Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 12
June 11, 2020
OS MODERNOS AUTOS-DE-FÉ
Vou indignar muita gente, seguramente, com esta opinião, mas a minha própria indignação é mais forte do que o incómodo de ferir susceptibilidades.
Odeio autos-de-fé, mesmo que sejam a estátuas (como fazia a nossa Santa Inquisição quando as suas vítimas fugiam: na sua falta, queimavam um boneco em tamanho natural).
O assassínio de George Floyd, nos Estados Unidos da América, provocou uma imensa onda de indignação que se propagou solidariamente a muitos outros países, onde também existem racismo e discriminação, mais ou menos encapotados. Infelizmente, e quase sempre, estes movimentos de indignação colectivos e globais, que começam com genuína boa-fé e generosidade, tendem a suscitar a histeria do politicamente correcto, que vem de mãos dadas com o fundamentalismo e a prepotência (apoiados na força do número de uma multidão exaltada, que pensa mais com o coração e as tripas do que com o cérebro), acabando por cair naquilo que é suposto serem contra - a violência, a destruição e a censura.
Sentimentos crus que levaram desde tempos imemoriais aos linchamentos e aos autos-de-fé "purificadores" das consciências, pelos que querem re-escrever a História, apagando do passado tudo o que lhes ofende a sensibilidade ou a causa que defendem.
Indigna-me que se censurem, proíbam e destruam estátuas, livros, monumentos e agora até filmes, que são obras-primas e testemunhos de um passado colectivo, que deviam permanecer como memórias de tudo aquilo que não devia voltar a acontecer (e que se repete, afinal, ao longo dos séculos), que nos permitem tirar lições e ilações, se não estivermos cegos pela ignorância e pela febre das redes sociais. Os nazis começaram por fazer fogueiras e queimar tudo o que era, na sua opinião enquanto raça superior, "a cultura decadente do Ocidente", depois passaram a meter os seus autores em guetos e campos de extermínio.
Ainda há bem pouco tempo o mundo se indignou contra os jihadistas do Daesh que destruíram os Budas gigantes do Afeganistão e os monumentos de Palmira, que degolam os americanos e fazem "limpeza" aos que não são da sua fé. Vejo agora, na América, e em alguns países da Europa, o mesmo histerismo prosélito de grupos a vandalizarem monumentos, a derrubarem estátuas e a lançarem-nas ao rio.
Senti o mesmo calafrio! Gente que não sabe conhecer o aceitar seu passado, com os seus defeitos e virtudes, estudá-lo e contextualizá-lo, preferindo destruí-lo e apagá-lo, é pouco mais do que um bárbaro ignorante. Esquece-se que qualquer movimento que pense o contrário, vindo a cavalo noutra grande ideia, fará o mesmo auto-de-fé às suas ideias e convicções.
Indigna-me, sobretudo, que as instituições académicas e culturais se acobardem com a censura destes novos inquisidores. Agora, até o grande clássico, de todos os tempos do Cinema, "E tudo o Vento levou", também está proscrito? Para quando as fogueiras de livros nas praças públicas?
Mutiladas as estátuas de Colombo e de outras personagens históricas, nos EUA (irão renegar os pais fundadores da nação, que tinham plantações com escravos?). Isto é também um vírus e não se cura com o confinamento, nem com a vacina, só com Estudo e Cultura.
Odeio autos-de-fé, mesmo que sejam a estátuas (como fazia a nossa Santa Inquisição quando as suas vítimas fugiam: na sua falta, queimavam um boneco em tamanho natural).
O assassínio de George Floyd, nos Estados Unidos da América, provocou uma imensa onda de indignação que se propagou solidariamente a muitos outros países, onde também existem racismo e discriminação, mais ou menos encapotados. Infelizmente, e quase sempre, estes movimentos de indignação colectivos e globais, que começam com genuína boa-fé e generosidade, tendem a suscitar a histeria do politicamente correcto, que vem de mãos dadas com o fundamentalismo e a prepotência (apoiados na força do número de uma multidão exaltada, que pensa mais com o coração e as tripas do que com o cérebro), acabando por cair naquilo que é suposto serem contra - a violência, a destruição e a censura.Sentimentos crus que levaram desde tempos imemoriais aos linchamentos e aos autos-de-fé "purificadores" das consciências, pelos que querem re-escrever a História, apagando do passado tudo o que lhes ofende a sensibilidade ou a causa que defendem.
