Rodrigo Constantino's Blog, page 369

June 14, 2012

Entre o medo e a bajulação

Carlos Alberto Sardenberg, O GLOBO
Conta-se que Juscelino Kubitschek, no fim do seu governo, começou a distribuir cartórios, naquele tempo vitalícios e transmissíveis para os filhos, e, como sempre, máquinas de fazer dinheiro. No Congresso, parlamentares da velha UDN denunciavam essa farta distribuição aos amigos, quando um líder do PSD de JK respondeu: mas queriam o quê? Que distribuísse para os inimigos?

Capitalismo de amigos não é novidade, portanto. Mas temos outro tipo hoje, o do medo. Dia desses, o executivo de uma grande empresa brasileira, embora enraivecido com confusões feitas pelo Ministério da Fazenda com alíquotas de impostos, explicava por que não pretendia reclamar, muito menos brigar: os caras vão ficar muitos anos por aí.

Os caras são os do PT, claro. É verdade que o governo federal tem caras de muitos partidos, mas não há dúvida sobre quem manda. Precisa de mais uma prova?

Aqui, em dados divulgados nesta semana pela Justiça Eleitoral: no ano passado, sem eleições, o PT arrecadou nada menos que R$ 50,7 milhões com doações de empresas. Isso é 21 vezes superior à arrecadação do PSDB, o principal partido da oposição e que ainda pode ter alguma competitividade em eleições presidenciais. E mais: o PSDB detém governos em estados tão economicamente poderosos como São Paulo e Minas.

Conclusão: o federal vale 20 vezes mais que o estadual.

Normal, dizem. Algo assim: queriam o quê? Que os empresários dessem dinheiro para a oposição, abertamente, registrado na Justiça Eleitoral?

Por que não? Nos EUA, por exemplo, Obama, quando candidato da oposição, em 2008, arrecadou mais que seu adversário governista. Neste momento da campanha americana, Obama, agora presidente, ainda arrecada mais, mas o republicano Romney chega bem perto.

E não é só por aí que acontecem coisas anormais no Brasil. O governo federal e suas estatais contratam serviços de empresas, compram produtos e ainda emprestam dinheiro a juros favorecidos, sem contar a função tradicional do Estado de arrecadar impostos, aqui travestida do poder de escolher quem vai pagar mais ou menos.

Ter boas conexões com Brasília pode ser mais eficiente para uma empresa do que buscar competitividade no mercado. Entre os principais doadores do PT, estão companhias amplamente beneficiadas por contratos, regimes tributários especiais e empréstimos do governo.

Por outro lado, uma canetada da Fazenda, mudando impostos, pode eliminar ganhos de produtividade obtidos com investimentos em tecnologia e métodos.

Ou seja, é conveniente ser amigo dos caras. Se não der, convém ao menos não ser visto como adversário.

Reparem: não se trata de uma negociata do tipo "ou passa lá no balcão do PT (ou do PMDB ou do PP) ou não leva nada". Ninguém pode dizer que acontece assim no BNDES, no Banco do Brasil, nas compras da Petrobras ou nos gabinetes da Fazenda, para citar apenas os locais de decisões governamentais mais importantes.

Também não se pode dizer que a forte participação da administração federal e suas estatais seja uma novidade. O que é diferente é a mão pesada e o ativismo dos governos do PT. Isso vem especialmente desde o segundo mandato e está em franca escalada.

O governo Dilma intervém em todos os setores. Muda constantemente alíquotas de impostos, para diminuir e aumentar, altera regras do comércio externo, age sobre a taxa de câmbio e empresta mais dinheiro a juros favorecidos a grupos favorecidos. É um modelo oficial: o Estado manda, escolhe e indica onde as empresas devem trabalhar. A presidente dá lições a todos.

Cria-se uma teia de interesses, mas não de todos. São claramente favorecidos alguns setores, considerados pelo governo como os mais importantes para o país.

Daí os vícios. Primeiro, as escolhas de Brasília podem estar erradas, e frequentemente estão, como prova a História do Brasil recente, dos anos 70, no governo Geisel.

Segundo, o modelo distorce o comportamento dos agentes econômicos, que ficam entre o temor e a bajulação ao governo. Repararam na propaganda dos grandes bancos privados depois que levaram a bronca da presidente Dilma? Agradar o governo, fazer favores a seus membros, torna-se comportamento quase de sobrevivência.

Terceiro, mais importante, o modelo gera corrupção. Reparem: se a maior doadora para o PT é uma companhia amplamente favorecida pelo governo (a JBS), ainda que seja tudo legal, por que o diretor do terceiro escalão de um ministério não pode pedir dinheiro para seus projetos políticos e negócios pessoais?

