Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 16

March 15, 2020

O COVI-19 E AS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO


Não há nada pior, nem mais perverso, do que inventar teorias da conspiração em tempo de crise grave, como esta que apanhou o mundo desprevenido. Aumentar o "ruído" e o pânico, dizendo que já há muitos mortos que as autoridades não divulgam, é um acto irresponsável, porque contribui apenas para dificultar o trabalho de governantes, pessoal dos serviços de Saúde e de todos os que estão a trabalhar para minorarem e, se possível, porem fim a esta terrível doença. É um acto vergonhoso, senão criminoso! 

Enquanto escritora, não posso passar sem as redes sociais, como o Facebook ou o linked-in, por serem o melhor instrumento para comunicar com os meus leitores ou promover as minhas obras. Mas este "instrumento", como qualquer outro, tanto pode ser usado para o bem como para o mal, pois depende do carácter e do estofo moral daqueles que o usam No caso das redes sociais, para muita gente de baixo estofo moral, este instrumento serve, de modo mais ou menos anónimo, como veículo para as suas frustrações, ódios, invejas, que, sem ele, jamais seriam ouvidos. 

Enquanto nas minhas páginas e nas dos meus amigos, o convívio é são, inteligente, sensível, solidário e amistoso, causando-me um enorme prazer (fora de qualquer interesse em relação a vendas de livros, não vivo da escrita, vivo para a escrita), se passarmos em revista por outras páginas ao acaso, podemos ver o que de pior há no ser humano, pois é um esgoto a céu aberto. Forjam e propagam mentiras, notícias, fotos e vídeos falsos que enganam as pessoas de bem, acirram ódios e desconfianças sobre aqueles em quem devíamos confiar (e que são enviados por pessoas bem-intencionadas mas crédulas, que acabam por ajudar a propagar esta desgraçada poluição ou vírus). 

Circulam por aí vídeos e textos de inúmeros "gurus de meia-tigela", de "cientistas da universidade da vida" a promoverem remédios e tratamentos milagrosos para o Covid-19, como faziam na Idade Média para a Peste Negra, aconselhando as pessoas a desprezarem os avisos e conselhos dos médicos e outros cientistas sérios. Estamos no séc. XXI, no 3º Milénio, temos toda a informação possível, não nos desinfectamos com vinagre, mas com álcool, não curamos pneumonias com chás de ervas, tomamos vacinas que erradicaram doenças de que a humanidade morria aos milhões, voamos em aviões e foguetões, coisa tão sonhada por Leonardo da Vinci no séc. XV. 

Por favor, não divulguem essas imbecilidades criminosas, não enviem esses vídeos e textos com curas de perlimpimpim. Deixem os responsáveis dos serviços próprios fazerem o seu trabalho e ajudem-nos, cumprindo as regras, conselhos e ordens que nos dão, para o bem nosso e de todos.
Deana Barroqueiro
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Published on March 15, 2020 05:30

March 13, 2020

Receitas de cozinha para a quarentena

2 RECEITAS PARA A CLAUSURA
Se tiverem em casa costeletas de porco (ou de vaca), aconselho qualquer destas receitas - a primeira é mais fácil - Pode usar também bifanas 

COSTELETAS À SALSICHEIRO 
Ingredientes: Costeletas de porco 4; Margarina 2 c. de sopa; Farinha I c. de sopa; Concentrado de tomate 2 c. de sopa; Vinho branco 1,5 dl; Caldo de carne 1,5 dl; Cebola1; Pepinos de conserva 4; mostarda, sal e pimenta. 
Preparação: Polvilhe as costeletas com sal grosso e pimenta. Pique a cebola para dentro de um tacho, deixe alourar muito ligeiramente com urna colher de sopa de margarina. Polvilhe com a farinha e mexa para que a cebola fique bem envolvida. Regue com o caldo e o vinho misturados e deixe o molho cozer sobre lume muito brando. Adicione um pouco de mostarda, o concentrado de tomate e os pepinos de conserva muito picadinhos. Conserve quente. 
Entretanto derreta a restante margarina numa frigideira, deixando-a aquecer. Introduza as costeletas, deixando-as fritar e alourar bem dum dos lados. Vire-as e deixe alourar do outro lado. Disponha as costeletas num prato de serviço e cubra-as com o molho. Acompanhe com puré de batata. 