Indigna-me que se censurem, proíbam e destruam estátuas, livros, monumentos e agora até filmes, que são obras-primas e testemunhos de um passado colectivo, que deviam permanecer como memórias de tudo aquilo que não devia voltar a acontecer (e que se repete, afinal, ao longo dos séculos), que nos permitem tirar lições e ilações, se não estivermos cegos pela ignorância e pela febre das redes sociais. Os nazis começaram por fazer fogueiras e queimar tudo o que era, na sua opinião enquanto raça superior, "a cultura decadente do Ocidente", depois passaram a meter os seus autores em guetos e campos de extermínio.
Ainda há bem pouco tempo o mundo se indignou contra os jihadistas do Daesh que destruíram os Budas gigantes do Afeganistão e os monumentos de Palmira, que degolam os americanos e fazem "limpeza" aos que não são da sua fé. Vejo agora, na América, e em alguns países da Europa, o mesmo histerismo prosélito de grupos a vandalizarem monumentos, a derrubarem estátuas e a lançarem-nas ao rio.
Senti o mesmo calafrio! Gente que não sabe conhecer o aceitar seu passado, com os seus defeitos e virtudes, estudá-lo e contextualizá-lo, preferindo destruí-lo e apagá-lo, é pouco mais do que um bárbaro ignorante. Esquece-se que qualquer movimento que pense o contrário, vindo a cavalo noutra grande ideia, fará o mesmo auto-de-fé às suas ideias e convicções.
Indigna-me, sobretudo, que as instituições académicas e culturais se acobardem com a censura destes novos inquisidores. Agora, até o grande clássico, de todos os tempos do Cinema, "E tudo o Vento levou", também está proscrito? Para quando as fogueiras de livros nas praças públicas?
Mutiladas as estátuas de Colombo e de outras personagens históricas, nos EUA (irão renegar os pais fundadores da nação, que tinham plantações com escravos?). Isto é também um vírus e não se cura com o confinamento, nem com a vacina, só com Estudo e Cultura.
Published on June 11, 2020 13:02
June 10, 2020
Pêro da Covilhã, herói de um Romance Histórico de Cavalaria
"O Espião de D. João II" ou Como recriar a vida e viagens de Pêro da CovilhãPersonagem incontornável no dealbar do Renascimento europeu, Pêro da Covilhã foi, durante séculos, praticamente desconhecido dos portugueses.
Era um misto de James Bond e Indiana Jones português, mas de existência real, que levou a cabo duas das mais desejadas empresas do seu tempo: descobrir um caminho, por terra para a Índia das especiarias e achar o encoberto reino do Preste João, uma demanda que só tem paralelo na busca do Graal, pelos Cavaleiros do Rei Artur.
Era um misto de James Bond e Indiana Jones português, mas de existência real, que levou a cabo duas das mais desejadas empresas do seu tempo: descobrir um caminho, por terra para a Índia das especiarias e achar o encoberto reino do Preste João, uma demanda que só tem paralelo na busca do Graal, pelos Cavaleiros do Rei Artur.
Published on June 10, 2020 11:04
PORTUGU esses
O episódio 2, da série de documentários sobre as relações dos portugueses entre si, no qual participei a convite de André Torres e Rui Veiga.
Published on June 10, 2020 03:14
NÃO SE DEVE COMPARAR MARTIN LUTHER KING COM GEORGE FLOYD
Ninguém, incluindo assassinos e criminosos da pior espécie, deve ser morto, linchado ou mesmo condenado sem julgamento, muito menos às mãos da polícia que deve proteger TODOS os cidadãos, mesmo os que cometem crimes graves.
O que eu considero um erro, nesta luta seríssima contra o racismo, é meterem no mesmo saco o grande activista dos direitos dos negros, Martin Luther King, e um criminoso reincidente como George Floyd (um dos seus crimes foi o assalto com arma de fogo a uma mulher, que ia com o filho, uma criança).
Indignarmo-nos com a sua morte é uma coisa, transformá-lo num herói mundial, com cerimónias e romarias de homenagens ao seu caixão é outra: tira o valor e propósito à causa dos direitos dos negros.
