Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 116

August 17, 2012

a sombra

No passado e presente:


 



 


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Published on August 17, 2012 07:52

August 16, 2012

humor político

Sensacional a gozação do PSDB hoje em anúncio publicado em grandes jornais.


Calma lá, não sou tucano, petralha, muito pelo contrário.


Mas dei risada. Parabéns aos marketeiros de plantão.


O ranço político deu lugar a uma bem-humorada comparação.


Não tem um leitor que não tenha se surpreendido com o anúncio de quarto de página em que o partido de oposição cumprimenta a presidente Dilma por ter “aderido ao programa de privatizações”.


Um dia depois em que a mesma anunciou o maior pacote de concessões em rodovias e ferrovias já feito no País [R$ 133 bilhões].


Claro que 80% financiados pelo BNDES.


 




Celso Ming comentou: “O enfoque da política econômica do governo de Dilma Roussef, antes excessivamente centrado no consumo, passa a ser o investimento.”


O modelo de construção, gerenciamento e manutenção da malha ferroviária quebra o monopólio da estatal VALEC e passa para as empresas privadas. Como já tem acontecido com aeroportos (três) e rodovias que passaram para a iniciativa privada.


Pretende-se com isso dar um impulso à ECONOMIA, atestando a falta de capacidade do Estado de tocar investimentos.


Bem, o brasileiro sabe disso há muito. Viu sua rede ferroviária ser delapidada e enfrenta congestionamentos em todo País por falta de trem e metrô [em nenhum aeroporto do país é possível chegar por trilhos].


Já que o modelo faliu, que se tente outro.


E, sem dúvida, com humor, fica até divertido acompanhar a briga política.

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Published on August 16, 2012 11:00

August 15, 2012

trecho


 


Sexo com Malu sempre foi algo diferente do que eu estava acostumado. Não sei explicar. Por que uma trepada é inesquecível e outra dispensável? Beijar a mão de Malu me emociona. Olhar as suas pernas me emociona. Tocar os seus lábios me emociona. Dar um beijo de leve, passar a mão nos seus cabelos, vê-la andar, se vestir, sorrir, vê-la com a boca no meu pau, com a mão nele, com o corpo sobre ele ou olhando pra ele me emocionam. E quase foi assim desde a primeira vez. E mais. Ela me ensinou a tocar, lamber, até a beijar, do seu jeito, do jeito que gostava, enquanto eu me imaginava um mestre na arte de. Me ensinou a passar a mão, a escorrer os dedos, a observar as nuances, quando eu pensava que sabia de tudo. E ela fazia algo que eu nunca tinha visto numa mulher. Ela gozava sem eu encostar a mão e sem ela se encostar. Ela conseguia gozar apenas me olhando, olhando o meu pau duro a centímetros de seu corpo. Eu ficava sentado, ela se sentava à minha frente. Ambos, nus. Sentia-se o calor trocado, a respiração, a umidade, mas não havia carne se explorado. Ela ficava assim uns minutos, olhando pra mim. Não havia música, havia pouca luz. Não havia bebida ou droga. Lucidez, serenidade. E, de repente, ela ia se inclinando na cadeira, abrindo as pernas, jogando a cabeça pra trás, sem desgrudar os olhos de mim, sem se tocar, até gozar. Já aconteceu com você? Como ela fazia isso?


A maioria das mulheres gosta de ver que um homem, o homem que ela quer, fica de pau duro por sua causa. Precisam de um sinal claro de aprovação por aquilo que o homem mais cultua. É como entrar num metrô e não ter em que se apoiar. Precisam daquele mastro, gancho, suporte, estribo, alavanca, lastro, esteio, amparo, sustentáculo. Não precisa ser grande, largo, reto, simétrico, proporcional, ovalado, elíptico, lubrificado. Precisa estar limpo. E duro, muito duro, como se suas bolsas se sustentassem nele. E, quanto mais duro, mais elas acreditam que são amadas. Como se o amor de um homem fosse medido pela capacidade de preencher com sangue tecidos cavernosos e cavidades.


 


[trecho do livro MALU DE BICICLETA, que comemora dez anos]

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Published on August 15, 2012 18:46

August 14, 2012

a viagem

Nossa peça reestreia hoje.


 



 


Olha aí, saiu no DIÁRIO DO GRANDE ABC, escrito pelo Thiago Mariano:


Viagem entre o sonho e a morte.


O vasto universo onírico do cineasta Federico Fellini (1920-1993) ganha representação nos palcos em ‘Il Viaggio’, montagem que reestreia no Espaço dos Parlapatões, na Capital.


