Rodrigo Constantino's Blog, page 316
July 10, 2013
Economia subterrânea
Rodrigo Constantino
O Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), atingiu a marca de 16,6 % no fim de 2012, o que representa redução de 0,3 ponto porcentual em relação ao ano anterior.
Em valores absolutos, a estimativa é de que a economia subterânea em 2012 – a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB nacional – tenha superado R$ 730 bilhões.
Fonte: Ibre/FGV e ETCOEstamos falando de uma estimativa de informalidade no Brasil do tamanho da economia sueca! Esse índice vinha caindo nos últimos anos, devido ao crescimento econômico, basicamente. Mas é fundamental compreender que essa informalidade é um sintoma dos nossos problemas, não a causa deles. Eu costumo dizer que a informalidade é o ar rarefeito que muitos respiram para fugir da asfixia gerada pelo excesso de intervenção estatal.
Carga tributária escandinava para serviços africanos, burocracia insana, normais infindáveis, leis trabalhistas absurdas, tudo isso vai jogando os empresários e trabalhadores para a informalidade, eufemismo para ilegalidade. Com isso, eles perdem acesso a vantagens do mercado formal, tais como crédito facilitado e proteções jurídicas.
Ninguém gosta de atuar à margem da lei. Claro que todos os empresários estariam na formalidade se o custo dela não fosse tão proibitivo. Portanto, o foco deve ser uma agenda de reformas liberais que reduza o "Custo Brasil", muito dele atrelado justamente ao preço que se paga para sustentar um estado paquidérmico, ineficiente e corrupto.
Essa tem sido a luta dos liberais há anos. Em 2006, chamei a atenção para este câncer burocrático que lançava tanta gente na informalidade. O peruano Hernando de Soto tem muito a nos ensinar nesse sentido. Sentamos em cima de bilhões de "capital morto", uma mina de ouro que transita fora da economia formal por culpa exclusiva do governo. Se este reduzir seu peso e seu custo, essa montanha de dinheiro será trazida para dentro da economia formal, beneficiando todos.
O único responsável pela enorme economia subterrânea é o Leviatã estatal, cuja fome por nossos recursos parece insaciável.
O Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), atingiu a marca de 16,6 % no fim de 2012, o que representa redução de 0,3 ponto porcentual em relação ao ano anterior.
Em valores absolutos, a estimativa é de que a economia subterânea em 2012 – a produção de bens e serviços não reportada ao governo, que fica à margem do PIB nacional – tenha superado R$ 730 bilhões.

Carga tributária escandinava para serviços africanos, burocracia insana, normais infindáveis, leis trabalhistas absurdas, tudo isso vai jogando os empresários e trabalhadores para a informalidade, eufemismo para ilegalidade. Com isso, eles perdem acesso a vantagens do mercado formal, tais como crédito facilitado e proteções jurídicas.
Ninguém gosta de atuar à margem da lei. Claro que todos os empresários estariam na formalidade se o custo dela não fosse tão proibitivo. Portanto, o foco deve ser uma agenda de reformas liberais que reduza o "Custo Brasil", muito dele atrelado justamente ao preço que se paga para sustentar um estado paquidérmico, ineficiente e corrupto.
Essa tem sido a luta dos liberais há anos. Em 2006, chamei a atenção para este câncer burocrático que lançava tanta gente na informalidade. O peruano Hernando de Soto tem muito a nos ensinar nesse sentido. Sentamos em cima de bilhões de "capital morto", uma mina de ouro que transita fora da economia formal por culpa exclusiva do governo. Se este reduzir seu peso e seu custo, essa montanha de dinheiro será trazida para dentro da economia formal, beneficiando todos.
O único responsável pela enorme economia subterrânea é o Leviatã estatal, cuja fome por nossos recursos parece insaciável.
Published on July 10, 2013 15:17
Que golpe que chaman de diálogo
Comentei mais cedo o trecho do texto de Fernando Brant sobre o Ecad mencionado na coluna de Ancelmo Gois. Recebi um email da Marisa Gandelman com o texto na íntegra do autor, e com a respectiva autorização para reproduzi-lo em meu canal. Segue, portanto, a missiva contra a maior ingerência estatal no meio musical.
O GOLPE QUE CHAMAM DE DIÁLOGO.
(porque não estávamos no Senado).
Trocando mensagens por e-mail, Caetano Veloso me convidou para me reunir com a turma que, segundo ele, estava estudando muito direito autoral e tinha ideias diferentes das minhas. Sempre fui do diálogo e aceitei seu convite, apesar de não acreditar que ideias boas pudessem partir de pessoas influenciadas pela senhora Vanisa Santiago. Não frequento redes sociais, mas, por terceiros, tinha conhecimento de alguns da turma, nada que se pudesse levar muito a sério. Afinal, baseavam-se nas loucuras do Randolfe, o deslumbrado.No dia 17 de junho peguei um avião em Belo Horizonte e fui com a Marisa Gandelman ao tal encontro. Lá chegando, cheia a sala, ao cumprimentar o Caetano ele me convidou, com ar alegre, a me sentar a seu lado. A dona do pedaço, não a da casa, a empresária dele, me deslocou para o fundo, em um banco. No momento não vi maldade alguma em seu gesto mas, no desenrolar dos acontecimentos, percebi o significado do cenário que a dona dele preparara para mim, o Danilo Caymmi, Walter Franco e Bigonha. Não sei se a impressão que eu formei é a mesma deles. Mas falo por mim. Quiseram que eu falasse. Disse-lhe que se o que queriam era fiscalização ao ECAD eu a aceitaria incondicionalmente, desde que não ferisse a Constituição. Afinal são duas as cláusulas pétreas sobre o assunto. A primeira proíbe a interferência do Estado no funcionamento das associações. A segunda, ao estabelecer que ao autor pertence o direito exclusivo de utilizar sua obra, declara que o preço dessa utilização só cabe a ele. Aí também não cabe interferência estatal. E acrescentei que a verdadeira e mais eficiente fiscalização deveria ser feita pelos autores e artistas, os donos do ECAD.Mas logo que vi que eles não querem se mover para consertar o que julgam errado, é só reclamar e chamar a tutela do Estado. A partir dessas minhas palavras o chumbo veio grosso. Senti-me, e a posição em que me colocaram na sala acentuou essa impressão, como alvo de tiros do quadro “ O Fuzilamento” de Goya. A empresária me fulminava sem dizer meu nome, só gritava “ esse aí” só fala em Constituição. Comecei a perceber que talvez a metade dos presentes, tendo seus objetivos, consideram ser a Constituição, não a bíblia do cidadão e da cidadania, mas um obstáculo menor a ser destruído, desvalorizado, varrido da vida do País.O Antônio Carlos Bigonha, jurista e músico, os interpelou sobre a insensatez que é abrir mão de um direito pessoal , conquistado, privado, e entregá-lo ao Estado. Pedras sobre ele, “ você é músico?”