Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 46
September 29, 2016
A volta da melhor banda de todas
Quem viveu se lembra.
VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA era a melhor banda da cena anos 1980.
Enchia casas como CARBONO 14.
Volta agora para tocar no SESC BELENZINHO.
Viva!
Sabíamos algumas de suas músicas de cor, como CADÊ O SOCIALISMO, censurada pela ditadura.
Não tem clipe, quase não tem registro.
Tem um LP com oito músicas pela Baratos Afins.
Era uma salada do que tinha de melhor no pós-punk paulista:
Com o barítono Nasi, do IRA!
Já tocava baixo Gaspa, também do IRA!
Com integrantes de outras bandas, como Thomas Pappon, do FELINI e SMACK, e os sensacionais guitarristas Miguel Barella e Giuseppe Frippi.
Começaram a se dedicar a suas bandas principais.
Guilherme Isnard, no vocal, focou a carreira na sua banda, ZERO.
Entrou Sandra Coutinho, que ficou com as Mercenárias.
Que aliás também estão em ação.
Não era uma banda, mas um clube em que só os bons tocavam.
E o público amava.
Bora reviver.
September 28, 2016
Precisamos Falar de Assédio
PRECISAMOS FALAR DE ASSÉDIO, o documentário de Paula Sacchetta, entra em cartaz em SP.
Na semana da mulher, de 7 a 14 de março de 2016, uma van-estúdio parou em nove locais.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Para coletar depoimentos de mulheres vítimas de qualquer tipo de assédio.
Ao todo, 140 decidiram falar.
“Ouvimos relatos de mulheres de 14 a 85 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, com diferenças e semelhanças na violência que acontece todos os dias e pode se dar dentro de casa, em um beco escuro ou no meio da rua, à luz do dia. O documentário traz uma amostra significativa dos depoimentos, 26 deles, além de mostrar uma parte importante do processo de filmagens: como as mulheres se sentiam ao contar seus casos? Nos depoimentos puros, sem qualquer tipo de interlocução ou entrevista, acompanhamos um desabafo, um momento íntimo ou a oportunidade de falarem daquilo pela primeira vez. Nas trocas com as meninas da equipe antes e depois dos depoimentos, permitiremos que o espectador entre em contato com uma reflexão da depoente sobre sua própria história, e às vezes sobre o próprio projeto.”
Se quiser fazer uma exibição pública do filme, basta escrever: contato@mirafilmes.net
September 27, 2016
Precisamos falar de saias
Usei saia e vestido algumas vezes. Até minissaia. Adorei. Era anos 1970. Havia uma atmosfera com androginia por todo lado. Gregos e romanos conquistaram impérios usando saias. Índios brasileiros usam há milênios. É prático. É útil. É sexy. Era eu um homoflexível? Não. Gostava de saias.
Usei uma saia hippie de uma amiga hippie durante algum tempo. Saía com a amiga pelas ruas de Campinas, abraçado. Garotada ria. Se fazia alguma indelicadeza, eu mostrava a bunda. Usava um vestidão de uma namorada pela casa dela. Dormia e acordava nele. Era tão confortável.
Passei um Carnaval de minissaia, meia, maquiado, pelas ruas de São João da Boa Vista, cidade na fronteira da tradicional Minas Gerais. Não precisava de peruca, já que meu cabelo era um cabelão. Desfilava nos blocos. Era paquerado pelos agro-machões da cidade e devolvia beijos. E ríamos todos…
Ninguém me xingava de afeninado, afrescalhado. O mundo estava em ebulição. Cantores de rock eram cabeludos, tinham voz fina, maquiavam-se. Não era fatia de um Movimento Gay. O nome mais simples: provocação. Aliás, nem se usava esta denominação. Nem LGTB. Movimento Gay começou depois, união necessária para combater a violência policial.
Nem se dividiam pessoas que tinham experiências e não se reprimiam de bissexuais. “Sem tesão não há solução”, propagava nosso guru, Roberto Freire. O tesão não é por uma coisa só, mas por tudo. E vale tudo. Muitos da minha geração passaram a se interessar pelos armários das irmãs em busca de blusas coloridas, colares loucos, batas, baby look. Como elas passaram a afanar nossas camisas sociais, gravatas e ternos.
