Joel Neto's Blog, page 93
June 22, 2012
TERRA CHÃ, 22 DE JUNHO DE 2012
Duas semanas de ausência, para viagens e lançamentos, e já não consigo orientar-me novamente no meio do novo romance. Suponho que ele próprio não saiba ainda quem é. Aproveito e dou uma volta por alguns dos livros que me ofereceram em São Miguel: “O Rochedo Que Chorou”, de João Pedro Porto; “30 Crónicas II”, de Emanuel Jorge Botelho; “Na Esquina das Ilhas”, de Lélia Nunes; “África”, de Urbano Bettencourt; “O Deus dos Últimos”, de Daniel de Sá; “borderCrossings-leituras transatlânticas”, de Vamberto Freitas. Leio os dois ensaios que me faltava ler neste último e torno a admirar a qualidade técnica e a dedicação do autor à causa da literatura açoriana (e norte-americana, e brasileira e portuguesa, aliás). Depois, trato do Daniel de Sá todo de uma vez e confirmo-o: independentemente da geografia sobre que escreva, o Daniel escreve sempre sobre a ilha. Em vez de manipular o espaço, manipula o tempo – e o resultado é que cada história de outra geografia é como que uma história a ser contada “na” ilha a alguém que precisa de evadir-se dela por instantes. Que inveja.
Caminhadas de final de tarde II
A ERC e a escola que ela própria fez com o caso Pedro Rosa Mendes
Naturalmente, a ilibação de Miguel Relvas pela ERC haveria sempre de provocar um coro de protestos. Diz mesmo a diretora do Público, Bárbara Reis, que com este relatório o órgão “provou a sua inutilidade”. Tenho dúvidas. Desde o princípio que o caso de Maria José Oliveira me parecia sustentado um pouco no limite. Liam-se as denúncias, conferiam-se os protestos e, afinal, era quase uma questão de fé: de acreditar na jornalista ou de acreditar no ministro. De maneira que, depois do caso Rosa Mendes e daquele relatório em que tanto se podia noticiar que sim como que não, e aliás em ambos os casos ter razão, eu não espera outra decisão senão esta decisão segundo a qual Relvas fez uma pressão comprovadamente inaceitável, mas não comprovadamente ilegítima. Ou seja: a ERC não provou a sua inutilidade; por outro lado continua sem conseguir provar a sua utilidade. E já vai sendo tempo de ela ver alguma coisa que não estejamos todos a ver só pela leitura dos jornais./DN
Esta nossa mania de endeusar o que os estrangeiros "elogiaram"

Eu percebo que Bárbara Guimarães esteja orgulhosa do facto de ter sido objeto de uma biografia no Biography Channel. Toda a gente gosta de um mimo. Mas o agora dito Bio é muito diferente do canal que chegou aqui há uns anos a Portugal. De início, contava as vidas de ditadores e de presidentes, de prémios Nobel e de protagonistas da História. Agora, conta as vidinhas de estrelas de Hollywood e de famosos de cada país onde emite. Em Portugal, por exemplo, já se dedicou a Alexandra Lencastre e a Catarina Furtado. A próxima pode perfeitamente ser Luciana Abreu. E isso, sendo envaidecedor, não é propriamente a glória./DN
Simplesmente o melhor entre os 368 jogadores do Europeu

A urgência de encontrar heróis para um Europeu demasiado desprovido deles levou a UEFA a avançar já ontem, numa altura em que ainda só estava concluída fase de grupos, com a lista dos 33 jogadores candidatos à equipa ideal da prova. A escolha não é apenas um risco: é um absurdo. Como nos demonstra a História, todos os grande ícones se assumiram nas fases a eliminar – e muitos deles, aliás, apenas apareceram ao longo delas, tendo passado quase despercebidos durante os primeiros três jogos. Pois talvez tivessem ficado mais descansados, os senhores da UEFA, se pudessem ter assistido à exibição de Cristiano Ronaldo antes da elaboração da lista. Muito claramente: sem herói é que este campeonato não fica. E, consiga Portugal passar também as meias-finais, estou mesmo convencido de que será dele o título de MVP da prova. Golos, remates ao ferro, fintas maravilhosas – não lhe tem faltado nada, ainda que no jogo com a Dinamarca tenha falhado dois golos por sobranceria. Ronaldo pode até nem ser o melhor jogador do mundo. Mas já era o melhor jogador do ano – e, por esta altura, é também o melhor jogador do Europeu./O JOGO
É que nós temos mesmo uma hipótese de ganhar esta gaita

A lesão de Postiga preocupa-me. Hélder Postiga falha muitos golos, mas é um elemento do ataque. Hugo Almeida está simplesmente para ali, como um peso morto, falhando cada oportunidade de golo, deixando-se cair em fora de jogo nos instantes menos próprios e, inclusive, fazendo-se aos lances de uma maneira que chega a ser cómica. Bem sei que não é simpático dizê-lo neste momento de unanimidade nacional. Mas a solução para as meias-finais tem de começar a ser ensaiada de imediato. E, não possa jogar Hélder Postiga, tem de jogar Nelson Oliveira. Ponto./O JOGO
Com f grande
Fabio Capello concorda com Platini: a final será um Alemanha-Espanha. É mais uma aposta tipo odd de casa de apostas: óbvia e sem risco. Por mim, só me apetece dizer como nos bons velhos tempos: pode ser que se lixem. E se calhar até se lixarão./O JOGO
June 21, 2012
Cantilena para Paulo Bento, Jesus Cristo e quem mais mande nisto
Por favor: se na meia-final não puder jogar o Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira. Por favor: se na meia-final não puder jogaro Postiga, que jogue o Nelson Oliveira.
Saudinha é o que se precisa
Se tudo correr normalmente, o novo ministro das finanças da Grécia será o banqueiro Rápanos. Que pena não ser em Portugal, que a gente fazia tantas piadas.


