Rui Azeredo's Blog, page 33

June 17, 2014

«Bem Hajam! – Apontamentos de Viagem à Arménia», de Vassili Grossman, sai a 24 de junho

Bem Hajam!A 24 de junho chega às livrarias uma nova obra de Vassili Grossman, Bem Hajam! ‒ Apontamentos de Viagem à Arménia, numa edição Dom Quixote. Vida e Destino e Tudo Passa são outras obras de Grossman editadas entre nós.


Sinopse: «Poucos escritores foram confrontados com tantas das tragédias em massa do século XX como Vassili Grossman, e é provável que este seja lembrado, acima de tudo, pela terrível clareza com que escreveu sobre o Holocausto, a Batalha de Stalinegrado e a Grande Fome da Ucrânia. No entanto, Bem Hajam! ‒ Apontamentos de Viagem à Arménia, mostra-nos um Grossman muito diferente, notável pela sua ternura, pelo seu entusiasmo e sentido de humor. Este é, de longe, o seu livro mais pessoal e intimista, dotado de um ambiente de espontaneidade absoluta, em que Grossman parece estar simplesmente a conversar com o leitor acerca das suas impressões sobre a Arménia – as suas montanhas, igrejas antigas, gentes e costumes –, enquanto, ao mesmo tempo, examina os seus pensamentos e estados de espírito.»


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Published on June 17, 2014 15:54

Jacarandá, nova chancela Presença, arranca em outubro

jacarandaJacarandá é a nova chancela apresentada esta semana pela Editorial Presença e a sua chegada às livrarias está agendada para a rentrée de outubro, prometendo um catálogo generalista para os públicos adulto e infanto-juvenil. Nomes já anunciados são Hilary Mantel, por exemplo, assim como o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, de quem vai ser lançado um livro infantil.

Simona Cattabiani, vinda da Civilização Editora, será a responsável editorial da Jacarandá.  


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Published on June 17, 2014 15:47

Saga Como Treinares o Teu Dragão, de Cressilda Cowell, prossegue com «Como Seres um Pirata» e «Como Falares Dragonês»

dragao1dragao2Como Treinares o Teu Dragão 2 chegou recentemente às salas de cinema, mas nas livrarias também há novidades desta saga criada pela britânica Cressilda Cowell. Como Seres um Pirata e Como Falares Dragonês são os dois títulos lançados este mês pela Bertrand, que permitem assim aos meus novos conhecer mais aventuras do jovem viking Hiccup Hadoque Horrendo III.


Como Seres um Pirata

«Hiccup e os outros rapazes da Horda Hedionda começaram o Programa de Treino de Piratas, mas esse não é o maior desafio que têm pela frente! O caixão de Barba-Sombria, o Medonho, aparece juntamente com um mapa e um enigma… e ainda com Alvim, um viking que não é quem diz ser. Apesar dos protestos do Hiccup, que acha que não se deve abrir nada que diga “NÃO ABRIR”, o Chefe Estoico toma decisões que vão pôr em causa a segurança da tribo. E é então que um tesouro revela quem é o Verdadeiro Herdeiro de Barba-Sombria, e também o Herói desta história.»


Como Falares Dragonês

«Hiccup, o Perna-de-Peixe e o Desdentado perdem-se durante uma aula do Programa de Treino de Piratas, e acabam por ir dar de caras com os Romanos. Juntamente com um inesperado aliado, estes grandes e perigosos conquistadores engendraram um Plano Maquiavelicamente Astuto para dominar as tribos bárbaras, e o Hiccup vai ter de demonstrar novamente as suas capacidades de Herói para resgatar o Desdentado, salvar a sua vida e a dos seus amigos, e impedir que os vikings desapareçam do mapa…»


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Published on June 17, 2014 15:34

June 11, 2014

Ana Jorge responde à pergunta «O que é que os famosos têm de especial?»

te-famososA Texto Editora acaba de lançar O que é que os famosos têm de especial?, um livro da autoria de Ana Jorge que se debruça, explica a editora, sobre «relação dos jovens portugueses com a cultura das celebridades, procurando compreender as suas diferentes posições de audiência».


Sobre o livro: «Tornou-se um lugar-comum citar Andy Warhol e a sua profecia de que “no futuro, todos terão os seus 15 minutos de fama”. Esse “futuro” é o nosso presente, mas essa profecia corre o risco de se tornar ultrapassada por uma fama ainda mais fugaz e transitória, trazida pela voragem de uma televisão fragmentada e pelos media digitais. Por outro lado, tornou-se também um cliché considerar que os jovens querem ser famosos quando crescerem, mesmo que não saibam em quê.

Este livro pretende dar conta da relação dos jovens portugueses com a cultura das celebridades no contexto das suas práticas quotidianas, da sua inserção na família, na escola e em outros círculos sociais e culturais.»