Com texto adaptado por Marcelo Rubens Paiva de roteiro inédito do italiano, a montagem com direção assinada por Pedro Granato passeia pelo real e pelo imaginário para contar a história de um violoncelista que está em um avião, em viagem para um concerto internacional, que é obrigado a fazer pouso de emergência em desconhecida cidade. É aí que começa a jornada do homem, rumo ao centro de sua história e de sua vida.


Mastorna, o protagonista, é conduzido na cidade pela figura de um bufão e pelas aeromoças do avião. Simbologias inspiradas nas criações de Dante Alighieri e de Franz Kafka permeiam a história. Do primeiro, há um quê do inferno de ‘A Divina Comédia’, com quadros que reproduzem as situações narradas na obra. Do escritor alemão brota o impedimento de realização nas ações de Mastorna. Algo o impede de chegar a seu destino, tira ele do seu objetivo.


O espaço criado para a representação, ambíguo entre o estado de sonho ou a figuração da morte, acaba revelando vícios e defeitos das estruturas sociais vividas cotidianamente. Os acontecimentos põem Mastorna em xeque. Aparentemente preso em situação da qual não consegue voltar à vida, o personagem começa a refletir sobre si próprio.


As cenas são criadas com inspirações nas técnicas clownescas, das bufas, das líricas e do teatro físico. Atores de diferentes coletivos compõem a montagem, entre eles artistas da Cia Le Plat du Jour, do Barracão Teatro de Campinas, do Jogando no Quintal e do Folias.


 


+++


 


Faltaram em LONDRES:


 


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Published on August 14, 2012 07:58

August 13, 2012

vergonha de ser vira-lata.


 


No papel, parecia tudo perfeito.


Entra gari sambista sorridente, ensinando o gringo a dançar samba.


Será que eles sabem que aquele é 1 gari?


Vem os Kaiapó numa roda. Marisa Monte canta Villa-Lobos. Conhecem? B Negão, “Maracatu Atômico”, de Jorge Mautner, imortalizado por Chico Science. Sobem passistas de maracatu. Seu Jorge faz o malandro carioca. Canta grande sucesso de Simonal. Encerram com “Aquele Abraço” de Gilberto Gil. E Pelé ovacionado.


Lindo.


Fugindo dos clichês.


Para que não viu, foi assim que o Brasil se apresentou na cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres.


Que sem medo de ser POP, exibiu depois de mais de 3 horas todos os clichês possíveis, do BIGBANG ao táxi preto, num palco por onde passaram OSASIS, THE WHO, PET YOUR BOYS, MUSE, INXX, SPICE GIRLS, JESSIE J, desfilaram as modelos e foram lembrados BEATLES, DAVID BOWIE, FRED MERCURY, JOHN LENNON, com citações do TALIBAN, de SHAKESPEARE, e CHURCHILL.


Enfim, tudo aquilo que nós, os mais de 1 bilhão de telespectadores, conhecemos daquele país, admiramos ou não.


O Brasil mostrou tudo aquilo que nós admiramos do nosso país, mas que os quase 1 bilhão de espectadores desconhece- tirando Pelé, claro.


A festa SAMBA DO CRIOULO DOIDO, organizada por DANIELA THOMAS e CAO HAMBURGUER, foi emocionante, mas me leva a uma pergunta: por que temos medo dos nossos clichês?


Queremos mostrar que somos mais do que eles nos veem.


Que temos mais do que mulheres peladonas, de biquíni, lambada e Michel Telo.


Queremos apresentar a quem não conhece CHICO SCIENCE, que cimentou a ponte entre o rock deles e a nossa tradição.


Queremos ensinar. Acho horrível querer ensinar algo a alguém numa festança. Soa pedante.


No mais, era apenas uma festa. Vai, DJ, toca a que todos conhecem.


Não sei se este complexo de vira-lata acabou surtindo o efeito contrário.


Temos medo do POP?


Onde estava TOM JOBIM? O Cristo? A galera na praia? O coco? A favela? E Carmem Miranda?


Onde estava a arara azul do filme RIO? Os corredores de Formula 1?


Giselle Budchen não pôde ir?


Poderiam até zoar com ZÉ CARIOCA, a lembrança do entulho da SEGUNDA GUERRA. Ora, Churchill estava lá.


Zoar com as bananas.


Cadê Ary Barroso, zoado por eles em muitos filmes, inclusive BRAZIL [Monty Phyton, que estava lá]?