. Ele é e ela não, como se sabe. Tentei explicar que o peso do voto dos autores nas eleições da UBC é de 95%. Não fui ouvido ou não prestavam atenção ao que eu dizia. Disse que todas as informações de cada autor, tudo o que ele quiser saber, está à disposição dos nossos associados, “on line”, através de senha pessoal. Alguém escutou e assimilou? Ninguém. Danilo Caymmi questionou o fato de se entregarem às mãos estatais no momento em que, em todo o país, os brasileiros se levantam contra a incompetência dos governos quando aos temas essenciais como educação, saúde, segurança e transporte. Nem o que é sua obrigação primária o Estado faz. Depois de ouvir muita sandice e perceber que o que seria um diálogo era, na realidade, a imposição autoritária das ideias antidemocráticas da maioria, resolvi ficar quieto. Eu me decepcionei com as intervenções agressivas de alguns companheiros de profissão. Outros foram civilizados, Marisa Monte e Fernanda Abreu foram exemplos. Resolvi não mais me pronunciar, ouvi calado as explanações maliciosas e mentirosas de alguns. Queria que aquele pesadelo terminasse e lamentei não acreditar em certas coisas: uma banho de sal grosso me faria muito bem no enfrentamento da fuzilaria que se dizia diálogo.No final, quando confirmaram que não conheciam o novo texto que substituiria o do Lindbergh/Randolfe/Creative Common (um anteprojeto horroroso e inconstitucional) ficou combinado um novo encontro para quando eles o tivessem em mãos. Eu não sabia que o golpe já estava em curso.Alegaram desconhecer as mudanças no PLS na virada de 17 para o dia 18. No dia seguinte, a empresária do Caetano, o do Roberto Carlos e gente ligada ao sistema Globo já estavam no Senado, em Brasília, conspirando. Conseguiram piorar o que julgávamos impossível de ser piorado. Contra a assinatura e manifesto de mais de 1200 autores, músicos e artistas, que se expressaram publicamente contra as decisões do CADE, transplantaram-nas para o anteprojeto. E acrescentaram um artigo para livrar a Globo de possível derrota no STJ (Superior Tribunal de Justiça) quanto ao pagamento dos direitos autorais musicais.O golpe continuou, com a estratégia de, através de urgência urgentíssima, aprovar o monstro, em um só dia, na comissão e no plenário do Senado. Não sei se o que fizeram com o Senador Aloysio Nunes, que apenas sugeria um tempo para melhor debate da questão, foi fascismo ou autoritarismo, os dois são semelhantes. Foram, os nossos colegas, ditatoriais, opressores. Que o poder não caia em suas mãos, Deus nos livre.Os artistas presentes ao Senado, que não vivem de direitos autorais mas de shows, desprezaram os quase duzentos mil brasileiros que vivem de direitos autorais de execução pública. Irresponsavelmente, trabalharam para os que usam música e não querem pagar o que devem. Os googles e telefônicas que se negam a reconhecer nossos direitos inscritos na Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.Laboraram para destruir o braço que arrecada e distribui direitos musicais para todos. Se ampararam no “ constitucionalista”(?) senador Humberto Costa, que desafinou ao declarar
Fernando Brant.
O GOLPE QUE CHAMAM DE DIÁLOGO.
(porque não estávamos no Senado).
Trocando mensagens por e-mail, Caetano Veloso me convidou para me reunir com a turma que, segundo ele, estava estudando muito direito autoral e tinha ideias diferentes das minhas. Sempre fui do diálogo e aceitei seu convite, apesar de não acreditar que ideias boas pudessem partir de pessoas influenciadas pela senhora Vanisa Santiago. Não frequento redes sociais, mas, por terceiros, tinha conhecimento de alguns da turma, nada que se pudesse levar muito a sério. Afinal, baseavam-se nas loucuras do Randolfe, o deslumbrado.No dia 17 de junho peguei um avião em Belo Horizonte e fui com a Marisa Gandelman ao tal encontro. Lá chegando, cheia a sala, ao cumprimentar o Caetano ele me convidou, com ar alegre, a me sentar a seu lado. A dona do pedaço, não a da casa, a empresária dele, me deslocou para o fundo, em um banco. No momento não vi maldade alguma em seu gesto mas, no desenrolar dos acontecimentos, percebi o significado do cenário que a dona dele preparara para mim, o Danilo Caymmi, Walter Franco e Bigonha. Não sei se a impressão que eu formei é a mesma deles. Mas falo por mim. Quiseram que eu falasse. Disse-lhe que se o que queriam era fiscalização ao ECAD eu a aceitaria incondicionalmente, desde que não ferisse a Constituição. Afinal são duas as cláusulas pétreas sobre o assunto. A primeira proíbe a interferência do Estado no funcionamento das associações. A segunda, ao estabelecer que ao autor pertence o direito exclusivo de utilizar sua obra, declara que o preço dessa utilização só cabe a ele. Aí também não cabe interferência estatal. E acrescentei que a verdadeira e mais eficiente fiscalização deveria ser feita pelos autores e artistas, os donos do ECAD.Mas logo que vi que eles não querem se mover para consertar o que julgam errado, é só reclamar e chamar a tutela do Estado. A partir dessas minhas palavras o chumbo veio grosso. Senti-me, e a posição em que me colocaram na sala acentuou essa impressão, como alvo de tiros do quadro “ O Fuzilamento” de Goya. A empresária me fulminava sem dizer meu nome, só gritava “ esse aí” só fala em Constituição. Comecei a perceber que talvez a metade dos presentes, tendo seus objetivos, consideram ser a Constituição, não a bíblia do cidadão e da cidadania, mas um obstáculo menor a ser destruído, desvalorizado, varrido da vida do País.O Antônio Carlos Bigonha, jurista e músico, os interpelou sobre a insensatez que é abrir mão de um direito pessoal , conquistado, privado, e entregá-lo ao Estado. Pedras sobre ele, “ você é músico?”