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Published on June 11, 2014 02:04

June 6, 2014

Novidades Editoriais de Junho (II)

Capa A AmanteA Amante – James Patterson (Topseller)

«O jornalista Ben Casper é paranoico e obsessivo. E a maior e mais compulsiva das suas fixações é Diana, a bela mas inacessível mulher dos seus sonhos. Quando ela é encontrada morta, após uma queda da varanda do seu apartamento, as autoridades não hesitam em considerar que é um suicídio. Mas Ben conhecia bem Diana e sabe que ela nunca se mataria. Convence-se de que a amiga foi assassinada e embarca numa aventura arriscada para conseguir prová‑lo.

O jornalista descobre, porém, que ela levava uma vida dupla, e à medida que outras pessoas envolvidas na vida de Diana morrem em circunstâncias questionáveis, torna‑se evidente que alguém não quer que a verdade venha ao de cima. E, a menos que Ben desista da sua investigação, ele pode ser o próximo a “sair de cena”.»


Nunca me EncontrarãoNunca me Encontrarão – Robert Wilson (Dom Quixote)

«Charles Boxer arruinou a sua vida familiar. Primeiro o exército, depois a polícia, seguindo-se missões de alto risco de resgate de vítimas de rapto. A ex-mulher e a filha aprenderam a viver sem ele à medida que o seu trabalho o foi levando a lugares de onde nenhum homem regressa ileso.

A tentativa de reconstruir um relacionamento com Amy, a sua filha adolescente, não tem sido fácil. Mas Boxer só percebe a que ponto as coisas chegaram quando Amy desaparece, provocando os pais com as últimas palavras do seu bilhete: «NUNCA ME ENCONTRARÃO.

Porque não querem receber as notícias que todos os pais temem, Charles Boxer e Mercy Danquah aceitam o desafio. No entanto, depois de ter passado anos a localizar vítimas de rapto, Boxer sabe que, às vezes, o desaparecido não quer ser encontrado. E conhece o inferno que isto traz para as famílias – não está vivo nem morto, simplesmente desapareceu. Agora que o perigo lhe bateu à porta, Charles Boxer tem de desvendar o caso mais difícil em que alguma vez trabalhou.

10 de junho


Rainha Descalca_verdeA Rainha DescalçaIldefonso Falcones (Bertrand)

«Uma história de amizade, paixão e vingança que une a voz de duas mulheres pela liberdade.

No mês de janeiro de 1748, uma mulher negra deambula pelas ruas de Sevilha. Atrás de si deixou um passado de escravatura em Cuba, um filho que nunca mais tornará a ver e uma grande viagem de barco até à costa de Espanha. Caridad já não tem um dono que lhe dê ordens, mas também não tem onde dormir quando se cruza com Milagros Carmona, uma jovem cigana de Triana por cujas veias corre o sangue da rebeldia e a arte dos da sua raça.

As duas mulheres tornam-se inseparáveis e, entre sarabandas e fandangos, a cigana confessa à sua nova amiga o amor que sente pelo arrogante Pedro García, de quem a separam antigos ódios familiares. Pela sua parte, Caridad esforça-se por calar o sentimento que brota em seu coração por Melchor Vega, o avô de Milagros.

Quando um mandato real converte todos os ciganos em proscritos, a vida de Milagros e Caridad sofre uma trágica reviravolta. Embora os seus caminhos se separem, o destino voltará a uni-las numa Madrid onde confluem contrabandistas e cómicos, nobres e vilões; uma Madrid que se rende à paixão que emana das vozes e dos bailes dessa raça de príncipes descalços.

Ildefonso Falcones propõe-nos uma viagem a uma época apaixonante, marcada pelo preconceito e pela intolerância. De Sevilha a Madrid, desde o tumultuoso bulício dos ciganos até aos teatros senhoriais da capital, os leitores desfrutarão de um fresco histórico povoado de personagens que vivem, amam, sofrem e lutam por aquilo que acreditam ser justo.»

6 de junho


Dizem que SebastiãoDizem que Sebastião – João Rebocho Pais (Teorema)

«Sebastião Breda, vice-presidente de uma multinacional, workaholic e quarentão abastado, percebe um belo dia que a vida lhe tem passado ao lado e decide remediar a solidão convidando uma colega para um jantar romântico. O problema é que a sua bagagem não vai além de estratégias de venda e planos de marketing – e o arraso que leva de Margarida à mesa do restaurante é humilhação bastante para que o seu coração acabe a pregar-lhe um valente susto. O médico recomenda-lhe então um ano de descanso, e Sebastião resolve aproveitá-lo a cultivar-se, fazendo, numa livraria da Baixa, um amigo que lhe dá bons conselhos e sentando-se junto às estátuas dos escritores espalhadas pelas praças e jardins de Lisboa, que, eloquentes à sua maneira, o iluminam sobre os mais diversos assuntos, entre eles, evidentemente, a questão feminina. Um ano depois, não se pode dizer que Sebastião seja o mesmo homem.

Dizem Que Sebastião é uma homenagem aos livros e ao que podemos aprender com eles até sobre nós próprios.»