A morte de George Floyd foi um acto de grande barbárie, infelizmente muito frequente na América e levantou grandes manifestações contra o racismo que já deviam ter acontecido nas outras ocasiões, forçando a uma nova legislação e regulação das polícias. E eu respeito a dor da sua família.
Eu nasci nos EUA, tenho dupla nacionalidade - americana e portuguesa -. mas, em vez de voltar para junto do meu pai, nesse país que era uma espécie de «El Dourado» para muitos portugueses, escolhi ficar por cá, porque me repugnava a mentalidade americana, esse racismo violento e visceral dos brancos contra os negros (e não só), aos quais na minha juventude ainda eram negados todos os direitos, havendo mesmo um apartheid em tudo semelhante ao da África do Sul, porque, para os brancos, os negros não passavam de descendentes dos seus escravos e, portanto, eram inferiores.
Toda a minha vida defendi os direitos das minorias, dos injustiçados, do perseguidos, e Martin Luther King (assim como outros activistas negros) foi um dos meus heróis, cuja morte chorei. A sua vida e morte fizeram diferenças, mas pouco mudaram na mentalidade da América profunda, aquela que venera Trump, ou na atitude criminosa e racista da polícia contra os negros, matando gente inocente com toda a impunidade.
Mas, terá o ladrão George Flyd, nos nossos dias de redes sociais e veneração dos "famosos" de pacotilha, mais valor do que Martin Luther King?Lamento, se assim for.
O que eu considero um erro, nesta luta seríssima contra o racismo, é meterem no mesmo saco o grande activista dos direitos dos negros, Martin Luther King, e um criminoso reincidente como George Floyd (um dos seus crimes foi o assalto com arma de fogo a uma mulher, que ia com o filho, uma criança).
Indignarmo-nos com a sua morte é uma coisa, transformá-lo num herói mundial, com cerimónias e romarias de homenagens ao seu caixão é outra: tira o valor e propósito à causa dos direitos dos negros.
A morte de George Floyd foi um acto de grande barbárie, infelizmente muito frequente na América e levantou grandes manifestações contra o racismo que já deviam ter acontecido nas outras ocasiões, forçando a uma nova legislação e regulação das polícias. E eu respeito a dor da sua família.
Eu nasci nos EUA, tenho dupla nacionalidade - americana e portuguesa -. mas, em vez de voltar para junto do meu pai, nesse país que era uma espécie de «El Dourado» para muitos portugueses, escolhi ficar por cá, porque me repugnava a mentalidade americana, esse racismo violento e visceral dos brancos contra os negros (e não só), aos quais na minha juventude ainda eram negados todos os direitos, havendo mesmo um apartheid em tudo semelhante ao da África do Sul, porque, para os brancos, os negros não passavam de descendentes dos seus escravos e, portanto, eram inferiores.
Toda a minha vida defendi os direitos das minorias, dos injustiçados, do perseguidos, e Martin Luther King (assim como outros activistas negros) foi um dos meus heróis, cuja morte chorei. A sua vida e morte fizeram diferenças, mas pouco mudaram na mentalidade da América profunda, aquela que venera Trump, ou na atitude criminosa e racista da polícia contra os negros, matando gente inocente com toda a impunidade.
Mas, terá o ladrão George Flyd, nos nossos dias de redes sociais e veneração dos "famosos" de pacotilha, mais valor do que Martin Luther King?Lamento, se assim for.
Published on June 10, 2020 03:05
May 13, 2020
Romance Histórico de Reconstrução: O Navegador da Passagem
O Navegador da Passagem, sobre as viagens de descobrimento de Diogo Cão e Bartolomeu Dias em busca do «cabo» de África e de uma derrota para a Índia das especiarias, onde cabe também o achamento do Brasil.
do Brasil
Published on May 13, 2020 11:32
TRUMP, O «CROMO» AMERICANO
O Presidente norte-americano, Donald Trump, abandonou a conferência de imprensa de segunda-feira, na Casa Branca, depois de sugerir a uma jornalista de origem chinesa que dirigisse à China a sua pergunta sobre a realização de testes à covid-19 nos Estados Unidos.
Weijia Jiang, uma repórter norte-americana do canal de televisão CBS nascida na China e que emigrou para os Estados Unidos com os seus pais aos dois anos de idade, questionou Trump sobre a sua insistência em salientar o número de testes realizados no país.