COSTELETAS PANADAS COM CREME 
Ingredientes: Costeletas de vitela ou porco 6; Ovos 2; Farinha qb; Pão ralado qb; Manteiga 100 g. Creme: Farinha 70 g; Manteiga 20 g; Leite 2 dl; Queijo parmesão qb; Gema 1. 
Preparação: Bata as costeletas com o maço para as espalmar, e passe-as por um pouco de manteiga na frigideira. Faça o creme, pondo os 20 g. de manteiga num tacho e, quando derreter, junte-lhe farinha, mexa e depois acrescente o leite, mexendo sempre até obter um creme; tire do lume e deite-lhe a gema e o queijo ralado, tempere com sal e pimenta. Deixe arrefecer para engrossar. 
Ponha as costeletas em cima de uma tábua e cubra-as com uma porção de creme, espalmando-o muito bem com uma espátula untada com óleo. Volte as costeletas para cima de uma tábua polvilhada com uma mistura de pão ralado e farinha, e cubra-as do outro lado com uma camada de creme, como se fez da primeira vez. Embrulhe-as numa boa camada de farinha e pão ralado, passe-as por ovo batido, depois novamente na mistura de pão ralado e frite-as em óleo fervente, mas em lume brando para não as queimar. 

BOM PROVEITO!

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Published on March 13, 2020 18:58

Enclausurados nas caravelas e naus

Encerrados nas caravelas e naus dos Descobrimentos iam os portugueses, durante meses. Aqui vos deixo um rol de produtos alimentares, que eles levavam para a viagem e que recomendo aos açambarcadores:

Gerido directamente pela coroa, o Complexo Real de Vale de Zebro era constituído por 27 fornos de cozer biscouto, armazéns de trigo, cais de embarque e um moinho de maré de 8 moendas – o Moinho d’ElRei, o maior da região -, além de vastas áreas de pinhal circundante.. A sua instalação deve remontar ao reinado de D. Afonso V, e era comparável a um outro existente em Lisboa, os Fornos da Porta da Cruz. Em conjunto constituíam as duas unidades régias que asseguravam o fabrico de todo o biscoito necessário aos empreendimentos marítimos da expansão e dos descobrimentos. Estas actividades exigiam grandes quantitativos de mão-de-obra.
Nesse contexto, a Coroa recorreu à importação de escravos, empregues quer no Complexo Real, quer como escravos domésticos nas casas senhoriais. Em 1553 a quantidade de escravos era tal, que existia na Igreja de Nª Sª da Graça uma «Confraria do Rosário dos Homens Pretos».

Uma fábrica de biscoutos do século XV
Esta fábrica de biscoitos situava-se nas proximidades do rio, podendo assim dispor de um moinho para a moagem do trigo e junto à mata da Machada, fornecendo lenha para manter os fornos. Os biscoutos (bis significa duas vezes e couto significa cozido) ali confeccionados, em formas de barro com um diâmetro semelhante ao de uma pizza, dariam para conservar durante várias semanas.

O biscoito era a base alimentar das tripulações na época dos Descobrimentos Portugueses. Consistia num pão de farinha de trigo, de forma achatada, cozido no forno duas, três ou mais vezes para ficar duro "duro como corno" e assim durar muito tempo. A ração diária de cada tripulante era de 400 gramas. Como o biscoito estava muito rijo para se comer, mergulhavam-no em água – fazendo uma espécie de açorda – e comiam assim ou acrescido de outros condimentos, quando era possível.

“Do rol dos mantimentos que recebeu Miguel Luiz Romeu, escrito nos Açores (Angra), datado em 5 de Outubro de 1645”: “Setenta e cinco quintais em arroba de biscoito; vinte e quatro arrobas de bacalhau em duas pipas; setenta e duas arrobas e vinte arráteis de carne em oito barris de seis almudes; seis pipas de vinho da Canárias; um quarto de vinagre; cinquenta cestos de alhos; um cento de cabo de cebola; seis alqueires de lentilhas; um moio de favas”.

