André Benjamim's Blog, page 41
March 29, 2014
É próprio do mesmo homem saber compor a comédia e a tragédia?
Quando O Banquete, de Platão, se aproxima do fim, todos foram para casa ou cozem a bebedeira, excepto Agatão, Atistófanes e Sócrates, que conseguiam beber mais que toda a Atenas. Os três sobreviventes passam uma enorme taça de vinho e continuam a beber enquanto Sócrates defende que um mesmo homem deveria poder escrever comédia e tragédia. Vencidos pelo vinho e pelo argumento do sábio, Aristófanes, primeiro, e depois Agatão, adormecem. Sócrates aconchega-lhes a roupa e sai caminhando até ao amanhecer.
Harold Bloom, Frontispício sobre William Shakespeare, em Génio.
Agatão levantou-se para se aproximar de Sócrates, mas eis que um grande grupo de foliões chegou junto às portas, que alguém, ao sair, deixara abertas; entraram e foram instalar-se no meio dos convivas; foi uma balbúrdia e foi-se obrigado a beber, sem regra, grandes quantidades de vinho. Erixímaco, Fedro e alguns outros retiraram-se, segundo Aristodemo, que entretanto adormeceu, e por muito tempo, dado que as noites são longas nesta estação; acordou de dia e os galos já cantavam; notou imediatamente que toda a gente tinha ido embora ou adormecido, excepto Agatão, Aristófanes e Sócrates, que, bem acordado, bebiam por uma grande taça que passavam da esquerda para a direita.E Sócrates continuava a falar com os outros dois. Quanto a este discurso, Aristodemo confessava não se recordar - o princípio tinha-lhe escapado, visto que adormecera -, mas, ponto capital, Sócrates obrigara-os a admitir que é próprio do mesmo homem saber compor a comédia e a tragédia e que a mesma arte aplica-se a uma e a outra. Depois de terem concordado, sem seguirem bem o raciocínio, já dormitavam. Aristófanes foi o primeiro a adormecer; em seguida, quando o dia rompeu completamente, Agatão. Então, Sócrates, que os tinha assim imobilizado, levantou-se e saiu; Aristodemo seguiu-o, como de costume; dirigiu-se ao Liceu, tomou um banho e passou o resto do dia nas suas actividades habituais; após o que, ao anoitecer, foi descansar para casa.
Platão, em O Banquete.
Sem querer troçar, parece até que Platão insiste na sua contenda com os poetas. Podemos inferir como teria reagido perante Shakespeare, cuja amplitude artística lhe teria valido o exílio imediato da República. Dado que Shakespeare é o único capaz de enfrentar o desafio de Sócrates, poderia ser útil conjecturar como e porque é que o autor de Como Vos Aprouver se converteu no autor de Macbeth. Sir John Falstaff e Iago não têm o menor ar de família, não há um vínculo claro entre Shylock e Hamlet. Nem sequer Feste, o bobo supremo, e o bobo de O Rei Lear têm algo em comum tirando a sua profissão. Shakespeare não foi um grande dramaturgo trágico até escrever Hamlet, na viragem do século XVII. E Hamlet abriu caminho para a sequência de Otelo, O Rei Lear, Macbeth, António e Cleópatra, e Coriolano. Das primeiras tragédias, Titus Andronicus é uma imitação e uma farsa sangrenta, uma paródia, na realidade. Romeu e Julieta é uma composição lírica soberba, mas é uma tragédia de circunstância; não há nada na personalidade de Julieta que leve à catástrofe. O doutor Johnson achava que Júlio César era uma peça fria e eu concordo; a tragédia bem elaborada de Bruto não nos comove, porque é um homem vazio, apanhado no solipsismo da sua própria nobreza. Shakespeare teve de aprender a tragédia e só o conseguiu pela quarta vez. Não era um autor de tragédia inato, ou inevitável, e pagou um preço interior muito alto pela sua descida aos abismos de Iago, Edmundo, Macbeth.
Harold Bloom, Frontispício sobre William Shakespeare, em Génio.
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March 28, 2014
Cavaco Kim Jong-Un Silva
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March 27, 2014
Nós, de Evgueni Zamiatine*
Nós, de Yevgeny Ivanovich ZamyatinNós constitui uma das primeiras distopias** do Século XX, precursora de obras como Admirável Mundo Novo (1930), de Aldous Huxley, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (1948), de George Orwell, e Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury. Têm em comum descreverem por antecipação a engenharia social que, apoiada no controlo do pensamento e na repressão da dissidência, garante a unanimidade totalitária.
Manuel Portela***, na badana de Nós , de Yevgeny Zamyatin
*Prefiro a grafia Yevgeny Zamyatin, porém a Antígona usa esta grafia: Evgueni Zamiatine.
**distopia - para muitos autores esta palavra é incorrecta; deveria-se fazer uso da palavra utopia. Enquanto esta última remete para o sonho, a primeira remete para o pesadelo. Demasiado mau para ser praticável?
***Manuel Portela é o tradutor da edição portuguesa (também na Antígona) de A Vida e Opiniões de Tristram Shandy, de Laurence Sterne - entre outras traduções.
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March 26, 2014
A explicação do sexo dos anjinhos às criançinhas...
(fonte)E para que é que serve um novo banco (como se os que temos não nos dessem já problemas suficientes)? Para ISTO. É o regabofe: passam os sálários a ser subsídio para o banco e - ou imposto para o estado. Há que fomentar a economia, estúpido! É a chamada concorrência, em versão neo-liberal, que dá nisto:Ficam todos a viver em casa dos pais, que sempre é mais barato, e nem assim...
(via)...Se conseguem livrar da miséria...
(via)...Digam-me lá que (se) isto não está tudo ligado!?
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March 24, 2014
A minha carreira de medidor de pilinhas literárias em números...
Crítico Literário compenetrado no exercício das suas funções(Imagem daqui)A minha carreira de medidor de pilinhas* literárias vai de vento em popa, que é como quem diz, está ao léu. Alguém terá referido o romance Fome , do norueguês Knut Humsun em algum lugar, não sei onde, e agora é só visitas a chegarem aqui ao postigo redireccionadas pelos motores de busca. Lamento todas as desilusões que eventualmente tenha causado - o único conselho verdadeiramente útil que vos posso dar é este: vão ler. Fui por isso ver as estatísticas da minhas não-críticas literárias (apenas as não-críticas da série de posts livros que nunca devia ter lido , que seria bastante moroso andar a espreitar as estatísticas de todos os outros posts), e cheguei à conclusão que há 12 não-críticas que ultrapassaram as 3.000 pageviews (que vou indicar, para o caso de terem curiosidade, por ordem de publicação no blog): Fome , de Knut Humsun; O Principezinho , de Antoine de Saint-Exupéry; manhã submersa , de Vergílio Ferreira; Romeu e Julieta , de William Shakespeare (calma, Harold Bloom, não quero fazer concorrência - um dia destes dedico-te um post de estatísticas parvas - não tão parvas quanto as do Governo Português, mas lá chegaremos); Uma Conspiração de Estúpidos , de John Kennedy Toole; A Criação do Mundo , de Miguel Torga (7.972 pageviews); 1984 , de George Orwell; Opus Pistorum , de Henry Miller (12.796 pageviews); Alice no País das Maravilhas , de Lewis Carroll; Os Contos , de Franz Kafka; Ninguém Escreve ao Coronel , de Gabriel García Márquez; e Lolita , de Vladimir Nabokov (15.721 pageviews!)