. Ele é e ela não, como se sabe. Tentei explicar que o peso do voto dos autores nas eleições da UBC é de 95%. Não fui ouvido ou não prestavam atenção ao que eu dizia. Disse que todas as informações de cada autor, tudo o que ele quiser saber, está à disposição dos nossos associados, “on line”, através de senha pessoal. Alguém escutou e assimilou? Ninguém. Danilo Caymmi questionou o fato de se entregarem às mãos estatais no momento em que, em todo o país, os brasileiros se levantam contra a incompetência dos governos quando aos temas essenciais como educação, saúde, segurança e transporte. Nem o que é sua obrigação primária o Estado faz. Depois de ouvir muita sandice e perceber que o que seria um diálogo era, na realidade, a imposição autoritária das ideias antidemocráticas da maioria, resolvi ficar quieto. Eu me decepcionei com as intervenções agressivas de alguns companheiros de profissão. Outros foram civilizados, Marisa Monte e Fernanda Abreu foram exemplos. Resolvi não mais me pronunciar, ouvi calado as explanações maliciosas e mentirosas de alguns. Queria que aquele pesadelo terminasse e lamentei não acreditar em certas coisas: uma banho de sal grosso me faria muito bem no enfrentamento da fuzilaria que se dizia diálogo.No final, quando confirmaram que não conheciam o novo texto que substituiria o do Lindbergh/Randolfe/Creative Common (um anteprojeto horroroso e inconstitucional) ficou combinado um novo encontro para quando eles o tivessem em mãos. Eu não sabia que o golpe já estava em curso.Alegaram desconhecer as mudanças no PLS na virada de 17 para o dia 18. No dia seguinte, a empresária do Caetano, o do Roberto Carlos e gente ligada ao sistema Globo já estavam no Senado, em Brasília, conspirando. Conseguiram piorar o que julgávamos impossível de ser piorado. Contra a assinatura e manifesto de mais de 1200 autores, músicos e artistas, que se expressaram publicamente contra as decisões do CADE, transplantaram-nas para o anteprojeto. E acrescentaram um artigo para livrar a Globo de possível derrota no STJ (Superior Tribunal de Justiça) quanto ao pagamento dos direitos autorais musicais.O golpe continuou, com a estratégia de, através de urgência urgentíssima, aprovar o monstro, em um só dia, na comissão e no plenário do Senado. Não sei se o que fizeram com o Senador Aloysio Nunes, que apenas sugeria um tempo para melhor debate da questão, foi fascismo ou autoritarismo, os dois são semelhantes. Foram, os nossos colegas, ditatoriais, opressores. Que o poder não caia em suas mãos, Deus nos livre.Os artistas presentes ao Senado, que não vivem de direitos autorais mas de shows, desprezaram os quase duzentos mil brasileiros que vivem de direitos autorais de execução pública. Irresponsavelmente, trabalharam para os que usam música e não querem pagar o que devem. Os googles e telefônicas que se negam a reconhecer nossos direitos inscritos na Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.Laboraram para destruir o braço que arrecada e distribui direitos musicais para todos. Se ampararam no “ constitucionalista”(?) senador Humberto Costa, que desafinou ao declarar
Fernando Brant.
Published on July 10, 2013 14:03
Operação "vai e volta" de "médicos" cubanos
Rodrigo Constantino
Vejam que maravilha: O PT abre pré-seleção para bolsas de medicina em Cuba
A Secretaria de Relações Internacionais do PT está organizando o processo pré-seletivo dos bolsistas que estudarão na Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba.
Desde 1999, o governo cubano oferece estas bolsas através de várias organizações brasileiras, entre as quais o PT. As bolsas cobrem todos os gastos com o curso, alojamento e alimentação, além de incluírem uma pequena ajuda de custo. Ficam a cargo do estudante as passagens aéreas, tanto agora como durante o curso.
A pré-seleção está sendo feita com antecedência, para garantir maior acesso aos candidatos, especialmente aqueles que não ainda precisam providenciar a documentação exigida.
O PT lembra que este é um processo pré-seletivo. A seleção final será feita pelo governo cubano. Ou seja, a pré-seleção relaciona as pessoas que serão submetidas ao processo seletivo final caso o governo cubano realmente ofereça bolsas em 2006 e caso o número de bolsas seja equivalente ao número de pré-selecionados.!É o PT criando um exército de "médicos" treinados em Cuba. Ele manda os voluntários, todos mui interessados em realmente aprender medicina, e não socialismo, justamente em Cuba, que tem aquela "fantástica" expertise medicinal que faz com que Fidel Castro precise se tratar com médicos espanhóis e que encanta Michael Moore só nos "documentários", e depois chama-os de volta para o Brasil, prontinhos para doutrinar o interior do país com a mensagem ideológica. Sabemos que médicos gozam de credibilidade nessas bandas, nos grotões. O "profissional" estará pronto para, entre a receita de uma aspirina e outra, convencer seus pacientes das maravilhas do sistema comunista. Paranóia? Acho que não... Vejam:
Vejam que maravilha: O PT abre pré-seleção para bolsas de medicina em Cuba
A Secretaria de Relações Internacionais do PT está organizando o processo pré-seletivo dos bolsistas que estudarão na Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba.
Desde 1999, o governo cubano oferece estas bolsas através de várias organizações brasileiras, entre as quais o PT. As bolsas cobrem todos os gastos com o curso, alojamento e alimentação, além de incluírem uma pequena ajuda de custo. Ficam a cargo do estudante as passagens aéreas, tanto agora como durante o curso.