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Published on March 13, 2020 05:52

Receitas de cozinha para a clausura

Para ajudar a ocupar os tempos de clausura, vou passar a deixar-vos aqui algumas receitas, enquanto espero a publicação da minha História dos Paladares. Podem fazer esta Açorda à Italiana com os vossos filhos, porque os produtos usados são fáceis de achar em qualquer cozinha. Aprendi esta receita num Curso de Culinária que fiz aos 16 anos, no Liceu D. Filipa de Lencastre:



  AÇORDA ITALIANA 
Ingredientes: 1 pão de forma; queijo Gruyère 150 g fatiado; fiambre 150 g em fatias; leite q.b.; ovos inteiros 2; manteiga q.b.; molho de tomate q.b.; nata 100 g. 

Preparação: Unte uma forma (de preferência quadrada ou rectangular)e encha-a com fatias de pão de forma untadas de manteiga, alternando com fatias fininhas de queijo e fiambre. A primeira e a última camadas devem ser de pão que se borrifa com leite. Quando a forma estiver cheia, deite-lhe a nata batida com os ovos. Esta mistura deve penetrar bem em todas as fatias de pão. Leve ao forno em banho-maria. Quando estiver bem douradinha, retire do forno, desenforme e sirva coberta com molho de tomate. 
Bom proveito!

Nota: Banho-maria é o processo de aquecer ou de cozinhar iguarias delicadas, mantendo o tacho em que se cozinham meio mergulhado dentro ou sobre outro maior com água a ferver levemente, mas de maneira que os fundos não se toquem. Pode pôr-se no forno ou directamente no lume; O mesmo processo pode ser efectuado com água fria, com o intuito de arrefecer os alimentos.
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Published on March 13, 2020 04:06

PORTO EDITORA - ESCOLA VIRTUAL

Sendo o objectivo do encerramento das escolas manter as crianças e os jovens estudantes dentro das suas casas (de contrário será uma medida inútil e só ajudará a disseminar o vírus) a Porto Editora vai prestar uma ajuda, facilitando acesso gratuito à sua escola virtual.  Aqui:https://www.portoeditora.pt/noticias/...
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Published on March 13, 2020 03:23

March 12, 2020

COVID-19 A BANHOS EM CARCAVELOS


CELEBRAR O  CORONA VÍRUS  EM CARCAVELOS E OUTRAS PRAIAS PORTUGUESAS 
Ontem, 11 de Março, quando foi declarada a pandemia do Covid-19 e continuavam as recomendações cada vez mais prementes de se evitarem ajuntamentos, com as escolas e empresas a fecharem, para as pessoas se manterem em casa em «distanciamento social», pois o número de casos duplicou, entrando já na 2ª fase de propagação, o que fizeram os lisboetas?

Foram para as praias, aos milhares, gozar o sol e o mar, «protegendo-se» do vírus com protector solar e comendo nos restaurantes apinhados, em alegre companhia. É assim que vai funcionar a quarentena dos portugueses (feita para evitar contágios do próprio e dos outros) que, em vez de ficarem em casa com os filhos, aproveitaram o facto de não irem trabalhar ou de não poderem frequentar as escolas e universidades, para irem conviver com outras centenas de chicos-espertos, nas praias, restaurantes, parques infantis, bares, etc?

Nas próximas semanas, quantas mais cadeias de infecção iremos ter à conta da inconsciência, oportunismo e falta de sentido cívico desta gente? Só porque ainda não morreu ninguém, está tudo bem? Quando houver mortos, a culpa vai ser do Governo e do SNS? Não ir trabalhar, com grande prejuízo das empresas e do Estado, é para ficar em casa, porque isso é um dos meios mais eficazes de evitar o contágio e a propagação da doença.

Por isso se fala no pagamento dos salários às pessoas isoladas. Mas os mesmos que infringiram as regras e aproveitaram as ´férias" inesperadas serão seguramente os primeiros a exigirem aos patrões o pagamento total dos salários pelo sacrifício de terem de ficar fechados em casa.

