Rui Azeredo's Blog, page 26

September 18, 2014

Já à venda «O Anjo Negro», de Antonio Tabucchi

dq-O Anjo NegroValeria a pena comprar O Anjo Negro, livro de contos de Antonio Tabucchi agora editado pela Dom Quixote, só pela fotografia da capa, que parece saída da mente dos criadores da série televisiva True Detective. Mas é garantido que o interior, ou contos, são outra aposta ganha para quem deitar a mão a O Anjo Negro.


Sinopse: «Um admirável conjunto de seis contos, que de algum modo retractam o lado negro da alma humana: a cobardia, a traição, a prepotência, a vaidade.

Um dos contos, “Noite, mar ou distância” passa-se em Lisboa, em 1969, e remete, sem o dizer, para um célebre poema de Alexandre O’Neill “Sigamos o Cherne” e para uma Lisboa sombria nos anos finais da ditadura.

Na sua nota introdutória, Antonio Tabucchi define assim os anjos que lhe inspiraram estes contos: Os anjos são seres difíceis, principalmente os da espécie de que se fala neste livro. Não têm penas macias, têm um pelame ralo, que pica.»


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Published on September 18, 2014 07:33

September 12, 2014

«O Nadador» – Joakim Zander

obj-nadadorMal informado, pensava eu, ao pegar em O Nadador, que me preparava para ler mais um policial nórdico quando afinal, diante dos meus olhos, deparo-me com um romance de espionagem internacional, e dos bons.

O Nadador é uma trepidante aventura que atravessa décadas e terras, desde os anos 80 na Síria, passando pelo Afeganistão e Iraque (anos 1990 e 2000) e pela Suécia, Bruxelas e Paris atuais. A ver pelos cenários referidos já deu para perceber que terá algo que ver com operações militares. É verdade, a ainda com os negócios internacionais obscuros que as acompanham, ou melhor, fomentam.

Este livro tem uma coisa de que gosto, consegue surpreender mais do que já de si é habitual no género, nomeadamente através de mortes abruptas e inesperadas de personagens que tomamos por protagonistas indestrutíveis e fundamentais ao desenrolar do enredo.

De início, é algo difícil «enfiarmo-nos» no livro, dada a diversidade geográfica e de épocas, com saltos no tempo, com que temos de lidar, ainda para mais numa altura na qual ainda não conhecemos bem as personagens. Os capítulos curtos e a escrita simples ajudam-nos a entrar no(s) enredo(s) e depois já nos sentimos como peixe na água, onde a única coisa que não controlamos são as reviravoltas que o autor nos preparou. Mas na verdade também não seria esse o meu objetivo, pois gosto de ser surpreendido neste tipo de obra. E O Nadador tem uma vantagem, pois por vezes consegue fugir ao que é habitual. Quantas vezes, em obras deste género, há uma fórmula base comum a todas e com «treino» acaba-se por perceber quando surge uma surpresa… pelo que deixa de ser surpresa. Ou cai-se no exagero da reviravolta sobre reviravolta, forçando a surpresa, mas aí perde-se em termos de credibilidade.

Em O Nadador, Zander, apesar de estreante na escrita, consegue, mesmo não sendo este um romance extremamente inovador, fugir à vulgaridade, não tanto pelas personagens, algo tipificadas, mas mais pela complexidade do argumento.

Será que depois dos policiais nórdicos poderá surgir uma vaga de thrillers de espionagem nórdicos? Se estiverem à altura deste, por mim tudo bem.


Autor: Joakim Zander

Título Original: Simmaren

Editora: Suma de Letras

Tradução: João Reis

Ano de Edição: 2014

Páginas: 464


Sinopse: «Damasco. Uma noite quente no princípio dos anos 80. Um agente americano entrega a sua bebé a um destino incerto, uma traição que jamais se perdoará e que será o começo de uma fuga de si próprio. Até ao dia em que não pode continuar a esconder-se da verdade e se vê obrigado a tomar uma decisão crucial.