10 de Junho


aa-leipzigLisboaleipzig – Maria Gabriela Llansol (Assírio & Alvim)

«Inicialmente publicado em dois volumes, respetivamente com os títulos Lisboaleipzig I — O encontro inesperado do diverso e Lisboaleipzig II — O ensaio de música, esta é a primeira edição em volume único, profundamente revisto por João Barrento e Maria Etelvina Santos, e com ilustrações de Ilda David’.

Como nos diz Fernando J.B. Martinho, neste livro «[…] tempo, espaço, representação são categorias que o texto anula, errante, como as figuras da narradora e sobretudo Aossê, ser da errância por excelência, de quarto em quarto, de casa em casa. Lisboa em Leipzig, Leipzig em Lisboa, Lisboaleipzig. Nada de surpreendente.

Surpreendente — assim a fixa o texto — será a proposta que Aossê faz a Bach: musicar-lhe um poema, em que está implicado por inteiro o destino do seu povo. Um poema que, assim, se volva “canto”, “cântico” e que se “ouça em toda a Europa, que é a partemestra do mundo”. […] O que fica é a consolação da escrita, a reiterada insistência nela, para além da dispersão, da loucura, da incompreensão que são o preço a pagar, quando se anda “à procura de um final feliz”.»

6 de junho


Eusébio Como Nunca se ViuEusébio Como Nunca se Viu – António Simões (Dom Quixote)

«Aqui está Eusébio como não se imagina. Em imagens nunca antes vista de intimidade e cumplicidade. E em histórias que são espantos: as sovas da mãe; o cauteleiro maneta que lhe mudou o destino; a camisola de Chico Buarque a fugir da ditadura; o trompetista que sonhara ser presidente dos EUA e que exigiu vê-lo; a PIDE aos tiros no lar onde vivia; a mala com 500 contos em notas que o pôs numa praia com os sapatos escondidos; a ideia de o raptarem antes do Mundial de 1966; os guarda-costas que não o largaram depois de mulheres se atirarem a uma piscina; o curto-circuito que não o matou no banho, mas matou um companheiro; os vistos que lhe negaram para levar o coração a Moscovo e a Maputo; o Benfica a desculpar-se por ele escapar, sorrateiro, à inauguração da Ponte sobre o Tejo. E em tanto, tanto mais… Eis Eusébio na fotobiografia que faltava!»

10 de junho


O Essencial dos Mundiais para Ler em 90 MinutosO Essencial dos Mundiais Para Ler em 90 Minutos – Mais Futebol (Livros D’Hoje)

«É de Jorge Valdano a frase que resume melhor aquilo de que se fala quando se fala de campeonato do mundo de futebol: “Bem-vindos ao mês em que todos os dias são domingo.”

…É fácil passar-se em cinco segundos da Itália fascista de 1934 à Coreia febril de 2002, usando como ponte apenas o nome do equatoriano Byron Moreno. Tão fácil como percorrer nas oito letras da palavra Gaetjens a distância que separa o Haiti de Belo Horizonte. Ou como gastar uma hora de debate animado a dissecar os 12 segundos com que Maradona arrasou o Império Britânico.

Todos estes seriam rumos possíveis para 90 minutos de conversa. Ou para um livro que pretende apresentar-lhe nessa hora e meia (mais descontos…) os nomes e momentos essenciais de uma história actualizada de quatro em quatro anos mas reescrita a cada frase começada por “lembram-se daquele golo/falhanço/roubo/gajo?” Mas escolhemos outro caminho. Um que começa e acaba no melhor golo de sempre, sendo estes dois golos tão diferentes como a água e a cerveja.»

10 de junho


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Published on June 06, 2014 08:27

June 4, 2014

Novidades Editoriais de Junho (I)

Cláudio e ConstantinoCláudio e Constantino – Luísa Costa Gomes (Dom Quixote)

«Cláudio e Constantino é uma novela rústica em paradoxos – tem família em Voltaire e na Condessa de Ségur, mas também em Sterne, em Proust, na tradição romântica, nas Mil e Uma Noites… É um texto que usa um dispositivo ficcional paródico e humorístico para apresentar e brincar com alguns dos paradoxos clássicos da história da Filosofia. Dito assim, parece um romance filosófico, mas não… É sobretudo uma ficção que propõe um universo utópico, afectuoso e leve onde dois irmãos se deparam a cada momento com as grandes e pequenas questões que o conhecimento do mundo permanentemente lhes coloca.»

10 de junho


Segredos de Amor e SangueSegredos de Amor e Sangue – Francisco Moita Flores (Casa das Letras)

«Um livro que marca o regresso do autor à época em que Diogo Alves, o célebre galego que matava no Aqueduto das Águas Livres, era o grande protagonista do crime em Lisboa.

Moita Flores traz de volta o célebre criminoso como pretexto para reconstruir a Lisboa popular dos anos trinta do século XIX, um tempo em que a cidade se despia dos antigos trajes pré-liberais e dava os primeiros passos no Liberalismo emergente. Marcado pela violência e pela pobreza, este romance é uma história de ternura e de paixão, num tempo agreste, onde a força da Paixão e das Letras se impõe à voracidade da guerra e do crime, num país que tinha uma população com noventa por cento de analfabetos.

