Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 5
October 21, 2019
Quando a imprensa é vilã
Nem sempre, a imprensa é heroína numa trama repleta de vilões.
Nem sempre, grandes jornais, como o Washington Post, são sinônimos de guardiões da verdade e justiça. Assim como nem sempre um vazamento desmascara a hipocrisia política.
Dois filmes nos deixam orgulhosos da emenda que sustenta as democracias, a liberdade de expressão, e do papel do jornalismo investigativo: Todos os Homens do Presidente, que deu no escândalo Watergate e na aposentadoria forçada de Nixon, e The Post, sobre os Papeis do Pentágono, que mostrou a farsa da Guerra do Vietnã e antecipou a humilhante retirada americana.
Porém, na HBO, o filme O Favorito mostra que excessos e injustiças foram praticados contra políticos decentes, cuja vida pessoal foi virada do avesso, via denúncias anônimas, provas infundadas e vazamentos mal checados.
O que acabou mudando o curso da história. Para o mal.
Não estou me referindo ao papel de parte da imprensa no processo eleitoral recente americano e brasileiro.
Mas ao que grandes jornais, como Miami Herald e Washington Post, inclusive com a aprovação do herói dos jornalistas, Bob Woodward, de Watergate, fizeram na campanha de 1988, ao denunciarem sem provas uma infidelidade conjugal do candidato favorito, Gerry Hart.
Que poderia acabar com a Era Reagan.
A imprensa invadiu a privacidade da contida família do senador, ao ponto de ele se ver obrigado a abandonar a carreira.
Pode até ser que ele tivesse tido um caso com uma modelo de Miami. E daí? É assunto de Estado?
E logo o honorable Post se rebaixaria ao papel que cabe aos tabloides?
Detalhe 1. Ele está vivo e mora com a mulher Lee Hart até hoje, num sítio no Colorado.
Detalhe 2. O democrata que enfim sucedeu os republicanos, Clinton, envolveu-se, pior, com uma estagiária da Casa Branca, numa clara demonstração de assédio no trabalho, e terminou o mandato.
Detalhe 3. Estamos falando de um bastidor repleto de infidelidade conjugal, a começar pelo pai da Nação, Thomas Jefferson, que teve filhos com uma escrava, passando pelos carismáticos Roosevelt e Kennedy.
Detalhe 4. Sem contar o atual presidente, Trump, cujos casos de assédios são mais visíveis que suas torres douradas.
October 17, 2019
‘Senhoras e senhores’ não pode mais
“Brasileiros e brasileiras…”? Não pode mais.
“Companheiros e companheiras…”? Também, não.
“Senhoras e senhores”? Melhor não.
“Ladies and gentlemen…”? Proibido, agora.
“Mesdames et messieurs…”? Ce n’ets pas possible.
A decisão louvável e precursora da Air Canadian de proibir saudações que soariam discriminatórias contra aqueles que não se identificam com nenhum dos dois gêneros pode se generalizar.
Por recomendação da companhia conhecida por ser a que mais investe em diversidade, pilotos, comissários de bordo e funcionários do solo se dirigem aos passageiros agora como “everybody” e “tout le monde”, ou todos vocês, todo mundo.
Isso para que algumas pessoas não se sintam excluídas.
O passageiro também pode agora comprar ou reservar bilhetes sem identificar o gênero, ou seja, pode colocar um “X” ao invés do “M” ou “F”.
E a moda vai pegar, pode apostar.
Sugestões para as companhias brasileiras:
“Gente, quem fala aqui é o comandante…”
“Aí, galera, mantenha os cintos atados.”
“Turma, pode usar os aparelhos eletrônicos agora.”
October 14, 2019
Série tem final espetacular
A HBO exibiu ontem o último episódio da série Succession, ganhadora de melhor roteiro do Emmy 2019.
É daqueles finais espetaculares, que se passa todo num gigantesco iate, exibido às 23h no Brasil, que dão vontade de ir pra janela e acordar a vizinhança.