A pré-seleção está sendo feita com antecedência, para garantir maior acesso aos candidatos, especialmente aqueles que não ainda precisam providenciar a documentação exigida.
O PT lembra que este é um processo pré-seletivo. A seleção final será feita pelo governo cubano. Ou seja, a pré-seleção relaciona as pessoas que serão submetidas ao processo seletivo final caso o governo cubano realmente ofereça bolsas em 2006 e caso o número de bolsas seja equivalente ao número de pré-selecionados.!É o PT criando um exército de "médicos" treinados em Cuba. Ele manda os voluntários, todos mui interessados em realmente aprender medicina, e não socialismo, justamente em Cuba, que tem aquela "fantástica" expertise medicinal que faz com que Fidel Castro precise se tratar com médicos espanhóis e que encanta Michael Moore só nos "documentários", e depois chama-os de volta para o Brasil, prontinhos para doutrinar o interior do país com a mensagem ideológica. Sabemos que médicos gozam de credibilidade nessas bandas, nos grotões. O "profissional" estará pronto para, entre a receita de uma aspirina e outra, convencer seus pacientes das maravilhas do sistema comunista. Paranóia? Acho que não... Vejam:
Published on July 10, 2013 08:02
Artistas estatizados

Deu no Ancelmo Gois hoje: O fuzilamento de Brant
Fernando Brant distribuiu entre amigos o texto intitulado "O golpe que chamam de diálogo". Confirma que, a convite de Caetano Veloso, se reuniu em junho com o grupo de artistas que defende a mudança na lei de direito autoral e que esteve estes dias em Brasília. O compositor diz que assim que chegou foi deslocado para um banco no fundo da casa. "Felei que, se queriam fiscalizar o Ecad, eu aceitaria... Mas a verdadeira e mais eficiente fiscalização deveria ser feita pelos autores e artistas, os donos do Ecad". Ou seja, não seria preciso "a tutela do Estado". A partir daí, o autor de "Canção da América", entre outras músicas, conta que o chumbo veio grosso. "Senti-me, e a posição em que me colocaram na sala acentuou essa impressão, como alvo de tiros do quadro 'O fuzilamento de Goya'". O quadro, como se sabe, retrata, em 1808, um pelotão de fuzilamento executando madrilenhos.
Isso chama-se "pressão de grupo", "bullying ideológico", como descrevi em artigo recente. É assim que essa gente costuma agir para defender seus interesses. Em alguns casos, o ostracismo daquele que discorda é absoluto. Esse tipo de postura apenas acende mais ainda a luz amarela sobre as mudanças do Ecad. Observando quem está a favor delas, como lutam para consegui-las, e quem fica excluído, a conclusão só pode ser negativa. Vem malandragem estatizante aí.
O músico Lobão, um dos "renegados" desse grupo, escreveu um artigo exclusivo para o meu canal levantando questões relevantes sobre o tema, pouco debatido. A Câmara aprovou as novas regras para a arrecadação de direitos autorais. Pelo texto relatado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a arrecadação de direitos autorais na música permanece concentrada no Ecad e nas associações de autores. O projeto aprovado na Câmara e no Senado prevê que órgão fiscalizador dos repasses deve ser ligado ao governo federal, mas não necessariamente o Ministério da Cultura, conforme previa o projeto original.
Quem dorme tranquilo com isso? Mais recursos e mais poder concentrados no Estado. Há o que celebrar? São os artistas estatizados, sob aplausos daqueles mais influentes, "amigos do rei", que sempre se beneficiam da simbiose nefasta entre classe artística e governo.
Published on July 10, 2013 06:51
Partidos corruptos, militares honestos
Rodrigo Constantino
Pesquisa feita pela ONG Transparência Internacional e divulgada pelo GLOBO revela que, para 81% dos entrevistados brasileiros, os partidos políticos são corruptos ou muito corruptos.
Além dos partidos e do Congresso, o levantamento indica ainda que 70% dos entrevistados creem que a polícia também é afetada pela corrupção e outros 55% o sistema de saúde. O Poder Judiciário aparece na lista com 50% de desconfiança, seguido pelo funcionalismo público, com 46%; imprensa, 38%; ONGs e setor privado, 35%; igreja, 31%; e militares, 30%.
Os esquerdistas devem ficar loucos com isso. Vejam que coisa: os partidos políticos lideram a lista de percepção de corrupção, enquanto a imprensa, que eles chamam de "golpista", goza de credibilidade muito maior (e isso com os veículos chapa-branca financiados pelo governo afetando o grupo todo), o setor privado tem mais credibilidade ainda e, para total pânico da esquerda, os militares são vistos como os mais confiáveis. Durma com um barulho desses...
Após tanta difamação, campanha e propaganda contrárias, o fato é que os militares desfrutam de boa dose de respeito perante a sociedade brasileira. Não sabemos de militares podres de rico por aí após a passagem pelo governo, prestando "consultorias" milionárias, comprando mansões e fazendas, circulando de helicóptero. Já dos petistas, não podemos falar o mesmo...
Nesse meu artigo, falo mais sobre as causas desse câncer chamado corrupção, que o PT não criou, mas expandiu como nenhum outro Brasil afora.
Pesquisa feita pela ONG Transparência Internacional e divulgada pelo GLOBO revela que, para 81% dos entrevistados brasileiros, os partidos políticos são corruptos ou muito corruptos.
Além dos partidos e do Congresso, o levantamento indica ainda que 70% dos entrevistados creem que a polícia também é afetada pela corrupção e outros 55% o sistema de saúde. O Poder Judiciário aparece na lista com 50% de desconfiança, seguido pelo funcionalismo público, com 46%; imprensa, 38%; ONGs e setor privado, 35%; igreja, 31%; e militares, 30%.
Os esquerdistas devem ficar loucos com isso. Vejam que coisa: os partidos políticos lideram a lista de percepção de corrupção, enquanto a imprensa, que eles chamam de "golpista", goza de credibilidade muito maior (e isso com os veículos chapa-branca financiados pelo governo afetando o grupo todo), o setor privado tem mais credibilidade ainda e, para total pânico da esquerda, os militares são vistos como os mais confiáveis. Durma com um barulho desses...