Uma obra fascinante sobre um momento pouco conhecido da História portuguesa.

10 de junho


planoK_dois_hoteis_lisboaDois Hotéis em Lisboa – David Leavitt (Quetzal)

«Dois casais de forasteiros travam conhecimento na lisboeta e cosmopolita pastelaria Suíça. Estamos no ano de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, e Lisboa fervilha com milhares de refugiados – que esperam pelo visto e pela possibilidade de viagem para a América –, espiões e membros da realeza europeia.

Pete e Julia Winters são expatriados americanos burgueses que viviam em Paris; Edward e Iris Freleng são americanos também, mas mais ricos, sofisticados e boémios. Por coincidência, estão todos hospedados no Hotel Francfort, em Lisboa, mas não no mesmo.

É num ambiente de tensão e de total insegurança em relação a tudo, e em especial ao futuro, que a ligação entre os dois homens se desenvolve, acabando por se tornar num arrebatado relacionamento amoroso.

Um romance maravilhosamente escrito, com um forte pendor sexual e político.»

6 de junho


asa-agathaQuem Matou o Almirante? – Agatha Christie, Dorothy L. Sayers e outros (ASA)

«O inspetor Rudge não se depara com muitos crimes na pacata vila costeira de Whynmouth. Por isso, quando um cadáver é encontrado num barco à deriva, a sua perplexidade é total. Os obstáculos multiplicam-se.

Torna-se óbvio que o vigário da vila, infeliz dono do barco, não está a contar tudo o que sabe. A sobrinha da vítima desaparece… e até a identidade do próprio morto é posta em causa. Perante tantas pistas contraditórias, o perplexo inspetor começa a questionar o número de pessoas envolvidas no crime extraordinário e, pior, se conseguirá um dia desvendá-lo.»


asa-saboresO Livro dos Sabores Perdidos – Nicky Pellegrino (ASA)

«As colinas de Favio, uma pequena vila siciliana, escondem um tesouro inesperado: a Escola de Culinária de Luca Amore. Ao pendurar quatro aventais limpos para o novo curso que se avizinha, Luca antecipa a rotina do costume: preparar belas refeições com iguarias locais, visitar aromáticas vinhas e olivais a perder de vista, proporcionar momentos agradáveis às suas quatro alunas e desejar-lhes uma boa viagem de regresso a casa.

Ao dirigir-se ao aeroporto, o jovem não imagina que a sua vida está prestes a mudar… e muito. Acabadas de chegar, Moll, Tricia, Valerie e Poppy são muito especiais. Eis o que Luca ainda não sabe sobre elas: uma esconde um segredo, outra espera voltar a encontrar o amor, outra tenta desesperadamente fugir à sua própria vida e a última já o conseguiu.

E quando lhes dá as boas-vindas e coloca gentilmente sobre a mesa uma garrafa de Prosecco e cinco copos, Luca inicia um curso de culinária muito diferente dos anteriores. Mas essa é mais uma coisa que ele não pode saber… ainda.»


image011Amores Secretos – Kate Morton (Suma)

«Laurel, actriz de sucesso, regressa à casa da família para celebrar o nonagésimo aniversário da mãe, Dorothy, que sofre de Alzheimer.

Esse dia recorda-lhe um outro, há muito esquecido. Naquele fatídico aniversário do seu irmão, Laurel estava escondida na casa da árvore, a fantasiar com um amor adolescente e um futuro grandioso em Londres, quando assistiu a um crime terrível, que mudaria a sua vida para sempre. Foi com terror que Laurel viu a mãe cravar a faca do bolo de aniversário no peito de um desconhecido. O regresso ao local onde tudo aconteceu é a última oportunidade para Laurel descobrir o temível segredo daquele dia e encontrar as respostas que só o passado da sua mãe lhe pode dar. Pista após pista, Laurel irá desvendar a história secreta de três desconhecidos que a Segunda Guerra Mundial uniu em Londres — Dorothy, Vivien e Jimmy — e cujos destinos ficaram para sempre ligados.»


cl-infernoDepois do Inferno – Michelle Knight com Michelle Burford (Casa das Letras)

«“No dia em que desapareci, em 2002, aparentemente poucas pessoas deram por isso. Tinha 21 anos e era uma jovem mãe que tinha parado uma tarde numa loja para pedir informações. Durante os 11 anos seguintes estive sequestrada no inferno. Essa é a parte da minha história que provavelmente pode já conhecer. Mas há muito que não conhece.”

Assim começa o relato de Michelle Knight, a primeira das três norte-americanas raptadas por Ariel Castro, acusado posteriormente de sequestro e violação. Em Maio passado, o cativeiro chegou ao fim quando uma delas, Amanda Berry, conseguiu fugir e deu o alarme às autoridades. “Invisível. Foi como me senti nos quase quatro mil dias em que sobrevivi a Ariel Castro”, conta nas mais de 200 páginas nas quais fala de uma “década de escuridão”, com violações diárias, e de “uma vida finalmente resgatada”.