*Sim, é mesmo medidor de pilinhas, uma vez que não há uma única mulher entre estas minhas não-críticas - escrevi um post, extra-série, sobre Quando Hitler me Roubou o Coelho Cor-de-Rosa , de Judith Kerr. Alarmado com esta situação iníqua, corri para as minhas pobres estantes - o que não ajudou nada nesta colossal desproporção: cheguei hoje há conclusão, não confirmada, que por cada livro escrito por uma mulher, devo ter uns trinta escritos por um homem; são mesmo muito poucas as autoras que constam na minha biblioteca (?)... Talvez se deva ao facto de preferir os clássicos, e serem poucos os autores contemporâneos que me despertam interesse - vou sofrer um ataque das feministas - como castigo auto-infligido vou ler George Sand - ou George Eliot...
(E vocês, têm mais homens ou mulheres entre as obras que fazem parte das vossas leituras/estantes?)
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Mas Era Proibido Roer os Ossos, pelo Teatro do CalaFrio
Mas Era Proibido Roer os OssosA partir de "Carta ao Pai" e "Relatório a uma Academia",
de Franz Kafka
Pelo Teatro do CalaFrio,
No Teatro Municipal da Guarda, 9 a 12 de Abril
(Clique para Ampliar)A partir de "Carta ao pai" e "Relatório a uma Academia", de Franz Kafka.
Neste espectáculo cruzam-se dois textos de Frank Kafka, um dos autores mais importantes (e perturbantes) da literatura ocidental: “Carta ao pai” e “Relatório a uma Academia”.
“Carta ao pai”- Em 1919, Franz Kafka escreveu ao seu pai, o comerciante judeu Hermann Kafka, uma longa carta. Na missiva, que nunca chegou a ser enviada, o escritor exprime a sua mágoa em relação ao um pai severo e dominador, que o autor apelida de “autoritário”, "tirano", "rei" e "Deus". Esta peça literária é, sobretudo, uma obra de auto-análise. Kafka escreve sobre a educação perversa que recebeu, considerando que lhe destrui a auto-estima e o condenou ao medo de nunca corresponder às expectativas. Uma sinceridade extrema trespassa esta carta que nos fala, implacavelmente, da nossa fragilidade como humanos.
“Relatório a uma Academia”- Kafka narra a história de um macaco que decidiu tornar-se humano, através de um processo de imitação; fumar cachimbo, cuspir, falar, etc. Depois de domesticado o macaco entrou para um teatro de variedades e chegou a tornar-se uma vedeta no mundo dos espectáculos. Aos sérios doutores de uma Academia revela, no entanto, que “no sexo” continua a ser um macaco. O percurso do símio e da sua transformação são contados de forma "científica", com toques de cariz rocambolesco plenos de comicidade.
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March 23, 2014
Diáspora Judaica - governo espanhol vai "devolver" nacionalidade a descendentes de Judeus expulsos em 1492
O Governo Espanhol publicou uma lista de 5220 apelidos e nomes judeus que serão reconhecidos para devolução da nacionalidade espanhola aos descendentes daqueles que a partir de 31 de Março de 1492 (Decreto de Alhambra) foram expulsos do país - muitos procurariam refúgio em Portugal, mas acabariam novamente perseguidos, expulsos, mortos (às mãos do Santo Ofício, ou Madre Inquisição, como queiram, e outras cousas) - ou convertidos à força e à pressa, por qualquer das ordens, ou ambas simultaneamente (ver aqui). Infelizmente a nacionalidade espanhola cativa-me tanto como a portuguesa - nada...
Verifiquem se os vossos nomes (e apelidos constam na lista):
A.
Abad, Abadía, Abarca, Abastos, Abaunza, Abbot, Abdallá, Abdalah, Abdallah, Abdelnour, Abdo, Abea, Abel, Abela, Abelado, Abella, Abellán, Abendaño, Abou, Abraham, Abrahams, Abrahán, Abrego, Abreu, Abrigo, Abril, Abufelo, Abugadba, Aburto, Acabal, Acebal, Acedo, Acevedo, Acosta, Acuña, Adames, Adamis, Adanaque, Adanis, Adis, Aedo, Agababa, Agámez, Agayón, Agrazal, Agreda, Aguayo, Agudelo, Agüero, Aguiar, Aguilar, Aguilera, Aguiluz, Aguilve, Aguinaga, Aguirre, Agurto, Agustín, Ahuja, Ahumada, Aiello, Aiza, Aizprúa, Aizpurúa, Alache, Alama, Alan, Alani, Alanis, Alanís, Alaniz, Alarcón, Alas, Alavez, Alayón, Alba, Albarello, Albarracín, Albelo, Albenda, Alburola, Alcaíno, Alcanzar, Alcázar, Alcazar, Alcibar, Alcócer, Alcóser, Alcóver, Alcózer, Aldana, Aldaña, Aldapa, Aldecoba, Alderrama, Alegría, Alejos, Alemán, Alexander, Alexandre, Alfaro, Alfonso, Algaba, Alguera, Aliaga, Alicama, Alier, Alizaga, Allan, Allon, Alluín, Almanza, Almanzar, Almanzo, Almaraz, Almazan, Almeida, Almendares, Almendárez, Almendáriz, Almengor, Almonte, Aloisio, Aloma, Alomar, Alonso, Alonzo, Alpírez, Alpízar, Altamirano, Altenor, Alterno, Altino, Altonor, Alva, Alvarado, Alvarenga, Alvares, Álvarez, Alvaro, Alvear, Alverde, Alvergue, Alvir, Alzate, Amado, Amador, Amalla, Amaris, Amaya, Amor, Amora, Amores, Amoros, Ampie, Ampié, Ampiée, Ampiee, Anaya, Anchetta, Anchez, Anchía, Anchieta, Andia, Andino, Andrade, André, Andrés, Andujar, Andújar, Andujo, Angele, Angelini, Anglada, Angulo, Anice, Anjos, Ansorena, Antelo, Antero, Antezana, Antich, Antillón, Antón, Antúnez, Anzora, Aparicio, Apolinar, Apollonio, Aponte, Aquiles, Aquino, Aragón, Aragones, Aragonés, Araica, Arana, Arancibia, Aranda, Arando, Arango, Aranjo, Araque, Arata, Araujo, Araus, Arauz, Araya, Arbaiza, Arballo, Arbelo, Arbizu, Arbizú, Arboleda, Arburola, Arca, Arcarate, Arce, Arceyudh, Arceyut, Arceyuth, Arcia, Arcía, Arciniegas, Ardila, Ardín, Ardón, Ardonnix, Areas, Arellano, Arena, Arenas, Arévalo, Argudo, Arguedas, Argüelles, Argüello, Argueta, Arguijo, Arias, Ariasdes, Arica, Arie, Ariño, Arispe, Arista, Ariza, Arjona, Armada, Armas, Armenta, Armento, Armeras, Armesto, Armijo, Arnáez, Arnau, Arnesto, Anuelo, Arnuero, Arone, Arosemena, Arquín, Arrazola, Arrea, Arredondo, Arreola, Arriaga, Arriagada, Arrieta, Arriola, Arrocha, Arroliga, Arrollo, Arrone, Arrones, Arronés, Arronez, Arronis, Arroniz, Arroyave, Arroyo, Arrubla, Artavia, Arteaga, Artecona, Artiaga, Artiga, Artiles, Artiñano, Artola, Artolozaga, Aruj, Aruizu, Arze, Arzola, Ascante, Ascencio, Asch, Asencio, Asero, Así, Asís, Aspirita, Astacio, Astete, Astorga, Astorquiza, Astúa, Asturias, Asunción, Asusema, Atehortúa, Atein, Atencio, Atensio, Atiensa, Atienza, Augusto, Ávalos, Avelar, Avellán, Avendaño, Ávila, Avilés, Avilez, Ayala, Ayales, Ayara, Ayarza, Aybar, Aycinena, Ayerdis, Aymerich, Azar, Azaria, Asofeifa, Azqueta, Azua, Azúa, Azuar, Azucena, Azul, Azuola, Azurdia.
