Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 37
May 11, 2017
Polarização política e ódio chegam ao futebol
Ao criticar Jadson e Felipe Melo, Casagrande é atacado nas redes sociais.
Polarização política chegou no futebol.
E junto dela, o pior do discurso do ódio.
Dois grandes ídolos em atividade, Felipe Melo (Palmeiras) e Jadson (Timão), considerados líderes experientes em seus times- o segundo com as mãos ainda com o cheiro da taça de campeão paulista-, resolveram se manifestar politicamente.
Felipe Melo, num vídeo gravado enquanto entrava no carro, disse: “Deus abençoe todos os trabalhadores e pau nos vagabundos. Bolsonaro neles!”
Jadson, no final de semana decisivo, disse: “Essa questão de investigações, Lava Jato, mas o lado da política está sem credibilidade com o povo. Sobre o Bolsonaro, eu já vi entrevistas dele no Youtube, me parece um cara correto.”
O ex-jogador ilustre e comentarista da Rede Globo, Casagrande, um dos expoentes do movimento Democracia Corintiana, decidiu contestar.
Na sua coluna da GQ, hospedada no site da Globo, de terça-feira, dia 9, escreveu: “Bolsonaro? O que Felipe Melo, Jadson e eu (não) temos em comum. Fico na dúvida se os atletas foram realmente entender o que Bolsonaro defende. Na época da Democracia Corintiana, nós sabíamos”.
Depois de escrever que entende que, numa democracia, todos podem expor suas preferências, Casagrande escreve:
“Tive, junto com lendas como Sócrates, a sorte de viver o histórico movimento das Diretas Já. Participamos de comícios, ajudamos a revolucionar a cultura do vestiário e colocamos o Corinthians como uma das grandes vitrines do movimento pelo restabelecimento da democracia no Brasil. Chegamos a ser monitorados pelo Departamento de Ordem Política e Social, órgão que atuava, assim como o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Informações de Defesa Interna (DOI-Codi), na repressão de qualquer pensamento contrário ao que o regime impunha. Políticos, artistas, esportistas, estudantes e cidadãos comuns foram muitas vezes taxados de subversivos simplesmente por desejarem o fim da ditadura.”
E explica: “Quem se propusesse a gravar um vídeo contra o status quo – como fez o Felipe Melo – dificilmente escaparia da cadeia. Pois bem: Bolsonaro é entusiasta dos que comandavam os órgãos de repressão na época. Já declarou isso várias vezes e prestou homenagem ao comandante Brilhante Ustra, do DOI-Codi, o principal chefe da repressão, em pleno Congresso Nacional.”
Muitos leitores-torcedores o apoiaram.
Mas a reação contrária assustou o apresentador.
Me confidenciou: “Estou sendo atacado por direitistas. Até a Ana Paula, do vôlei, que critiquei por apoiar o Aécio, veio para a revanche.”
No site da revista, defensores e críticos do jogador-comentarista expuseram suas opiniões.
Os críticos partiram pesadamente para o ataque pessoal [todas em SIC.]:
Rafael: “Falar o q para esse cara… deve ter voltado aos antigos costumes.”
Apparecida Sadu: “antes de ler esse texto achei que o casao estava curando de seu vicio. SQN. Viajou”.
Murilo: “Falou o cara que mais cheira pó do que um aspirador.”
Fritz Odenbreit: “A maioria aqui, que é mínima, devem ler a coluna desse “intelectual” cheira grande.. ops.. casa, não vou nem dizer que a maioria , ou quase tudo, das coisas que ele diz, só existia para quem queria transformar o Brasil em uma Cuba, o lugar que ele diz adorar mas jamais moraria, lá ele teria sido fuzilado.”
Rodrigo Carvlho: “Faça um favor casa (boca)grande, se recolha a sua insignificancia, quando lutavam pela tal democracia, acredito piamente que se soubessem que seria essa bagunça de hoje, não teriam lutado.”
