Denise Bottmann's Blog, page 15

July 4, 2017

novo blog

preparando-me para começar a tradução de utopia, de thomas more, criei um blog de acompanhamento. chama-se utopia, e está aqui.

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Published on July 04, 2017 18:05

ufa


eu tinha ficado encafifadíssima com uma indicação que vi em alguns artigos sobre nossa primeira tradução brasileira de utopia, de 1937. segundo essa indicação, o tradutor luís de andrade (na época grafado com z, luiz) seria o engenheiro e escritor pernambucano luiz de carvalho paes de andrade (1814-1887).

por várias razões que exporei em outro post, a coisa não fazia o menor sentido para mim. fui atrás. bom, após algumas consultas, descobri que a origem exclusiva da referência era a ficha catalográfica da obra registrada no sistema dedalus, da usp.

escrevi para lá, pedindo que me informassem de onde haviam extraído aquela bendita informação de que luiz de carvalho paes de andrade (o qual, até onde sei, jamais traduziu uma única linha) teria sido o tradutor de utopia (a qual, até onde sei, jamais fora publicada no brasil antes de 1937, muito menos no século XIX).

claro que não comentei nada disso em minha consulta. apenas pedi a fonte da referência. não sei que diligências fizeram, nem como rastrearam o lapso e/ou a origem do lapso. mas hoje veio a resposta muito gentil e atenciosa, que reproduzo:
Desculpe a demora em responder. Encaminhei a sua dúvida para o nosso Processamento Técnico e eles fizeram a correção no Sistema. Realmente estava incorreto: o autor secundário não era este Andrade, Luiz de Carvalho Paes de, 1814-1887.
fica então o registro e o aviso aos navegantes: luiz de andrade, tradutor d' a utopia pela athena editora e sucessivas reedições em outras casas editoriais até data recente, não é - e, até prova em contrário, não tem nada a ver com - luiz de carvalho paes de andrade. qualquer menção nesse sentido pode ser, a meu ver, solenemente desconsiderada.

agora, quem era, quem foi luiz de andrade tradutor d' a utopia, é assunto de outra conversa.


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Published on July 04, 2017 16:56

July 2, 2017

denise na zunái


meio em paralelo, alguns poemas meus na revista zunái, de julho 2017, aqui.


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Published on July 02, 2017 09:11

June 24, 2017

mais dois russos

acrescentem-se à bibliografia russa traduzida no brasil (1900-1950), aqui, os seguintes títulos:

- fiódor gladkov, a nova terra - diário de uma professora, pela athena, 1935. não localizei o nome do tradutor.

- leonid andréiev, judas iscariotes, pela norte, 1942. sem créditos de tradução, porém reproduz a de georges selzoff e allyrio meira wanderley (1931).




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Published on June 24, 2017 16:47

mais um russo

acrescente-se à bibliografia russa traduzida no brasil (1900-1950), aqui, o seguinte:

fiódor gladkov, a nova terra - diário de uma professora, pela athena, 1935.

não localizei o nome do tradutor.

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Published on June 24, 2017 16:47

o drama da coisa - e aí, como faz?


hoje recebi o depoimento de um amigo, sério e dedicado bibliotecário, que reproduzo abaixo - quando a gente diz que livro não é produto perecível e que os efeitos deletérios das edições fraudadas se contam por décadas e décadas a fio, é mais ou menos isso.
Como você sabe, trabalho numa Biblioteca Pública.
No mês passado, uma jovem usuária que começou a fazer Ciências Sociais veio me pedir algumas orientações sobre diferenças de edições de um mesmo livro, editoras etc.
Expliquei o que é edição / impressão e a alertei sobre a editora Martin Claret.
Ela comentou que iam estudar um clássico do liberalismo - LOCKE -, e levou o exemplar da Biblioteca - coleção os Pensadores.
Durante a aula, a colega que estava sentada ao lado com um exemplar da editora Martin Claret não conseguiu acompanhar a aula, pois o trecho havia sido interrompido/omitido por uma frase extremamente/porcamente resumida. Uma frase para terminar o parágrafo, mas que omitia toda uma argumentação do autor (era o x da aula - a argumentação do autor) que ocupava algo em torno de 2 páginas. Olhe só, 2 páginas de um texto de ciência política sintetizadas em uma frase sem muito sentido...
Realmente a editora Martin Claret continua provocando sérios problemas para os compradores dos seus livros.
Tenho alertado todos os usuários para que não usem /comprem livros desta editora.
Repassei para todas as Bibliotecas da rede da Prefeitura de São Paulo um aviso sobre esses e outros problemas que tenho visto. A grande maioria dos meus colegas desconhecia esses problemas. Acho que é natural que isto aconteça. Acabamos ficando presos na rotina do dia-a-dia na biblioteca do bairro e não prestamos atenção a esse tipo de problema. Tenho a impressão de que nosso setor de seleção e aquisição sabia dos problemas (tanto que nunca comprou nada da editora), mas não emitiu nenhum aviso para não aceitarmos doações de usuários desta editora. 

