio Heck (Marinha), Odílio Denys (Exército) e Gabriel Grün Moss (Aeronáutica) ameaçaram derrubar o avião do novo presidente por direito, caso voltasse. O líder da Câmara, Ranieri Mazzilli, foi empossado presidente.


Começou a “campanha da legalidade”, para fazer cumprir o que a Constituição mandava. Parte do Congresso queria Jango, que esperou em Montevidéu a solução da crise. Militares não cederam. Tentou-se a conciliação: mudar o regime político brasileiro. Em 2 de setembro de 1961, o parlamentarismo foi aprovado. Tancredo Neves se tornou primeiro-ministro.


Em 1962, eleições renovaram o Congresso. Foi convocado um plebiscito em janeiro de 1963, para definir se o país voltaria ao regime anterior. O presidencialismo ganhou de lavada, e Jânio tomou o Poder de fato e direito. Tinha dois anos para governar. A eleição de 1965 estava garantida e seria uma barbada: Juscelino ganharia com folga, voltaria à Presidência.


Jango lançou o Plano Trienal: reformas institucionais para controlar o déficit público, manter a política desenvolvimentista, instaurar a reforma fiscal para aumentar a arrecadação do Estado e limitar a remessa de lucros para o exterior, reforma bancária para ampliar acesso ao crédito de produtores, nacionalização de setores de energia elétrica, refino de petróleo e químico-farmacêutico, direito de voto para analfabetos e militares de patentes subalternas, desapropriação das áreas rurais inexploradas nas margens das rodovias e ferrovias federais, reforma educacional para combater o analfabetismo com Método Paulo Freire, abolição da cátedra vitalícia.


Uma pesquisa feita no período, encontrada recentemente nos arquivos do Ibope, mostra que 59% dos entrevistados eram a favor das medidas anunciadas no Comício da Central do Brasil.


Outra mostra que 49,8% admitiam votar em Jango, se ele pudesse se candidatar à reeleição, contra 41,8%.


Em 20 de março de 1964, o general Castelo Branco informou a oficiais do Exército que aderia ao golpe eminente. Foi a senha de que os conspiradores precisavam.


 



 


O embaixador americano Lincoln Gordon recomendou remessa clandestina de armas e petróleo, e sugeriu que o governo americano preparasse uma intervenção.


O presidente Lyndon Johnson autorizou o envio de uma frota ao Brasil. A missão: invadir Pernambuco, para ajudar o golpe, se houvesse resistência.


Seria a primeira vez na História que uma potência estrangeira nos invadiria.


Na madrugada de 31 de março, o general Olímpio Mourão Filho iniciou a movimentação de tropas em MG, incentivado pelo governador Magalhães Pinto. Em 1 de abril de 1964, Jango foi a Brasília e, depois, para o Rio Grande do Sul. No dia 2 de abril, numa manobra da mesa do Congresso, declarou-se a vacância do cargo, já que o presidente, em Porto Alegre, não estaria em território nacional. Mais uma vez, o presidente da Câmara, Mazzilli, assumiu a Presidência.


 



 


Brasília foi cercada pelo Exército. A junta que tomou o Poder, general Costa e Silva, tenente-brigadeiro Correia de Melo e vice-almirante Rademaker Grünewald, instaurou o Ato Institucional, cassando o gabinete e políticos aliados do governo Jango.


 



 


O resto você já sabe.


Pergunta: Quem realmente subverteu a ordem institucional?


 



 

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Published on April 15, 2014 13:45

April 14, 2014

Janis Joplin com samba no pé



A foto resgatada é do Arquivo Nacional.


Janis Joplin passou uma temporada em Arembepe, litoral baiano [a 30 km ao norte de Salvador], para se livrar do vício de herô.


E deu um rolê em fevereiro de 1970 pelo carnaval carioca. Caiu no samba.


Foi barrada, pois tentou desfilar numa escola de samba no centro do Rio, ao lado do grande DJ Big Boy [de branco], ídolo da minha infância.


Foi acompanhada pelo fotógrafo Ricky Ferreira e pelo cantor Serguei, que, dizem, teve um caso com ela.


 



 


Ricky a hospedou depois que ela foi expulsa do Copacabana Palace, hotel mais caro da cidade, por nadar nua na famosa piscina.


E a levou para as baladas cariocas, em que ela quase passou despercebida [fez topless na praia de Copacabana e até cantou num inferninho do bairro].


Figuraça.


Uma pena que o Carnaval dela durava 365 dias por ano.


Ela morreria meses depois, em 4 outubro em Los Angeles, aos 27 anos.


 


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Published on April 14, 2014 08:29

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Marcelo Rubens Paiva
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