Rodrigo Lobo: “Quem é Casagrande? As drogas afetaram p cérebro dele”
Rafael Silva: “claro que ele é do contra, é um drogado, financia o tráfico de drogas nos morros e favelas. Fala sério.”
Quanto ódio…
Casagrande concluiu:
“Um basta na violência e na corrupção é o que todos desejamos, mas como conseguir isso é que são outros quinhentos. Na Democracia Corintiana, nós sabíamos o que queríamos: a redemocratização do Brasil. Cumprimos o nosso papel. Não à toa, Sócrates ficou tão marcado na história da camisa alvinegra, a mesma que hoje é vestida por Jadson. Ironias da vida.”
May 9, 2017
Série com Selton Mello sobre Lava Jato fica para 2018
As atenções dessa semana estão voltadas para Curitiba.
Enquanto no Rio, começam as filmagens da série de oito episódios, O Mecanismo, de José Padilha.
Depois do sucesso de Narco, a Netflix deu ao cineasta brasileiro de Tropa de Elite o OK para roteirizar uma série sobre a operação que também ganha um filme polêmico, de R$ 15 milhões, Polícia Federal – A Lei É Para Todos.
Enquanto o longa de Marcelo Antunez, que conta desde o começo da operação, num lava jato, é narrado por delegados e procuradores do MP, como Deltan Dallagnol (Reiner Cadete), foi filmada na PF de Curitiba e tem até o juiz Sérgio Moro, em oito cenas, vivido por Marcelo Serrado, a série será conduzida por um delegado aposentado da PF, Selton Mello.
A jovem atriz Carol Abras, mais Leonardo Medeiros, Enrique Diaz e outros fazem parte do timão de apoio.
Padilha ganhou a parceria das roteiristas Sofia Maldonado e Elena Soarez (Cidade dos Homens, Casa de Areia).
Será “baseada” na investigação da promiscuidade entre empreiteiras, Governo e estatais.
A estreia do filme, que tem até Lula (Ary Fontoura), como personagem, é para agora, começo do segundo semestre.
A da série fica para 2018.
May 8, 2017
Trump, o Presidente Sapo
A bico e a expressão congelada de Trump, contrastando com seus cabelos rebeldes, tem feito a alegria dos humoristas.
E de cartunistas.
O artista Mikel Mitchell, de Austin (TX), criou o personagem President Frog, o Presidente Sapo.
Ao descobrir que a boca de Trump lembra um sapo, narra o dia a dia do presidente americano no Twitter.
E opina sobre política interna e externa.
Criador de caricaturas, costuma reproduzir imagens de comida, pássaros até personagens de quadrinhos.
Recria personagens da saga Star Wars e da Marvel.
Faz bottons, grafites, imã de geladeira.
President Frog tem um caminho longo pela frente.
May 5, 2017
Alunos e ex-alunos do Santa Cruz apoiam colégio
Alunos e ex-alunos do Colégio Santa Cruz lançam abaixo assinado em apoio a professores.
Postado em 1 de maio no site de petições online Avaaz, já conta com mais de 3.500 assinaturas:
https://secure.avaaz.org/po/petition/...
O manifesta não tem nem uma semana e bate de frente com outro manifesto bastante divulgado de 13 alunos, que criticava o posicionamento de professores e funcionários que, contra a Reforma da Previdência e mudanças na CLT, apoiaram a greve geral marcada para a última sexta-feira.
Na mesma sexta, dia 28, alguns pais de alunos contrários à greve foram à escola onde pregaram fitas brancas na entrada.
O que estava escrito nas fitas causou espanto.
Chocou professores.
Eram textos agressivos, simplistas, acusatórios, espectro do ódio de um país dividido, elevando a indisposição entre professores, diretoria e alguns pais.
A polêmica não se encerra.
Eu, que estudei nela, durante a ditadura, nunca vi nada semelhante.
A lembrar que o Santa Cruz foi fundado por padres canadenses marxistas, simpáticos à Teologia da Libertação, escola que formou Chico Buarque, Fernando Meirelles e herdeiros do Banco Itaú, Pão de Açúcar, Villares, MetalLeve.