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Published on June 24, 2017 14:14

June 23, 2017

mais cinco autores e suas respectivas estreias em livro no brasil

Schopenhauer, 1887: 

O primeiro volume de Schopenhauer a ser publicado no Brasil em tradução brasileira foi Metaphysica do amor. Esboço sobre as mulheres (Pensamentos e fragmentos). A tradução ficou a cargo de Manuel Coelho da Rocha, muito provavelmente tomando por interposição a versão francesa de Jean Bourdeau (1880), Pensées e fragments. Foi publicada pela editora Laemmert em 1887.

A Semana, 1887, ed. 0144

Sua quarta edição em 1904, pela Bibliotheca Philosophica da Laemmert, vem, como consta em sua nova capa, "augmentada com um appendice sobre a pederastia". Essa tradução de M.C. da Rocha foi reeditada pela Cultura Moderna em 1938.



Para um histórico de Schopenhauer no Brasil, veja-se aqui.


Tolstói, 1890:

A obra que inaugurou Tolstói em livro no brasil foi A sonata de Kreutzer, em tradução de Visconti Coaracy. Foi publicada em 1890 pela B.-L. Garnier e serializada no Diário de Notícias logo após seu lançamento, de dezembro de 1890 a janeiro de 1891.

Essa edição se reveste de grande importância, e tanto maior por ter sido a primeira publicação em livro de um autor russo no Brasil, assim inaugurando a fértil bibliografia que veio a se multiplicar algumas décadas depois entre nós.

Infelizmente não obtive imagem de capa. Sobre a fortuna bibliográfica de Tolstói no Brasil, veja-se aqui.


Hegel, 1936:

A primeira obra integral de Hegel traduzida e publicada no Brasil foi a Enciclopédia das ciências filosóficas, em três volumes, pela Athena Editora, em 1936. A tradução coube a Lívio Xavier, e não me parece impossível que tenha sido feita a partir da tradução espanhola de Eduardo Ovejero y Maury. Teve diversas reedições.



Jane Austen, 1940:

Somente em 1940 sai no Brasil a primeira tradução de um livro de Jane Austen. Trata-se de Orgulho e preconceito, em tradução de Lúcio Cardoso. Teve inúmeras reedições e foi objeto de apropriação fraudulenta pela editora Best-Seller, como apontei aqui e aqui.


Para outras traduções feitas por Lúcio Cardoso, veja-se aqui.


Emily Dickinson, 1945:

Os primeiros poemas de Emily Dickinson a ser traduzidos e publicados em livro no Brasil foram "I never lost as much but twice", "I died for Beauty – but was scarce", "This quiet Dust was Gentlemen and …", "I never saw a Moor" e "My life closed twice before its close", apanhados na seção "Cinco poemas de Emily Dickinson" em Poemas traduzidos, por outro grande nome de nossas letras: Manuel Bandeira. Poemas traduzidos teve sua primeira edição em 1945, pela R.A. [Revista Acadêmica].




Vide também o post anterior sobre outros cinco autores aqui.
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Published on June 23, 2017 15:57

June 19, 2017

um novo rubaiyat

ivo barroso concede a seus leitores e admiradores a oportunidade de conhecer 28 ruba'i de khayyam de sua lavra, numa bela e cuidadosa edição:







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Published on June 19, 2017 11:30

mais um russo no brasil, 1900-1950

acrescente-se à bibliografia russa traduzida no brasil entre 1900 e 1950, aqui:

quero!, de aleksandr ostapovich avdeenko, romance publicado pela athena editora em 1937. embora não constem os créditos, a tradução foi feita por heitor ferreira lima (dirigente do pcb).

o título adotado em português - quero! para o original ia liubliù, isto é, "eu amo", tal como na tradução inglesa da obra, i love (1935), ou na francesa, j'aime (1944) - parece sugerir que heitor ferreira lima se baseou na tradução espanhola !quiero!. esta foi publicada em 1935 pela ediciones europa-américa, madri, da linha comunista soviética a que também se filiava o pcb.

sobre a europa-américa madrilenha, vide um artigo interessante aqui.

"Instrumento soviético de agitprop en lengua española creado tras el VI Congreso de la Komintern (Moscú, julio-septiembre 1928). Ediciones Europa-América inicia su actividad en París (“París-Buenos Aires”), quedando prácticamente paralizada en 1930 tras los abandonos provocados, sobre todo, por desviaciones trotsquistas. Se reactiva en España en 1932, también como edeya, se expande en 1933 junto con ampli y marenglen, sobrevive tras el fracasado golpe de estado de 1934 y mantiene su activismo hasta 1938, y de nuevo en París (“París-México-Nueva York”) languidece durante unos meses en 1939, terminada la guerra de España, hasta que comienza la nueva guerra mundial."

não localizei imagem de capa da athena, mas aí fica a da europa-américa:



agradeço a bruno gomide pela identificação de avdeenko e pelo título original do romance.

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Published on June 19, 2017 09:12

June 18, 2017

estudo comparado

franciele graebin dedicou sua dissertação de mestrado (unb, 2016) a uma análise comparada das quatro traduções brasileiras de mrs. dalloway: a de mario quintana, a de tomaz tadeu, a de claudio marcondes e a minha. disponível aqui.







agradeço a bento moura pela notícia sobre esse estudo.

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Published on June 18, 2017 15:42

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Denise Bottmann
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