B.
Babb, Babar, Baca, Bacca, Bacigalupo, Badilla, Bado, Báez, Baeza, Baidal, Bairnales, Baizan, Bajarano, Balarezo, Baldares, Balday, Baldelomar, Balderas, Balderrama, Balderramos, Baldí, Baldi, Baldioceda, Baldivia, Baldizón, Balladares, Ballar, Ballard, Ballester, Ballestero, Ballesteros, Ballón, Balma, Balmaceda, Balmacera, Balon, Balser, Baltodano, Banegas, Banet, Banilla, Baños, Bañuelos,Baquedano, Baquero, Baradín, Baraen, Barahoma, Barahona, Barajas, Baraquiso, Barat, Barba, Barbagallo, Barbagebra, Bárbara, Barbena, Barben, Barberena, Barbosa, Barboza, Barcelas, Barcelata, Barcenas, Barcia, Bardayan, Barguil, Barillas, Barletta, Baro, Barón, Barquedano, Barquero, Barquette, Barra, Barracosa, Barrante, Barrantes, Barraza, Barreda, Barrenechea, Barrera, Barrero, Barreto, Barrias, Barrientos, Barriga, Barrio, Barrionuevo, Barrios, Barroso, Barrot, Barrott, Barrundia, Barsallo, Bart, Bartal, Barteles, Bartels, Barth, Barvas, Baruch, Basadre, Basán, Basilio, Basti, Bastida, Bastos, Bastti, Batalla, Batán, Batista, Batres, Bautista, Bauzid, Baviera, Bayo, Bazán, Bazo, Beatriz, Becancur, Becerra, Becerril, Bedolla, Bedoya, Beeche, Beeché, Beingolea, Beita, Bejarano, Bejos, Bel, Belette, Belgrave, Bellanero, Bellido, Bello, Belloso, Belmonte, Beltrán, Beltre, Benach, Benambourg, Benambugr, Benambur, Benavente, Benavides, Benavídez, Benda, Bendaña, Bendig, Bendij, Benedictis, Beneditt, Benevides, Bengoechea, Benites, Benítez, Benito, Benzón, Berasaluce, Berciano, Berdasco, Berdugo, Berenzón, Bermejo,Bermeo, Bermudes, Bermúdez, Bernadas, Bernal, Bernardo, Bernat, Berrios, Berríos, Berrocal, Berrón, Bertel, Bertrán, Betancort, Bentancourt,Betancourth, Betancur, Betancurt, Beter, Beteta, Bethancourt, Betrano, Better, Biamonte, Binda, Blanco, Blandino, Blando, Blandón, Blau, Blum, Bobadilla, Bodán, Bogán, Bogantes, Bogarín, Bohorguez, Bohorquez, Bojorge, Bolaños, Bolívar, Bonice, Boniche, Bonichi, Bonilla, Borbas, Borbón, Borda, Bordallo,Borge, Borges, Borja, Borjas, Borjes, Borloz, Borras, Borrasé, Borredo, Borrero, Bosque, Botero, Boza, Bran, Bravia, Bravo, Brenes, Breve, Briceño, Brilla, Briones, Brito, Brizeño, Brizuela, Buencamino, Buendía, Bueno, Bueso, Buezo, Buga, Bugarín, Bugat, Bugria, Burgos, Burguera, Burgues, Burillo, Busano, Bustamante, Bustillo, Bustillos, Busto, Bustos, Buzano, Buzeta, Buzo.
C.
Caamano, Caamaño, Cabada, Cabadianes, Cabal, Cabalceta, Caballero, Cabana, Cabaña, Cabeza, Cabezas, Cabistán, Cabral, Cabrera, Cabrerizo, Cáceres, Cadenas, Cadet, Cageao,Caicedo, Cairol, Cajas, Cajiao, Cajina, Cala, Calatayud, Calazán, Calcáneo, Caldas, Caldera, Calderón, Calero, Caliva, Calix, Calle, Calleja, Callejas, Callejo, Calles, Calvo, Calzada, Camacho, Camaño, Camarena, Camareno, Camarillo,Cambronero, Camona, Campabadal, Campabadall, Campodónico, Campos, Canales, Canalias, Canas, Candamo, Candelaria, Candelario, Canejo, Canessa, Canet, Canetta, Canizales, Canizález, Canizares, Canno, Cano, Canossa, Cantarero, Cantero, Cantillano, Canto, Cantón, Cañas, Cañizales, Cañizález, Capón, Carabaguias, Carabaguiaz, Caranza, Caravaca, Carazo, Carbalda, Carballo, Carbonell, Carbonero, Carcache, Carcachi, Cárcamo, Carcedo, Carcía, Cárdenas, Cárdenes, Cardona, Cardos, Cardoso, Cardoza, Cardoze, Cares, Carias, Caridad, Carit, Carlos, Carmiol, Carmona, Carnero, Caro, Carpio, Carranza, Carrasco, Carrasquilla, Carreño, Carrera, Carreras, Carrillo, Carrión, Carrizo, Carro, Cartagena, Cartago, Cartín, Carvajal, Carvalho, Carvallo, Casa, Casaca, Casafont, Casal, Casanova, Casañas, Cásares, Casas, Casasnovas, Casasola, Cascante, Casco, Casorla, Cassasola, Cásseres, Castaneda, Castañeda, Castañedas, Castaño, Castañón, Castaños, Castelán, Castellano, Castellanos, Castellón, Casteñeda, Castiblanco, Castilla, Castillo, Castro, Catania, Cateres, Catón, Cavalceta, Cavaller, Cavallo, Cavanillas, Cavazos, Cavero, Cazanga, Ceba, Ceballos, Ceciliano, Cedeño, Cejudo, Celada, Celedón, Celís, Centella, Centeno, Cepeda, Cerceño, Cerda, Cerdas, Cerna, Cernas, Cerón, Cerpas, Cerros, Cervantes, Cervilla, Céspedes, Cevallos, Cevedo, Cevilla, Chabrol, Chacón, Chamarro, Chamorro, Chanquín, Chanta, Chanto, Chavarría, Chavera, Chaverri, Chaves, Chávez, Chavira, Cheves, Chévez, Chica, Chicaiza, Chicas, Chilquillo, Chinchilla, Chinchillo, Chirino, Chirinos, Chocano, Choza, Cid, Cifuentes, Cintrón, Cisar, Cisne, Cisnero, Cisneros, Cisternas, Claro, Cleves, Cobaleda, Coe, Coello, Coen, Cohen, Coles, Colina, Colindres, Collado, Collina, Colom, Coloma, Colombo, Colomer, Concepción, Concha, Conde, Condega, Condes, Conedo, Conejo, Congosto, Conte, Contreras, Corales, Corao, Cordeiro, Cordero, Cordido, Córdoba, Cordón, Cordonero, Córdova, Cordoze, Corea, Corella, Cornavaca, Cornejo, Corona, Coronado, Coronas, Coronel, Corrales, Correa, Corredera, Corro, Corta, Cortaberría, Cortés, Cortez, Cortinez, Cortissoz, Corvera, Cosio, Cosiol, Cosme, Cossio, Costa, Cotera, Coto, Crespo, Crispín, Crispino, Cruces, Cruz, Cuadra, Cuadrado, Cuan, Cuaresma, Cuarezma, Cuarta, Cubas, Cubenas, Cubero, Cubías, Cubias, Cubilla, Cubillo, Cubillos, Cubria, Cuebas, Cuellar, Cuéllar, Cuello, Cuenca, Cuendis, Cuernavaca, Cuervo, Cuesta, Cueva, Cuevas, Cuevillas, Cunill, Cunillera, Curbelo, Curco, Curdelo.
