Francisco Dionísio's Blog, page 24

Superstições – Na noite de Santo António

Na noite de Santo António pega-se em três favas e descasca-se totalmente uma delas, à segunda tira-se metade da casca e à outra deixa-se-lhe a casca intacta. Passam-se as favas pelo fumo da fogueira de Santo António e dorme-se com elas debaixo da almofada. De manhã, ao acordar, retira-se uma das favas ao acaso. Se sair a que foi totalmente descascada, quer dizer que seremos pobres toda a vida, a que foi descascada pela metade significa que seremos remediados e a que não foi descascada prenuncia riqueza.

Personagens de Histórias Perdidas da Lusitânia – Larouco

Poderoso deus venerado na região da serra que hoje tem o seu nome. Presume-se que lhe eram atribuídas características equivalentes às de Júpiter na mitologia romana.

Superstições – A noite

“A noite, com o seu manto, envolve cenas terríveis. As almas penadas andam à noite por cima dos telhados a gemer; os lobisomens vão de noite com grande barulho a correr o seu fado. As bruxas e as feiticeiras é também de noite que aparecem mais. As sombras das árvores, de penedos tomam proporções fantásticas. Então ouve-se melhor o eco, esta voz é de moura encantada. O correr das fontes, o uivar dos cães, o cantar do galo à meia-noite, o piar do mocho, o grasnar dos patos no corgo (o Diabo é o porco-sujo), todos estes sons múltiplos da gama infernal produzem de noite mais estranhas vibrações. A gente de Vila Cova de Carros em geral não sai de noite com medo às feiticeiras.”

Etnografia Portuguesa; José Leite de Vasconcelos; Vol VII, p. 42

Personagens de Histórias Perdidas da Lusitânia – Duatio

Pai de Camal. Era o chefe da tribo quando desapareceu, durante um combate com os Zoelas. Ainda que ninguém possa ter a certeza disso, poucos duvidam de que tenha morrido, apenas o filho insiste em procurá-lo.

Superstições – Raiva

Em Mértola acreditava-se que quem, no dia de S. Romão, comesse pão amassado e cozido nesse mesmo dia, ficava imune à raiva durante um ano.

Personagens de Histórias Perdidas da Lusitânia – Maela

Após ter sido violada por um antigo rei da Lusitânia, tornou-se uma perigosa feiticeira que nutre um ódio mortal por todos os homens. Para aumentar o seu poder tenta apoderar-se de uma jóia que lhe permitirá subjugar os deuses.

Superstições – Pulso torcido

Para tratar o pulso torcido pega-se num ovo esborrachado, junta-se sarro dos barris de vinho e coloca-se a mistura numa estriga de linho até esta ficar completamente impregnada. Depois aperta-se o linho em volta do pulso em jeito de ligadura.

Personagens de Histórias Perdidas da Lusitânia – Coronero

É o pai de Anio. Após o desapare- cimento de Duatio, foi nomeado temporaria- mente chefe da tribo, até Camal atingir a idade adulta, mas tornou-se um déspota, recusando entregar o poder a quem estava destinado. É casado com a filha de Malgenio, rei dos Sefes.

Superstições – Pêlos e peles

Pêlos de cão colocados sobre uma ferida fazem estancar o sangue.

Para tratar as sezões pega-se na pele largada por uma cobra, torra-se e mói-se. Seguidamente mistura-se com vinho o pó resultante desta operação e bebe-se.

A pele de enguia atada à volta da cintura acaba com a dor de cólica.

Personagens de Histórias Perdidas da Lusitânia – Cileu

Chefe da confraria de Debaroni, os guerreiros escolhidos para formar um exército de elite ao serviço da divindade. Tal como os seus companhei- ros vive no palácio de Debaroni, onde o tempo não passa, o que lhe garante uma longe- vidade superior à de qualquer outro homem.