Que, pluralista, indicou livros ou textos marxistas, de filósofos existencialistas e cristãos, e tinha como um dos pilares do currículo fundamentos da filosofia, especialmente a aristotélica.
Segue a petição.
Prezados Diretores e Professores do Colégio Santa Cruz,
Nós, abaixo assinados, ex‐alunos e pais de alunos do Colégio Santa Cruz, temos assistido com grande preocupação à onda recente de críticas que têm sido dirigidas ao Colégio por parte de um grupo de membros de nossa comunidade. Essas críticas têm reverberado na mídia e nas redes sociais e, se não forem adequadamente respondidas, podem dar a equivocada impressão de que refletem o posicionamento consensual daqueles que se educaram no Colégio ou que, hoje em dia, escolheram confiar a educação de seus filhos a esta escola. Portanto, para evitar que essa enganosa percepção possa colocar em risco o projeto pedagógico do Colégio, resolvemos manifestar, neste momento, não apenas nossa opinião quanto aos temas que têm sido debatidos, mas sobretudo nosso apoio ao modo irrepreensível como o Santa Cruz tem se portado diante de todos esses eventos.
Estamos vivendo tempos difíceis, divididos. Tempos de polarização ideológica, de crise política, de crise econômica. Tempos de baixa tolerância com a diferença, de acirramento das certezas pouco refletidas, de associação do divergente com o inimigo. Em momentos assim, todas as instituições são postas à prova e não poderia ser diferente com o nosso Colégio. Esse “Espírito do Tempo” tem se manifestado em relação ao Santa Cruz de muitas formas, mas principalmente por meio de críticas a um suposto viés “socialista” que estaria presente nas leituras indicadas aos alunos e nas aulas ministradas pelos professores, pela cobrança de mais referências “de direita” no currículo, pela afirmação de que o Colégio estaria adotando uma postura excessivamente liberal e tolerante em temas de comportamento, gênero e sexualidade e, mais recentemente, por manifestações, por vezes agressivas, feitas em redes sociais e no próprio pátio do Colégio, contrárias à posição adotada pela maioria dos professores de aderirem à greve geral da última 6a feira.
Essas críticas e manifestações padecem de inúmeros problemas. Algumas, individuais e mais agressivas, beiraram inclusive as raias do preconceito e da falta de consideração e respeito pelo próximo. Contudo, o que se mostra igualmente grave é que todas essas manifestações – incluindo as mais moderadas – parecem ter comungado, implícita ou explicitamente, de uma mesma e equivocada concepção do que deva ser a relação entre a escola e a comunidade de pais. Ao contrário do que muitas das críticas parecem ter sugerido, nesta relação simplesmente não cabe que os pais ditem as linhas pedagógicas da escola.
O Colégio Santa Cruz possui uma história de 65 anos. Há mais de meio século vem praticando os mesmos valores fundamentais. Define‐se como uma “instituição de ensino humanista”, que quer formar “gerações de cidadãos críticos e atuantes” e, de forma coerente com esses objetivos, sintetiza sua proposta educacional no apreço ao conhecimento e à compreensão de seus limites, na fruição da arte e da literatura, no livre‐pensar, na autonomia aliada à consciência de pertencimento social, na responsabilidade frente às próprias escolhas e no cultivo da solidariedade.
A palavra “autonomia” aparece nada menos que 16 vezes no Plano Diretor do Santa Cruz e o Colégio sabe que é impossível construir essa autonomia intelectual e moral dos alunos se o exemplo não for dado pela própria escola. Sujeitos autônomos, livres e críticos só podem ser formados em um ambiente no qual ao corpo docente também seja concedida igual autonomia, liberdade e respeito ao pensamento crítico. O Santa Cruz respeita, portanto, a autonomia de seus professores e não está sozinho nisso. Pratica um princípio (a “liberdade acadêmica”) que está na base do sucesso de instituições centenárias no mundo todo. Um princípio que explica porque uma instituição de prestígio como a London School of Economics pode dar guarida a pensamentos tão opostos como os de Hayek e Amartya Sen, vendo‐os angariar os prêmios Nobel de 1974 e 1998 a partir de abordagens ideológicas diametralmente opostas. Ou porque Harvard acolheu ao mesmo tempo autores tão diferentes como Nozick e Rawls, criando um ambiente em que os dois puderam ser até amigos e colaborar com comentários sobre os trabalhos um do outro, apesar de divergirem frontalmente em seus posicionamentos ideológicos e visões de mundo.