Por que um sósia do Ronaldinho Gaúcho não tirou uma onda deles e fingiu que ia centrar a bola, fazendo um gol sem querer?


Parecemos aquela família de classe média que, quando o patrão vem jantar, encomendamos a janta do restaurante mais chique do bairro, quando ele queria justamente comer o nosso prato tradicional.


Bem, os ingleses mais que ninguém sabem ser POP.


Nós também sabemos.


Nosso CARNAVAL é a prova.


Mas preferimos ser chiques, do que nos comunicar com o mundo.


Fomos lindos, mas blasé.


Era apenas uma festa, não uma aula.


A festa do crioulo chique.


Não tenho vergonha de ser vira-lata.


Sou mesmo.


Somos.


E eles gostam da gente por isso mesmo.


 


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Published on August 13, 2012 08:12

August 12, 2012

débito com o planeta



Ela não sabe se é relevante a sua contribuição para a redução do efeito estufa ao absorver e fixar o gás carbônico da atmosfera com a vegetação da pequena horta que cultiva na varanda e das samambaias penduradas pelo apartamento, que não podem ser encostadas por ninguém.


Ela, e só ela, quem aduba e rega. Com quem conversa quando está sozinha.


Pensou em arrumar tempo e plantar árvores nos finais de semana na Serra do Mar para zerar o seu débito com o planeta.


O problema é que sabe que não pode simplesmente pegar um carro, parar no acostamento de uma estrada ou do RodoAnel e jogar sementes de árvores da Mata Atlântica, que seriam rapidamente devoradas pela pequena fauna local.


Sem contar que calculou o CO2 lançado à atmosfera pelo deslocamento até lá e descobriu que seu débito só aumentaria.


Ela procura fazer a sua parte.


Eliminou o amaciante da dispensa, apesar da grita conjunta da família, que reparou que a roupa não chega mais macia e perfumada como antes. Amaciantes são os maiores inimigos de rios, lagos e do lençol freático, explicou. Amaciantes e detergentes. Sim, a família lava a louça agora com sabão de pedra e veste roupas ásperas que parecem de papel.


As sacolinhas plásticas estavam abolidas antes mesmo das leis que as proíbem.


Usou fraldas de pano na infância dos filhos? Não. E como se arrepende… Se pergunta onde estão as muitas fraldas usadas que levarão anos para se desintegrar. Se culpa por ter jogado fora sem qualquer consciência ambiental. Descobriu tarde demais que uma fralda descartável leva 500 anos para se decompor, já que possui plástico e polímeros em grande quantidade.


Faz tempo que leva pilhas e baterias a coletores credenciados, usa lâmpadas fluorescentes que gastam menos e tira da tomada equipamentos eletrônicos sem uso que têm relógios ou luzinhas de standby piscando.


Sem contar que as opções de energia dos computadores e monitores de toda família estão configuradas para a maior economia possível.


Sim, os computadores antigos são reutilizados, levados a ONGs em favelas que inserem socialmente crianças pobres.


Doa roupas e sapatos para a igreja do bairro. Livros para bibliotecas de escolas públicas. Os didáticos passam de filho para filho.


Costuma pagar contas sem imprimir boletos, digitando pacientemente o aparentemente infindável número do código de barras.


Garrafas pet são proibidíssimas. Se deprime muito quando vê imagens de enchentes em subúrbios das grandes cidades e repara na infinidade de garrafas verdes, laranjas, transparentes, desses malditos refrigerantes que como abelhas parecem se juntar apenas para entupir bueiros e sujar rios. Se houvesse um movimento para proibi-las da face da Terra e pedir a volta das ecológicas garrafas de vidro ela seria a primeira aderir.


Seu lixo é uma obra de logística e estratégia. Separa em lixeiras diferentes os papéis usados de computador dos de papelão e jornal. Lava latas antes de reciclá-las. O mesmo com garrafas e vasilhames plásticos. Jamais mistura lixo orgânico com reciclável. Um simples guardanapo de papel sujo pela marca de uma boca limpa de molho de tomate causa uma crise. Insiste com a família o que deve ser jogado no lixo orgânico. Gasta momentos preciosos do dia explicando as diferenças entre as lixeiras e o que deve ser colocado onde. Ensinamento que a família custa a absorver, tamanha a complexidade.


Há muito evita frango de bandeja. Não só porque a bandeja de isopor é um dos maiores inimigos do meio ambiente, mas também por causa dos boatos de que a carne branca que vem nela é contaminada por uma infinidade de hormônios de origem desconhecida que são absorvidos pelo nosso organismo e, claro, pela natureza.