Após tanta difamação, campanha e propaganda contrárias, o fato é que os militares desfrutam de boa dose de respeito perante a sociedade brasileira. Não sabemos de militares podres de rico por aí após a passagem pelo governo, prestando "consultorias" milionárias, comprando mansões e fazendas, circulando de helicóptero. Já dos petistas, não podemos falar o mesmo...
Nesse meu artigo, falo mais sobre as causas desse câncer chamado corrupção, que o PT não criou, mas expandiu como nenhum outro Brasil afora.
Published on July 10, 2013 06:31
Estatuto da Juventude Mimada

Deu no GLOBO: Câmara aprova limite de 40% da lotação para meia-entrada
Os protestos país afora levaram nesta terça-feira a Câmara a aprovar o Estatuto da Juventude, que agora irá à sanção presidencial. O novo texto, relatado pela deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), incluiu um ponto considerado sensível pelo governo: a concessão de meia-tarifa em transportes coletivos interestaduais para todos os estudantes entre 15 e 29 anos, sem limite de assentos por veículo. Como não há detalhamento, a medida, segundo integrantes do governo, poderá atingir tanto o transporte rodoviário quanto aéreo.O governo havia concordado apenas com a versão que havia sido aprovada no Senado, que previa duas passagens gratuitas e duas pela metade do preço para jovens de nessa faixa etária que forem considerados de baixa-renda, mesmo que não sejam estudantes. O maior benefício assegurado aos jovens estudantes, e também aos jovens não-estudantes de baixa renda, será a meia-entrada em eventos culturais e esportivos - que é apoiada inclusive pelo governo. O acesso, no entanto, será limitado a 40% dos ingressos disponíveis.- Há inúmeros pontos positivos no Estatuto. O Senado havia restringido o direito ao meio-passe e isso foi recuperado, o que mostra que quando a gente se organiza a gente consegue vitórias - destacou a relatora Manuela D'Ávila.Outro ponto controverso, no entanto, foi a manutenção de um privilégio à União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). O texto diz que as carteiras de identificação estudantil serão expedidas "preferencialmente" por essas entidades. Até mesmo a oposição se dividiu neste ponto, com DEM tentando derrubar o privilégio enquanto o PSDB apoiou a medida.- O projeto de forma geral é positivo. A gente precisa de uma referência sobre a juventude, que hoje não há. Agora, tem coisas que serão aperfeiçoadas depois. No meu entendimento não tem jeito de tirar a UNE, Ubes e ANPG. Se não estaremos dando um cheque em branco para uma fábrica de carteirinhas em Brogotó - ponderou o tucano Eduardo Barbosa (PSDB-MG).O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), criticou o projeto em função do suposto monopólio à UNE e suas afiliadas:- É retrógrado, mais uma articulação da base. Nada mais é do que uma mesada que o governo passou à UNE, como os bônus que já passou às Centrais Sindicais.A União Nacional dos Estudantes festejou o texto. Segundo a presidente da entidade, Virgínia Barros, não haverá monopólio da entidade na concessão das carteirinhas que darão aos estudantes a meia-entrada.- É um marco histórico. Não existe monopólio, serão entidades de toda a rede do movimento estudantil que poderão conceder a carteira - justificou Virgínia.
Comento: Se temos Manuela D'Ávila, do PCdoB, comemorando algo ao lado de petistas e da UNE, podemos ficar seguros de que a coisa é muito ruim e vai doer no nosso bolso. E, claro, não foi diferente dessa vez. Estamos diante de uma geração mimada, que acredita em "almoço grátis", que pensa que recursos escassos não são escassos, mas sim infindáveis e caem do céu, vêm de Marte, ou brotam da terra. O estado é a grande ficção por meio da qual todos querem viver à custa de todos. Bastiat sabia do que estava falando...
Quando a metade paga metade do preço, isso quer dizer que a outra metade paga 50% a mais! Matemática elementar, meu caro Watson. O organizador de qualquer evento vai fazer contas com base em sua estimativa de receita total, depois vai descontar a parcela que paga metade do preço, e ajustar o preço para os demais. Os famosos "otários".
Isso para não falar do absurdo do monopólio da UNE e suas coligadas nessa mamata, ou do fato escandaloso de jogo de futebol ou show de pagode serem considerados eventos "culturais" e gozarem do privilégio. Mario Vargas Llosa está certo mesmo, quando diz que não sabe se podemos mais falar em "cultura" na época moderna. Olha o que fizeram com ela! O marmanjo vai ver Michel Teló e paga meio ingresso em nome do fomento cultural. Socorro!
Segue, para finalizar, um artigo meu de 2007 sobre o assunto. Ele foi transformado em meu primeiro vídeo do YouTube.
Published on July 10, 2013 05:58
Nepotismo liberado

Rodrigo Constantino
Deu no GLOBO: Rejeitada PEC que proibia senador de escolher parente como suplente
Na contramão da “agenda positiva” para melhorar a imagem do Congresso após as manifestações populares, o Senado derrubou ontem a proposta de emenda à Constituição (PEC) que proibia os senadores de escolher como seus suplentes cônjuges e parentes de sangue de até segundo grau, como pais, filhos, irmãos e primos, inclusive os parentes por adoção. O texto também reduzia o número de suplentes de dois para um.
A discussão se prolongou por cerca de cinco horas, e ao menos cinco dos 16 suplentes subiram à tribuna para protestar contra a mudança. Eram necessários 49 votos para aprovar a emenda constitucional, mas somente 46 senadores votaram a favor da medida. Entre os 64 senadores presentes, 17 votaram contra, e um se absteve. Dos 16 suplentes, oito votaram contra a PEC, quatro não votaram, três votaram a favor, e um se absteve: o suplente da ministra Gleisi Hoffmann, Sérgio Souza (PMDB-PR).Um dos suplentes a criticar a PEC foi Eduardo Lopes (PRB-RJ), que assumiu a vaga de Marcelo Crivella quando este foi para o Ministério da Pesca. Segundo Lopes, esse tema não é uma reivindicação dos movimentos populares. Ele disse ainda que disputou as eleições para o Senado, pois foi às ruas pedir votos para o titular da chapa.— Em todas as cenas que eu vi das manifestações nas ruas, eu não vi em nenhuma faixa escrito que era para se tirar os suplentes de senadores. Eu não vi essa placa nas manifestações de rua. Ninguém pode dizer que eu não disputei as eleições para o Senado. Primeiro, porque eu subi os morros, eu subi as favelas do Rio de Janeiro para pedir voto para o meu senador e para pedir voto para mim também — afirmou Lopes.
