O Livro dos Espíritos
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Read between January 9 - December 31, 2022
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Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo, se o homem não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: importa-vos nascer de novo.
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imediatamente, mas na maioria das vezes só depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata. Sendo aí menos grosseira a matéria corpórea, o Espírito encarnado goza de quase todas as suas faculdades de Espírito. Seu estado normal é o dos vossos sonâmbulos lúcidos.”
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Cedo ou tarde, o Espírito encontra sempre oportunidade de recomeçar uma existência que sirva à purificação das suas existências anteriores.”
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Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem, mas, para alguns, é também uma punição imposta por Deus. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só podem ser efetuados com proveito na condição de Espírito livre.”
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A encarnação é um estado transitório, já o dissemos. Em seu estado normal, o Espírito está liberto da matéria.”
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Com relação ao estado em que se acham, podem ser: encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, desligados do corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é, perfeitos, não precisando mais de encarnação.
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“Os Espíritos elevados, ao perderem o seu envoltório, deixam as más paixões e só guardam as do bem, mas os Espíritos inferiores as conservam, pois do contrário pertenceriam à primeira ordem.”
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Pelo simples fato de ter deixado o corpo, o Espírito não se acha completamente desprendido da matéria e continua pertencendo ao mundo em que viveu ou a outro do mesmo grau, a menos que, durante a vida, se tenha elevado. Esse o objetivo para o qual deve voltar-se, pois, do contrário, jamais se aperfeiçoaria. Pode, no entanto, ir a alguns mundos superiores, mas na qualidade de estrangeiro. A bem dizer, consegue apenas entrevê-los, e é isso que lhe dá o desejo de melhorar-se, para se tornar digno da felicidade que ali se desfruta e poder habitá-los mais tarde.”
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236-d. Já que o estado desses mundos é transitório, nossa Terra será contada um dia entre eles? “Ela já o foi.” 236-e. Em que época? “Durante a sua formação.”
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Nada é inútil na Natureza; cada coisa tem o seu objetivo, sua destinação. Nada é vazio, tudo é habitado, há vida em toda parte.
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A inteligência é um atributo do Espírito, mas que se manifesta mais livremente quando este não tem obstáculos a vencer.”
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“Quanto mais se aproximam da perfeição, tanto mais sabem. Se são Espíritos superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de todas as coisas.”
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Os Espíritos veem o que não vedes; julgam, pois, de modo diverso do vosso, mas ainda uma vez, isso depende da elevação deles.”
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“O passado, quando com ele nos ocupamos, é presente, exatamente como te lembras de uma coisa que te impressionou no curso de teu exílio. Simplesmente, como já não temos o véu material que obscurece a tua inteligência, lembramo-nos de coisas que para ti estão apagadas. Mas nem tudo os Espíritos sabem, a começar pela sua própria criação.”
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Quando o veem, o futuro lhes parece o presente. O Espírito vê o futuro mais claramente à medida que se aproxima de Deus. Após a morte, a alma vê e abarca num piscar de olhos suas migrações passadas, mas não pode ver o que Deus lhe reserva. Para isso, é preciso que esteja completamente integrada a Ele, depois de muitas existências.”
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“Só os Espíritos superiores o veem e o compreendem. Os inferiores o sentem e o adivinham.”
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“Como o Espírito se transporta com a rapidez do pensamento, pode-se dizer que vê em toda parte ao mesmo tempo. Seu pensamento pode irradiar e dirigir-se para muitos pontos diferentes ao mesmo tempo, mas essa faculdade depende da sua pureza: quanto menos puro é o Espírito, tanto mais limitada é a sua visão. Só os Espíritos superiores podem abarcar o conjunto.”
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No Espírito, a faculdade de ver é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso. É uma espécie de lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais.
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No homem, a visão se dá pelo funcionamento de um órgão que a luz impressiona; não havendo luz, ele fica na obscuridade. No Espírito, como a faculdade de ver é um atributo próprio, abstração feita de qualquer agente exterior, a visão independe da luz.
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pois sua visão penetra o que não podeis penetrar. Nada a obscurece.”
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percebe até mesmo os sons que os vossos sentidos obtusos são incapazes de perceber.”
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corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primeira desta, é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito.
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De fato, nem o frio, nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos da alma; a alma não pode congelar-se, nem se queimar.
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O perispírito é o laço que une o Espírito à matéria do corpo; ele é tirado do meio ambiente, do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria. É o princípio da vida orgânica, mas não o da vida intelectual, pois esta reside no Espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores.
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Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corpóreo, embora não seja exclusivamente moral, como o remorso, já que ele se queixa de frio e calor. Também não sofre mais no inverno do que no verão: já os vimos atravessar chamas, sem nada experimentarem de penoso; a temperatura, pois, não lhes causa nenhuma impressão. Logo, a dor que sentem não é uma dor física propriamente dita: é um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre compreende bem, precisamente porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes exteriores; é mais uma reminiscência do ...more
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A experiência nos ensina que, por ocasião da morte, o perispírito se desprende mais ou menos lentamente do corpo.
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Uma vez morto, o corpo nada mais sente, visto não haver mais nele Espírito, nem perispírito. Desprendido do corpo, o perispírito experimenta a sensação, mas, como já não lhe chega por um conduto limitado, torna-se geral.
