Rui Azeredo's Blog, page 12

October 13, 2016

«Fogo no Mar», documentário de Gianfranco Rosi sobre a crise dos refugiados, com estreia nacional hoje no Teatro do Campo Alegre (Porto)

fuocoFogo no Mar, obra de Gianfranco Rosi sobre a crise dos refugiados, estreia hoje a nível nacional, em exclusivo, no Teatro Municipal do Campo Alegre, no Porto. A ação do documentário, que ganhou o Urso de Ouro de Berlim (melhor filme do festival), decorre na ilha italiana de Lampedusa.

Há sessões diárias às 18h30 e 22h00, a que se acrescenta aos sábados e domingos outra às 15h30.

Veja aqui o trailer de Fogo no Mar.


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Published on October 13, 2016 05:04

«Zero K», novo romance de Don DeLillo, hoje nas livrarias

sex-kHoje é o dia em que chega às livrarias Zero K, o novo romance do norte-americano Don DeLillo, um eterno candidato ao Nobel da literatura. Segundo a Sextante, que edita a obra, Zero K «é uma ode à humanidade e uma reflexão sobre a fatalidade da morte». DeLillo é o autor de livros como Ponto Ómega, O homem em queda, Ruído branco, Libra e Submundo.


Sobre o livro: «”Nascemos sem escolhermos existir. Deveremos ser obrigados a morrer da mesma maneira? Não será uma das glórias humanas a recusa de aceitar um destino marcado?”

O pai de Jeffrey Lockhart, Ross, é um sexagenário bilionário e principal investidor num remoto e secreto laboratório onde a morte é sofisticadamente controlada. Ali, os corpos são cuidadosamente preservados até uma altura futura em que os avanços biomédicos e as novas tecnologias possam trazê-los de volta a uma nova vida.

Quando Jeff é convidado por Ross para visitar esse laboratório, percebe que Artis, a jovem mulher do pai, está gravemente doente e é um dos pacientes cujo corpo será preservado. E enquanto se prepara para a despedida da madrasta, Jeff vê-se progressivamente confrontado com algumas das mais difíceis perguntas que a humanidade se coloca – acerca do legado que deixamos, da nobreza da morte, e do real valor das intricadas perplexidades do nosso tempo, aqui na terra.»


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Published on October 13, 2016 00:48

October 11, 2016

John le Carré revela-nos as suas memórias em «O Túnel dos Pombos»

o-tunel-de-pombosO Túnel de Pombos – Histórias da Minha Vida é o primeiro livro de memórias de John le Carré e acaba de ser editado em Portugal pela Dom Quixote. Le Carré, que serviu nos serviços secretos britânicos, aproveitou as suas extraordinárias vivências para construir uma notável carreira de escritor, onde pontuam obras como O Espião que Saiu do Frio, A Gente de Smiley, O Alfaiate do Panamá, O Gerente da NoiteO Fiel Jardineiro e Uma Verdade Incómoda, entre outros.


Sinopse: «Dos anos em que serviu nos Serviços Secretos britânicos durante a Guerra Fria, a uma carreira como escritor que o levou do Camboja devastado pela guerra a Beirute à beira da invasão israelita de 1982, e à Rússia, antes e depois da queda do Muro de Berlim, John le Carré sempre escreveu a partir do âmago dos tempos modernos. Neste seu primeiro livro de memórias, le Carré é tão divertido quanto incisivo – lendo os acontecimentos que testemunha com a mesma ambiguidade moral com que imbui os seus romances. Quer esteja a descrever o papagaio de um hotel de Beirute que imitava perfeitamente sons de batalha, ou a visitar as galerias de mortos sem sepultura no Ruanda, na sequência do genocídio, ou a celebrar a noite de Ano Novo com Yasser Arafat, ou a entrevistar uma terrorista alemã na sua solitária prisão no Neguev, ou a assistir à preparação de Alec Guinness para o papel de George Smiley.

O melhor de tudo: le Carré dá-nos um vislumbre da jornada de um escritor ao longo de mais de seis décadas, e da sua própria busca pela centelha humana que tanto coração e vida tem dado às suas personagens.»