D.
Da Costa, Da Silva, Dacosta, D’Acosta, Dalorso, Dalorzo, Dalsaso, Damaceno, Damito, Daniel, Daniels, Dapuerto, Dapueto, Darce, Darche,Darcia, Darío, Dasadre, Dasilva, Dávalos, David, Dávila, Davis, D’Avola, De Abate, De Aguilar, De Alba, De Alvarado, De Benedictis, De Briones, De Camino, De Castro, De Céspedes, De Espeleta, De Ezpeleta, De Falco, De Faria, De Franco, De Jesús, De Jorge, De Juana, De La Cruz, De La Cuesta, De La Espriella, De La Fuente, De La Garza, De La Guardia, De La Herran, De La Hormaza, De La Jara, De La Mata, De La Nuez, De La O, De La Osa, De La Ossa, De La Paz, De La Peña, De La Rocha, De La Rosa, De La Selva, De La Teja, De La Torre, De La Trava, De La Vega, De Largaespada, De Las Casas, De Las Cuevas, De Las Heras, De Lemos, De León, De Lev, De Lima, De López, De Luz, De Miguel, De Miranda, De Moya, De Odio, De Óleo, De Ona, De Oña, De Paco, De Paredes, De Pass, De Paz, De Pazos, De Pedro, De Pinedo, De Prado, De Rayo, De Sárraga, De Sá, De Trinidad, De Ureña, De Vega, De Yglesias, Del Barco, Del Barrio, Del Bello, Del Busto, Del Carmen, Del Castillo, Del Cid, Del Pilar, Del Pimo, Del Río, Del Risco, Del Socorro, Del Solar, Del Valle, Delatolla, Delgadillo, Delgado, Deliyore, Dellale, Dellanoce, Delso, Delvo, Dengo, Denis, Dennis, Detrinidad, Devanda, Devandas, Devoto, Dias, Díaz, Díez, Díjeres, Díjerez, Dimas, Dinares, Dinarte, Discua, Doblado, Dobles, Dodero, Dalmus, Dalmuz, Domingo, Domínguez, Donado, Donaire, Donato, Doña, Doñas, Donzón, Dorado, Dormos, Dormuz, Doryan, Duar, Duares, Duarte, Duartes, Duenas, Dueñas, Duque, Duque Estrada, Durall, Durán, Durante, Duval, Duvall, Duverrán.
E.
Echandi, Echavarría, Echeverri, Echeverría, Eduarte, Egea, Elías, Eligia, Elizalde, Elizonda, Elizondo, Elmaleh, Emanuel, Enrique, Enriques, Enríquez, Eras, Erazo, Escabar, Escalante, Escamilla, Escarré, Escobar, Escobedo, Escocia, Escorriola, Escosia, Escoto, Escovar, Escribano, Escude, Escudero, España, Esparragó, Espelerta, Espeleta, Espinach, Espinal, Espinales, Espinar, Espino, Espinosa, Espinoza, Espitia, Esquivel, Esteban, Esteves, Estévez, Estrada, Estrella.
F.
Faba, Fabara, Fabián, Fábrega, Fabregat, Fabres, Facio, Faerrón, Faeth, Faiges, Fait, Faith, Fajardo, Falco, Falcón, Falla, Fallas, Farach, Farah, Fargas, Farias, Farías, Faries, Fariña, Fariñas, Farrach, Farrer, Farrera, Farrier, Fatjo, Fatjó, Faundez, Faune, Fava, Fazio, Fermández, Fermán, Fernandes, Fernández, Fernando, Ferrada, Ferrán, Ferrando, Ferraro, Ferreira, Ferreiro, Ferrer, Ferrero, Ferris, Ferro, Ferros, Fiallos, Fictoria, Fidalgo, Fierro, Figueiredo, Figuer, Figueras, Figueres, Figueroa, Filomena, Fletes, Fletis, Flores, Fonseca, Font, Forero, Formoso, Fornaguera, Fraga, Fraguela, Francés, Frances, Francesa, Francia, Francis, Franco, Fray, Frayle, Freer, Freira, Fresno, Freyre, Frías, Frutos, Fuentes, Fumero, Funes, Funez, Fúnez, Fuscaldo, Fusco.
G.
Gabriel, Gadea, Gaete, Gago, Gainza, Gaitán, Galacia, Galagarza, Galán, Galarza, Galaviz, Galba, Galcerán, Galeano, Galeas, Galeno, Galera, Galiana, Galiano, Galindo, Galino, Galiñanes, Gallardo, Gallegas, Gallegos, Gallo, Galo, Galtés, Galván, Gálvez, Galvis, Gamarra, Gamazo, Gambo, Gamboa, Gámez, Garay, Garayar, Garbanzo, Garcés, García, Gardela, Gargollo, Garino, Garita, Garmendia, Garner, Garnier, Garreta, Garrido, Garro,Garrón, Garza, Garzel, Garzón, Garzona, Gaspar, Gateno, Gateño, Gavarrete, Gavilán, Gaviria, Gavosto, Gayoso, Gaytán, Gazel, Gazo, Geoyenaga, Gil, Gillén, Gilles, Giral, Giraldo, Giraldt, Giralt, Giro, Girón, Gladis, Goches,Góchez, Godines, Godínez, Godoy, Goic, Goicoechea, Goicuria, Goldenberg, Golfín, Gomar, Gómez, Gomis, Gondres, Góndrez, Góngora, Gonzaga, Gonzales, González, Gonzalo, Goñi, Gordon, Górgona, Goyenaga, Gracía, Gracias, Gradis, Grajal, Grajales, Grajeda, Grana, Granada, Granados, Granda, Grandoso, Granera, Granizo, Granja, Graña, Gras, Grau, Greco, Greñas, Gridalva, Grigoyen, Grijalba, Grijalda, Grijalva, Grillo, Guadamuz, Guadrón, Guajardo, Guardado, Guardano, Guardia, Guardián, Guardiola, Guarín, Guasch, Gudino, Gudiño, Güel, Güell, Güendel, Güendell, Guerra, Guerrero, Guevara, Guido, Guie, Guier, Guifarro, Guilá, Guillarte, Guillén, Guillermet, Guillermo, Guilles, Güillies, Guillies, Guillis, Guilloch, Guiménez, Guindos, Guitiérrez, Guitta, Guix, Gulubay, Gunera, Guntanis, Gurdián, Gurrero, Gurrola, Gustavino, Gutiérrez, Guzmán.