Não é verdade que sempre foi assim no Brasil e que é assim pelo mundo afora. Acontece em muitos países, certo, mas não podem ser o exemplo que queremos. Nas democracias, o governo é submetido a regras que limitam o poder do governante de plantão - e, inversamente, garantem a liberdade e a autonomia dos cidadãos, em qualquer atividade, além da igualdade de oportunidades.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 14, 2012 05:40

June 13, 2012

How the Euro Will End

By GERALD P. O'DRISCOLL JR, WSJ

The euro is the world's first currency invented out of whole cloth. It is a currency without a country. The European Union is not a federal state, like the United States, but an agglomeration of sovereign states. European countries are plagued by rigidities, including those in labor markets—where language differences and the protection of trades and professions in many countries impede labor mobility. That makes it difficult for their economies to adjust to cyclical and structural economic shifts.

For such reasons, when the euro was created in 1999, Milton Friedman famously predicted its demise within a decade. He was wrong about the timing, but he may yet be proven right about the fact.

Greece is the epicenter of a currency and fiscal crisis in the euro zone. Markets fear a "Grexit," or Greek exit from the euro. That exit is almost a foregone conclusion. The endgame for the euro will be played out in Spain.
But first to Greece, which is devolving from a money-using economy. Firms, households and even the government are short on cash. The government isn't paying its suppliers and workers in a timely fashion, so households cannot pay their bills to businesses with whom they transact. Businesses, in turn, cannot pay their suppliers. There is a cascade of cash constraints.

Normally, credit supplements cash in economic transactions. But there is scant credit in Greece. Anyone who can is moving their money out of the country, either to banks in other euro-zone countries, such as Germany, or out of the euro to banks in Switzerland, the United Kingdom and U.S. (the franc, pound and dollar, respectively).

Absent a truly dramatic event, Greece will exit the euro not by choice but by necessity. It will do so not because the drachma (its old currency) is superior to the euro, but because the drachma is superior to barter. Greek standards of living, which have already fallen substantially, will fall further in the short- to medium-term. It will then be up to the Greek people to forge a new future.

While a Greek exit from the euro zone will have substantial repercussions, it won't unleash the doomsday scenario painted by some. A Spanish exit would be an entirely different matter. Unlike Greece, Spain is a major economy. According to the International Monetary Fund, at official exchange rates in 2011 the Spanish economy was more than five times the size of Greece's. And unlike Greece, Spain has numerous banks, some large and global.

The Greek tragedy began with a fiscal crisis—brought on by the government spending more money than it took in—that became a banking crisis. In Spain, there is a fiscal crisis that exacerbates a banking crisis.

Fiscal and banking crises are often linked because in modern economics the state and banking are joined together. Banks purchase government debt, supporting the state, and governments guarantee the liabilities of banks. When one party is weakened, so is the other.

Spanish banks are impaired not only because the Spanish government is running large fiscal deficits, but also because of bad loans to the private sector. Many Spanish banks lent heavily to property developers and to individuals who wanted to purchase homes built by the developers. Spain's construction sector is substantially larger relative to the rest of its economy than is the construction sector in other euro-zone countries or the U.S. And bank debt to finance that sector grew much faster than elsewhere.

Spanish banks have taken huge write downs on their loans, but not enough. Only the exact size of the future write downs is in doubt, not that they will be very large. The Spanish government has effectively nationalized one bank, Bankia—due to threatened insolvency—but will very likely be faced with more takeovers.

The Spanish government has finally admitted that it does not have the funds to recapitalize its banks. EU finance ministers have reportedly committed up to 100 billion euros ($125 billion) for that effort. Experience with banking crises in general suggests that early estimates of losses will prove to be too low. Political leaders start with denial and then offer only belated recognition of the size of banking problems. That was true in the U.S. savings and loan crisis of the 1980s and the 2007-08 bust in housing finance, the banking crisis in Ireland, so far in Spain.

How the Spanish banking situation is handled will determine the future of the euro and possibly of the larger European Union. Will German's taxpayers and those of other solvent countries be willing to fund an even larger bailout of Spanish banks to save impecunious Spaniards? Will the citizens of EU countries outside the euro zone, such as Sweden and the U.K., be asked to chip in? Or will Spain be allowed to descend into a catastrophic 1930s-style banking crisis and Great Depression?

Spanish banking problems are not the end, but only the beginning, of European banking problems. Banks in France, the U.K. and Germany also hold large amounts of the sovereign and private debt of Portugal, Italy, Ireland, Greece and Spain. The government of Cyprus has already made an "exceptionally urgent" request for funds to recapitalize its banks, and markets are now worried about Italy's debt, which limits Rome's ability to deal with banking problems.