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Published on October 11, 2016 01:27

October 7, 2016

O “Renascimento” de Michel Vaillant

imageRenascimento é o quinto volume da nova série de Michel Vaillant, o lendário e eterno campeão de automobilismo que nasceu em 1957 pela mão de Jean Graton e se mantém bem vivo por iniciativa de Philippe Graton (filho de Jean), que assina o argumento. Além de Graton, o argumento é também de Denis Lapière, enquanto os desenhadores são Marc Bourgne e Benjamin Benéteau.

O álbum, que saiu em Portugal no início deste mês numa edição ASA, dá seguimento ao livro anterior, confirmando a tendência desta nova era Vaillant de histórias em continuação. Todavia, convém realçar que apesar desta opção os livros podem ser lidos de forma independente – eu próprio o fiz e não tive dificuldade em acompanhar o enredo. E já que refiro o enredo e/ou argumento faço notar que esta é mesmo grande alteração no novo Michael Vaillant, mais até do que a mudança ao nível do desenho. As histórias são mais complexas, articulando as inevitáveis e sempre espetaculares e emotivas corridas com questões relativas a negócios e à indústria automóvel. Isso permite, nomeadamente, dar mais profundidade às personagens, que se deparam aqui com problemas que vão além de táticas de corrida e de questões mecânicas. Acompanhando uma tendência dos tempos correntes para as questões económicas, a parte financeira do negócio da Vaillante ocupa aqui um papel primordial. A Vaillante, recorde-se, deixou de existir, depois de um negócio mal sucedido levado a cabo por Jean-Pierre que, desesperado, na sequência disso sofre um acidente que o deixa às portas da morte. Michel Vaillant, que por pouco não conseguiu salvar o irmão, isola-se em África. Mas nem todos na Vaillante baixaram os braços e Françoise aposta no renascimento da marca. Fá-lo através da Fórmula E, comprando quatro carros, de modo a participar no primeiro ePrix de Paris.

Só falta Michel Vaillant aceitar o desafio e voltar para trás de um volante de competição, largando os camiões que conduz em África. Já se está mesmo a ver o que acontece… Chegamos então à parte que todos os fãs de Michel Vaillant adoram: as corridas. E nesse ponto os novos responsáveis resolveram (e bem) não arriscar muito e os desenhos de carros e corridas mantêm o estilo e dinamismo de sempre.

Dado que os carros são elétricos, foi necessário recorrer a novas onomatopeias, e para tal foi lançado um concurso de ideias. O vencedor tem o prazer de “ver” nas pranchas o ruído que projetou para os motores.

Assim, em Renascimento assistimos a uma bela corrida de Fórmula E nas ruas de Paris. Enquanto Michel luta por uma vitória e por um novo rumo nas ruas de Paris, no leito do hospital, bem perto, por sinal, o seu irmão luta pela vida.

O novo fôlego da série Vaillant continua a resultar.


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Published on October 07, 2016 16:53

«Os XII Trabalhos de Astérix» em álbum comemorativo dos 40 anos do filme

imageVai ser lançado a 19 de outubro a nível mundial um álbum ilustrado de Astérix destinado a assinalar o 40.º aniversário do filme de animação Os XII Trabalhos de Astérix.  O filme estreou a 20 de outubro de 1976.

Portugal, através da ASA, vai participar neste lançamento mundial, pelo que já no próximo dia 19 vai sair a edição em português deste álbum, cujo texto segue o argumento assinado por René Goscinny.

Tanto a capa, que é nova para esta edição, como mais de 40 ilustrações até agora inéditas são da autoria do próprio Albert Uderzo.

O livro, com 80 páginas, irá custar 12, 90 euros.


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Published on October 07, 2016 14:43

«Sobre Bowie», de Rob Sheffield, editado pela Vogais

capa-sobre-bowieFinalmente! Demorou anos, mas após esta longa espera foi por fim editado em Portugal um livro dedicada a David Bowie. A aposta é da Vogais (do grupo 20|20), que acaba de lançar Sobre Bowie, da autoria de Rob Sheffield, crítico e editor da revista Rolling Stone.

Segundo explica a Vogais em nota enviada à imprensa, nesta obra Sheffield «partilha as suas observações e emoções mais intensas numa viagem pessoal, mas abrangente, pela vida e obra do músico britânico». Sobre Bowie é o seu livro mais recente, depois de já ter escrito obras como Love Is a Mix Tape, Talking to Girls About Duran Duran e Turn Around Bright Eyes.