A maquiavélica família Roy, dona do império de mídia dos EUA, continua em guerra interna pela sucessão da presidência da empresa.
Como de praxe, ele foi escrito por Jesse Armstrong, o idealizador da série (que, como todos, costuma escrever os dois primeiros e o último episódio).
Os complôs entre irmãos e o pai se intensificam. Como diz o título do episódio, This is Not for Tears (não é para choramingar).
Curiosamente, Tears é o nome de um episódio que ele escreveu para Veep em 2012.
Armstrong costuma revisitar seus temas.
Em 2010, escreveu um roteiro sobre a família Murdoch, que falava exatamente da sucessão da gigante de mídia e foi engavetado por pressão da família.
Hoje, vinga-se reproduzindo a família Roy, ficcional.
Se você é fã, relaxa. A HBO acabou de encomendar a terceira temporada, que sai em data não revelada em 2020.
October 13, 2019
Placas espalhadas resgatam a memória
Um turista numa cidade europeia se surpreende ao ver placas em edificações comuns, que indicam: aqui morou Picasso; aqui Vitor Hugo escreveu Os Miseráveis em 1862; aqui Ravel compôs Bolero.
Por vezes, alguma placa se dedica à memória de heróis que tombaram, combatentes, revolucionários, partisans.
A cidade de São Paulo decidiu, através da Secretaria de Cultura, no projeto Memória Paulistana, sinalizar 30 pontos importantes do centro histórico.
Como o local do gigante comício das Diretas Já (Vale do Anhangabaú), que selou o destino do regime militar, a praça em que reunia dançarinos e nasceu o hip-hop em 1985, e onde morou a Marquesa de Santos entre 1797 e 1867.
Agora, convida moradores, em busca de novas histórias, a participar do projeto, indicar placas de alguma casa, prédio ou esquina na cidade, que tenha sido palco de algum acontecimento histórico?
Para o bem ou para o mal, que causou alegria ou dor.
O que pode ser feito pelo formulário online:
Os locais selecionados serão divulgados no aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 2020.
E, lógico, vai causar rebuliço.
Na era da polarizacão, heróis para uns não são para outros.
October 9, 2019
Petrobras censura nome de termoelétrica
Sambista, editor, jurista, economista, indígena.
Todos entraram na mesma mira da birra ideológica do novo governo. Sobrou até para o vice civil e ministro do general João Figueiredo, Aureliano Chaves.
A Petrobras mudou os nomes de onze UTEs (usinas termoelétricas), que tinham sido rebatizadas no governo Lula.
A UTE Seropédia, que virara Barbosa Lima Sobrinho no Governo Lula, jornalista que presidiu a Associação Brasileira de Imprensa na união da sociedade civil contra a ditadura, voltou a ser Seropédia.
A UTE Cubatão tinha virado UTE Euzébio Rocha, fundador do PTB e líder da campanha Petróleo é Nosso. Voltou a ser Cubatão.
UTE Aureliano Chaves voltou a ser Ibirité. Chaves rompeu com os militares e apoiou Tancredo contra Paulo Maluf na eleição indireta de 1984.
UTE Fernando Gasparian, editor pioneiro, nacionalista ex-deputado do PMDB, voltou a ser Nova Piratininga.
UTE Leonel Brizola, que dispensa apresentações, Termorio.
UTE Luiz Carlos Prestes, líder comunista, Três Lagoas.
UTE Mario Lago, ator e sambista, comunista declarado, Termomacaé.
UTE Sapé Tiarujú, guerreiro guarani que combateu espanhóis e portugueses nas Missões, Canoas.
UTE Celso Furtado, economista e idealizador do Plano de Metas do governo Jango, Termbahia.
UTE Jesus Soares Pereira, Vale do Aço. E UTE Rômulo Almeida, Termocamaçari.
Aneel autorizou a mudança “para facilitar o registro dos nomes no INPI”.