The euro zone is in a crisis, in the correct sense of the word, a turning point from which it will either recover or enter a terminal phase. One important factor that may determine the outcome is the degree of leadership in Europe.

By and large, political leaders in Europe are a feckless lot. There are exceptions, particularly in some of the Nordic countries (e.g., Estonia), but the absence of leadership may be the decisive factor leading to the euro's demise. In Spain and elsewhere, leaders have been willing to apply temporary fixes to their banking problems rather than to recognize the true size of the problem. The banks, not fiscal deficits, will be the undoing of the euro.

In the end, I side with Milton Friedman. If Europe had made the political decision for a federal state, a single currency would have been a natural outcome. When 17 states decided to adopt the euro first without political union, they got it backward.

Mr. O'Driscoll is a senior fellow at the Cato Institute. He was formerly a vice president at the Federal Reserve Bank of Dallas and later a vice president at Citigroup.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 13, 2012 06:54

June 12, 2012

Dirceu por Luiz Carlos Barreto

Rodrigo Constantino
Preciso de uma caixa inteira de Engov! Urgente! Acabo de ler o artigo de Luiz Carlos Barreto na Folha hoje, defendendo de forma patética ninguém menos que Zé Dirceu!

Segundo o produtor cinematográfico, os jornais contam a trajetória de Dirceu sempre a partir de 2004, como se ele tivesse nascido com o mensalão. Não obstante o fato de que ser "chefe de quadrilha" do mensalão já é motivo suficiente para rasgar qualquer biografia por completo, resta perguntar: e qual foi esta trajetória?

Para o produtor do filme "Lula, o Filho do Brasil", ela foi uma luta linda, pois "Dirceu jogou sempre toda sua energia pela democracia". Só se for a "democracia" cubana, naquela ilha-presídio que tem a mais longa e cruel DITADURA do continente!

Quanta cara-de-pau deste senhor! Será que ele ficou gagá de vez? Que papelão! Quanto vale um artigo nojento desses?

Ao contrário do que afirma este sujeito indecente, a trajetória de Dirceu precisa ser relembrada sim, o tempo todo! Daniel, seu nome de guerra, foi treinado para ser terrorista revolucionário em Cuba, e sua luta sempre foi pela implantação de um regime totalitário no país.

Quando voltou ao Brasil, ficou clandestino, ocultando quem era inclusive da mulher e do filho, com outra identidade, mentindo, sem confiar na própria esposa. Eis a "disciplina" que Barreto elogia! A disciplina de um guerrilheiro obstinado com uma só coisa: o poder!

A que ponto chegamos? Luiz Carlos Barreto não vale NADA mesmo! E preciso daquele Engov rápido...
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 12, 2012 17:07