H.
Haba, Habibe, Haenz, Harrah, Hénchoz, Henríquez, Henrriquez, Herdocia, Heredia,Herencia, Heríquez, Hermann, Hermosilla, Hernández, Hernando, Hernánez, Herra, Herradora, Herrán, Herrera, Herrero, Hevia, Hidalgo, Hierro, Hincapié, Hinostroza, Horna, Hornedo, Huerta, Huertas, Huete, Huezo, Hurtado, Hurtecho.
I.
Ibáñez, Ibarra, Ibarras, Icaza, Iglesias, Ilama,Incapié, Incer, Incera, Inceras, Inces, Infante, Iracheta, Iraheta, Irastorza, Irias, Iribar, Irigaray, Irola, Isaac, Isaacs, Israel, Ivañez, Izaba, Izaguirre, Izandra, Iznardo, Izquierdo, Izrael, Izurieta
J.
Jácamo, Jacobo, Jácome, Jácomo, Jaen, Jáenz, Jara, Jaramillo, Jarquín, Jarrín, Jerano, Jerez, Jiménez, Jimera, Jinesta, Jirón, Joseph, Jovel, Juárez, Junco, Juncos, Jurado.
K.
Kaminsky, Klein, Kuadra.
L.
La Barca, Labra, Lacarez, Lacayo, Lafuente, Lago, Lagos, Laguardia, Laguna, Lain, Laine, Lainez, Laitano, Lamas, Lamela, Lamicq, Lamugue, Lamuza, Lancho, Lanco, Landazuri, Lández, Lanuza, Lanza, Lanzas, Lapeira, Laporte, Laprade, Lara, Lares, Largaespada, Largo, Larios, Larrabure, Larrad, Larragan, Larragán, Larraguivel, Lasa, Lasantas, Láscares, Láscarez, Láscaris, Lasso, Lastra, Lastreto, Latiff, Latino, Latorraca, Laurito, Laverde, Lázaro, Lázarus, Lázcares, Lazo, Lazzo, L’Calleja, Leal, Leandra, Leandro, Ledezma, Ledo, Leitón, Leiva, Lejarza, Lemmes, Lemos, Lemus, Lemuz, Leñero, León, Lépiz, Levi, Leytón, Leyva, Lezama, Lezana, Lezcano, Lhamas, Lieberman, Lima, Linares, Linarte, Lindo, Lines, Líos, Lira, Lizama, Lizana, Lizano, Lizarme, Llabona, Llach, Llado, Llamazares, Llamosas, Llano,Lanos, Llanten, Llaurado, Llerena, Llibre, Llinas, Llobet, Llobeth, Llorca, Llorella, Llorens, Llorente, Llosent, Lloser, Llovera, Llubere, Loáciga, Loáiciga, Loáisiga, Loaissa, Loaiza, Lobo, Loeb, Loew, Loinaz, Lombardo, Londoño, Lope, Lopes, Lopera, López, Lopezlage, Loprete, Lora, Loredo, Lorente, Lorenz, Lorenzana, Lorenzen, Lorenzo, Loría, Lorío, Lorio, Lorz, Losada, Losilla, Louk, Louzao, Loynaz, Loza, Lozano, Luarca, Lucas, Lucena, Lucero, Lucke, Lugo, Luis, Luján, Luna, Lunaza, Luque, Luquez.
M.
Macaya, Macedo, Maceo, Machado, Machín, Machuca, Macia, Macias, Macías, Macís, Macre, Macrea, Madariaga, Maderos, Madinagoitia, Madrano, Madrid, Madriga, Madrigal, Madril, Madriz, Maduro, Magalhaes, Magallón, Magaña, Magdalena, Maguiña, Mahomar, Maikut, Maingot, Mairena, Maisonave, Maita, Majano, Majarres, Malaga, Maldonado, Malé, Malespín, Malestín, Maltés, Maltez, Malvarez, Manavella, Mancheno, Mancia, Mancía, Mandas, Mangaña, Mangas, Mangel, Manjarres, Mans, Mansalvo, Mansilla, Manso, Mantanero, Mantica, Mantilla, Manuel, Manzanal, Manzanares, Manzano, Manzur, Marabiaga, Maradiaga, Marbes, Marbis, Marcenaro, March, Marchena, Marcia, Marcías, Marcillo, Marcos, Mardones, Marenco, Margules, María, Marichal, Marín, Marinero, Marino, Mariñas, Mariño, Marot, Maroto, Marqués, Marquez, Marreco, Marrero, Marroquín, Marsell, Marte, Martell, Martén, Martens, Martí, Martin, Martínez, Martins, Marvez, Mas, Masía, Masís, Maso, Mason, Massuh, Mastache, Mata, Matamoros, Matarrita, Mate, Mateo, Matera, Mateus, Matías, Matos, Mattus, Mattuz, Matul, Matus, Matute, Maurel, Maurer, Mauricio, Mauro, Maynard, Maynaro, Maynart, Mayo, Mayor, Mayorga, Mayorquín, Mayre, Mayrena, Maza, Mazariegos, Mazas, Mazín, Mazón, Mazuque, Mazure, Medal, Mederano, Mederas, Medeiros, Medina, Medinilla, Medoza, Medrano, Meira, Mejía, Mejías, Melara, Meléndez, Melgar, Melgarrejo, Mellado, Melo, Membreño, Mena, Menayo, Menchaca, Mendea, Méndez, Mendiantuba, Mendieta, Mendiola, Mendives, Mendivil, Mendoza, Mendreño, Menéndez, Meneses, Menjibar, Menjivar, Menocal, Meono, Meoño, Merayo, Meraz, Merazo, Merazzo, Mercado, Mercelina, Mercer, Mergarejo, Mérida, Merino, Merizalde, Merlo, Mesa, Mesales, Mesalles, Meseguer, Mesén, Messeguer, Mestayer, Meszaros, Meza, Michelena, Michelino, Micillo, Miguez, Mijangos, Mijares, Milanés, Milano, Millet, Mina, Minas, Minero,Miño, Miqueo, Miraba, Miralles, Mirambell, Miramontes, Miranda, Miro, Mirquez, Mitja, Mitjavila, Mizrachi, Mojarro, Mojica, Molestina, Molian, Molín, Molina, Molinero, Molleda, Mollinedo, Mollo, Moncada, Mondol, Mondragón, Moneda, Moneiro, Monestel, Monga, Mongalo, Móngalo, Monge, Mongillo, Monguillo, Monjarres, Monjarrez, Monjica, Monserrat, Montagné, Montalbán, Montalbert, Montalto, Montalván, Montalvo, Montana, Montanaro, Montandón, Montano, Montealegre, Montealto, Montecino, Montecinos, Monteil, Montejo, Montenaro, Montenegro, Montero, Monterosa, Monteroza, Monterrey, Monterrosa, Monterroso, Montes, Monterinos, Monteverde, Montiel, Montier, Montoya, Monturiol, Mora, Moraes, Moraga, Morales, Morán, Morazán, Moreira, Morejón, Morena, Moreno, Morera, Moriano, Morice, Morillo, Morín, Moris, Morise, Moro, Morote, Moroto, Morraz, Morúa, Morún, Morux, Morvillo, Moscarella, Moscoa, Moscoso, Mosquera, Motta, Moxi, Moya, Mozquera, Mugica, Muiña, Muir, Mulato, Munera, Mungía, Munguía, Munive, Munizaga, Muñante, Muñiz, Muñoz, Murcia, Murgado, Murgas, Murias, Murillo, Murilo, Muro, Mussap, Mussapp, Mussio, Mustelier, Muxo.