Conta outra.
fonte: Ancelmo Gois e Nelson Lima Neto
October 8, 2019
Silêncio, por favor
O que levou a Uber a incluir o serviço Comfort, pagar para não conversar?
A Humanidade fica triste, silenciosa, enjaulada em sua bolha: fisicamente solitária, virtualmente acompanhada.
Não se olha no metrô, busão, cafés. A prosa com desconhecidos, o papo-furado, incomoda aqueles que preferem o mundo exclusivo da própria rede social.
Foi a polarização que rola pelo mudo?
Claro que tudo começou nos EUA, país do individualismo, pressa, obsessão pela privacidade.
No Brasil, a partir de novembro, 600 mil motoristas deixarão de conversar com seus 22 milhões de passageiros cadastrados, se o usuário pagar algo em torno de 25% a mais.
Que gente triste…
Pois aos tagarelas, como eu, sugiro à empresa outras opções. Incentivar:
Dicas de saúde. Motoristas qualificados, enfermeiros, médicos, ou apenas hipocondríacos, poderão trocar experiências. Dicas de como evitar ou curar uma ressaca estão incluídas.
Senta no divã. Estudantes ou profissionais de psicologia desempregados, que dirigem carros de aplicativos de carona, podem durante a corrida fazer uma terapia breve. O passageiro pode ou não se deitar no banco de trás.
Com o tempo, o serviço seria estendido para diferentes linhas: freudiana, junguiana, lacaniana.
Bando de loucos. Corintianos conversarão sobre a retranca do time campeão dos campeões.
O passageiro poderá escolher o time do motorista. Se foi aquele que perdeu no fim de semana, poderá optar por zoar o motorista.
Boechat eterno. Saudosistas, será uma homenagem ao grande jornalista, em que serão lembrados seus grandes momentos.
Deus é Pai. Sim, o passageiro poderá escolher a religião do motorista.
Tem mais:
Nutricionistas podem sugerir dietas.
Assessores financeiros, investimentos.
Professores de língua, conversação.
A única proibição: falar do tempo. Esse papo fica restrito aos passageiros de elevadores.
Opa. Taí a dica. O elevador do silêncio. Nele, seria proibido conversar. Alô senhores síndicos…
PS> Quando virão as opções pelo gosto musical do motorista?
October 6, 2019
Chernobyl, da tragédia ao turismo
Conhece o “turismo de tragédia”?
O que nos atrai no programa Que Mundo é Esse, da Globo News, além da pauta, as entranhas de países de regimes fechados (Coreia do Norte, Irã, Arábia Saudita), é que os repórteres fogem do perfil de jornalista televisivo.
Fogem dos clichês, não estão fazendo matérias comuns, mas conhecendo lugares a que poucos têm acesso.
Não fazem documentário de viagem apenas, nem matérias explorando o sensacional.
Eles têm surpresas e reações como nós, o espectador comum.
Como diz a apresentação da Globo Play, eles têm “um olhar diferente sobre algumas das principais histórias de nosso tempo. Com um estilo questionador, André Fran, Felipe UFO, Michel Coeli e Rodrigo Cebrian se envolvem com grandes temas do mundo atual.”
Na temporada que irá ao ar nas próximas cinco semanas, sobre a Ucrânia, começam por onde?
Chernobyl, claro.
E ao chegarem tomam um susto: a quantidade enorme de turistas que pagaram e se acumulam para entrar na zona proibida, com focos de radiação danosos para a saúde.
Americanos usam capinhas especiais.
O que era uma matéria sobre a região abandonada às pressas, por conta da explosão do reator quatro da usina que proporcionou o maior desastre nuclear entre nós, torna-se um relato do ascendente “turismo de tragédia”, como define um turista brasileiro que já conhecera, antes, Fukushima e Auschwitz.
Gente de todos os países se acumulam no check point, em que se vendem lembrancinhas, roupas protetoras, contador Geiger portátel e até x-burguer.
Tem de tudo no mundo. Deve ter turista a fim de experimentar uma gastronomia radioativa.