Dizem que não têm nada que fazer? Eu estou quase sempre em casa e falta-me tempo para tudo o que tenho de fazer... Aproveitem para conviver com os filhos, leiam livros - uma actividade que a maioria dos portugueses há muito deixou de praticar, infelizmente, porque ler bons livros torna-nos mais cultos, mais informados e menos receptivos às falsas notícias e imbecilidades veiculadas nas redes sociais; trabalhem em casa, vejam filmes e documentários, cultivem algum hobby, como cozinhar em família, etc.

Vejam a tragédia de Itália, em que o vírus tomou freio, graças a essa indisciplina e bruteza egoísta tão própria dos povos latinos. Ou será que só com medidas draconianas, como as que foram tomadas na China (em que prendiam ou entaipavam os prevaricadores), para que os portugueses obedeçam às leis e saibam viver em sociedade?

Viver em democracia não é fazer apenas o que nos dá na real gana, borrifando-se para os outros.

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Published on March 12, 2020 04:28

March 7, 2020

Homenagem à Mulher

Contos Eróticos do Velho Testamento e Novos contos Eróticos do Velho Testamento Os dois livros que eu escrevi para as mulheres (mas de que os homens também gostam), agora reunidos num único volume, na nova edição da Planeta.
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Published on March 07, 2020 05:15

March 5, 2020

Romance Histórico - Mesa redonda

Na sexta-feira, dia 6,  pelas 16 h, no Auditório A14 do Colégio Almeida Negreiros (Campus da Universidade Nova)Vou participar, com outros escritores, numa mesa-redonda sobre o romance histórico em Portugal: “(Re)Writing Historical Fiction and Fictionalizing History in Portuguese", no âmbito do Congresso Internacional Historical Fiction, Fictional History, and Historical Reality, da Universidade Nova (org. Rogério Miguel Puga).

Os títulos estão em inglês, mas a discussão será em português.



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Published on March 05, 2020 07:27

February 13, 2020

Programa do Encontro de Escritores Lusófonos

Hoje, dia 13, às 18 h, na Biblioteca Camões - Lisboa: 

Programa
18.00 Recepção aos participantes.
18.15 Sessão de Abertura
Lithales Soares (Biblioteca Camões); Delmar Maia Gonçalves (Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora - CEMD); Renato Epifânio (Presidente do Movimento Internacional Lusófono - MIL); João Micael (Presidente da Matriz Portuguesa); Roberto Moreno (Presidente da Fundação Geo-Língua - Brasil)

19.00 Painel 1
Deana Barroqueiro (Portugal)
Ernesto Dabo (Guiné-Bissau)
Manuela Gonzaga (Portugal)
Filipa Vera Jardim (Portugal)
Carlota de Barros Cabo Verde)
Rui Maurício (Portugal)
Carlos Reis (Portugal)
Maria Dovigo (Galiza)
Moderação: Delmar Maia Gonçalves (Moçambique)

19.30 Painel 2
Luís Ochoa (Portugal)
Luísa Fresta (Angola)
Regina Correia (Angola)
Francisco Fadul (Guiné-Bissau)
Carlos Carneiro (Portugal)
Conceição Rocha (Portugal)
Susana Bravo (Portugal)
Moderação: Filipa Vera Jardim (Portugal)

 A segunda fase (após a intervenção dos autores convidados) dos debates (1,2) será aberta ao público presente.

20.00 horas Encerramento com um pequeno Cocktail (Cortesia do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora- CEMD)

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Published on February 13, 2020 05:47

February 11, 2020

Conversa com escritores lusófonos

Na Biblioteca Camões, dia 13, às 18 h. Largo do Calhariz, 17 - 1º Esq. Lisboa 

Deana Barroqueiro vai participar neste encontro de escritores da lusofonia em que se falará do LIVRO e da sua circulação. Um tema menos comum que, por isso mesmo, poderá ser interessante. Serão muito bem-vindos à bonita Biblioteca
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Published on February 11, 2020 12:33