[...]
Curiosamente, o texto derrotado era de autoria de ninguém menos que José Sarney! O suplente Eduardo Lopes, ao cobrar alguma faixa das ruas com essa demanda específica, apela para uma estratégia malandra. O povo nas ruas pode não ter feito esse pedido específico, mas sem dúvida a principal bandeira das ruas é mais decência por parte dos governantes, mais ética na política. O bom senso nos diz, claramente, que fere esta postura ética abusar do nepotismo.
Senadores são eleitos, depois abandonam seus cargos, e assume um suplente que não recebeu um único voto. Isso, por si só, já é errado, e deveria haver nova eleição. Ninguém vota para senador de olho no suplente! Mas, para piorar a situação, esse suplente apontado é um parente do eleito! Isso, sim, é realmente escandaloso. Isso é a marca registrada de nossa política, que é o patrimonialismo, a confusão entre coisa pública e "cosa nostra".
Ao que parece, vários políticos ainda não compreenderam o recado das ruas, ou estão simplesmente o ignorando solenemente. Resta saber se haverá consequências, ou se eles sairão impunes, uma vez mais, deste escárnio. Política não pode ser um negócio de família.
Published on July 10, 2013 05:36
July 9, 2013
Perfume francês fedorento
Rodrigo Constantino
Reportagem no Valor mostra que investimentos na França estão recuando:
A economia francesa enfrenta um problema crescente em sua luta para criar empregos e sair da recessão: apesar dos juros baixos, companhias e empresários estão reduzindo seus investimentos. Eles estão adiando planos de ampliação de fábricas já existentes e cancelando os projetos para construção de novas unidades.
Por trás da relutância está uma combinação difícil. Os impostos mais altos e a concorrência estrangeira mais barata derrubaram as margens de lucro das companhias francesas ao menor nível desde 1985 - reduzindo a capacidade das empresas de suportar riscos. Ao mesmo tempo, líderes empresariais afirmam que os desafios das taxas de juros imprevisíveis e a burocracia francesa sempre em mutação também estão aumentando.
"Precisamos do mínimo de incerteza possível, mas em vez disso há cada vez mais", disse Pierre-André de Chalendar, diretor-presidente da firma de materiais de construção Compagnie de Saint-Gobain, em um encontro anual de líderes empresariais franceses e autoridades econômicas, realizado no domingo em Aix-en-Provence.
[...]
Economistas afirmam que o declínio é especialmente preocupante na França por causa da menor lucratividade das empresas do país. O lucro bruto por ação, ou margem bruta - uma medida padrão das margens de lucro -, das empresas não financeiras na França ficou em 25,7% no fim do ano passado, em comparação à média de 35,2% da zona do euro, segundo dados da agência europeia de estatísticas Eurostat. Com isso, as companhias francesas terão uma propensão menor a aumentar os investimentos quando a demanda melhorar, ameaçando as perspectivas de crescimento da zona do euro como um todo.
A economia francesa já está sofrendo. O PIB ficou estagnado em 2012 e a economia entrou em recessão na virada do ano. A Insee disse no mês passado que espera uma contração econômica de 0,1% em 2013, em comparação a 2012.
Um número crescente de líderes empresariais culpa as políticas imprevisíveis do governo pela falta de investimentos. Após o governo empurrar uma conta de €20 bilhões em novos impostos para reduzir o déficit fiscal neste ano, líderes empresariais temem agora uma reorganização do sistema previdenciário que poderia envolver maiores contribuições dos patrões. E na semana passada o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault prometeu mudanças nos impostos no ano que vem, para o fornecimento de incentivos ambientais.
"O verdadeiro problema é essa mudança permanente nas regras. Isso segura os investimentos", disse Didier Lombard, presidente do conselho de administração da STMicroelectronics, a maior fabricante de semicondutores da Europa. "É preocupante."
Quando o socialista Hollande venceu as eleições na França, gravei um vídeo alertando que a situação econômica iria se deteriorar. Não deu outra. Nem é possível cobrar créditos por esta previsão; ela era fácil demais. Os socialistas têm esse dom de estragar tudo aquilo que tocam. A explicação é óbvia: quando o governo maltrata empresários, aqueles que criam a riqueza do país, eles costumam reagir. Quem paga a conta é o povo, sempre.
O modelo estatizante francês é como um falso perfume, que parece atraente de fora, mas que solta um odor terrível de perto. A expressão laissez faire surgiu justamente na França, como resposta às intervenções de Colbert. Os empresários querem ar, precisam de mais liberdade, menos impostos e burocracia, para produzir riqueza. Com socialistas no caminho, essa tarefa se torna praticamente impossível.
Reportagem no Valor mostra que investimentos na França estão recuando:
A economia francesa enfrenta um problema crescente em sua luta para criar empregos e sair da recessão: apesar dos juros baixos, companhias e empresários estão reduzindo seus investimentos. Eles estão adiando planos de ampliação de fábricas já existentes e cancelando os projetos para construção de novas unidades.
Por trás da relutância está uma combinação difícil. Os impostos mais altos e a concorrência estrangeira mais barata derrubaram as margens de lucro das companhias francesas ao menor nível desde 1985 - reduzindo a capacidade das empresas de suportar riscos. Ao mesmo tempo, líderes empresariais afirmam que os desafios das taxas de juros imprevisíveis e a burocracia francesa sempre em mutação também estão aumentando.
"Precisamos do mínimo de incerteza possível, mas em vez disso há cada vez mais", disse Pierre-André de Chalendar, diretor-presidente da firma de materiais de construção Compagnie de Saint-Gobain, em um encontro anual de líderes empresariais franceses e autoridades econômicas, realizado no domingo em Aix-en-Provence.