Homens dos anos 1970 usavam tamancos, bolsas, calças apertadas, camisas brilhantes e até decotes. Estavam nas discotecas. Ou eram do glam rock (de Glamour Rock), ou glitter. Usavam cílios postiços, purpurina, batons, lantejoulas, paetê, salto alto, saias. A maquiagem pesada se destacava. De Alice Cooper e David Bowie, dos tropicalistas a punks, como New York Dolls (grupo punk que ainda hoje pinta as unhas).
Ninguém se perguntava se o hit punk de Iggy Pop era uma transa gay: “So messed up I want you here in my room. Now we’re gonna be Face-to-face. And I’ll lay right down in my favorite place. And now I wanna be your dog” (estou tão doidão, quero você aqui no meu quarto, primeiro a gente fica cara a cara, aí vou me deitar na minha posição favorita, e agora quero ser seu cachorro).
A banda número um nas vendas no Brasil era Secos & Molhados. E pouco nos importávamos de que gênero eram. Meus amigos da faculdade se beijavam dando bitocas na boca. Sem distinção de gênero. Parou com a chegada da Aids, que ninguém sabia o que era exatamente. Um dos primeiros a morrer da doença foi o nosso professor Roberto Galizia.
A Era Reagan freou as loucuras de duas décadas e os avanços comportamentais. Com a Aids como aliada, a reação do tele evangelismo, e guerra contra as drogas, para desviar o foco, a caretice reinou. Roupas e carros perderam as cores.
A indústria farmacêutica passou a oferecer na rede das drogas lícitas as soluções para crises pessoais e a serotonina que a vida estressante e alienante do mercado corporativo necessita. O consumo passou a ser o prazer mais mobilizador. Através das marcas, a pessoa passou a se expressar e a encontrar sua comunidade. Os espaços alternativos abriram franquias em shoppings. Segurança e conforto é o lema a ser seguido. A utopia está no dinheiro.
Uma revolução rola nas escolas. Nasce uma geração que embaralha a noção de gênero. Meninas jogam bola com meninos. Garotos usam saia. Menina, shorts. Esqueça os mofados papeis sociais. Esqueça as boas normas da tradicional família. Esqueça o ideal, o certo, o aceitável.
No Brasil e no mundo, nasce uma geração que rompeu os limites sexuais e as definições pragmáticas de preferências.
Beijaços, saiaços ou saiatos. A revolução começou e não veio de graça. Começou com protestos de alunos. Como uma escola, que deve transmitir intolerância, respeito às diferenças, democratização dos valores, pode designar o que se deve ou não vestir?
Começou há tempos nas escolas alternativas. Chegou agora no mais tradicional de todos, no Colégio Pedro II, fundado em 1837, e de uma forma burocrática, a edição de uma portaria: alunos poderão escolher se vêm de saia, shorts ou bermuda, independente do gênero.
De acordo com o informe publicado no site da escola, “a medida segue parâmetros da Resolução nº 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).” Pretende-se manter “a igualdade, a identidade e a diversidade” do corpo discente.
O reitor do colégio, Oscar Halac, esclarece que deve contribuir para que não haja sofrimento desnecessário entre estudantes transexuais. E escreveu um texto que entra pra história:
“A escola pública precisa sinalizar que é hora de parar de odiar por odiar. Propositalmente, deixa-se à critério da identidade de gênero de cada um a escolha do uniforme que lhe couber. Estamos cumprindo a determinação de uma resolução vigente e procuramos de alguma maneira contribuir para que não haja sofrimento desnecessário entre aqueles que se colocam com uma identidade de gênero diferente daquela que a sociedade determina. Creio que a escola não deve estar desvinculada de seu tempo e momento histórico. A tradição não importa em anacronia, mas pode e deve significar nossa capacidade de evoluir e de inovar.”
A escola já foi mais longe. Há meses, na chamada, adota o nome que o aluno quer ser chamado socialmente. Parabéns corpo docente e discente do Pedro II. Queria estar com vocês. Não usaria cílios, maquiagem, salto alto, anágua, sutiã, presilhas no cabelo, brincos. Mas minha avó tinha um chinelão, um vestido de algodão de abotoar na frente e um colar de pérola bem confortáveis.