Falta coragem


Rodrigo Constantino, O GLOBO
“Nada é mais temido por um covarde do que a liberdade do pensamento.” (Luiz Felipe Pondé)
Não sei quanto ao leitor, mas eu confesso estar cansado da ditadura velada do politicamente correto. A impressão que fica é que um bando de “almas sensíveis” tomou o poder e deseja impor aos outros seu estilo acovardado de vida. O reflexo disso é este estado-babá que vemos diariamente avançar sobre nossas liberdades, com os aplausos de uma gente medrosa e insegura.Exemplos não faltam. A começar pelo ícone máximo desta tirania: Anvisa. Seus burocratas cismaram que têm o direito de cuidar de cada um de nós como se fôssemos mentecaptos indefesos. Os “iluminados” agentes da Anvisa vão impor dieta saudável, eliminar as substâncias perigosas, controlar a exposição ao sol, enfim, serão como nossos pais, e nós seremos as crianças incapazes de decidir por conta própria como viver.Mas seria injusto culpar apenas a Anvisa por tais evidentes excessos. Não. Estas medidas, cada vez mais autoritárias, recebem aprovação de muitos pais, gente que parece adorar a servidão voluntária, talvez com muito medo do que faria em liberdade.O que se passa aqui? Será que estes adultos se sentem tão assombrados com a vida que precisam delegar ao governo o controle sobre tudo? Será que perderam a capacidade de assumir riscos e as rédeas de suas vidas? Por que fogem da responsabilidade (habilidade de resposta) como o diabo foge da cruz?Um caso recente ilustra bem isso. Alguns pais buscaram o governo para proibir uma promoção do McLanche Feliz. Motivo: eles se sentiam “obrigados” a comprar aquela comida gordurosa porque seus filhos desejavam o brinquedo anexo. Como assim, obrigados? Será que estes pais nunca ouviram falar da palavra “não”? Será que não conseguem mais impor limites aos filhos? Que monstrinhos estes pais estão criando para o mundo?Os sintomas desta doença moderna da covardia generalizada podem ser vistos em vários outros casos. Agora tudo é culpa do “bullying”, por exemplo. Se o psicopata entra na escola atirando a esmo, claro que a causa está no apelido que lhe deram na infância! Tanta paranoia vai acabar eliminando um processo natural e até necessário de preparação para a vida, muitas vezes hostil e dura. Apelidos “ofensivos”, segregação voluntária (daquele chato que ninguém suporta), piadas engraçadas, nada disso pode mais. Resultado: um mundo de manés acostumados a gritar pelo “papai” estado no primeiro sinal de problema que surgir. Os pais vão ficar orgulhosos. Identificam-se bastante com esta postura.Como Karl Kraus disse: “A força mais enérgica não chega perto da energia com que alguns defendem suas fraquezas”.Outro caso claro está no uso abusivo de eufemismos. Favelas viram “comunidades”, pivetes viram “meninos de rua”, negros e mulatos são “afrodescendentes”, deficientes viram “pessoas especiais” e por aí vai. Vejo o dia em que todo anão será chamado de “verticalmente reduzido”. Os mais jovens ficariam espantados ao ler artigos de polemistas como Paulo Francis ou Nelson Rodrigues. Como assim chamar as coisas pelos seus nomes? Isso era permitido naquela época? E olha que não faz tanto tempo assim, para dar o tom assustador do andar da carruagem...Por falar nesses dois, que falta fazem! Colocavam os pingos nos is, sem ter que agradar a esta maioria facilmente ofendida. Lula, por exemplo, era chamado por Francis de semianalfabeto (o menor de seus defeitos). “Preconceito!” A patrulha atua em coro organizado, mas não refuta o fato em si. Não seria pós-conceito? As palavras perderam o sentido.De mãos dadas aos politicamente corretos estão os eco-chatos, essa turma com “consciência ecológica” que vai salvar o planeta pedalando sua bike e fechando o chuveiro durante o banho. Mas ninguém pressiona o governo para resolver as graves falhas de saneamento básico que matam vários pobres todo ano.  Haja hipocrisia!Muitos são apenas “melancias”: verdes por fora, mas vermelhos por dentro. No fundo, eles querem é atacar o capitalismo, desta vez por seu sucesso, ou seja, por criar riqueza demais. Por falar em socialistas, a demanda por igualdade de resultados entre humanos diferentes talvez seja o maior indício de covardia que existe. Ignorar que uns são melhores que outros é a marca registrada dos covardes, que anseiam, como formigas, pela igualdade plena para fugir da própria mediocridade. O historiador Paul Johnson, em “Os Heróis”, destaca a coragem dos independentes como a mais nobre qualidade individual. Como esta coragem está em falta no mundo moderno!
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 12, 2012 05:25

Obama's Real Spending Record


By ARTHUR B. LAFFER AND STEPHEN MOORE, WSJ

President Obama shocked us the other day when he said, "Since I've been president, federal spending has risen at the lowest pace in nearly 60 years." Having heard him champion the "multiplier effects" of deficit-financed stimulus spending, we saw him as an enthusiastic supporter of throwing other people's money at just about any problem.

Thus began our quest to see where we had strayed from the straight and narrow. Here's the picture.

In the chart nearby we've plotted federal government spending on a National Income and Product Accounts (NIPA) basis as a share of total U.S. GDP from 1990 to the present. The NIPA numbers are used here as opposed to appropriations or outlays to capture the actual periods when production occurs. The stories the chart tells are amazing.
The first is how much government spending fell during President Bill Clinton's eight years in office and how low it was when he left office. When he became president in 1992, government spending was 23.5% of GDP, and when he left in 2001 it was 19.5% of GDP. President Clinton, in conjunction with a solid Republican Congress, cut government spending by more than any other president in modern times, and oversaw one of the greatest periods of economic growth and prosperity in U.S. history.

Sadly for fiscal conservatives, the biggest surge in government spending came during the last two years of President George W. Bush's eight years in office (2007-2008). A weakened Republican president dealing with a strident Democratic Congress, led by then-House Speaker Nancy Pelosi and Senate Majority Leader Harry Reid, resulted in an orgy of spending.