Desconfia que a menstruação precoce da menorzinha seja resultado da irresponsabilidade e da falta de controle das granjas da região.


Evita atum em lata que não informa se de suas redes os golfinhos estão salvos.


Carne?


Biológica.


Vinho?


Orgânico.


Frutas e verduras?


Sem agrotóxico.


Apaga as luzes da casa como uma neurótica. Seus filhos vivem dando topadas por causa da escuridão. Estão sempre com a testa roxa ou galos.


Banho, barba e escovar dentes seguem uma rotina detalhada que foi calculadamente planejada como a invasão de um país vizinho para se resgatar reféns das mãos de terroristas.


Da pia, jamais escapa água não utilizada.


Banho: abrir o chuveiro, fechar, xampu, ensaboar, abrir, enxaguar, fechar. Sempre preocupados em fazer xixi no ralo para economizar a água de uma descarga. E que ninguém ouse jogar papel na privada.


Os filhos vão a pé para a escola. Sim, ela escolheu aquela para qual não precisa de transporte que poluiria mais ainda a cidade. Obrigou o marido a trocar a pick-up por um carro a álcool e vendeu o seu carro. Pois descobriu que uma pessoa que utiliza carro a gasolina em seus deslocamentos rodando em média 30 quilômetros diários em área urbana tem um débito de carbono elevado de 1.763 kg/ano. Já o uso de caminhonetes em área urbana resulta num débito de carbono péssimo de 2.781 kg/ano.


Enumera diariamente se faz tudo corretamente.


E se desespera ao ver pela janela a mancha escura que cobre a cidade, a quantidade de carros que entope as ruas próximas, o lixo nas calçadas.


Sente raiva e culpa.


Isso mesmo, aquele sentimento que deprime os incompreendidos: muita culpa. Culpa por não poder fazer mais pelo planeta querido, ameaçado, único. O que a leva a, nervosa, sozinha em casa, acender um cigarro na varanda, fumar até o talo e jogar a bituca no lixo.


Orgânico.


E se lavar toda, já que fuma escondida da família.


Nunca parou para pensar por que fuma eventualmente, gesto que não combina com ela. Certamente para não se sentir à parte numa cidade com tantos vícios. E para não ter pena de si mesma, o que só aumentaria a angústia, a solidão, e a tornaria incapaz de agir. Nem vem: desse cigarrinho ela não abre mão.

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Published on August 12, 2012 08:55

August 10, 2012

não é TV


 


“It’s not TV, it’s HBO”.


Nunca este lema da HBO fez tanto sentido.


Porque na verdade ela está reinventando a TV, inserindo no seu DNA elementos de cinema e literatura pop.


Com uma série atrás da outra em que faz o público se viciar e o mercado babar de inveja, roubando talentos da indústria.


A HBO descobriu a fórmula das séries das quais não esqueceremos, fazem e fizeram história, ousa sem medo de errar. E tem para todos os gostos.


Tem séries históricas, com vampirinhos, humor e até brasileiras.


ROMA, BAND OF BROTHERS, DA TERRA À LUA deixaram herdeiros.


No intervalo das próximas temporadas de MADMEN, GAME OF THRONES e BOARDWALK EMPIRE, estrearam neste mês abrindo a temporada duas séries que pegaram já: THE NEWSROOM e VEEP.


 



 


THE NEWSROOM [exibida aos domingos e reprisada na semana], criada por Aaron Sorkin, de “A Rede Social” e “O Homem que Mudou o Jogo”, relê o telejornalismo e a sua decadência revendo casos que foram notícia nos últimos tempos, como o vazamento da plataforma da BP em Lousiana. A pergunta que se faz é: Será que não dá mais pra fazer bom jornalismo?


Ela pega o clima frenético de uma redação de um telejornal, os dilemas de se fazer um programa ao vivo e de grande repercussão, protagonizada por personagens que em outros tempos já derrubaram presidentes, detonaram ou terminaram guerras.


VEEP [exibida na segunda e reprisada depois] é a volta de Julia Louis Dreyfus [Elaine, de Seinfeld] à TV, dessa vez com sucesso.


Ela faz SELENE, vice-presidente americana que vive às turras com o poder, mostra a sua inutilidade, os encontros inúteis, lobbies fracassados, o ciúme da primeira-dama, os patéticos foras de todos os políticos de Washington e a sua incapacidade de diálogo com a filha Catherine [nitidamente inspirada em Chelsea, filha dos Clintons].