De lá, partem em ônibus e vans, com guias, pela região.
Exploram Pripyat, a cidade de 40 mil habitantes abandonada, que ainda guarda objetos radioativos, símbolos da Era Soviética, como uma intacta estátua de Lênin e a roupa dos bombeiros.
Passam pela “Ponte da Morte”, por restaurantes à beira do Pripyat e, claro, chegam a 15 metros da usina, hoje sob um sarcófago de concreto e chumbo.
Em mãos, o contator indicando a radiação.
O episódio sobre Chernoby estreia terça-feira, dia 08/10.
Depois, assunto não falta, na região sempre tensa, disputada por nazistas, comunistas, russos, sempre em guerra, que vive o dilema de pertencer à Comunidade Europeia ou ao “império” russo.
Cujo novo presidente, Volodymyr Zelenski, um ator comediante popular eleito em maio com 73% dos votos, prometeu um cessar-fogo com separatistas pró-Rússia e incrementar o turismo de Chernobyl.
Mórbidos não faltam.
October 3, 2019
Filosofia on demand
SescTV entra na onda on demand.
Treze episódios da série Filosofia Pop, apresentados pela filósofa Marcia Tiburi, com duração de uma hora cada, entram em alta definição e na íntegra, gratuitamente.
No site: sesctv.org.br.
Alguns programas são inéditos, outros foram gravados em 2015,
Filosofia Pop fala de Deus, ética, pedofilia, drogas, mulher, poder, prazer e trabalho, riso, morte e finitude, sexo e gênero, arte e política, natureza, velhice, loucura, liberdade e encarceramento.
Ela foi gravada em diferentes unidades do Sesc em São Paulo, sempre com convidados e a participação da plateia.
O novo episódio Ocupar a Cidade tem como cenário a unidade provisória do Parque Dom Pedro II, na capital paulista.
Participam os entrevistados:
Ailton Krenak, líder indígena e escritor
Anna Muylaert
Ladislau Dowbor, economista e professor
Christine Greiner, professora de artes do corpo
Gorete Milagres e Mariano Mattos Martins, atores
Linn da Quebrada, atriz, cantora e ativista
Gaudêncio Fidelis, historiador e curador de arte
Débora Diniz, antropóloga
Manoel Ricardo de Lima, escritor
Benjamin Seroussi, curador e gestor cultural
Vagner Marques, historiador e mestre em ciências da religião
Roberta Estrela D’Alva, atriz e cantora
Jerá Guarani, professora e líder indígena
Marcelo Pelizzolli, filósofo
Daniel Kupermann, psicanalista
Tatá Oliveira, palhaça
Joice Berth, arquiteta e urbanista
Amara Moira; escritora e doutora em literatura
Dríade Aguiar, mídia ativista
Rosana Hermanne, escritora, roteirista e apresentadora de TV
Ricardo Antunes e Najara Lima Costa, sociólogos
Denilson Lopes, professor e pesquisador
Dina Alves e Márcia Rocha, advogadas
A direção da série é de Esmir Filho.
September 30, 2019
Obra-prima teatral no Theatro Municipal
O Theatro dos balés, shows, óperas, orquestras, premiações e eventos apresenta teatro.
E espetacular.
Teatro no Municipal recebe o espetáculo teatral mais fascinante dos últimos tempos, PI – Panorâmica Insana, que esteve em cartaz no Teatro Novo e viaja o Brasil; ficou no Teatro Guaíra, em março, durante o Festival de Curitiba.
De Bia Lessa, em cima de uma criação coletiva que casou elenco e dramaturgia, o texto faz uma colagem de textos de Júlia Spadaccini, Jô Bilac, André Sant’anna, Franz Kafka, Paul Auster e improviso.
Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo interagem sobre centenas de roupas que vestem, trocam, como parte do cenário, que lembra um lixão, sob a luz do genial Wagner Freire.
Pessimismo, distopia, bala perdida, o fim está próximo, imigrantes naufragam, desigualdade social, guerras, feminicídio… Tudo está lá.