Mr. Bush and Republicans in Congress capitulated to and even promoted each and every government bailout and populist redistribution canard put before them. It's a long list, starting with the 2003 trillion-dollar Medicare prescription drug benefit and culminating with the actions taken to stem the 2008 financial meltdown—the $700 billion Troubled Asset Relief Program, the bailout of insurance giant AIG and government-sponsored lenders Fannie Mae and Freddie Mac, the ill-advised 2008 $600-per-person tax rebate, the stimulus add-ons to 2007's housing and farm bills, etc. The script had it that greedy right-wingers were the cause of our collapse, and deficit spending and easy money the answer.

The numbers are mind boggling. From the second quarter of 2007, i.e., the first full quarter of a Pelosi-Reid dominated Congress and a politically weakened President Bush, to the second quarter of 2009 when President Obama assumed office, government spending skyrocketed to 27.3% of GDP from 21.4%. It was the largest peacetime expansion of government spending in U.S. history.

After taking office in 2009, with spending and debt already at record high levels and the deficit headed to $1 trillion, President Obama proceeded to pass his own $830 billion stimulus, auto bailouts, mortgage relief plans, the Dodd-Frank financial reforms and the $1.7 trillion ObamaCare entitlement (which isn't even accounted for in the chart). While spending did come down in 2010, it wasn't the result of spending cuts but rather because TARP loans began to be repaid, and that cash was counted against spending.

In 2011 and 2012, the pace of spending was slowed when a new emboldened breed of Republicans took back the House promising to end the binge. The House Budget Committee, headed by Wisconsin Rep. Paul Ryan, has identified about $150 billion of new spending Mr. Obama wanted in 2011 and 2012 that Republicans would not approve. As the chart shows, government spending as a share of GDP fell, and taxes were not raised. But to attribute this drop in government spending to the president or congressional Democrats would be dishonest.

Slowing spending and the decision not to raise taxes may have prevented the Great Recession from becoming the next Great Depression. In 1930, the Smoot-Hawley tariff was signed into law by another weak Republican president, Herbert Hoover. Smoot-Hawley was the largest single tax increase on traded products in U.S. history. Not surprisingly, the markets collapsed.

Like President Obama, President Hoover proposed massive tax increases. Unlike Mr. Obama, Hoover was successful. The highest marginal income tax rate jumped to 63% from 24% on Jan. 1, 1932. That November, Hoover lost the election to Franklin D. Roosevelt in a landslide.

As if Hoover's tax increases weren't enough, on Jan. 1, 1936, FDR raised the highest marginal income tax rate to 79% with further rate increases up to 83% coming later. Estate and gift taxes, taxes on retained earnings, state and local taxes were also raised. This is why the Great Depression was the Great Depression—massive deficit spending and tax rate increases.

Today's economy is again decelerating in no small part because on Jan. 1, 2012 we face Taxmageddon—the largest automatic tax increase on investment and businesses in generations, including the end of the Bush tax cuts and the more recent payroll tax cut. According to the Congressional Budget Office, this would drain $607 billion out of the economy next year, pushing us back into recession.

Keynesians, of course, are advising more deficit spending and easy money. But the most amazing feature of the nearby chart, which is rarely ever noted, is that when spending declined sharply the economy boomed under President Clinton, and when spending soared under Presidents Bush and Obama, the economy tanked.

Maybe Keynes was wrong and Milton Friedman was right when he warned that government spending is taxation and that government can't tax an economy into prosperity. Friedman made it clear time and again that restraining government spending stimulates the economy by liberating private resources.

The good news is that the tea party Republicans who took office after the 2010 elections have completely altered the face of the opposition. Legislation to repeal ObamaCare and Dodd-Frank soared through the House, as did Rep. Ryan's proposed plan to curb federal spending and lower tax rates for individuals and businesses.

Next, look for an insurrection of closet Clinton New Democrats against their party's big-government leadership, as may have begun last week when Mr. Clinton and other leading Democrats pronounced that all the Bush tax rates should remain in place for another year.

The right point of focus is not at what pace spending has grown under President Obama but instead how much more he needs to cut spending from its bloated levels to bring the economy back to health. The huge increase in spending as a percentage of GDP under Presidents Bush and Obama is the reason we are experiencing the slowest recovery since the Great Depression. As Milton Friedman understood, an economy cannot spend or tax itself into prosperity.
Mr. Laffer is president of Laffer Associates. Mr. Moore is a member of the Journal's editorial board.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 12, 2012 04:33

Vadi@ ou vadia?

Luiz Felipe Pondé, Folha de SP

Vadi@ ou vadia, eis que a questão. A primeira é de mentirinha, a segunda é pra valer.

Você me pergunta como pronunciar a palavra "vadi@"? A resposta é: não se pronuncia. A intenção no uso de "@" no lugar da vogal que designa o gênero de uma palavra é exatamente ser politicamente correto e emudecer a palavra. Coisa de fascista.