Knight diz que se sente em paz e que perdoa inclusive o seu sequestrador que se suicidou na prisão, em Agosto, pouco depois de ter sido condenado a perpétua. Afirma que está contente com o seu quotidiano e que o simples facto de acordar, tomar o pequeno-almoço, olhar o céu e ver televisão a fazem feliz. Dedica Depois do Inferno ao filho, Joey, actualmente com 14 anos, adoptado durante o seu longo desaparecimento.»


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Published on June 04, 2014 01:21

June 2, 2014

Novidades Editoriais de Maio (VI)

gra-costaOs Filhos da Costa do Sol – A Nova Geração (Gradiva)

«O 25 de Abril de 1974 foi a época dos primeiros Filhos da Costa do Sol. Quarenta anos depois, Manuel Arouca dá continuidade às personagens dessa louca geração dos anos 70. Onde estão elas agora? Quem são, como vivem, o que sonham os seus filhos? Um livro que traça um retrato em sangue e alma de uma sociedade que voltou a ser poderosa e influente, a par do confronto de gerações e de uma grande história de amor. Um grande, grande livro, com uma autenticidade, uma força narrativa incomum, uma verdade impiedosamente revelada, que toca profunda e inesquecivelmente o leitor.


ca-estrnhaEstranho Lugar Para Amar – Luísa Castel-Branco (Clube do Autor)

Estranho lugar para amar tem a aldeia do Colmeal, abandonada desde 1957 na sequência de uma decisão judicial inédita em Portugal, como palco e fonte de inspiração. É aí que encontramos as personagens principais do novo romance da escritora Luísa Castel-Branco e todo um universo mágico e encantatório. Por isso, ficção e realidade caminham lado a lado neste livro em que nos desafiamos a adivinhar o que teve existência real e o que é fruto da imaginação da autora.

No concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ficava a aldeia do Colmeal, um povoado com 14 famílias de origens antigas. O fado da aldeia ficou ditado no início da década de 40 com a chegada de uma nova proprietária. As disputas entre a enigmática fidalga e os camponeses desencadeiam o processo de expulsão violenta de todos os habitantes, processo que consta até hoje como uma das páginas mais negras do período da ditadura portuguesa.

Mas porque neste livro há muito mais do que episódios reais, esta história é também sobre o Sítio que ficava para lá do monte, para lá do bosque, para lá de todos os caminhos… sobre esse um lugar onde as pedras do feitiço escondem mistérios insondáveis e vidas que desejam a outra metade do céu.»


pe-aromaOs Aromas do Amor – Dorothy Koomson (Porto Editora)

«Procuro a combinação perfeita de aromas; o sabor que eras tu. Se oencontrar, sei que voltarás para mim.

Há 18 meses atrás, Joel, o marido de Saffron, foi assassinado, e o culpado nunca foi descoberto. Agora, fazendo os possíveis para lidar com a perda, Saffron decide terminar Os aromas do amor, o livro de receitas que Joel tinha começado a escrever antes da sua trágica morte.

Quando, finalmente, tudo parece ter voltado à normalidade, a filha de 14 anos de Saffron faz uma revelação chocante que abala a relação entre ambas. E, ao mesmo tempo, o assassino de Joel começa a enviar cartas afirmando a sua inocência.

Será um grande amor capaz de sobreviver à maior das perdas?»


el-mariaD. Maria II. A Rainha Submissa – Luísa V. de Paiva Boléo (Esfera dos Livros)

«A 4 de Abril de 1819 nascia no Brasil a princesa D. Maria da Glória, filha de D. Pedro de Bragança herdeiro do trono de Portugal e de D. Leopoldina de Áustria. Com apenas 7 anos foi declarada rainha de Portugal, mas somente aos 15 anos conheceu o país que iria governar. Um reino, bem diferente das terras de Vera Cruz, marcado pela Guerra Peninsular a que se seguiu a guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel – liberais contra absolutistas.

O seu reinado foi marcado por transformações sociais e económicas e por uma forte instabilidade política, com constantes mudanças de ministros, intensa atividade parlamentar contra ou a favor da Carta Constitucional ou desta ou daquela Constituição e constantes revoltas populares que atingiam a figura da própria rainha. A tudo isto, D. Maria, marcada por uma forte personalidade, respondeu com coragem e determinação.

Depois de um casamento não consumado com o seu tio D. Miguel, de ter ficado viúva do seu segundo marido, pouco tempo depois do matrimónio, é nos braços de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha que encontra a felicidade e a alegria da maternidade. Dos ministros confiou no muito contestado Bernardo da Costa Cabral que acabou por afastar da governação.