N.
Naim, Naira, Nájar,Nájares, Najarro, Nájera, Nájeres, Naranjo, Narvaes, Narváez, Nasralah, Nasso, Navaro, Navarrete, Navarrette, Navarro, Navas, Nayap, Nazario, Nema, Nemar, Neyra, Nieto, Nino, Niño, Noble, Noboa, Noel, Nogebro, Noguera, Nomberto, Nora, Noriega, Norza, Nova, Novales, Novo, Novoa, Nuevo, Nuez, Nunga, Núñez.
O.
Obaldía, Obanbo, Obando, Obares, Obellón, Obon, Obrego, Obregón, Ocampo, Ocampos, Ocaña, Ocaño, Ocario, Ochoa, Ocón, Oconitrillo, Ode, Odio, Odir, Odóñez, Odor, Oduber, Oguilve, Ojeda, Okarlo, Okendo, Olarte, Olaso, Olaverri, Olazaba, Olguín, Oliva, Olivar, Olivares, Olivárez, Olivas, Oliver, Olivera, Oliverio, Olivier, Oliviera, Olivo, Oller, Olmeda, Olmedo, Olmo, Olmos, Omacell, Omodeo, Ondoy, Onetto, Oñate, Oñoro, Oporta, Oporto, Oquendo, Ora, Orama, Oramas, Orantes, Ordeñana, Ordoñes, Ordóñez, Orduz, Oreamuno, Oreas, Oreiro, Orella, Orellana, Orfila, Orias, Orios, Orjas, Orjuela, Orlich, Ormasis, Ormeño, Orna, Ornes, Orochena, Orocu, Orosco, Orozco, Ortega, Ortegón, Ortiz, Ortuño, Orve, Osante, Oseda, Osegueda, Osejo, Osequeda, Oses, Osorio, Osorno, Ospina, Ospino, Ossa, Otalvaro, Otárola, Otero, Oto, Otoya, Ovares, Ovarez, Oviedo, Ozerio, Ozores, Ozuno.
P.
Pabón, Pacheco, Paco, Padilla, Páez, Paguaga, País, Países, Paiz, Pajuelo, Palacino, Palacio, Palacios, Palaco, Paladino, Palazuelos, Palencia, Palma, Palomar, Palomino, Palomo, Pamares, Pampillo, Pana, Pandolfo, Paniagua, Pantigoso, Pantoja, Paña, Papez, Parada, Parado, Parajeles, Parajón, Páramo, Pardo, Paredes, Pareja, Pares, París, Parra, Parrales, Parreaguirre, Parriles, Parrilla, Pasamontes, Pasapera, Pasos, Passapera, Pastor, Pastora, Pastrán, Pastrana, Pastrano, Patiño, Patricio, Paut, Pauth, Pavez, Pavón, Paz, Pazmiño, Pazos, Pedraza, Pedreira, Pedreiro, Pedroza, Peinador, Peinano, Peláez, Pellas, Pellecer, Pena, Penabad, Penado, Pendones, Penón, Penso, Peña, Peñaloza, Peñaranda, Peñas, Peñate, Penzo, Peñón, Peraldo, Perales, Peralta, Peraza, Perdomo, Perea, Perearnau, Pereira, Pereiras, Perera, Pereyra, Pérez, Perezache, Pergo, Pericón, Perla, Perlaza, Pessoa, Peynado, Peytrequín, Pezo, Picado, Picasso, Picavea, Pichardo, Pico, Picón, Piedra, Piedrafita, Pila, Pilarte, Pimente, Pina, Pinada, Pinagel, Pinagen, Pinar, Pincai, Pincay, Pinchinat, Pineda, Pinel, Pinell, Piney, Pinillos, Pinkay, Pino, Pintado, Pinto, Pinzas, Piña, Piñar, Piñate, Piñeiro, Piñeres, Pinzón, Pío, Pion, Piovano, Piovet, Pitalva, Piza, Pizarro, Pla, Plá, Placeres, Pláceres, Plácido, Placidón, Plaja, Platero, Poblador, Poblete, Pocasangre, Pochet, Podoy, Pokoy, Pol, Polamo, Polo, Polonio, Poma, Pomar, Pomareda, Pomares, Ponares, Ponce, Pontigo, Pool, Porat, Porquet, Porras, Porta, Portela, Porter,Portero, Portilla, Portillo, Portobanco, Portocarrera, Portugués, Portuguez, Posada, Posla, Poveda, Povedano, Pozo, Pozos, Pozuelo, Prada, Pradella, Pradilla, Prado, Prat, Pratt, Pravia, Prendas, Prendis, Pretiz, Prettel, Prieto, Prietto, Primante, Prior, Prioto, Privatt, Procupez, Puente, Puentes, Puertas, Puga, Puig, Pujo, Pujol, Pulido, Pulis, Pull, Pulles, Pupo, Purcallas.
Q.
Quedo, Queralt, Queredo, Querra, Quesada, Quevedo, Quezada, Quiel, Quijada, Quijano, Quinaz, Quinde, Quino, Quintana, Quintanilla, Quinter, Quintero, Quinto, Quiñones, Quiñónez, Quirce, Quiroga, Quirós, Quiroz.
R.