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Economistas afirmam que o declínio é especialmente preocupante na França por causa da menor lucratividade das empresas do país. O lucro bruto por ação, ou margem bruta - uma medida padrão das margens de lucro -, das empresas não financeiras na França ficou em 25,7% no fim do ano passado, em comparação à média de 35,2% da zona do euro, segundo dados da agência europeia de estatísticas Eurostat. Com isso, as companhias francesas terão uma propensão menor a aumentar os investimentos quando a demanda melhorar, ameaçando as perspectivas de crescimento da zona do euro como um todo.
A economia francesa já está sofrendo. O PIB ficou estagnado em 2012 e a economia entrou em recessão na virada do ano. A Insee disse no mês passado que espera uma contração econômica de 0,1% em 2013, em comparação a 2012.
Um número crescente de líderes empresariais culpa as políticas imprevisíveis do governo pela falta de investimentos. Após o governo empurrar uma conta de €20 bilhões em novos impostos para reduzir o déficit fiscal neste ano, líderes empresariais temem agora uma reorganização do sistema previdenciário que poderia envolver maiores contribuições dos patrões. E na semana passada o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault prometeu mudanças nos impostos no ano que vem, para o fornecimento de incentivos ambientais.
"O verdadeiro problema é essa mudança permanente nas regras. Isso segura os investimentos", disse Didier Lombard, presidente do conselho de administração da STMicroelectronics, a maior fabricante de semicondutores da Europa. "É preocupante."
Quando o socialista Hollande venceu as eleições na França, gravei um vídeo alertando que a situação econômica iria se deteriorar. Não deu outra. Nem é possível cobrar créditos por esta previsão; ela era fácil demais. Os socialistas têm esse dom de estragar tudo aquilo que tocam. A explicação é óbvia: quando o governo maltrata empresários, aqueles que criam a riqueza do país, eles costumam reagir. Quem paga a conta é o povo, sempre.
O modelo estatizante francês é como um falso perfume, que parece atraente de fora, mas que solta um odor terrível de perto. A expressão laissez faire surgiu justamente na França, como resposta às intervenções de Colbert. Os empresários querem ar, precisam de mais liberdade, menos impostos e burocracia, para produzir riqueza. Com socialistas no caminho, essa tarefa se torna praticamente impossível.
Published on July 09, 2013 12:50
July 8, 2013
Oito anos
[image error]Dr. Milton Simon Pires
Excelentíssima Senhora Presidente da República.
Já nos conhecemos, a senhora e eu. Dessa vez, portanto, não vai haver apresentação. Vou começar lembrando à senhora algumas curiosidades. Oito anos é atualmente o tempo máximo de mandato de presidente da república, não é? Oito anos, presidente, se não estou enganado, é também o tempo limite para que uma pena de prisão em regime fechado possa ser convertida em semiaberto (apreendi isso assistindo na TV o julgamento de alguns conhecidos seus na Ação Penal 470) e por aí vai. Enfim, presidente, oito é um número aplicável a tantas coisas..rss. Na China se costuma dizer que oito é o número da sorte. Mas hoje; vai ser do seu azar. Explico-lhe brevemente o porquê:Hoje a tarde, li perplexo na internet as notícias que dão conta do lançamento do seu Programa “Mais Médicos”. Não vou aqui gastar seu tempo detalhando um por um os aspectos dele. Nosso tema aqui, presidente, é bem específico – nós vamos falar do aumento do tempo da formação médica de seis para oito anos obrigando-nos a prestar dois anos de serviço no SUS antes de receber reconhecimento oficial como médicos.Presidente Dilma, a senhora sabe o que são “doutorandos” e médicos “residentes”? Não sabe, né? Lá vai a explicação – doutorandos são, normalmente, estudantes no ultimo dos seis anos da tradicional formação médica que a senhora e os gênios que lhe assessoram querem mudar. Médicos residentes já se formaram – tem responsabilidade legal e, trabalhando sob supervisão de colegas mais experientes, fazem uma determinada especialização. A senhora sabe o que eles tem em comum, presidente? Eu lhe respondo – eles “carregam nas costas os hospitais universitários brasileiros”. Eles, para sua informação, já trabalham, na sua gigantesca maioria, em hospitais públicos ou vinculados ao seu maravilhoso Sistema Único de Saúde! São eles que atendem a gigantesca massa daqueles que a senhora e seus correligionários do Partido-Religião chamam de “usuários” e nós chamamos de pacientes. Enquanto eles estão dentro de hospitais públicos com teto e paredes desmoronando nos ambulatórios, enfermarias e blocos cirúrgicos, a senhora e o Lula são atendidos por outros médicos dentro, por exemplo, do Hospital Sírio Libanês! Alguns desses colegas que atendem a senhora e nosso ex-presidente deveriam estar junto com os doutorandos e residentes supervisionando a sua formação como médicos e especialistas. A senhora sabia disso, presidente??Mas, por favor, não quero lhe constranger... Vamos dizer que essa sua medida desesperada para se reeleger seja realmente implantada... Gostaria de tirar com a senhora algumas duvidas: tem a senhora a noção de que a rede hospitalar brasileira inteira está completamente sucateada, presidente? Sabe por quê? Porque malditos colegas meus e seus ajudaram a transformar um país que tem quase o tamanho da China num gigantesco posto de saúde! Diga de uma vez por todas isso ao povo, presidente Dilma. Mesmo que a senhora “derrame” 12.000 médicos dentro do SUS de uma hora para outra eu lhe pergunto – Onde e em que condições eles vão trabalhar??? Dentro dos famosos pronto-atendimentos? A senhora sabe o que é um pronto-atendimento, presidente? Eu lhe explico – é um lugar onde se atende tudo aquilo que não é suficientemente grave e deveria estar num posto de saúde; ou é tão sério que deveria estar dentro de uma emergência de verdade! Sabe por que esse tipo de imundície foi inventado? Para esconder que não existem mais hospitais nesse maldito país. Seu antecessor, que nos anos 70 perdeu esposa e filho num hospital publico preferiu emprestar dinheiro para Cuba, perdoar a dívida da Bolívia e comprar deputados no Congresso nacional em vez de construir hospitais!Nas últimas duas semanas, presidente, a senhora propôs ao povo brasileiro um plebiscito, depois um referendo e agora – sempre maravilhosamente assessorada – vem com um absurdo que nem mesmo a ditadura militar quis impor: estender o tempo de formação dos médicos brasileiros por razões ligadas ao fracasso do plano de poder do PT. Presidente, cada vez que lhe escrevo fico divido. Não sei se expresso a indignação de quase 400.000 médicos brasileiros ou se fico com pena da senhora. Até quando vai esse seu desgoverno? Até onde a senhora acha que pode enganar tanta gente durante tanto tempo?Afaste-se imediatamente dessa corja de colegas MEUS que lhe assessora, que esqueceram que são médicos, e que depois de formados jamais atenderam ninguém no sistema público. Se a senhora não fizer isso, vai apreender de uma maneira dolorosa que políticos podem ter partido, podem ser liberais ou democratas, progressistas ou conservadores, podem até ser ditadores, mas jamais vão ter poder suficiente para aliviar a dor ou evitar a morte. Essa função é nossa e, dia após dia, cada vez mais a senhora vem nos impedindo de exercê-la.