“Refere muitas vezes que os Estados Unidos estão a fazer um trabalho muito melhor do que qualquer outro país no que diz respeito aos testes”, disse a jornalista. “Porque é que isso importa?”, questionou. “Porque é que olha para isto como uma competição global, quando todos os dias os americanos continuam a perder as suas vidas e continuamos a ter mais casos a cada dia que passa?”
Na resposta, o Presidente norte-americano disse que “há pessoas a perder as suas vidas em todo o mundo”.
“Talvez devesse fazer essa pergunta à China”, sugeriu Trump à jornalista. “Não me pergunte a mim, pergunte à China. Quando lhes fizer essa pergunta, talvez receba uma resposta muito invulgar.”
Em seguida, o Presidente norte-americano apontou para a jornalista que estava atrás de Weijia Jiang, a correspondente da CNN Kaitlan Collins, pedindo-lhe que fizesse outra pergunta. Mas a repórter da CBS reagiu: “Porque é que me fez essa pergunta a mim, especificamente, sobre a China?”
“Não estou a dizer-lhe especificamente a si, digo-o a qualquer pessoa que me faça uma pergunta desagradável”, respondeu o Presidente norte-americano.
Ao ver que a correspondente da CNN permitira que Weijia Jiang fizesse uma segunda pergunta antes de ela própria tomar a palavra, Donald Trump recusou-se a responder a Kaitlan Collins e passou à jornalista seguinte, Yamiche Alcindor, do canal público PBS.
Donald Trump deu por concluída a conferência de imprensa e abandonou os jardins da Casa Branca quando a jornalista Yamiche Alcindor também quis esperar que a sua colega da CNN fizesse uma pergunta.
Published on May 13, 2020 02:48
May 6, 2020
May 5, 2020
Alerta contra o radicalismo e terrorismo
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA / JORNAL PÚBLICO
Fiscalização das secretas alerta para jihadistas, supremacistas e radicais: Do terrorismo clássico à emergência de novos desafios, os fiscalizadores desfilam aos deputados uma série de perigos e necessidades.
No relatório sobre as suas actividades em 2019 divulgado esta segunda-feira, o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), que tem a responsabilidade de fiscalizar a actividade dos serviços de informação portugueses - SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) e SIS (Serviço de Informações de Segurança) -, alerta os deputados para diversos riscos.
Às referências, já habituais, ao jihadismo e ao perigo do regresso à Europa dos combatentes estrangeiros na guerra da Síria, ou o ciberterrorismo, o novo relatório assinala a extrema-direita racista e grupos conotados com as teses da supremacia branca e o aceleracionismo radical. Referindo-se aos riscos do terrorismo de matriz islamista jihadista da Al Qaeda e de outros grupos, como o auto--denominado Estado Islâmico que o relatório admite ser uma das “preocupações centrais dos serviços de informações portugueses, a fiscalização da secreta deixa um aviso: estas organizações têm demonstrado “assinalável resiliência e a realidade patente em várias zonas do continente africano (...) que não apenas na região do Sahel”, prossegue o texto assinado pelo jurista Abílio Morgado, o parlamentar socialista Filipe Neto Brandão e o antigo deputado do PSD António Rodrigues. Um fenómeno que os relatores classificam como disseminação por vários territórios e que, sublinham, “deve reclamar a preocupação da comunidade internacional, da Europa e de Portugal”.
O CFSIRP adverte, ainda, “que não está ultrapassada a delicada questão do regresso dos chamados combatentes estrangeiros, incluindo dos respectivos familiares”. Uma situação que afecta a cidadãos portugueses ou luso-descendentes e suas famílias. O conselho de fiscalização dos serviços de informações avisa, também, para os riscos de “extremismos violentos” de grupos conotados com a “supremacia branca” e radicais do chamado “aceleracionismo”. Estes últimos, anota o relatório, são uma tendência externa que ganha evidência.