Trinta anos depois, Klara Walldéen, uma jovem sueca que trabalha no Parlamento Europeu, vê-se envolvida numa trama de espionagem internacional na qual está implicado Mahmoud Shammosh, o seu antigo amante e ex-membro das forças especiais do exército sueco.

Klara e Mahmoud transformam-se no alvo de uma caçada através da Europa, um mundo onde as fronteiras entre países são tão ténues como a linha que separa um aliado de um inimigo, a verdade da mentira, o passado do presente.»


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Published on September 12, 2014 10:52

BD «Portugueses na Grande Guerra», de Carlos Baptista Mendes, sai no final de setembro

arc-GGA Arcádia, editora integrada no Grupo Babel, edita no final de setembro o álbum de banda desenhada Portugueses na Grande Guerra (1914-1918), com desenhos de Carlos Baptista Mendes e argumento de Margarida Brandão. O prefácio deste livro com 48 páginas é assinado pelo general Loureiro dos Santos.

No álbum estão compilados, segundo a editora, «alguns momentos significativos do comportamento dos militares que participaram na Primeira Guerra Mundial». Estes episódios foram inicialmente publicados no Jornal do Exército. Há duas exceções, «O Soldado Milhões» e «José Hermano Baptista», desenhados propositadamente para esta edição da Arcádia.

Carlos Baptista Mendes e Margarida Brandão conquistaram em 1989 o Prémio BD do Centro Nacional de Cultura, em 1989, com o álbum Infante D. Henrique.


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Published on September 12, 2014 08:45

«Amor que Mata», de Rosa Montero, aborda a influência no mundo das relações afetivas dos grandes tiranos

PrintA Matéria-Prima acaba de lançar Amor que Mata, obra da jornalista e escritora espanhola Rosa Montero que aborda o modo como as relações afetivas dos grandes tiranos mudaram o século XX.


Sobre o livro: «Há uma relação direta entre a pequena história da intimidade e a grande e devastadora história das ditaduras.

“Falar de alguns dos tiranos mais conhecidos ponto de vista das esposas, amantes e filhas, e do lugar que a mulher ocupava nos seus projetos megalómanos, permite aprofundar a compreensão das tragédias sociais, recorrendo à análise das tragédias domésticas.”

Hitler nunca quis assumir qualquer relação, consciente de que a sua “disponibilidade” seria um fator decisivo junto do eleitorado feminino. Estava certo.

Segundo Mussolini, as mulheres eram como as massas, ambas feitas para serem violadas.

Estaline era violento e cruel com as mulheres, levando-as ao desespero, mas ponderava o suicídio quando elas morriam.

Franco ordenou as mais bárbaras execuções mas, na intimidade, era altamente influenciado pela mulher, desejosa de poder e dinheiro, que o construiu como ditador.

Estes homens adoraram, usaram e executaram mulheres. Viveram com elas um único tipo de amor: o que mata.»


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Published on September 12, 2014 07:00

Edição revista e aumentada de «A Última Dama do Estado Novo», de Orlando Raimundo, para ajudar a entender o marcelismo

dq-A Última Dama do Estado NovoA Última Dama do Estado Novo e Outras Histórias do Marcelismo, ensaio biográfico da autoria do jornalista Orlando Raimundo, acaba de ser editado pela Dom Quixote numa versão revista e aumentada. A obra, originalmente editada em 2003, partilha novas revelações que ajudam a entender o que foi marcelismo e o papel do império no imaginário e na política do século XX.


Sobre o livro: «Orlando Raimundo – o jornalista que trouxe ao conhecimento público o famoso documento encontrado nos Arquivos de Salazar (de início atribuído a Franco Nogueira mas que veio a saber-se ser de André Gonçalves Pereira), propondo abdicar das colónias menos importantes para resistir em Angola e Moçambique – vem revelar aqui as suas origens modestas, a ajuda dos amigos na sua formação, o núcleo de pressão que o levou ao poder, o drama vivido com a doença da mulher, a forma como a filha, Ana Maria Caetano, foi condenada a assumir o papel de primeira-dama – desistindo do casamento com Adriano Moreira, então um advogado de grande prestígio – e, por fim, as determinações frias e racionais sobre a questão colonial que acabaram por levar à queda do regime em 1974 e ao seu exílio no Brasil.»