Este tipo de pluralismo tem sido a marca do Colégio Santa Cruz desde sempre. Assim como tem sido sua marca o respeito à liberdade dos professores, à diversidade de modos de vida e às opções de cada um em termos de comportamento, gênero e sexualidade. Isso é muito importante. Isso constrói a identidade da escola. Isso não pode mudar.
Os pais de alunos abaixo‐assinados confiaram seus filhos ao Santa Cruz exatamente por acreditarem nos princípios e valores manifestados no Plano Diretor do Colégio, e por acreditarem na comprovada capacidade do Colégio de colocar em prática e implementar esses princípios e valores. Além disso, entendem que o corpo docente do Santa Cruz é formado por pessoas extraordinariamente capacitadas – e que estão, também, perfeitamente alinhadas com os objetivos do Colégio. Entendem que as professoras e professores do Colégio estimulam cada aluno a construir o próprio conhecimento a partir da reflexão crítica e do diálogo, transmitem paixão e compromisso pelo conhecimento, respeitam o embate de opiniões e argumentos, inspiram os alunos a conviver com a diferença e a aprender com ela. Todas as mães e pais abaixo‐assinados entendem que essas pessoas desempenham um trabalho excepcional na formação de seus filhos, inclusive por mostrarem a eles que as pessoas de bem podem pensar de maneiras distintas e que todos têm o direito de manifestar essas suas opiniões com liberdade e sem o receio de represálias ou censura.
A nosso ver, fiel a esses princípios, o Santa Cruz manteve, diante das críticas e manifestações recentes, uma posição institucional impecável. A direção soube manter‐se serena e fiel aos princípios que sempre nortearam a escola. Esses princípios (respeito ao ser humano e valorização da diferença de opinião, formação de cidadãos conscientes de seu tempo e críticos do seu entorno, garantia da independência – com excelência – das opções e abordagens dos professores em sala de aula) serão, no médio prazo, o melhor antídoto contra a polarização do presente. Por tudo isso, manifestamos nosso integral apoio e agradecemos à direção e ao corpo docente por seu exemplo de consistência pedagógica, respeito à pluralidade de opiniões e cidadania.
May 4, 2017
Colonização holandesa no Brasil em quadrinhos
André Toral é o exemplo do bom casamento entre arte & mundo acadêmico.
De um lado, o quadrinista de 57 anos tem o DNA de uma incrível família de artistas (Tarsila do Amaral entre elas).
Do outro, antropólogo mestre da UFRJ, morou com índios e rema pelos afluentes da História, com doutorado da USP.
Publica agora Holandeses (editora Veneta); lançamento sábado, 6 de maio, na Livraria da Vila (Pinheiros).
Que tem como pano de fundo a invasão holandesa no Brasil do século 17 no Nordeste, através de dois personagens, Cástor e Esaú, irmãos que tentam a sorte pelo Novo Mundo.
Toral foi consultor da Funai, especialista no povo Karajá, Javaé, Avá-Canoeiro e Tapirapé.
E fez quadrinhos aclamados sobre a Guerra do Paraguai (em que ficou anos debruçado, numa pesquisa preciosa), Uma História da Guerra do Paraguai (Cia das Letras), Adeus Chamigo Brasileiro, Os Brasileiros (Conrad).
Adepto do lápis de cor, hoje usa aquarela.
Holandeses fala de dois irmãos judeus sefarditas, de origem portuguesa, que viviam em Amsterdã na época do século de ouro holandês, graças aos moinhos.