September 23, 2016
O buraco (do Maracanã) é mais embaixo
O buraco é mais embaixo
Até eu fiquei surpreso com o tamanho do buraco no meio do Maracanã.
Não autorizei aquele buraco. Quem sou eu…
E mesmo que tivesse dito “Façam um buraco aqui!”, ninguém daria bola.
Não sou engenheiro, técnico de montagem de palco, especialista em gramado ou irrigação.
Na hierarquia, era um peanuts, um quase nada, num Maracanã com duas mil pessoas e especialistas trabalhando pressionados pelos prazos e pouco tempo.
Sou um dos artistas de um time numeroso e incrível que bolou a cerimônia e imaginou uma KUKA dançando com uma amputada.
A imprensa fez o papel dela e divulgou o buraco, contestando uma informação minha.
Errou apenas quando disse que ele atrasaria a entrega do estádio ao futebol, o que irritou torcedores.
Rio 2016 promete devolver o estádio intacto em 30 de outubro, o prazo previamente combinado e sabido por todos.
Acredito neles.
Como acreditei quando me disseram que o buraco era para encaixar o robô KUKA.
Bolamos a cerimônia com um palco de 2 metros. Quando especialistas em palco, técnicos, engenheiros chegaram no Maracanã, descobriram que antecipamos a entrada dos atletas, e cadeirantes não conseguiriam ver o show.
Decidiram abaixar o vão entre o piso e o palco: 1 metro.
Cheguei no Rio dia 29 de agosto. O palco estava montado. Perguntei da KUKA, que eu sabia que dobrada tinha em torno de 1,20 cm de altura.
Me responderam que fizeram um buraco no gramado e ela estava lá encaixada, mas que a irrigação do gramado não foi mexida, e seria devolvido direitinho na data prevista.
Deduzi que o buraco tinha uns 30 cm.
Perguntado sobre o buraco, falei ao vivo ao SporTV, que me entrevistava no palco, o que deduzi. Ninguém nunca me corrigiu.
Só agora soubemos pelo Rio 2016 das medidas exatas do buraco.
Ele de fato é imenso.
Não sei se aquele buraco ficou daquele jeito para a retirada do maquinário da KUKA, para melhor recolocar as fases do aterro ou nivelar o gramado.
Saí do Rio dia 8 de setembro. Meu trabalho, bolar a cerimônia, tinha se encerrado.
Como boi de piranha, fiquei com a fama de mentiroso.
O editorial do site O Chute é esclarecedor.
O problema do Maracanã é mais embaixo:
http://www.ochute.com.br/editorial/5429-o-maracana-vai-ser-devolvido-em-outubro-sem-choro
De quem ele é?
O torcedor carioca está no limite.
O viu fechar para a cara reforma do PAN.
Que não seguiu os padrões FIFA.
Foi fechado e completamente reestruturado novamente para a reforma da FIFA para a Copa do Mundo.
Que não seguiu os apelos e diversos pedidos do Comitê Olímpico Rio 2016 para aumentar os vãos e adequá-lo às Olimpíadas.
Foi fechado novamente.
Do jeito que está, o Maracanã não comporta grandes eventos.
Seus vãos conhecidos como VOM são baixos. Fernanda Lima de salto batia a cabeça neles.
Não entra maquinário para grandes shows, eliminando uma fatia do seu possível faturamento.
Se as cerimônias olímpicas e paras foram lindas, com soluções simples, como disse a imprensa internacional, foi por causa da falta de alternativas diante dos vãos baixos.
Pelo que se vê, a população carioca está bem cheia de eventos em que caem ciclovias, que obras ficam prontas pela metade, de tapumes em comunidades e maquiagem em torno de obras.
Foi a Olimpíada mais linda e democrática.
E CONCORRIDA.
As cerimônias surpreenderam expectativas, foram espetaculares e mostraram o talento do artista brasileiro, sem cair nos clichês.
O público foi incrível, acolhedor.
Deu tudo certo.
O Maracanã precisa encontrar seu DOM.
Voltar ao seu dono, o torcedor.
E o Rio repensar se deve ou não continuar como a capital dos grandes eventos ou dar uma trégua à população.
September 21, 2016
O caso do buraco no Maracanã
O palco do projeto inicial da cerimônia da abertura da Paralimpíada tinha 2 m de altura.