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Published on September 12, 2014 06:39

«O Manuscrito nos Confins do Mundo», de Marcello Simoni, traz de volta «o mercador de livros malditos»

ca-manuscritoO Manuscrito nos Confins do Mundo, novo romance histórico de Marcello Simoni, autor de O Mercador de Livros Malditos, acaba de ser lançado pelo Clube do Autor. Trata-se do terceiro livro protagonizado por Ignazio de Toledo, o «mercador de livros mais famoso da Historia».


Sinopse: «Ano do Senhor de 1229. Uma série de estranhos assassinatos desperta a atenção de Konrad von Marburg. O inquisidor, responsável por muitas fogueiras, decido investigar os Luciferianos, uma seita que se dedica a um antigo e misterioso culto.

Suger de Petit-Pont, um magíster medicinae expulso da universidade de Notre-Dame, que, mau grado seu, se vê envolvido no caso, atrai as suspeições de Von Marburg. Mas não será o único.

Ignazio de Toledo parte em direção a Nápoles para tentar vender uma relíquia. Inesperadamente, irá incendiar as suspeições do inquisidor, sendo considerado o responsável por todos os crimes de um cavaleiro esquivo e perigoso.

Para provar a sua inocência, o mercador de livro malditos vai ter de descobrir, com a ajuda do filho, quem são os membros da seita e qual é o papel do precioso manto que tanto procuram. As pistas levam-nos à «Corte dos Milagres» de Frederico II e a um livro escrito muitos séculos antes, pelo primeiro rei da Babilónia, o rei maldito.»


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Published on September 12, 2014 02:14

September 10, 2014

Luís Aguilar apresenta «Mourinho Rockstar» a 11 de setembro na Ler Devagar (Lisboa)

ts-Capa Mourinho RockstarMourinho Rockstar: As Duas Faces do Treinador Mais Polémico do Mundo, do escritor e jornalista  Luís Aguilar, será apresentado a 11 de setembro na Livraria Ler Devagar (LX Factory – Lisboa), às 19h00, pelo jornalista José Manuel Freitas e pelo ex-jogador Maniche. O livro, uma edição Vogais que será nesse mesmo dia colocado à venda, trata-se, explica a editora, de «uma biografia profissional e passional de Mourinho através das maiores controvérsias que teve com jogadores, treinadores, dirigentes e jornalistas.


Sobre o livro: «Em 2011, quando era treinador do Real Madrid, JOSÉ MOURINHO foi considerado a “estrela rock do ano” pela edição espanhola da revista Rolling Stone. Foi a primeira vez que esta publicação elegeu como rockstar uma figura não pertencente ao mundo da música. Motivo? “Pela arte maquiavélica de irritar toda a gente.” Por encarnar um espírito rock’n’roll na forma como lida com os desafios da sua profissão. Um homem que se ama ou se odeia. Sem meio-termo. Mourinho nunca provoca indiferença. Para o bem e para o mal.

Mourinho Rockstar mostra os dois lados deste homem. Um anti-herói dos tempos modernos. Retratado por aqueles que privaram com ele. De Ibrahimovic a Pep Guardiola, passando por Alex Ferguson, Jorge Costa e Sergio Ramos, entre muitos outros. De um lado, os que o admiram. Do outro, aqueles que não o suportam.»


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Published on September 10, 2014 02:16

«Sonho de Bunker Hill» culmina a saga de Arturo Bandini, de Joe Fante

alfa-fanteSonhos de Bunker Hill, último volume da saga de Arturo Bandini, da autoria do escritor norte-americano Joe Fante, já foi editado pela Alfaguara. A saga completa-se com A Primavera há-de chegar, Bandini,  Estrada para Los AngelesPergunta ao Pó.