Os seus momentos mais felizes passa-os na troca de correspondência com a prima e rainha Vitória de Inglaterra, onde lhe descrevia a felicidade da vida de casada e a maternidade e alguns, poucos, problemas políticos do país. A historiadora Luísa V. de Paiva Boléo, autora de D. Maria I, a Rainha Louca, leva-nos ao conturbado século XIX português para ficarmos a conhecer a biografia da primeira rainha constitucional, que, apesar da sua inexperiência, enfrentou as contrariedades políticas, marcando a história do país, nomeadamente ao criar o ensino primário gratuito, ao desenvolver vias de comunicação terrestres e fluviais e fundando a Academia de Belas-Artes e o teatro com o seu nome, em Lisboa.

No dia 15 de novembro de 1853, ao dar à luz o seu décimo primeiro filho, faleceu, sem sequer ter tempo de se despedir dos filhos e marido. Para trás deixou uma família e um povo consternados e uma estabilidade política que tinha sabido conquistar a pulso.»


Snowden_3Edward Snowden – Sem Esconderijo – Glenn Greenwald (Bertrand)

«O dia-a-dia de Edward Snowden após as revelações bombásticas que o obrigaram a esconder-se das autoridades norte-americanas.

Uma semana após a publicação internacional, chega a Portugal Sem Esconderijo, um novo olhar sobre o escândalo de vigilância da NSA, do repórter que trouxe a história a público.

O jornalista de investigação do The Guardian e autor best-seller Glenn Greenwald fornece um olhar aprofundado sobre o escândalo NSA, que provocou um debate nos EUA sobre a segurança e a privacidade das informações nacionais. Com novas revelações contidas nos documentos confiados a Glenn Greenwald pelo próprio Edward Snowden, este livro explora a extraordinária cooperação entre a indústria privada e a NSA, e as inumeráveis consequências do programa de vigilância do Governo norte-americano, tanto a nível nacional como mundial.»


CapaPEQ_estou_nua_e_agoraEstou Nua, e Agora? – Francisco Salgueiro (Oficina do Livro)

«Quantas vezes acordamos com vontade de mudar de vida? Deixar para trás os mesmos lugares, as mesmas pessoas, a relação que não vai a lado nenhum?

Alex, uma nova-iorquina, vive uma vida perfeita: acabou o curso e tem um emprego garantido. Está prestes a cumprir os sonhos que desenharam para ela. Mas um desgosto de amor leva-a a viajar pelo mundo. Precisa de se conhecer melhor e ultrapassar os seus medos.

Da Tailândia ao Brasil, da Austrália a Marrocos, faz Couchsurfing dormindo em colchões, beliches, camas limpas, camas sujas, parques públicos – até em casa de Francisco Salgueiro dormiu , em Lisboa.

Nudismo, algum sexo, ilhas paradisíacas, jantares românticos, protestos de rua, festivais no deserto, um encontro com Nelson Mandela, mulheres que disparam bolas de ping pong das suas zonas íntimas – tudo isto faz parte desta história real passada nos sete continentes, ao longo de um ano, que representa tudo aquilo que gostaríamos de fazer.

Há pessoas que cometem erros por se acomodarem e outras que cometem erros por tentarem. A Alex preferiu errar tentando. E vocês?

Um convite aos adolescentes e jovens adultos a tomarem as rédeas da sua vida e a partirem à descoberta do mundo!»


pe-tigreA Viagem do Tigre – Colleen Houck (Porto Editora)

«A guerra com o malvado Lokesh parece estar a atravessar uma pausa momentânea, algo de que Kelsey Hayes necessita desesperadamente. No entanto, outras batalhas – as do coração – divisam-se no seu caminho: Ren, o belíssimo príncipe indiano por quem se apaixonou, não se recorda dela; e o irmão dele, Kishan, igualmente maravilhoso e sedutor, tenta conquistar-lhe o coração.

Na busca de mais um magnífico talismã que lhe permita romper a terrível maldição, Kelsey terá de enfrentar não apenas cinco dragões míticos como também os seus próprios sentimentos. No fim, qual será a sua escolha?»


Capa Os Mundos de Mia - Mistério na Floresta (1)Os Mundos de Mia – Os Mistérios da Floresta (Booksmile)

«Descobre uma floresta cheia de perigos!

Graças ao livro mágico sobre Centopia e à pulseira que o pai lhe ofereceu, Mia transforma-se numa elfa corajosa e tem acesso a um mundo extraordinário.

Nesta aventura, o pequeno Onchao encontra vários pedaços do Trumptus, o instrumento mágico dos elfos que foi destruído por Panthea. Poderão os elfos impedir que Gargona capture os unicórnios para satisfazer os caprichos de Panthea?

E será que eles vão conseguir atravessar a floresta onde se esconde um tesouro misterioso?»


Capa Os Mundos de Mia - Um Reino em ApurosOs Mundos de Mia: Um Reino em Apuros (Booksmile)

«
O livro «A Lenda de Centopia» desvenda um novo oráculo: “Alguémque conspira sem a cara dar, poderá a valiosa esperança roubar.”