Porque tínhamos um robô KUKA para encaixar abaixo, que dançaria com a atleta Amy, cuja altura, dobrado, é de 1m30.
Descobrimos que os atletas cadeirantes, que pediram para entrar logo no começo, não conseguiriam ver a cerimônia sentados ao redor.
Decidiu-se cavar um buraco de 30 cm para encaixá-lo e atender ao pedido dos atletas.
O palco ficou com 1 metro de altura.
Não afetou a irrigação, nem é esta a obra que atrasará ou não atrasará a devolução do estádio ao futebol.
Data que foi marcada pelo comitê há anos
O buraco será tapado em horas.
O gramado refeito na mesma rapidez que foi refeito entre a abertura olímpica e os jogos das semis.
Na véspera da cerimônia, vazou a notícia de teria um buraco, o que atrasaria a entrega do estádio para um Flamengo em busca do título.
Sua torcida enfurecida focou seu ódio contra o Movimento Paralímpico.
Saímos em defesa das cerimônias.
Não negamos o buraco, afirmamos que teria 30 cm de profundidade.
Hoje, fotos de um buraco com a máquina retirada reacendeu a ira.
Achei por bem responder todas as dúvidas, apesar de ser apenas o diretor artístico de uma cerimônia, aquele que bola a cerimônia, a da abertura da Paralimpíada.
Aqui vai o pingue-pongue com seguidores do Twitter:
Jairo Angelo @JairoAngelo1910: @marcelorubens que treta que te arrumaram em rapaz!
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Tenso mundo do jornalismo esportivo
Thalix @Thalixxx_: A capa dos jornais é mais importante q quem frequenta? Para q ta feio
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Não. Quem frequentou tb adorou as aberturas
Abner Oliveira @abner0liveira: se em horas tapa-se o buraco e a grama não leva mais que 15 dias, o que atrasa tanto a reabertura ?
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Centenas de quilômetros de cabos, maquinário para transmissão, camarotes de artistas, dançarinos, teto para fogos de artifício, geradores…
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Desculpe. Maracanã não é do Flamengo, nem foi construído por ele, é patrimônio da cidade, da humanidade. Símbolo do país
Ribas @Cartoleiro83: Cara, ninguém se importa com a capa dos jornais, entenda isso. Só queremos o Maracanã, lamentável o que foi feito.
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Claro, dane-se a Olimpíada, dane-se o Rio, importante é o Maraca para mais um Fla x Flu
Fábio de Lima Martin @binhumartin: Engraçado né @marcelorubens que faz 7anos que sabemos que os jogos seriam aqui e os times agem como se tivessem sido pegos de surpresa
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Inacreditável o Rio querer uma olimpíada, e torcedores acharem o Maracaná intocável. Então que fizessem a olimpíada em SP, q foi candidata
Osni Júnior @jr_osni: @marcelorubens enfia no teu cu essa máquina
Marcelo Rubens Paiva adicionou: Ela já foi embora
Ninho da Nação @Ninhodanacao: Que zica, hein? @marcelorubens? Explica esse crime contra o futebol do Rio. Vergonha
Marcelo Rubens Paiva adicionou: O “crime contra o futebol” resultou em 4 cerimônias espetaculares capas de todos jornais do mundo e jogos que foram um sucesso. Valeu Rio
Flamenguistas precisam ter paciência.
Se queríamos fazer 4 cerimônias olímpicas, precisávamos preparar o Maracanã para elas.
No mais: Mengoo
September 19, 2016
Ustra mais uma vez no banco de réus
Curta sobre Ustra é lançado sábado
Aí vai uma chance de conhecer aquele homenageado pelo deputado Jair Bolsonaro na sessão de votação do afastamento de Dilma.
Neste sábado, 24 de setembro, às 14h00, no Memorial da Resistência, numa edição do projeto Sábado Resistente, do Núcleo de Preservação da Memória Política, será lançado o curta- documentário Tortura Tem Cor, dirigido por Pedro Biava.
Ele narra a participação do controvertido major Carlos Brilhante Ustra, responsável pela tortura de diversos presos, no DOI-Codi de São Paulo.
Com gravuras de André Catoto, ele traz depoimentos de Maria Amélia Teles, a Amelinha, ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que foi torturada pessoalmente por Ustra.