Raa, Raabe, Raba, Rabetta, Raga, Raigada, Raigosa, Ramírez, Ramón, Ramos, Randel, Randuro, Rangel, Raphael, Rauda, Raudes, Raudez, Raventos, Raventós, Raygada, Rayo, Rayos, Real, Reales, Reazco, Recinos, Recio, Redondo, Regaño, Regidor, Regueira, Regueyra, Reich, Reina, Renderos, Rendón, Reñazco, Repeto, Repetto, Requene, Requeno, Requeño, Rescia, Resenterra, Restrepo, Retana, Reuben, Revelo, Revilla, Revollar, Revollo, Rey, Reyes, Reyna, Riba, Ribas, Ribera, Ribero, Ricardo, Ricaurte, Riera, Rileva, Rincón, Río, Ríos, Riotte, Rivalta, Rivardo, Rivas, Rivel, Rivera, Rivero, Riverón, Riveros, Rizo, Roa, Roba, Robelo, Roble, Robles, Robleto, Roboz, Roca, Rocabado, Rocca, Roch, Rocha, Roda, Rodas, Rodesma, Rodesno, Rodezno, Rodó, Rodo, Rodrigo, Rodríguez, Roe, Roig, Rois, Rojas, Rojo, Roldán, Romagosa, Román, Romano, Romero, Roque, Rosa, Rosabal, Rosales, Rosas, Rouillón, Rovillón, Rovira, Roviralta, Roy, Royo, Roys, Rozados, Rozo, Ruano, Rubí, Rubia, Rubín, Rubino, Rubio, Rucavado, Rudín, Rueda, Rugama, Rugeles, Ruh, Ruilova, Ruin, Ruiz, Romoroso, Russo.
S.
Saavedra, Saba, Sabah, Saballo, Saballos, Sabat, Sabate, Sabba, Sabín, Sabogal, Saborío, Saboz, Sacasa, Sacida, Sada, Sadaña, Sáenz, Saer, Saerron, Sáez, Safiano, Sage, Sagel, Sagot, Sagreda, Saguero, Sala, Salablanca, Salamanca, Salas, Salazar, Salbavarro, Salcedo, Salcino, Saldaña, Saldivar, Salgada, Salgado, Salguera, Salguero, Saliba, Salinas, Salmerón, Salmón, Salom, Salomón, Salumé, Salume, Salustro, Salvado, Salvatierra, Salvo, Samaniego, Sambrana, Samper, Samudio, Samuel, San Gil, San José, San Juan, San Martín, San Román, San Silvestre, Sanabria, Sanahuja, Saname, Sanamucia, Sanarrusia, Sánchez, Sancho, Sandí, Sandigo, Sandino, Sandoval, Sandria, Sandy, Sanga, Sangil, Sanjines, Sanjuan, Sansebastián, Sansilvestre, Sanson, Sansores, Santa Ana, Santa Cruz, Santa María, Santacruz, Santamaría, Santana, Santander, Santiago, Santibanes, Santiesteban, Santillán, Santín, Santisteban, Santoanastacio, Santos, Sanvicente, Sanz, Saraiva, Saravanja, Saravia, Sardinas, Sardiñas, Sariego, Sarmiento, Sárraga, Sarratea, Sarraulte, Sarria, Sas, Sasso, Satjo, Sauceda, Saucedo, Sauza, Savala, Savallos, Savedra, Savinón, Saxón, Sayaguez, Scriba, Seas, Seballos, Secades, Secaida, Seco, Sedano, Sedo, Segares, Segovia, Segreda, Segura, Sehezar, Selaya, Selles, Selva, Selvas, Semerawno, Semeraro, Sepúlveda, Sequeira, Sermeño, Serra, Serracín, Serrano, Serrato, Serraulte, Serru, Serrut, Servellón, Sevilla, Sevillano, Sibaja, Sierra, Sieza, Sigüenza, Siguenza, Siles, Siliezar, Silva, Silvera, Silvia, Simana, Simón, Sinchico, Sio, Sion, Siri, Sirias, Siverio, , Siz, Sobalvarro, Sobrado, Sojo, Sol, Solana, Solano, Solar, Solares, Solarte, Soldevilla, Solé, Solemne, Soler, Solera, Soley, Solís, Soliz, Solno, Solo, Solórzano, Soltero, Somarriba, Somarribas, Somoza, Soria, Sorio, Soro, Sorto, Sosa, Sossa, Sosto, Sotela,Sotelo, Sotillo, Soto, Sotomayor, Sotres, Souto, Soutullo, Sovalbarro, Soza, Suárez, Suazao, Suazo, Subia, Subiros, Subirós, Subisos, Succar, Sueiras, Suñer, Suñol, Surroca, Suyapa, Suzarte.
T.
Tabah, Tabares, Tablada, Tabor, Tabora, Taborda, Taco, Tagarita, Tagarró, Tal, Talavera, Taleno, Tamara, Tamargo, Tamayo, Tames, Tanchez, Tanco, Tapia, Tapias, Taracena, Tardencilla, Tarjan, Tarrillo, Tasara, Tate, Tato, Tavares, Tedesco, Teherán, Teijeiro, Teixido, Tejada, Tejeda, Tejos, Tellería, Telles, Téllez, Tello, Tellos, Tencio, Tenorio, Terán, Tercero, Terrade, Terrientes, Terrin, Terrín, Thames, Theran, Thiel, Thiele, Thuel, Tíjeres, Tijerino, Tinoco, Toala, Tobal, Tobar, Tobe, Tobella, Tobín, Tobón, Toledo, Toletino, Tomas, Tomás, Tomeu, Toribio, Torijano, Tormo, Toro, Torralba, Torre, Torrealba, Torregresa, Torregroza, Torrente, Torrentes, Torres, Tórrez, Tortós, Tortosa, Toruño, Tosso, Touma, Toval, Tovar, Trala, Traña, Traures, Travierzo, Travieso, Trediño, Treguear, Trejos, Treminio, Treviño, Triana, Trigo, Triguel, Triguero, Trigueros, Trilite, Trimarco, Trimiño, Triquell, Tristán, Triunfo, Troche, Trocanis, Troncoso, Troya, Troyo, Troz, Trueba, Truffat, Trujillo, Trullas, Trullás, Truque, Tula, Turcio, Turcios.
U.
Ubach, Ubao, Ubeda, Ubico, Ubilla, Ubisco, Ubizco, Ucanan, Ucañan, Ugalde, Ugarte, Ujueta, Ulacia, Ulate, Ulcigrai, Ulcigral, Ulecia, Uley, Ulibarri, Ulloa, Umaña, Umanzor, Ungar, Urain, Uralde, Urbano, Urbina, Urcuyo, Urdangarin, Urea, Urela, Ureña, Urgellés, Uriarte, Uribe, Uriel, Urieta, Uriza, Uroz, Urquiaga, Urra, Urraca, Urrea, Urroz, Urruela, Urrutia, Urtecho, Urunuela, Urzola, Usaga, Useda, Uva, Uveda, Uzaga, Uzcategui.
V.