 «O planeta Terra está muito mais sombrio sem David Bowie, a maior estrela de rock que alguma vez passou neste ou em qualquer outro mundo. Ele era o vadio mais excitante, o vagabundo mais esquivo, a estrela mais bela a alguma vez ter gritado “Não estão sozinhos!” a uma plateia repleta dos miúdos mais solitários do mundo. Era o mais humano e o mais alienígena dos artistas de rock, enfrentando sem receio o incomum, comunicando com o freak que existe em qualquer um. Ele fitava-nos, nos olhos ansiosos de adolescente, para que soubéssemos que tínhamos rasgado o vestido e que a nossa cara estava uma miséria, mas que, no entanto, era precisamente por isso que triunfávamos. Independentemente do Bowie que mais adorássemos — o starman glam, o baladeiro elegante, o arquiduque de Berlim —, ele fazia-nos sentir mais corajosos e mais livres, e era por isso que o mundo nos parecia diferente depois de ouvirmos Bowie. A nave espacial deste homem sempre soube qual o caminho a seguir.» Rob Sheffield


dbExcerto

Bowie também arranjava alguma publicidade ao liderar uma organização chamada Liga para a Prevenção da Crueldade contra os Homens de Cabelo Comprido. Fez com que fosse falado nos jornais, mas não com que aparecesse nos tops. Depois de o seu cabelo tê-lo afastado do programa pop da BBC Gadzooks! It’s All Happening, conseguiu protagonizar uma polémica suculenta nos tabloides. O produtor estava por dentro da tramoia, claro (mais tarde garantiu que a ideia fora sua), e forneceu à imprensa citações revoltadas, prometendo cancelar a atuação dos Manish Boys a menos que o cantor cortasse as melenas. No Daily Mirror, sob a manchete «Discussão por Causa do Cabelo de Davie», o artista declarava: «Não cortaria o meu cabelo pelo primeiro-ministro, muito menos pela BBC. A minha namorada também não gosta do meu cabelo. Talvez seja porque, quando estamos juntos, eu seja convidado mais vezes do que ela para sair.»


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Published on October 07, 2016 01:05

October 4, 2016

«O Evangelho segundo Lázaro», de Richard Zimler, à venda a 13 de outubro

pe-lazaroO Evangelho segundo Lázaro, o novo romance de Richard Zimler, será publicado a 13 de outubro pela Porto Editora e terá por protagonista Lázaro, uma das principais figuras da Bíblia. Neste novo romance, o escritor nascido nos Estados Unidos, conta a história da vida de Lázaro e a da sua amizade com Jesus. Trata-se, segundo a nota de imprensa divulgada pela editora, de um «romance bem documentado que introduz o leitor na tradição mística judaica e na vida quotidiana da época».

O lançamento de O Evangelho segundo Lázaro está agendado para 19 de outubro, às 18h30, no El Corte Inglés de Lisboa. A apresentação estará a cargo de Edite Estrela.


Sinopse: «No Novo Testamento, ficamos a saber que Jesus ressuscitou um amigo próximo de nome Lázaro. Contudo, em parte alguma do Evangelho segundo São João – que contém este episódio –, se menciona como é que ele realizou o milagre ou se teria algum motivo especial para o fazer. Em O Evangelho segundo Lázaro, Richard Zimler preenche estas e outras lacunas, narrando a história da perspetiva de Lázaro, descrevendo como ele e Jesus se conheceram em crianças, a transcendência da ligação que os une e o momento em que Lázaro acordou no túmulo, desorientado e sem qualquer memória de uma vida após a morte.

Porém, só trinta anos depois da crucificação do seu velho amigo, Lázaro começa a entender a extensão do papel que sempre ocupou na vida de Jesus e talvez ainda venha a ocupar. É que a derradeira prenda de Jesus a Lázaro – deixada num dos locais malditos de Jerusalém – parece conter a chave que ajudará Lázaro a concretizar os desígnios de uma Terra Prometida. Deverá ele arriscar tudo e levar a cabo os perigosos planos de Jesus?