Perante uma mensagem tão sombria, Mia teme pelo futuro domaravilhoso reino de elfos, unicórnios e figuras mitológicas. Viaja até Centopia à procura dos amigos e encontra Lyria encurralada por um munculu, no tenebroso Vale dos Vapores.

O Príncipe Mo e a valente guerreira Yuko tentam ajudá-las, mas acabam por perder o Trumptus, a única esperança do reino em vencer a terrível Panthea.»


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Published on June 02, 2014 11:24

May 29, 2014

«A Rainha Ginga», de José Eduardo Agualusa, chega a 6 de junho

PrintJosé Eduardo Agualusa tem novo romance quase pronto a sair. A 6 de junho é posto à venda, numa edição Quetzal, A Rainha Ginga – E de como os africanos inventaram o mundo. Nesse mesmo dia 6 de junho haverá, pelas 21h30, no Clube Ferroviário, em Lisboa, uma festa de lançamento com a presença de Mia Couto e Kalaf Ângelo. O primeiro vai apresentar o livro e o segundo lerá fragmentos acompanhado pelo contrabaixo de Ricardo Cruz.


Sinopse: «Personalidade originalíssima da história de África e do Mundo, ao mesmo tempo arcaica e de uma assombrosa modernidade, a rainha Ginga tem fascinado gerações, desde o Marquês de Sade (que via nela um exemplo de luxúria selvagem) até às feministas afro-americanas dos nossos dias.

Neste romance, José Eduardo Agualusa dá-nos a ver, através dos olhos de um dos secretários da rainha, um padre pernambucano em plena crise de fé, o agitado século em que esta viveu.

Misturam-se nestas páginas personagens reais – ainda que fantásticas –, como o almirante Jol, o pirata com uma perna de pau que conquistou Luanda para a Companhia das Índias Ocidentais, com outras fictícias, ainda que mais verosímeis do que as primeiras, como Cipriano Gaivoto, o Mouro, um mercenário português ao serviço da rainha Ginga.

Se é verdade que Angola tem ainda muito passado pela frente – no sentido de que há tanto passado angolano por descobrir e ficcionar –, também é verdade que este romance nos devolve um dos fragmentos mais interessantes, senão o mais interessante, deste mesmo passado.»


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Published on May 29, 2014 06:14

May 28, 2014

As novas capas e as novas edições de Saramago

pe-JSAmanhã, 29 de maio, quando passar por uma livraria, já pode apreciar, muito provavelmente nas montras, as novas edições das obras de José Saramago, que recentemente passou a ser editado pela Porto Editora.

Ao todo serão nove títulos «retocados», com novas capas e edições revistas. Aqui está a lista: A Caverna, A Noite, A Viagem do Elefante, As Intermitências da Morte, As Pequenas Memórias, Ensaio sobre a Lucidez, História do Cerco de Lisboa, Manual de Pintura e Caligrafia e O Homem Duplicado.

As novas capas, elaboradas pelo atelier silvadesigners contam com o contributo especial de grandes figuras da literatura e da cultura portuguesa: Álvaro Siza Vieira, Armando Baptista-Bastos, Eduardo Lourenço, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe. E qual foi o seu contributo? Todos caligrafaram o título para a capa de um dos nove livros.

Na sessão de apresentação à imprensa, que teve lugar hoje de manhã, e segundo um comunicado distribuído à comunicação social, o administrador da Porto Editora, Vasco Teixeira, anunciou que o grupo vai «apoiar diretamente a Fundação José Saramago para que esta instituição possa continuar a cumprir, nas melhores condições, a sua missão de promover o estudo e a divulgação da obra de José Saramago».

Já Pilar del Río, presidente da Fundação José Saramago, disse: «São livros de José Saramago, esses que, como todos, levam o autor dentro. Neste caso, aproximam-nos dos amigos do autor e de outros leitores que antes passaram por estas páginas. Apetece dizer, “cuidado, estes livros contêm muita vida, tratemo-los com a paixão e o esmero que merecem todos os seres”. Todos os seres vivos.»

Entretanto, para os amantes de Saramago (e de Lanzarote) é de lembrar que amanhã (30 de maio, às 18h30, na sede do Camões-IP (Av. Liberdade, 270, Lisboa), será apresentado o livro Lanzarote – A Janela de Saramago, de João Francisco Vilhena e José Saramago, e inaugurada a exposição de fotografia com o mesmo nome.