Vadivia, Vado, Valdelomar, Valderama, Valderrama, Valderramo, Valderramos, Valdés, Valdescastillo, Valdez, Valdiva, Valdivia, Valdivieso, Valencia, Valenciano, Valentín, Valenzuela, Valera, Valerín, Valerio, Vales, Valiente, Valladares, Vallarino, Vallcaneras, Valldeperas, Valle, Vallecillo, Vallecillos, Vallejo, Vallejos, Valles, Vallez, Valls, Vals, Valverde, Vanegas, Vaquerano, Vardesia, Varela, Varga, Vargas, Vargo, Varsi, Varsot, Vartanian, Varth, Vasco, Vasconcelos, Vasílica, Vásquez, Vassell, Vaz, Veas, Vedoba, Vedova, Vedoya, Vega, Vegas, Vela, Velarde, Velasco, Velásquez, Velazco, Velázquez, Vélez, Veliz, Venegas, Ventura, Vera, Verardo, Verastagui, Verdesia, Verdesoto, Vergara, Verguizas, Vertiz, Verzola, Vesco, Viales, Viana, Viatela, Vicario, Vicente, Vico, Víctor, Victores, Victoria, Vidaechea, Vidal, Vidales, Vidalón, Vidaorreta, Vidaurre, Videche, Vieira, Vieto, Vigil, Vigot, Vila, Vilaboa, Vilallobos, Vilanova, Vilaplana, Villar, Villareal, Villarebia, Villareiva, Villarreal, Villarroel, Villas, Villaseñor, Villasuso,Villatoro, Villaverde, Villavicencio, Villeda, Villegas, Villejas, Villena, Viloria, Vindas, Vindel, Vinueza, Viñas, Víquez, Viscaino, Viso, Vivallo, Vivas, Vivero, Vives, Vívez, Vivies, Vivó, Vizcaíno, Vizcayno.
W.
Wainberg, Wolf.
Y.
Yaacobi, Yanarella, Yanayaco, Yanes, Yepez, Yglesias, Yllanes, Yurica, Yzaguirre.
Z.
Zabala, Zabaleta, Zabate, Zablah, Zacarías, Zacasa, Zalazar, Zaldivar, Zallas, Zambrana, Zambrano, Zamora, Zamorano, Zamudio, Zamuria, Zapata, Zaragoza, Zárate, Zarco, Zaror, Zarzosa, Zavala, Zavaleta, Zayas, Zayat, Zecca, Zedan, Zegarra, Zelada, Zelaya, Zeledón, Zepeda, Zetina, Zonta, Zoratte, Zuleta, Zumba, Zumbado, Zúñiga, Zunzunegui.
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March 22, 2014
Apresentação de Portugal a Flor e a Foice, por J. Rentes de Carvalho
Bizarro destino, o de um livro que tem a sua génese uma tarde de Março de 1964, em Paris, no café em que uma dezena ou mais de "figuras gradas da Oposição", como já nesse tempo se intitulavam, começaram uma zaragata de murros e insultos, denúncias de vigarices, de traições e poucas-vergonhas. Nos três ou quatro comícios da oposição portuguesa a que na altura assisti, repetiam-se essas cenas, abundavam os clichés ideológicos, era muito o vento e pouco o movimento, dividiam-se os presentes em quatro ou cinco facções, cada uma delas mais pura no ideal, pronta a enterrar a faca no interesse e na reputação do camarada. Recordo que uma noite, depois de um desses comícios, me fui a jantar com Joaquim Novais Teixeira, o brilhante jornalista que já muito me tinha aberto os olhos, e, contando-lhe o que testemunhara, resumiu-me ele o historial da oposição a Salazar, terminando por uma frase que é difícil esquecer: "A oposição democrática portuguesa, só tem razão (…) mais nada." Estranhei, preocupou-me, e deitei-me a investigar.
J. Rentes de Carvalho, no post Lançamento de "Portugal, a Flor e a Foice" - na FNAC Chiado, do blog Tempo Contado.
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Excerto de Entrevista de J. Rentes de Carvalho à revista «Atual» (Expresso)
Uma das afirmações que devem ter irritado muita gente é aquela em que defende que, antes do 25 de Abril, houve pouca resistência efectiva ao estado novo. Ou seja, quem se devia ter oposto a sério não o fez. Tirando o PCP, que na clandestinidade fez o seu trabalho, houve muita gente que se demitiu de ser verdadeira oposição. Pior do que isso: aceitou a situação. Havia uma osmose terrível entre a chamada oposição e os sustentáculos sociais do regime. Era tudo a mesma massa. Não conheciam o povo. Mesmo os neo-realistas e adjacentes. O que mais tinham em comum era o facto de frequentarem todos os mesmos cafés de Lisboa. Há muita gente que ainda hoje diz: "Ah, eu ia muito ao café Gelo". Eu também passei pelo café Gelo, era um puto, tinha uns 19 ou 20 anos. Olhei e vim-me embora. Fui à minha vida.
(...)
A adesão à Europa foi mais uma oportunidade desperdiçada para desenvolver verdadeiramente o país? Sim. Aqueles que tiveram o poder e receberam fisicamente o dinheiro, em vez de o canalizarem para o bem comum, canalizaram-no para os empreiteiros, para os bancos, para as indústrias, para a tolice de comprar o luxo. Esses foram os criminosos. É uma seita recorrente na sociedade portuguesa.
Excerto da entrevista de José Mário Silva (fotografias de Daniel Rodrigues) a José Rentes de Carvalho, Revista Atual (Expresso) n.º 2160, 22 de Março de 2014
Ontem fui logo comprá-lo - e por isso nem pude vir ao blog celebrar o Dia Mundial da Poesia. Quando cheguei à livraria ainda não tinham desempacotado os exemplares de Portugal, a Flor e a Foice - ia tendo um ataque cardíaco - aproveitei e agarrei num exemplar da reimpressão de Uma Mentira Mil Vezes Repetida , de Manuel Jorge Marmelo - compra que andava a adiar à demasiado tempo - até que lá desencantaram os exemplares. Escolhi um do meio, que vinha sem defeito nem marcas de impressões digitais. Agora resta-me esperar pelo próximo - quanto às supostas polémicas e discussões... Gostava de ter tido este livro há 10 ou 15 anos atrás - sempre dava para dar com ele na cabeça a muita gente, nas discussões de café, das salas de aula, e outras - mas temo que não lhes entrasse lá - seria como enfiar um camelo no buraco de uma agulha.
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March 19, 2014
Uma imagem (familiar) do País
José Dias Ferreira, presidente do conselho de ministros na altura da bancarrota de finais do século XIX (de 1892 a 1893), foi, na opinião de Gaspar, quem espoletou o incumprimento soberano do país porque "Dias Ferreira rejeitou o convénio com os credores proposto por Joaquim Pedro Oliveira Martins [o ministro da Fazenda ou das Finanças na altura]". "A resposta de Dias Ferreira foi que não se devia pagar", atirou.
Na sequência de uma grave crise financeira, a bancarrota de Portugal haveria de acontecer em 1892. O governo cairia no ano seguinte.
Ironia da História, o ministro da Fazenda Oliveira Martins, que tanto fascina Gaspar, é o tio-bisavô de Guilherme d'Oliveira Martins, atual presidente do Tribunal de Contas.
In Dinheiro Vivo. Uma pequena explicação familiar do porquê deste paul à beira-mar encravado ser o charco (a choldra Eçiana) mal-cheiroso que é - num lugar onde nascem vergados, vivem dobrados, e morrem derrotados, é natural que se mantenham os donos: basbaques que importam palácios a crédito - com o dinheiro dos outros, evidentemente.
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