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Embora ouçam o som da nossa voz, eles nos compreendem sem o auxílio da palavra, apenas pela transmissão do pensamento. Em apoio ao que dizemos, há o fato de que essa penetração é tanto mais fácil quanto mais desmaterializado está o Espírito. Quanto à visão, ela não depende da nossa luz. A faculdade de ver é um atributo essencial da alma, para quem a obscuridade não existe; contudo, sua visão é mais extensa, mais penetrante nas que são mais purificadas.
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Ao passarem de um mundo a outro, os Espíritos mudam de envoltório, como nós mudamos de roupa, quando passamos do inverno ao verão, ou do polo ao equador.
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Quando vêm visitar-nos, os Espíritos mais elevados se revestem do perispírito terrestre e então suas percepções se produzem como nos Espíritos comuns do nosso mundo, mas todos eles, inferiores e superiores, só ouvem e sentem o que querem ouvir e sentir. Sem possuírem órgãos sensitivos, eles podem, à vontade, tornar ativas ou nulas suas percepções. Apenas uma coisa são forçados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons.
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Os sofrimentos por que passa são sempre a consequência da maneira pela qual viveu na Terra.
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Dome suas paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo egoísmo; purifique sua alma pelos bons sentimentos; pratique o bem; não ligue às coisas deste mundo mais importância do que merecem e, então, mesmo revestido do invólucro corpóreo, já estará depurado, já estará liberto da matéria; e quando deixar esse envoltório, não sofrerá mais a sua influência.
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258. No estado errante, e antes de começar nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que lhe vão acontecer durante a vida? “Ele próprio escolhe o gênero de provas que deseja sofrer e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
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“Nada acontece sem a permissão de Deus, pois foi Ele que estabeleceu todas as leis que regem o Universo.
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Se escolhes um caminho acidentado, sabes que terás de tomar muitas precauções, porque grande é a probabilidade de caíres; ignoras, no entanto, em que trecho cairás, mas é possível que nem caias, se fores bastante prudente.
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260. Como pode o Espírito querer nascer entre gente de má vida? “É necessário que seja posto num meio em que possa sofrer a prova que pediu. Pois bem! É preciso que haja analogia. Para lutar contra o instinto do roubo, é indispensável que se ache em contato com gente dessa espécie.”
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quanto mais perfeitos, tanto mais unidos.
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Da discórdia nascem todos os males dos seres humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”
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“É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.”
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383. Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pelo estado de infância? “Encarnando com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe e que podem auxiliar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de educá-lo.”
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Mesmo a uma criança má por natureza, suas faltas são encobertas pela inconsciência de seus atos.
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421. Como se explica que duas pessoas, perfeitamente acordadas, tenham instantaneamente a mesma ideia? “São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e veem reciprocamente seus pensamentos, mesmo quando o corpo não está dormindo.” Há entre os Espíritos que se encontram uma comunicação de pensamentos que faz com que duas pessoas se vejam e se compreendam sem necessidade dos sinais exteriores da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam entre si a linguagem dos Espíritos.
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Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais que um fenômeno fisiológico, é uma luz projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é nele que ela se mostra claramente.
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A alma tem suas propriedades, como os olhos têm as suas. Deve-se julgá-las em si mesmas e não por analogia.
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A causa da clarividência do sonâmbulo magnético e do sonâmbulo natural é exatamente a mesma: é um atributo da alma, uma faculdade inerente a todas as partes do ser incorpóreo que existe em nós, e que tem como limites apenas aqueles assinalados à própria alma. O sonâmbulo vê em todo lugar em que sua alma possa transportar-se, seja qual for a distância.
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Esta separação parcial da alma e do corpo é um estado anormal, que pode ter duração mais ou menos longa, mas não indefinida; é a causa da fadiga que o corpo experimenta após certo tempo, sobretudo quando a alma se entrega a um trabalho ativo.
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O Espírito, mesmo quando completamente livre, é limitado em suas faculdades e conhecimentos, segundo o grau de perfeição que haja alcançado; e é mais limitado ainda quando ligado à matéria, da qual sofre a influência. Essa é a causa pela qual a clarividência sonambúlica não é universal nem infalível. E tanto menos se pode contar com a sua infalibilidade, quanto mais a desviem do fim proposto pela Natureza e a transformem em objeto de curiosidade e de experimentação.
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No estado de desprendimento em que se acha, o Espírito do sonâmbulo entra mais facilmente em comunicação com os outros Espíritos encarnados ou não encarnados. Essa comunicação se estabelece pelo contato dos fluidos que compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio elétrico. O sonâmbulo não tem, portanto, necessidade de que o pensamento seja articulado por meio da palavra: ele o sente e adivinha. É o que o torna eminentemente impressionável e acessível às influências da atmosfera moral que o envolve. Essa também a razão pela qual o concurso de numerosos espectadores, ...more
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O sonâmbulo vê ao mesmo tempo o seu próprio Espírito e o seu corpo; eles são, por assim dizer, dois seres que lhe representam a dupla existência espiritual e corpórea, confundidos, entretanto, pelos laços que os unem. Nem sempre o sonâmbulo se dá conta dessa situação, e essa dualidade faz que muitas vezes ele fale de si como se falasse de uma pessoa estranha. É que ora é o ser corpóreo que fala ao ser espiritual, ora é o ser espiritual que fala ao ser corpóreo.
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Pelos fenômenos do sonambulismo, quer natural, quer magnético, a Providência nos dá a prova irrecusável da existência e da independência da alma e nos faz assistir ao sublime espetáculo da sua emancipação.