Pergunto-me: que mente brilhante teve tempo vazio o suficiente para pensar em algo tão sublimemente vazi@? Mas e "vadia"? Vadia, até ontem, era uma mulher fácil. Mas, agora, é um termo que designa um novo direito: aquele de vestir saia curta, mostrar os seios, e não ser objeto de violência sexual. Tem todo meu apoio. "Homem que é homem não bate."

No fundo, o novo uso da palavra "vadia" significa: "só gosto de apanhar de quem me dá tesão", como me disse, uma vez, mais ou menos assim, uma aluna, para definir o que era, para ela, uma mulher emancipada.

O movimento das vadias, nascido no Canadá, retoma a ideia de ser vadia de uma forma bem-humorada e, espero, sem incorrer no erro clássico do feminismo: deserotizar a mulher a fim de torná-la "cidadã".

Uma das coisas que me faz simpatizar com a "agenda das vadias" é sua estética, que a distancia da agenda careta e puritana do feminismo institucionalizado. O puritanismo feminista, que não entende nada de mulher, faz da mulher uma "camarada" vestida de homem em meio a um mundo brocha de tanta exigência de igualdade entre os sexos.

Pecado dá mais tesão do que a revolução sexual, esta brincadeirinha de menina de classe média.

Não existe "sexo correto", sexo é o lugar no qual nos perdemos, e por ser gostoso, sempre "metemos" os pés pelas mãos.

Aliás, o sentido ambíguo da palavra "metemos" nesta frase (num contexto sobre sexo) fala mais de sexo do que uma lei que diga que "sexo é dever do Estado e direito de todo cidadão" ou que "sexo é saudável e que devemos praticá-lo três vezes ao dia, segundo pesquisas em Harvard".

Como diria Freud, sendo irônico: "Penis normalis dosim repetatur" não resolve o problema da histérica. Veja, por exemplo, a literatura sadiana (do Marquês de Sade, autor do século 18, chamado de "divino" por quem provavelmente não faz sexo): existe coisa menos erótica do que sua histeria a favor do "sexo livre"? Sade cresce quando fala que a natureza é perversa e não quando fazem dele arauto da Revolução Francesa e sua breguice ideológica.

O risco maior é do movimento das vadias fazer da vadia uma vadi@ e com isso revelar nosso preconceito contra as verdadeiras vadias, mulheres que encantam o mundo com seu Eros intratável.

As verdadeiras vadias devoram homens porque em sendo promíscuas, entendem mais sobre a alma humana do que "padres, freiras e revolucionários", parentes muito próximos das feministas, e mais afins com a tendência de fazer do sexo um "direito de todo cidadão".

Quem diz coisas como "sexo é saudável" faz gargarejo e escova os dentes depois de fazer sexo oral.

Recomendo para quem quiser ser vadia pra valer e não vadi@, a trilogia de E.L. James, uma inglesa, "Fifty Shades", cujo primeiro volume, "Fifty Shades of Grey" (cinquenta tons de cinza) é best-seller absoluto no mundo de língua inglesa.

O livro narra o romance entre um homem de cerca de 30 anos, "macho alfa" (rico, bonito, seguro, inteligente) e uma mulher de cerca de 20 anos, também arrasadora. Surpresa: ele curte "sadomasô" light e ela se descobre apaixonada pela submissão sexual ao homem como jogo de prazer. Contra quem acusa seu livro de "machista", a autora diz que graças ao seu livro as mulheres estão conseguindo falar de sexo de novo depois de anos em silêncio devido à patrulha das "camaradas".

A diferença entre vadi@ e vadia é que enquanto a primeira geme de ressentimento porque é mulher, a segunda geme de tesão quando puxam seu cabelo. Depois, ela toma um banho e vai numa reunião de negócios sem que ninguém suspeite em qual secreta posição ela gosta de apanhar de quem lhe dá tesão.

Amanhã é Dia dos Namorados. Compre uma saia de vadia pra sua namorada. E não escove os dentes depois.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 12, 2012 03:59

Eurocopa & eurocrises

JOÃO PEREIRA COUTINHO, Folha de SP

1. Sempre gostei da Eurocopa. O futebol é um pormenor. As minhas razões são políticas. Gosto da Eurocopa porque ela é a expressão tangível (e bem ruidosa) da diversidade nacional europeia que nenhuma construção federal será capaz de suprimir.

Dias atrás, a chanceler Angela Merkel declarou em entrevista: a solução para os problemas do euro passa por mais "integração" dos países da zona do euro. Tradução: é necessária uma estrutura política federal, ou aparentada, com a Alemanha no topo e a Europa transformada numa união semelhante aos Estados Unidos da América.

