Francisco Dionísio's Blog, page 32
January 9, 2012
Superstições – A Doença da Lua
A Doença da Lua, enfermidade relacionada com o mau-olhado e o quebranto, revela-se através da falta de apetite, febre, diarreia e urina branca como o leite. Ataca as crianças, sobretudo as que ainda não completaram um ano, embora os adultos também possam ser afectados.
Na Lua vê-se uma cara e esta maleita é causada pelo olho da Lua, pelo luar, da mesma forma que o mau-olhado é provocado pelos olhos das pessoas. Algumas fases lunares são mais nocivas que outras. Em certas regiões do país acredita-se que a pior é o quarto crescente, noutras a lua nova. Mas a mais perniciosa de todas é a lua que nasce em Março.
As mães têm o cuidado de evitar que o luar bata na cara dos filhos, enquanto dormem. Também para prevenir a Doença da Lua, põe-se ao pescoço das crianças um saquinho com cinco lascas de chifre de carneiro preto, cinco bichos-de-conta, cinco folhas tortas de aroeira e cinco bagos de trigo. Ou coloca-se sobre a barriga uma folha de couve morna, molhada em azeite, retirando-a apenas depois de enxugar.
Se, apesar de todas as precauções, uma pessoa apanhar a Doença da Lua, juntam-se cinco ramos de alecrim, cinco pedras de sal e cinco lascas de chifre, deitam-se sobre as brasas e defuma-se o doente, recitando:
"Lua que por aqui passaste,
a saúde do meu menino levaste,
se por aqui tornares a passar,
a doença levarás
e a saúde trarás."

January 7, 2012
Personagens de Os Mouros das Terras Encantadas – Obeidalá
Tem mais de dois metros de altura e possui uma força descomunal. De carácter rabugento, faz constantes comentários irritados às contrariedades que lhe vão surgindo, mas os companheiros estão conscientes da sua lealdade. É um dos personagens que mais se destaca em "O Elmo de Cristal".

January 6, 2012
Superstições – Gostos e desgostos
January 4, 2012
Personagens de Os Mouros das Terras Encantadas – Nureddin Ibn al-Jawhar
Filho de Zahara e de Bahaedin al-Jawhar, foi educado em Sharish pelos sábios que al-Farah acolhe na sua corte e desenvolveu uma grande amizade pelo alcaide. Nureddin reúne a força e a determinação do pai aos poderes mágicos e sensatez da mãe. Nele residem as esperanças que muitos sustentam de ver um dia todas as forças que resistem aos Encobertos unidas em torno de um único comandante.

January 1, 2012
Superstições – Erva febra
Em Óbidos e na Mexilhoeira, quando uma rapariga quer saber se o namorado gosta de si, ao cruzar-se com ele, colhe uma espiga de erva febra, tira-lhe a flor e mete-a nove vezes consecutivas na boca. Seguidamente coloca-a no seio, onde a deixa ficar durante pelo menos uma hora. Passado esse tempo, quando tirar a espiga, se esta estiver florida quer dizer que o namorado gosta dela, caso contrário significa que não é correspondida.

December 30, 2011
O duelo
Abu Sakan estava a dois passos de al-Farah. À distância de um golpe do seu alfange, como já estivera muitas vezes, durante os oito séculos de vida que ambos partilhavam nas Terras Encantadas, e acabara sempre por escapar, valendo-se da argúcia, da magia ou da ajuda de outros servidores dos Encobertos. Sakan mantinha o alfange em baixo, como se pretendesse incentivar al-Farah a atacar, mas o alcaide de Sharish examinava-lhe minuciosamente a expressão do rosto, tentando prever o próximo movimento, procurando não se precipitar e dar vantagem ao outro. Deixar Abu Sakan escapar mais uma vez colocaria em perigo a vida de muitas pessoas e não queria correr esse risco.

December 28, 2011
As Máscaras do Solstício III
O isolamento das serranias Transmontanas preservou estes rituais de iniciação e de renovação. Nascidas talvez nos castros das tribos Galaicas, estas figuras simbolizam o que é velho, decadente e que deve perecer, durante o solstício de Inverno, para dar lugar à renovação do mundo.

December 26, 2011
As Máscaras do Solstício II
Numa época na qual impera a informação e a tecnologia, a figura do Careto mantém-se ainda impressionante, mas imaginemos como seriam vistas, em tempos antigos, estas entidades de rosto coberto por máscaras de lata ou madeira, exibindo feições deformadas, monstruosas, que entravam na aldeia numa dança endiabrada, fazendo soar furiosamente os chocalhos que traziam presos à cintura. Imaginemos como seria vistas estas figuras em épocas nas quais, sem electricidade ou meios de transporte eficientes, os Invernos eram mais gélidos e tristes, as noites eram mais escuras, medonhas, e as aldeias se encaixavam em vales sinuosos de onde era difícil sair ou entrar.

December 24, 2011
Natal em Monsaraz II
O presépio estende-se por Monsaraz, arrastando a vila para tempos já esquecidos, em que o Natal era passado em redor da lareira, enquanto se ouvia o gemido do vento sobre a chaminé e velhas histórias tomavam vida na voz de quem as contava.

December 23, 2011
FELIZ NATAL
Francisco Dionísio's Blog
- Francisco Dionísio's profile
- 3 followers