Com a voz única a que Richard Zimler nos habituou, este romance apaixonante e amplamente documentado, situado no contexto das práticas e tradições judaicas da era antes de Cristo, irá certamente perturbar alguns leitores e tocar profundamente outros.»


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Published on October 04, 2016 11:14

«O Coração do Homem» conclui trilogia de Jón Kalman Stefánsson

cf-homemA Cavalo de Ferro lançou em setembro O Coração do Homem, obra com a qual o islandês Jón Kalman Stefánsson conclui a trilogia iniciada com Paraíso e Inferno e A Tristeza dos Anjos. Segundo indica a editora, «é uma profunda indaga­ção sobre a vida, o amor e o desejo, escrito com sublime simpli­cidade e poesia».


Sinopse: «A natureza, vasta e insondável, é impassível face ao destino dos homens. Somente a palavra os pode salvar.

Se o rapaz ainda se encontra no mundo dos vivos é porque, no seu delírio, fala. Ele e Jens, um dos seus companheiros de via­gem, sobreviveram a uma tempestade de neve. Acordaram os dois longe de casa, numa aldeia de pescadores perdida nos longínquos fiordes do Norte. O terceiro deles ficou para sempre aprisiona­do no gelo. Mas Álfheiður, uma jovem de cabelos ruivos e olhos verdes, cuidará dele até que restaure as suas forças e inicie o seu re­gresso a casa. Entretanto, a sua busca pelo sentido da vida torna-se uma outra viagem iniciática através do amor e das palavras, porque “devemos viver de maneira a derrotar a morte, é a única coisa que sabemos e podemos fazer” e só as palavras podem dar corpo aos sonhos, mudar um destino e elevar-nos acima do tempo.»


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Published on October 04, 2016 02:17

Mais profundo do que parece

 


dhQuando se vai ver um filme-tragédia está-se a contar com muita destruição e ainda mais pirotecnia. É bom para entreter, mas não mais do que isso. Mas quando a ideia é essa e se «apanha» com uma obra do nível de Horizonte Profundo – Desastre no Golfo, de Peter Berg, o nível de surpresa equipara-se ao nível de satisfação.

Trata-se de um excelente filme, extremamente realista, que retrata com fidelidade o desastre ocorrido na plataforma de perfuração Deepwater Horizon, que em 2010 provocou o maior derrame de petróleo na história dos Estados Unidos.

Mas a ideia do filme nasce precisamente da pretensão de mostrar o que aconteceu para lá da tragédia ecológica, pois morreu mais de uma dezena de trabalhadores. É portanto o ponto de vista humano que é o mais valorizado, socorrendo-se para isso de mais duas boas representações de Mark Wahlberg e Kurt Russell, perfeitos nos papéis de dois «durões» solidários.

E quem gostar de explosões, não se acanhe, pois não faltam em Horizonte Profundo, já que a realidade foi mesmo essa. O modo como a obra foi filmada e a sobriedade nos momentos de maior espetacularidade visual permitem assim o nível de realismo adequado a um filme que se quer sério.

Veja o trailer aqui.


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Published on October 04, 2016 02:10

October 3, 2016

Vargas Llosa escreveu «Os Contos da Peste» inspirado no Decameron

os-contos-da-pesteChega amanhã (4 de outubro) às livrarias os Contos da Peste, do Nobel peruano Mario Vargas Llosa, uma obra dramática inspirada no Decameron, considerada pela sua editora, as Publicações Dom Quixote, «uma recriação magistral de um clássico da literatura europeia».


Sinopse: «O contexto base desta obra – a reunião de uns jovens numa moradia nos arredores de Florença, durante a qual contam uns aos outros histórias para se entreterem enquanto a peste assola a cidade – inspirou o Nobel peruano a construir uma peça de teatro em torno do desejo baseada em oito dos contos de Boccaccio.

O humor, o poder da imaginação, o amor – desde o idealizado amor cortês até ao mais carnal – e as relações entre classes sociais são as chaves desta obra que congrega a essência do espírito do Decamerón: a luxúria e a sensualidade exacerbadas pela sensação de crise, de abismo aberto, de fim do mundo.»


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Published on October 03, 2016 01:41

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Rui Azeredo
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