Angela Merkel, claro, não lê a imprensa portuguesa. Se lesse, veria o que escreveram a respeito do jogo Alemanha x Portugal (que os portugueses, injustamente, perderam por 1 a 0). A retórica antigermânica era violenta, o que se entende: o país está sob resgate financeiro internacional, com a bênção punitiva da Alemanha.

Por isso o jogo não foi um jogo. Antes, o ajuste de contas entre o servo e o capataz. Infelizmente, ganhou o capataz.

Mas as rivalidades que a Eurocopa oferece não são apenas explicadas por crises econômicas momentâneas. Existem também memórias históricas que persistem em retornar à superfície.

Jogos como Polônia x Rússia ou França x Inglaterra são evocações fantasmagóricas de lutas seculares que deixaram a sua pegada arqueológica. Quando essas equipes se voltarem a enfrentar na Eurocopa, não será apenas de futebol que a mídia irá falar.

Que lições ensina a competição? Uma lição simples: nos Estados Unidos, os New York Yankees podem ter uma rivalidade conhecida com os Boston Red Sox. Mas, quando a hora do jogo se aproxima, o estádio enche-se de americanos, não de "new yorkers" ou de "bostonians". E todos eles cantam o único hino que interessa -o hino de um país, forjado com o sangue da Guerra Civil.

Na Europa, não existe um único país; nem sequer, como pretendem os federalistas, diferentes "regiões" que podem fazer parte de um super

Estado com capital em Bruxelas.

O que existe são nações múltiplas que, na hora do confronto desportivo, regressam a um sentimento primordial de pertença: a uma língua, uma cultura, uma identidade. Nações que, mesmo em tempos de paz, conservam ainda na memória afinidades comuns -ou aversões mútuas.

Não é por acaso que um jogo entre Portugal x Inglaterra (dois velhos aliados) nunca tem a carga "bélica" de um Portugal x Espanha.

Nas páginas finais das suas memórias, Jean Monnet, um dos pais fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, semente da atual União Europeia, escrevia: "A soberania das nações do passado não consegue mais resolver os problemas do presente: não consegue mais garantir a essas nações o progresso e controle do seu futuro. A Comunidade [Europeia do Carvão e do Aço] é apenas um estágio rumo ao novo mundo do futuro".

Jean Monnet, manifestamente, nunca assistiu à Eurocopa.

2. A Espanha vai receber um empréstimo dos restantes países da zona do euro no valor de 100 bilhões de euros. Para recapitalizar o seu setor bancário exaurido. Tudo está bem quando acaba bem?

Longe disso. Um dos melhores estudos que li sobre a crise europeia pertence a Jay Shambaugh. Título: "The Euro's Three Crisis". Tese poderosa: a crise do euro é, na verdade, composta por três crises. Uma crise bancária, uma crise de endividamento e uma crise de crescimento. A Espanha tem as três em proporções avassaladoras. O que significa que resolver a primeira deixa as outras duas intactas.

Pior: de acordo com Jay Shambaugh, as três crises estão tão interligadas que mexer em apenas uma delas muitas vezes piora as restantes. A Irlanda tentou resolver a sua crise bancária -e agravou brutalmente a crise de endividamento. A Grécia tentou corrigir o endividamento com medidas de austeridade -e matou o crescimento.

Enfrentar a crise do euro, avisa Shambaugh, é enfrentar as três crises, não apenas usar remendos para uma delas.

Quem acredita que a Espanha resolve os seus problemas com 100 bilhões de euros para o setor bancário vai ter surpresas desagradáveis a curto prazo.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 12, 2012 03:50

June 8, 2012

Not so expert

Buttonwood, The Economist

ASK enough people for advice, they say, and you will eventually find someone who will tell you what you want to hear. But the need for advice burns so strongly that people become blind to its quality. There is a remarkable tendency to trust experts, even when there is little evidence of their forecasting powers. In his book “Expert Political Judgment”, Philip Tetlock shows that political forecasters are worse than crude algorithms at predicting events. The more prominent the expert (ie, the more they were quoted by the news media), the worse their records tended to be. There is also an inverse relationship between the confidence of the individual forecaster and the accuracy of their predictions.

The remarkable tendency for individuals to rely on expert advice, even when the advice clearly has no useful component, was neatly illustrated in a recent academic paper* about an Asian experiment. Undergraduates in Thailand and Singapore were asked to place bets on five rounds of coin flips. The participants were told that the coins came from fellow students; that these would be changed during the process; that the coin-flipper would be changed every round; and that the flippers would be participants, not experimenters. Thus there was a high likelihood that the results would be random.