Vieram a Pernambuco na grande ocupação promovida por Maurício de Nassau, em que holandeses aportaram em Olinda e dominaram a maior parte do território nordestino entre 1637 e 1654, retomando o comércio de açúcar e causando uma revolução nas cidades, modernizando-as.
Os irmãos vivem de arte (pintura) e comércio (de escravos).
Acreditam na vinda do Messias e buscam aqui sinais da sua chegada.
Trafegam entre índios e descendentes de judeus do interior do Brasil.
Holandeses é a volta de André Toral, atualmente professor na FAAP, ao formato álbum.
May 3, 2017
Escutando anéis de Saturno
https://www.youtube.com/watch?v=XITah0sxFFQ
A NASA divulga áudio da sonda Cassini, que cruza anéis de Saturno a 3 mil quilômetros da sua superfície.
Surpresa: os ruídos são impactos de partículas de gelo de menos de 0,001 mm contra a antena de quatro metros de diâmetro da nave.
A gravação, feita há uma semana (quarta-feira dia 26 de abril), vem de um aparelho que mede a radiação, num espaço de 300 quilômetro entre os anéis.
A missão passará várias vezes pelo anel, até setembro, quando mergulhará na atmosfera do planeta.
A antena parabólica também serve de proteção contra choques.
May 2, 2017
Clássico do Radiohead relançado com inéditas
E quando todos pensam que o rock morreu na virada do milênio, e que já se inventara de tudo, eis que alguém lembra: Mas tem o Radiohead.
OK Computer, do Radiohead, é o melhor disco de rock dos últimos tempos.
Lançado em 1997, tornou as músicas Airbag, Android Paranoid, No Surprise e Let Down clássicos de uma era em que mundo parecia explodir no misterioso bug do milênio.
Chegara o tempo da distopia.
A banda consegue a síntese entre o melhor da história do rock, Beatles, Hendrix, Pink Floyd, Led Zeppelin, punk, grunge, metal, e adiciona temperos de música eletrônica.
Em comemoração aos 20 anos do seu lançamento, a banda faz uma reedição do disco, que saiu originalmente na transição do vinil para o digital, e inclui três novas faixas, Lift, Big Boots e I Promisse.
Homenageando também mídias “mortas”, como a fita k-7.
Ser vinil = lado A e lado B.
Ser CD = FAIXA BÔNUS.
O assunto era este mesmo: a chegada do pós-modernismo, na era digital.
O tom era este mesmo: arte agora é releitura da releitura, num ciclo sem fim.
Agora com OKNOTOKCOMPUTER, a banda remasteriza o disco a partir de fitas analógicas.
Promete lançar a caixa de luxo em junho.
Com uma fita cassete, um vinil, arte e um bloco de 140 páginas de anotações de Thom York
Tudo aqui: http://www.oknotok.co.uk/
Já está em pré-venda.
April 27, 2017
13 Reasons temporada 2?
A série 13 Reasons Why, envolta numa polêmica, por glorificar o suicídio entre adolescentes, dá indícios de que terá uma segunda temporada.
Talvez tenha sido a série que mais debates causou na rede social.
Não por sua trilha fantástica, que tem Joy Division já na primeira cena [cujo líder se matou].
Psicanalistas, psicólogos e educadores que lidam com depressão juvenil se revoltaram com o programa, que trataria de uma forma irresponsável uma doença psicológica grave.
Ainda mais em tempos de outra epidemia, o tenebroso jogo de desafios que se tornou uma epidemia, Baleia Azul.
Apesar da protagonista, Hannah, ter se matado, a primeira temporada deixou pistas, que não estavam no livro original, de que o drama sobre bulliyng e amadurecimento sexual numa escola de ensino médio, Liberty, tinha ainda força para continuar.
Olha o spoiler:
O processo que a família da vítima move contra a escola não se encerra.
Um personagem, dos mais perturbados, revela que mantém, em casa, um arsenal escondido, e que compra armas pela internet.
Um personagem corre risco de morrer.