Humor negro, rasgado [foi inspirada numa série da BBC], em episódios de 30 minutos que voam. Imperdível.


E começa a temporada também de séries brasileiras, como FDB, da Pródigo, escrita pelo grande JOSÉ ROBERTO TORERO, que aborda o universo do futebol brasileiro através daquele para quem não damos a menor bola, o juiz.


Interpretado por Eucir de Souza, o personagem Juarez Gomes da Silva tem o sonho de apitar uma Copa do Mundo.


Série que a HBO há muito promete, investiu pesado, aqueceu o mercado, pediu ideias e sinopses a praticamente todas as produtoras, criou grande expectativa e premiou os garotos de São Paulo da PRODIGO.


 


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Published on August 10, 2012 08:22

August 9, 2012

volta, vem viver outra vez ao meu lado

Em sua sétima semana de exibição, em 201 salas espalhadas pelo Brasil: E AÍ, COMEU?


 



 


E volta em cartaz: IL VIAGGIO


 


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Published on August 09, 2012 08:23

August 8, 2012

calma aí

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Published on August 08, 2012 08:08

August 7, 2012

a ganância das companhias aéreas


 


A ANAC abriu ontem audiência sobre acessibilidade.


Instaurou audiência pública sobre proposta de revisão da resolução de 2007 que dispõe do acesso ao transporte aéreo de Passageiros com Necessidade de Assistência Especial.


Os interessados poderão enviar contribuições no site www.anac.gov.br até 5 de setembro de 2012, além de participar de audiências presenciais, cujos horários e locais serão oportunamente anunciados.


A agência quer transferir aos operadores aeroportuários – Infraero e as concessionárias dos aeroportos privados – a responsabilidade pelo transporte dos passageiros com necessidades especiais, pessoas com mais de 60 anos, gestantes, mães com crianças de colo e menor desacompanhado, as chamadas PRIORIDADES.


Quer também ampliar a rede de ambulifts- espécie de van-elevador que leva a prioridade para aviões não estacionados em fingers.


Só há ambulifts no Brasil em 4 aeroportos: Guarulhos, Congonhas, Brasília e no Galeão.


Acompanhantes indispensáveis ao deficiente podem ter 80% de desconto na passagem. O mesmo desconto se aplica ao excesso de bagagem da pessoa com necessidades especiais, quando a bagagem incluir equipamentos médicos ou ajuda técnica fundamental.


Porém, segundo a FOLHA, a ANAC quer o fim de reserva da 1ª fileira para grávidas e deficientes.


“Uma proposta da Agência Nacional de Aviação Civil quer acabar com a reserva das três primeiras fileiras dos aviões para gestantes, idosos e deficientes. A minuta da resolução, aberta para sugestões desde ontem no site da agência, libera as companhias para acomodarem esses passageiros em qualquer área, desde que em assentos no corredor e com braços móveis ou removíveis”, diz o jornal.


Primeiro, tem lógica colocar no fundo da aeronave exatamente quem precisa de auxílio para se locomover?


A desculpa: concentrar passageiros com necessidades especiais nas três primeiras fileiras, como se faz hoje, não seria a opção mais segura em caso de emergência, melhor espalhá-los pela aeronave perto de outras saídas.


Espera lá.


Numa emergência, na pressa, a tripulação saberá onde estão aqueles que precisam de auxílio? Concentrar na frente não é uma forma de identificá-los e ajudá-los?


Na verdade, a proposta esconde a vergonhosa prática das empresas, que se utilizam de regras de evacuação emergenciais, para cobrar mais pelos assentos mais espaçosos, o chamado ASSENTO CONFORTO.


Aquilo que existe para salvar vidas, espaço perto das portas de emergência, serve para dar lucro às empresas.


Pelo raciocínio, quem paga mais tem direito aos primeiros lugares na evacuação.


Raciocínio mórbido.


Seria como cobrar de passageiros o assento garantido em botes salva-vidas, caso haja pouso no mar. Os bilhetes mais baratos só dão direito a coletes.


Outra regra polêmica é a de estabelecer um máximo de 2 passageiros que não podem se mover sozinhos para cada avião.


Algo subjetivo que pode criar confusão e, em tempo de PARAOLIMPÍADAS, inviabilizar os jogos no Rio de Janeiro.


É melhor a ANAC pensar direitinho no que propõe e é proposto.


E saber identificar a ganância do mercado.

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Published on August 07, 2012 13:26

Marcelo Rubens Paiva's Blog

Marcelo Rubens Paiva
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