Taped to the desk of each participant were five envelopes, each predicting the outcome of the successive flips. Participants could pay to see the predictions in advance, but they saw them free after the coin toss had occurred.

When the initial prediction turned out to be correct, students were more willing to pay to see the next forecast. This tendency increased after two, three and four successful predictions. Furthermore, those who paid in advance for predictions placed bigger bets on subsequent coin tosses than those who did not.

Paying for financial advice might not seem quite as bizarre as paying for coin-toss predictions, but there are some similarities. Nobody can reliably forecast the short-term outlook for economies or stockmarkets; Warren Buffett, the world’s most successful long-term investor, thinks it is not worth trying to do so. But plenty of economists and strategists earn a good living doing just that. The average active-fund manager fails to beat the stockmarket index; no reliable way has been found for selecting above-average managers in advance. Yet investors are still willing to pay for the services of active managers.

The sheer complexity of modern financial markets and the torrent of information that is published each day are a boon to the providers of financial advice. Investors may feel that they simply do not have the time to analyse all the data, and they therefore need to rely on the advice of professionals. This is true even if they think the markets are a “rigged game” played for the benefit of insiders; it still makes sense for them to pay for an insider’s view.

There may be another, psychological, reason why investors want to pay for advice: the avoidance of regret. If you choose to put all your money into technology stocks on the back of your own research, and such stocks collapse, you only have yourself to blame. But if you have listened to the advice of an expert, then the decision is not your fault.

Some financial advice may be extremely useful. Many advisers steered their clients away from Bernie Madoff’s fraudulent funds. Investors also need to be made aware of the benefits of diversification and of the effect on their portfolios of tax rules and regulations. There is also evidence that market valuations revert to the mean over the long term, so pointing out when markets look historically cheap or dear can help.

The problem for the industry is that such advice will not be needed very often, and that limits the potential fees. So instead investors are bombarded with endless research on why stock A is better than stock B, why one currency is bound to outperform another and so on. Clients end up churning their portfolios, even though the costs erode their returns.

Perhaps the financial-advice industry survives because the idea that the future is unknowable is just unsatisfying. Some forecast—any forecast—is therefore comforting. Mr Tetlock suggests that “we believe in experts in the same way that our ancestors believe in oracles; we want to believe in a controllable world and we have a flawed understanding of the laws of chance.”

* “Why Do People Pay for Useless Advice? Implications of Gambler’s and Hot-Hand Fallacies in False-Expert Setting”, by Nattavudh Powdthavee and Yohanes Riyanto, Institute for the Study of Labour, May 2012.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 08, 2012 12:51

Esse é o Hollande!


O homem responsável pelo governo socialista da segunda maior economia da zona do euro. Cada um tem o seu Lula, não é mesmo?





Aliás, soube que o filme Madagascar 3 descasca o modelo francês. Quando o avião cai no país, os macacos saem correndo enquanto os pinguins exigem que eles trabalhem no conserto da aeronave. Os macacos, bem adaptados ao clima político francês, alegam que lá eles desfrutam de direitos trabalhistas fartos, e que não precisam trabalhar "tanto" assim. Ainda não vi o filme, mas já gostei!

Eu me remexo muito! Eu me remexo muito! Já os franceses que votam em Hollande gostam mesmo é de sombra e água fresca, de preferência bancadas pelos outros...[image error]
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 08, 2012 11:16

June 6, 2012

Revolução moderna


Como se faz uma revolução moderna, sob a liderança dos petralhas:

Pai e mãe estão na sala assistindo novela.

Filho adolescente entra com cara de vilão interpretado pelo Vin Diesel. Diz:

- Pai, mãe. Hoje eu tomei uma decisão muito importante.

Com cara de sono, o pai pergunta:

- Que decisão?

- A partir de hoje vou ser dono da minha própria vida. Vou morar sozinho, quer vocês gostem ou não, chegou a hora de eu ter o meu canto, o meu espaço, cuidar das coisas do meu jeito, entrar e sair a hora que eu quiser, dormir com quem eu quiser, na hora que eu quiser, comer a hora que eu quiser, tomar banho a hora que eu quiser e lavar louça só se eu quiser. Vou morar sozinho. So-zi-nho.

Os pais se olham sem muito interesse e a mãe responde:

- Tudo bem, meu filho. A gente te apóia.

- Ótimo. Eu me adiantei e já deixei as coisas de vocês lá fora.

(autor desconhecido por mim)
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on June 06, 2012 12:48

Rodrigo Constantino's Blog

Rodrigo Constantino
Rodrigo Constantino isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
Follow Rodrigo Constantino's blog with rss.