A crítica de TV especialista da série, Proma Khosla, que acompanha os bastidores da indústria, dá mais dicas.
O ator Ross Butler informou estar indisponível para a segunda temporada da série Riverdale, em que atua.
Porque provavelmente estaria já confirmada a segunda temporada de 13 Reasons, deduz.
“Eu tenho outro projeto agora, de que não posso falar”, disse em entrevista ao site Mashable.
Ross faz o galã da escola.
O autor do livro que deu na série, Jay Asher, apoia novas temporadas.
Faltaria apenas o anúncio oficial.
April 26, 2017
Netflix lança pacote de novidades
Séries como The Americans, Homeland e The Affair já estão com temporadas novas há tempos.
Homeland termina a sexta temporada, The Americans, a quinta.
No Netflix Brasil, estão ainda só com duas ou três à disposição.
O assinante se sente abandonado.
A terceira temporada de The Affair já está na Apple.
Nada no Netflix, só com a primeira e segunda.
Seu assinante se sente no direito de reclamar.
Depois que sócios e consumidores reclamaram da demora em repor conteúdo novo, e ter o número de adesões, pela primeira vez, cair em 2017, a NETFLIX, o maior canal filmes, vídeos, séries, documentários de streaming, antecipa algumas estreias e lança outras.
Tudo ao mesmo tempo agora.
Em Maio
Atração própria, como House of Card, estreia a Temporada 5 no final do mês.
Bloodline estreia a terceira dia 05, junto com a segunda de Sense8.
Suits, Penny Dreadful, Arrow, Master of None são séries que também trazem uma nova temporada agora em maio.
A novidade, Anne With An E, sobre uma órfã que, por engano, foi enviada para ser adotada, quando era um menino que deveria ir, estreia dia 12.
Além disso, filmes do Oscar 2017, como o premiado MoonLight, Até o Último Homem, Her, juntos com documentário sobre o(a) cartunista Laerte, estreiam.
A empresa sente as investidas de concorrentes, como Amazon, HBO GO e agora a Apple.
Caiu no primeiro trimestre a quantidade de novos assinantes daquela que fatura mais que o SBT, de 7,05 milhões para 4,95 milhões de assinantes comparando os últimos trimestres, e tem mais assinantes que a SKY.
A empresa divulgou: “Vamos considerar essas variações como uma sacudida na tendência de crescimento no longo prazo e na adoção da TV por internet”
A Netflix tem mais de 100 milhões de assinantes em mais de 190 países, com mais de 125 milhões de horas de filmes e séries por dia, incluindo produções originais
Relatou ganhos de 178 milhões de dólares, sob um volume de negócios de 2,64 bilhões de dólares no primeiro trimestre.
Escolas particulares devem fechar sexta-feira
Não se sabe o alcance da Greve Geral contra a Reforma da Previdência e Trabalhista (PL 6787 e PL 4302), agendada para sexta-feira.
Ambos projetos de lei estão em debates acalorados no Congresso, sindicatos e centrais sindicais.
Alguns setores costumam aderir em massa a protestos semelhantes, como bancários e transportes.
Escolas públicas e privadas prometem parar.
O Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP), independente, apoia a manifestação marcada para sexta-feira, dia 28.
Professores da rede estadual, através da associação (Apeoesp), convocou os docentes para ato no Largo da Batata.
Já o sindicato que representa professores da rede municipal (Sinpeem) marca ato para às 15h na Prefeitura.
Há dois dias, a Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares) soltou uma nota criticando a adesão das escolas:
“São manifestações legais e aceitáveis nas sociedades democráticas, previstas inclusive na Constituição Federal. As liberdades democráticas, que incluem a liberdade de reunião e opinião, constituem pilares indispensáveis das democracias e assim devem continuar a sê-lo. Importante, no entanto, assegurar que o direito legítimo à manifestação pública não se faça em detrimento do direito de outros cidadãos em garantir a seus filhos a possibilidade de frequentar a escola nos dias letivos previamente marcados.