Cláudia Abreu chega a interromper o espetáculo e indaga a plateia sobre o que é Deus e o que é o amor. Poucos ousam responder.
O melhor do teatro brasileiro num palco ícone da nossa cultura. Ao som de uma trilha que abraça o público, de Dany Roland, a peça vai do cômico, drama, trágico ao absurdo.
“Esse espetáculo é sobre nós. Criamos um mundo que não nos serve, algo precisa ser feito.”, disse Bia Lessa.
Nascimento e morte, iniciação sexual e degeneração, riqueza e miséria, saúde e doença, guerra e paz, amor e desamor, loucura e lógica… Os temas se sucedem, se atropelam. Negam-se.
A melhor parte: Ingressos a R$ 5, e ainda tem. É só hoje, segunda-feira, 30/09, às 20h.
September 26, 2019
Da lama aos Caos na literatura
A jornalista Lorena Calábria ficou quatro anos pesquisando e escrevendo sobre Da Lama ao Caos, disco de Chico Science & Nação Zumbi, um dos mais influentes da MPB e do pop mundial.
Ao lançar o livro dias atrás em Olinda e Recife, ficou impressionada como as pessoas da nova geração a agradeciam, queriam saber mais sobre o tema.
“Chico Sciense é como Bob Marley na Jamaica, é cultuado, tem fotos, grafites nas paredes, adesivos em toda parte. O taxista me falava da importância dele.”
Sua estátua no Recife Antigo é ponto turístico, local de peregrinação e, lógico, boemia.
Ela apresentava o Metrópolis, na TV Cultura, em 1993 quando ouviu de longe a banda tocar ao vivo no programa Fanzine, ao lado do seu estúdio, com Otto e Mundo Livre.
Era a primeira vez em que apareciam na TV. No programa em que eu apresentei de 1991 a 1994.
Eu estava em BH, e ouvi falar de um movimento cultural alucinante que surgia em Recife, o Mangue Beat, que praticava uma antropofagia impensável e profana: pegava elementos do maracatu, samba, jazz, funk e devolvia com guitarras de rock pesado.
Era a Nação Zumbi dando suporte ao cativante Chico Science.
Voltei para São Paulo, e com a produção do programa fomos atrás deles. Coincidentemente, todos viriam para cá, para um show no Aeroanta, e se hospedariam com meu colega jornalista, Xico Sá.
O disco saiu pela poderosa Sony, produzido pelo magistral Liminha, produtor dos melhores discos do BRock 80, cuja cena morria aos poucos na Era Collor, da ascensão da democracia e dos alienantes sertanejo e pagode.
Estavam apadrinhados por ninguém menos que os Paralamas, outra banda que procurava a transição entre rock e MPB. E a banda IRA! também já dialogava com eles e procurava uma interação com a rica MPB.
Lorena acabou entrevistando Chico em 1996, quando ele voltava de uma turnê da Europa.
E transmitiu pela Band em 2010 o Carnaval ao vivo de Olinda. Viu gente com lama da cabeça aos pés. Era o Bloco Mangue Beat, que desde 1996 se lambuza com argila e sai por Olinda cantando um dos filhos da terra, Chico Science, morto precocemente num acidente de carro besta em 1997.
Da Lama ao Caos era mais do que um disco, descobriu. Era uma ideia. Como foi Tropicália, como foi a bossa nova.
Quando a editora Cobogó pediu para escrever um livro para coleção O Livro do Disco sobre um disco marcante, não titubeou.
Foram mais de 60 entrevistados, que contaram detalhes da infância de Chico, as primeiras festas como DJ, a gravação do disco no icônico estúdio Nas Nuvens, Rio de Janeiro. Até dar na primeira turnê internacional e tocar no Central Park, para delírio da crítica americana.
O livro é lançado quinta, dia 26, em São Paulo, na nova Livraria da Travessa da Rua Pinheiros 513, e sexta na Patuá Discos, na Rua Fidalga, 516.
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