Falaram também Adriano Diogo e Emilio Ivo Ulrich, ambos presos e torturados no DOI-Codi.
Junto, será exibido o curta Eu Vi, a história da repórter Helle Alves, do fotógrafo Antonio Moura e do cinegrafista Walter Gianello, todos dos Diários Associados, que chegaram na Bolívia em 1967 para cobrir o julgamento do jornalista Regis Debray e descobriram a morte de Che Guevara.
Foram produzidos pelo coletivo Revira-Lata.
PROGRAMAÇÃO
14h00 – Boas vindas – Kátia Felipini Neves (Memorial da Resistência de São Paulo)
Coordenação – Maurice Politi (Núcleo de Preservação da Memória Política)
14h10 – Exibição do Documentário “Eu vi” (19’) e “Tortura Tem Cor” (16’)
Endereço: Largo General Osório, 66 – Luz – Auditório Vitae – 5º andar
Entrada Gratuita
September 15, 2016
Faça você mesmo seu infográfico inspirado no de Lula
Power Point do MP de Curitiba continua rendendo.
Rendendo piadas.
Site “lula ppt geneterator” ajuda o usuário a fazer seu próprio infográfico.
Cada um pode escolher o que deseja que as flechas apontem, ao estilo apresentação de Power Point do MP contra Lula.
Já virou febre.
O escritor J.P.Cuenca fez o seu.
Faça você mesmo no: http://lulapptgenerator.top/
September 14, 2016
Versões do Powerpoint do MP
O power point do procurador da República Deltan Dallagnol para denunciar Lula como chefe máximo, maestro, comandante da corrupção, bomba na internet.
A apresentação visual amadorística do Ministério Público, na coletiva da Lava Jato sobre Lula, logo virou piada.
Como disse o site de humor Sensacionalista, “Lava Jato diz que Lula desviou dinheiro que iria para aulas de Power Point de estagiário do MPF”.
E os memes começaram:
September 13, 2016
Sai MinC
Fora MinC?
Está provado: não é uma comissão do Ministério da Cultura que deve escolher o filme brasileiro candidato ao Oscar.
O racha da classe e a polarização política não possibilitaram uma isenção indispensável.
E gerou um constrangimento ontem, na apresentação oficial, que chocou a classe, testemunhado pelo nosso crítico Luiz Merten.
Presidido por Bruno Barreto, que fugiu na cerimônia, cineasta que arrebentou há 40 anos com DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, um júri suspeito escolheu um filme que ninguém viu.
Ninguém vírgula.
O insuspeito jornalista e crítico da Folha, ALCINO LEITE NETO, viu.
Escreveu hoje sobre o filme de David Schurmann:
“… Ministério da Cultura elegeu como representante do Brasil no Oscar um dos piores filmes do cinema brasileiro dos últimos anos.”
Para Alcino, Pequeno Segredo é um turbilhão de clichês e sentimentalismo, que nem a atriz Júlia Lemmertz salva.
“A narrativa é piegas, as imagens são piegas, a banda sonora é piegas, a direção é de uma platitude sem fim.”
Tinha mais de dez filmes inscritos.
De comédias a filmes de ação.
Em anos de turbulência política, muitos debatiam nossos conflitos sociais: racismo, disparidade econômica, capitalismo selvagem, pobreza, loucura.
O júri escolheu um filme de família, sentimental.
Não é o MinC que deve escolher o filme para concorrer à grande Academia de Cinema de Hollywood.
Poderia ser a Academia Brasileira de Cinema, composta por produtores, diretores, autores e atores.
Associados cadastrados que já votam no melhor filme [premiação agora em outubro].
September 12, 2016
Encontrada foto de Machado de Assis
Encontrada foto rara de Machado de Assis
Aparentemente, Machado preside uma reunião da ABL (Academia Brasileira de Letras), no Rio de Janeiro.
No salão e no centro de uma mesa que existem até hoje.
Façanha do pesquisador Felipe Rissato, que já tinha encontrado uma crônica inédita de Machado, texto anônimo sobre a perda da mãe, publicado na segunda edição da “Revista Luso-Brasileira” em 1860, intitulado “Lembranças de Minha Mãe”, além de uma crítica e quatro poemas; um deles quando o autor tinha 19 anos.
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