O aceleracionismo é uma corrente, marginal, que se baseia na ideia de que o sistema capitalista deveria expandir-se, ou seja, acelerar, para causar uma mudança social radical, segundo a descrição feita num artigo publicado em 2017 pelo jornal britânico The Guardian. Sobre esta questão, o relatório apenas enuncia o problema. Considerando a actual situação de pandemia de covid-19, o CFSIRP não avança com propostas além das que já formulara no relatório do primeiro semestre da sua actividade em 2019. Então, defendia a revisão global do enquadramento normativo das secretas para o adaptar às exigências de segurança nacional, numa indirecta aos condicionamentos económicos vividos no SIRP, SIED e no SIS.
Mas, no relatório de Novembro de 2019, os fiscalizadores insistiam na urgência do acesso aos metadados, dados de tráfego e das comunicações sem acesso aos conteúdos das chamadas e das mensagens escritas. Um método que consideravam indispensável à segurança nacional para aprofundar a cooperação internacional, conferindo aos serviços de informação portugueses a legitimidade na lógica de reciprocidade com os serviços de informação congéneres no estrangeiro.
Fiscalização das secretas alerta para jihadistas, supremacistas e radicais: Do terrorismo clássico à emergência de novos desafios, os fiscalizadores desfilam aos deputados uma série de perigos e necessidades.
No relatório sobre as suas actividades em 2019 divulgado esta segunda-feira, o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), que tem a responsabilidade de fiscalizar a actividade dos serviços de informação portugueses - SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) e SIS (Serviço de Informações de Segurança) -, alerta os deputados para diversos riscos.Às referências, já habituais, ao jihadismo e ao perigo do regresso à Europa dos combatentes estrangeiros na guerra da Síria, ou o ciberterrorismo, o novo relatório assinala a extrema-direita racista e grupos conotados com as teses da supremacia branca e o aceleracionismo radical. Referindo-se aos riscos do terrorismo de matriz islamista jihadista da Al Qaeda e de outros grupos, como o auto--denominado Estado Islâmico que o relatório admite ser uma das “preocupações centrais dos serviços de informações portugueses, a fiscalização da secreta deixa um aviso: estas organizações têm demonstrado “assinalável resiliência e a realidade patente em várias zonas do continente africano (...) que não apenas na região do Sahel”, prossegue o texto assinado pelo jurista Abílio Morgado, o parlamentar socialista Filipe Neto Brandão e o antigo deputado do PSD António Rodrigues. Um fenómeno que os relatores classificam como disseminação por vários territórios e que, sublinham, “deve reclamar a preocupação da comunidade internacional, da Europa e de Portugal”.
O CFSIRP adverte, ainda, “que não está ultrapassada a delicada questão do regresso dos chamados combatentes estrangeiros, incluindo dos respectivos familiares”. Uma situação que afecta a cidadãos portugueses ou luso-descendentes e suas famílias. O conselho de fiscalização dos serviços de informações avisa, também, para os riscos de “extremismos violentos” de grupos conotados com a “supremacia branca” e radicais do chamado “aceleracionismo”. Estes últimos, anota o relatório, são uma tendência externa que ganha evidência.
O aceleracionismo é uma corrente, marginal, que se baseia na ideia de que o sistema capitalista deveria expandir-se, ou seja, acelerar, para causar uma mudança social radical, segundo a descrição feita num artigo publicado em 2017 pelo jornal britânico The Guardian. Sobre esta questão, o relatório apenas enuncia o problema. Considerando a actual situação de pandemia de covid-19, o CFSIRP não avança com propostas além das que já formulara no relatório do primeiro semestre da sua actividade em 2019. Então, defendia a revisão global do enquadramento normativo das secretas para o adaptar às exigências de segurança nacional, numa indirecta aos condicionamentos económicos vividos no SIRP, SIED e no SIS.
Mas, no relatório de Novembro de 2019, os fiscalizadores insistiam na urgência do acesso aos metadados, dados de tráfego e das comunicações sem acesso aos conteúdos das chamadas e das mensagens escritas. Um método que consideravam indispensável à segurança nacional para aprofundar a cooperação internacional, conferindo aos serviços de informação portugueses a legitimidade na lógica de reciprocidade com os serviços de informação congéneres no estrangeiro.
Published on May 05, 2020 04:46
DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
O Dia Mundial da Língua Portuguesa, uma das mais belas do mundo, comemora-se a 5 de maio, pela 1.ª vez, em 2020. Foi proclamado pela 40.ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Novembro de 2019.
Published on May 05, 2020 04:46
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