Excelentíssima Senhora Presidente da República.
Já nos conhecemos, a senhora e eu. Dessa vez, portanto, não vai haver apresentação. Vou começar lembrando à senhora algumas curiosidades. Oito anos é atualmente o tempo máximo de mandato de presidente da república, não é? Oito anos, presidente, se não estou enganado, é também o tempo limite para que uma pena de prisão em regime fechado possa ser convertida em semiaberto (apreendi isso assistindo na TV o julgamento de alguns conhecidos seus na Ação Penal 470) e por aí vai. Enfim, presidente, oito é um número aplicável a tantas coisas..rss. Na China se costuma dizer que oito é o número da sorte. Mas hoje; vai ser do seu azar. Explico-lhe brevemente o porquê:Hoje a tarde, li perplexo na internet as notícias que dão conta do lançamento do seu Programa “Mais Médicos”. Não vou aqui gastar seu tempo detalhando um por um os aspectos dele. Nosso tema aqui, presidente, é bem específico – nós vamos falar do aumento do tempo da formação médica de seis para oito anos obrigando-nos a prestar dois anos de serviço no SUS antes de receber reconhecimento oficial como médicos.Presidente Dilma, a senhora sabe o que são “doutorandos” e médicos “residentes”? Não sabe, né? Lá vai a explicação – doutorandos são, normalmente, estudantes no ultimo dos seis anos da tradicional formação médica que a senhora e os gênios que lhe assessoram querem mudar. Médicos residentes já se formaram – tem responsabilidade legal e, trabalhando sob supervisão de colegas mais experientes, fazem uma determinada especialização. A senhora sabe o que eles tem em comum, presidente? Eu lhe respondo – eles “carregam nas costas os hospitais universitários brasileiros”. Eles, para sua informação, já trabalham, na sua gigantesca maioria, em hospitais públicos ou vinculados ao seu maravilhoso Sistema Único de Saúde! São eles que atendem a gigantesca massa daqueles que a senhora e seus correligionários do Partido-Religião chamam de “usuários” e nós chamamos de pacientes. Enquanto eles estão dentro de hospitais públicos com teto e paredes desmoronando nos ambulatórios, enfermarias e blocos cirúrgicos, a senhora e o Lula são atendidos por outros médicos dentro, por exemplo, do Hospital Sírio Libanês! Alguns desses colegas que atendem a senhora e nosso ex-presidente deveriam estar junto com os doutorandos e residentes supervisionando a sua formação como médicos e especialistas. A senhora sabia disso, presidente??Mas, por favor, não quero lhe constranger... Vamos dizer que essa sua medida desesperada para se reeleger seja realmente implantada... Gostaria de tirar com a senhora algumas duvidas: tem a senhora a noção de que a rede hospitalar brasileira inteira está completamente sucateada, presidente? Sabe por quê? Porque malditos colegas meus e seus ajudaram a transformar um país que tem quase o tamanho da China num gigantesco posto de saúde! Diga de uma vez por todas isso ao povo, presidente Dilma. Mesmo que a senhora “derrame” 12.000 médicos dentro do SUS de uma hora para outra eu lhe pergunto – Onde e em que condições eles vão trabalhar??? Dentro dos famosos pronto-atendimentos? A senhora sabe o que é um pronto-atendimento, presidente? Eu lhe explico – é um lugar onde se atende tudo aquilo que não é suficientemente grave e deveria estar num posto de saúde; ou é tão sério que deveria estar dentro de uma emergência de verdade! Sabe por que esse tipo de imundície foi inventado? Para esconder que não existem mais hospitais nesse maldito país. Seu antecessor, que nos anos 70 perdeu esposa e filho num hospital publico preferiu emprestar dinheiro para Cuba, perdoar a dívida da Bolívia e comprar deputados no Congresso nacional em vez de construir hospitais!Nas últimas duas semanas, presidente, a senhora propôs ao povo brasileiro um plebiscito, depois um referendo e agora – sempre maravilhosamente assessorada – vem com um absurdo que nem mesmo a ditadura militar quis impor: estender o tempo de formação dos médicos brasileiros por razões ligadas ao fracasso do plano de poder do PT. Presidente, cada vez que lhe escrevo fico divido. Não sei se expresso a indignação de quase 400.000 médicos brasileiros ou se fico com pena da senhora. Até quando vai esse seu desgoverno? Até onde a senhora acha que pode enganar tanta gente durante tanto tempo?Afaste-se imediatamente dessa corja de colegas MEUS que lhe assessora, que esqueceram que são médicos, e que depois de formados jamais atenderam ninguém no sistema público. Se a senhora não fizer isso, vai apreender de uma maneira dolorosa que políticos podem ter partido, podem ser liberais ou democratas, progressistas ou conservadores, podem até ser ditadores, mas jamais vão ter poder suficiente para aliviar a dor ou evitar a morte. Essa função é nossa e, dia após dia, cada vez mais a senhora vem nos impedindo de exercê-la.
Published on July 08, 2013 18:27
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