Sonhos de Bunker Hill, ditado por Fante à mulher depois de ter cegado devido à diabetes, foi publicado em 1982, um ano antes da morte do autor.


Sinopse: «Na Los Angeles de 1934, frenética e explosiva, Arturo Bandini, o jovem aspirante a escritor em busca de fama que conhecemos em Estrada para Los Angeles, continua a sua saga. Aos 21 anos, com os bolsos vazios e a alma carregada de sonhos ingénuos, Bandini tenta ganhar a vida como empregado de mesa no bairro de Bunker Hill, apinhado de imigrantes, bandidos e sonhadores.

Com genuína compaixão e admirável engenho, vai desfiando as histórias absurdas das personagens que o acompanham e que irão ser determinantes para que o nosso herói encontre finalmente aquilo que o trouxe à cidade de todas as promessas: uma voz.

Será essa descoberta que o levará a Hollywood e, por fim, à tão almejada fama e fortuna. Mas conseguirá Bandini encontrar as respostas para as inquietações que o perseguem?»


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Published on September 10, 2014 01:38

September 9, 2014

Joaquim Fernandes lançou na Gradiva o romance histórico «As Curandeiras Chinesas»

gra-curaJoaquim Fernandes lançou recentemente, na Gradiva, o seu novo romance histórico As Curandeiras Chinesas. Um motim que abalou a I República, que reconstitui ficcionalmente, segundo o próprio, «acontecimentos reais e incríveis, no ano I da nóvel República portuguesa». Trata-se, explica, de um episódio «alucinante e irracional, omitido e subestimado pelos nossos manuais e varrido para debaixo do tapete da História nacional».


Sinopse: «Lisboa, Novembro de 1911. Duas chinesas chegam à capital e recuperam a visão dos cegos mais pobres que as consultam. Publicitado o “milagre”, cresce a histeria colectiva e as autoridades ordenam a expulsão das duas curandeiras. A decisão acende um rastilho de protestos, no Parlamento e nos ministérios, congregando multidões em inflamados comícios. Há mortos, feridos e detidos nos motins da Baixa lisboeta. Cúmulo das ironias, Machado Santos, o vencedor da Rotunda, o fundador da República, torna-se de súbito no inimigo público dos que, um ano antes, o haviam levado em ombros…»


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Published on September 09, 2014 12:03

«O Amigo Andaluz», de Alexander Söderberg, inicia nova trilogia de policiais suecos

pe-andaluzOs policiais nórdicos vieram para ficar (e ainda bem) e O Amigo Andaluz, do sueco Alexander Söderberg, é o próximo a chegar, sendo editado a 12 de setembro pela Porto Editora. Trata-se do primeiro volume de uma trilogia que tem por protagonista Sophie Brinkmann, uma enfermeira que se vê enredada numa teia de crimes, envolvendo o tráfico de armas e de droga.

O livro foi traduzido diretamente do sueco por Ana Diniz, tradutora de Lars Kepler.


Sinopse: «Sophie Brinkmann é uma viúva que leva uma vida tranquila nos subúrbios de Estocolmo até conhecer Hector Guzman, um homem sofisticado e elegante. Ela não faz ideia de que sob o charme daquele homem se esconde algo sinistro. Hector é o cabecilha de uma organização criminosa. Ele está habituado a obter tudo o que quer, e o que ele agora quer é aniquilar os seus rivais.

Antes de se aperceber do verdadeiro mundo em que Hector se move, Sophie vê-se enredada numa implacável teia. Com a casa sob vigilância e a família em risco, em quem poderá ela confiar, quando a própria polícia é tão perigosa quanto os criminosos?

Neste primeiro volume da trilogia “Brinkmann”, Alexander Söderberg presenteia-nos com um magnífico romance sobre o mundo sórdido do tráfico de armas e droga, dando-nos ao mesmo tempo um retrato magistral da fragilidade humana.»


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Published on September 09, 2014 11:47

Rui Azeredo's Blog

Rui Azeredo
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