A sessão conta com a presença de Pedro San Ginés Gutiérrez, presidente do Cabildo de Lanzarote, Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, Ana Paula Laborinho, presidente do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, e de Pilar del Río.


pe-CA Caverna (Caligrafia da capa: Eduardo Lourenço)

«Uma pequena olaria, um centro comercial gigantesco. Um mundo em rápido processo de extinção, outro que cresce e se multiplica como um jogo de espelhos onde não parece haver limites para a ilusão enganosa. Este romance fala de um modo de viver que vai sendo cada vez menos o nosso e assoma-se à entrada de um brave new world cujas consequências sobre a mentalidade humana são cada vez mais visíveis e ameaçadoras. Todos os dias se extinguem espécies animais e vegetais, todos os dias há profissões que se tornam inúteis, idiomas que deixam de ter pessoas que os falem, tradições que perdem sentido, sentimentos que se convertem nos seus contrários. Fim de século, fim de milénio, fim de civilização.»


pe-NA Noite (Caligrafia da capa: Armando Baptista-Bastos)

«“A Noite, a primeira obra dramática de Saramago que o escritor dedica a Luzia Maria Martins, a pessoa que o ‘achou capaz de escrever uma peça’. Seria mesmo. A noite de que se fala nesta peça ficou para a história: de 24 para 25 de abril de 1974. A ação passa-se na redação de um jornal em Lisboa e o autor avisa: ‘Qualquer semelhança com personagens da vida real e seus ditos e feitos é pura coincidência. Evidentemente.’” (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998)»



pe-VEA Viagem do Elefante
(Caligrafia da capa: Mário de Carvalho)


«Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.

Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago coloca nas mãos dos leitores esta obra excecional que é A Viagem do Elefante.»


pe-IMAs Intermitências da Morte (Caligrafia da capa: Valter Hugo Mãe)

«“No dia seguinte ninguém morreu.”

Assim começa este romance de José Saramago.

Colocada a hipótese, o autor desenvolve-a em todas as suas consequências, e o leitor é conduzido com mão de mestre numa ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor, e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.


pe-PMAs Pequenas Memórias (Caligrafia da capa: Gonçalo M. Tavares)

«As Pequenas Memórias é um livro de recordações que abrange o período entre os quatro e os quinze anos da vida de José Saramago: “Queria que os leitores soubessem de onde saiu o homem que sou”.»




pe-eslEnsaio Sobre a Lucidez
(Caligrafia da capa: Dulce Maria Cardoso)

«Num país indeterminado decorre, com toda a normalidade, um processo eleitoral. No final do dia, contados os votos, verifica-se que na capital cerca de 70% dos eleitores votaram em branco. Repetidas as eleições no domingo seguinte, o número de votos brancos ultrapassa os 80%. Receoso e desconfiado, o governo, em vez de se interrogar sobre os motivos que terão os eleitores para votar em branco, decide desencadear uma vasta operação policial para descobrir qual o foco infeccioso que está a minar a sua base política e eliminá-lo. E é assim que se desencadeia um processo de rutura violenta entre o poder político e o povo, cujos interesses aquele deve supostamente servir e não afrontar.»


pe-hclHistória do Cerco de Lisboa (Álvaro Siza Vieira)

«“Há muito que Raimundo Silva não entrava no castelo. Decidiu-se a ir lá. O autor conta a história de um narrador que conta uma história, entre o real e o imaginário, o passado e o presente, o sim e o não. Num velho prédio do bairro do Castelo, a luta entre o campeão angélico e o campeão demoníaco. Raimundo Silva quer ver a cidade. Os telhados. O Arco Triunfal da Rua Augusta, as ruínas do Carmo. Sobe à muralha do lado de São Vicente. Olha o Campo de Santa Clara. Ali assentou arraiais D. Afonso Henriques e os seus soldados. Raimundo Silva sabe por que se recusaram os cruzados a auxiliar os portugueses a cercar e a tomar a cidade, e vai voltar para casa para escrever a História do Cerco de Lisboa. Uma obra em que um revisor lisboeta introduz a palavra ‘não’ num texto do século XII sobre a conquista de Lisboa aos mouros pelos cruzados.” (Diário de Notícias, 9 de outubro de 1998)»


pe-mpcManual de Pintura e Caligrafia (Caligrafia da capa: Júlio Pomar)

«“O Manual de Pintura e Caligrafia é uma obra ímpar no género da literatura autobiográfica entre nós e oferece-nos, no seu conjunto, um semental de ideias e uma carta de rumos da ficção de José Saramago até à data.

Nele se fundem as escritas de uma complexa e rica tradição literária e a experiência de um tempo vivido nos logros do quotidiano e das vicissitudes da história, que será a substância da própria arte.” Luís de Sousa Rebelo»


pe-HDO Homem Duplicado (Caligrafia da capa: Lídia Jorge)

«Tertuliano Máximo Afonso, professor de História no ensino secundário, “vive só e aborrece-se”, “esteve casado e não se lembra do que o levou ao matrimónio, divorciou-se e agora não quer nem lembrar-se dos motivos por que se separou”, à cadeira de História “vê-a ele desde há muito tempo como uma fadiga sem sentido e um começo sem fim”. Uma noite, em casa, ao rever um filme na televisão, “levantou-se da cadeira, ajoelhou-se diante do televisor, a cara tão perto do ecrã quanto lhe permitia a visão, Sou eu, disse, e outra vez sentiu que se lhe eriçavam os pelos do corpo”.

Depois desta inesperada descoberta, de um homem exatamente igual a si, Tertuliano Máximo Afonso, o que vive só e se aborrece, parte à descoberta desse outro homem.»


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Published on May 28, 2014 11:25

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Rui Azeredo
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