“Na atividade docente, o aluno deve estar sempre em primeiro lugar. A hipótese de interrupção das aulas nas escolas particulares no próximo dia 28 de abril, proposta pelo Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP), não é aceitável para a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar).”
Grandes escolas particulares paulistanas têm mandado comunicados de que irão aderir à greve.
Algumas nem concordam com o movimento, mas respeitam o direito de greve, como o Colégio Santa Cruz.
Outras respeitaram a decisão da maioria em assembleias, como o Lourenço Castanho.
O Palmares resolveu suspender as aulas, temendo um caos na cidade.
Segundo SinproSP, entre as que irão parar, estão escolas em bairros nobres da cidade, como:
Santa Cruz
Vera Cruz
Oswald de Andrade
Gracinha
Grão de Chão
Recreio
Esquipe
São Domingos
Escola Viva
Hugo Sarmento
Ítaca
Lourenço Castanho
Carlitos
São Luís
Rainha da Paz
Anglo 21
Ofélia Fonseca
Alecrim
Entre outras
O Alecrim, pré e escola do ensino fundamental do Sumaré, soltou uma carta aberta e enviou os pais, que talvez resuma o sentimento da categoria.
E avisou que fará rodas de conversa na sexta-feira, de manhã, numa praça perto da escola, Horácio Sabino, para “aprofundar o diálogo na equipe e com a comunidade, a fim de promover um debate maduro sobre estes assuntos que consideramos tão pertinentes à nós educadores e à sociedade como um todo”.
São Paulo, 23 de abril de 2017
Carta aberta à comunidade escolar da Alecrim
Nós, trabalhadoras e trabalhadores da Alecrim, iniciamos no mês de abril uma série de reuniões para discutir e nos posicionar sobre as reformas trabalhista (PL 6787) e previdenciária (PEC 287) e sobre a regulamentação da terceirização (PL 4302) propostas pelo atual governo. Entendemos que essas medidas, tomadas sem qualquer diálogo com a sociedade, afetam diretamente a qualidade da educação que oferecemos à nossa comunidade, uma vez que atingem as condições de trabalho dos profissionais desta escola. Além disso, nosso posicionamento está de acordo com a educação na qual acreditamos: democrática, dialógica, reflexiva e que valoriza as diferenças.
Consideramos que essas propostas (fim da aposentadoria por tempo de contribuição, exigência de 40 anos de contribuição para a aposentadoria integral, fim da aposentadoria especial dos professores, entre outros retrocessos) são afrontas aos direitos dos trabalhadores, conquistados arduamente por meio de diversas lutas travadas historicamente. Compreendemos também que a proposição de tais medidas em conjunto e de forma tão acelerada visa dispersar a oposição naturalmente suscitada entre os trabalhadores e as trabalhadoras deste país em diversas frentes.
É consenso em nossa equipe o posicionamento desvinculado de qualquer partido institucional contra todas as reformas citadas. Portanto, por não aceitarmos a perda desses direitos, acolhemos a orientação de greve ao longo do dia 28 de abril (sexta-feira) proposta por diversos movimentos sociais e sindicatos. Esse será um dia de protesto nacional que reunirá trabalhadores de várias categorias profissionais, inclusive das escolas particulares, que entendem ser de vital importância uma mobilização coletiva para pressionar o governo, com o objetivo de se contrapor ao atual processo impositivo de medidas incalculavelmente retrógradas em relação aos direitos trabalhistas. Entendemos a necessidade de alterações na legislação trabalhista, principalmente a fim de ampliar seu alcance quantitativo e qualitativo, mas é preciso que sejam feitas com debates junto à sociedade civil e não para beneficiar aqueles que já são política e economicamente privilegiados.
Compreendemos as dificuldades que uma paralisação pode trazer à comunidade escolar, mas não podemos deixar de agir neste momento tão delicado. Estamos abertos ao diálogo e esperamos que esse momento de luta nos proporcione a garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários para a nossa geração e as futuras.
Funcionárias e funcionários da Escola Alecrim
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