Raphael T A Santos's Blog

October 22, 2025

Você será uma pessoa diferente depois desses 8 livros

E se um único livro pudesse mudar sua mentalidade para sempre? Estas 8 obras poderosas inspiram evolução pessoal, crescimento emocional e clareza intelectual. Não são somente boas leituras, são guias para se tornar alguém mais forte, mais autoconsciente e mais realizado. Seja em busca de significado, resiliência ou sabedoria, estes livros oferecem insights que ressoam muito depois da última página, ajudando você a reimaginar a pessoa que pode se tornar. Alguns livros não mudam somente o que você pensa, eles transformam quem você é. Estas leituras expandem sua visão de mundo, desafiam suas suposições e o impulsionam a se tornar uma versão mais profunda e sábia de si. De filosofia e psicologia a autodesenvolvimento e comportamento humano, cada título tem o poder de deixar uma marca duradoura. Leia-os não apenas pelo conhecimento, mas pela transformação que provocam em sua vida. Everything Must Go, de Dorian Lynskey Um estudo cultural que analisa como as narrativas apocalípticas refletem nossos medos coletivos. Lynskey mostra que imaginar o fim ajuda a compreender melhor os começos e a viver o presente com urgência e consciência. World Eaters: Como o Capital de Risco Está Canibalizando a Economia, de Catherine Bracy Bracy revela como o modelo do capital de risco, em vez de fomentar inovação, corrói setores, comunidades e criatividade. Um livro que muda a forma de enxergar empresas e o conceito de economia saudável. To Save And to Destroy: Escrever como Outro, de Viet Thanh Nguyen O autor vencedor do Pulitzer reúne ensaios sobre narrativa, identidade e responsabilidade moral. To Save and to Destroy é uma reflexão transformadora sobre representação, voz e pertencimento. When It All Burns: Combatendo o Fogo em um Mundo Transformado, de Jordan Thomas Um relato visceral sobre incêndios florestais na era das mudanças climáticas. Brutal e poético, When it all burns redefine o conceito de resiliência e alerta para a responsabilidade coletiva diante da natureza. Sucker Punch: Ensaios, de Scaachi Koul Com humor e franqueza, Koul aborda luto, identidade e contradições da vida moderna. Uma leitura honesta e comovente que ensina a enfrentar perdas e resistir com coragem. Mark Twain, de Ron Chernow Uma biografia magistral que revela tanto o brilho quanto as falhas de Twain. Chernow conecta a trajetória do escritor à própria evolução dos Estados Unidos, oferecendo um olhar profundo sobre genialidade e contradição. Tudo é Tuberculose, de John Green John Green mistura ciência, memória e crítica social para abordar a tuberculose como espelho moral da humanidade. Um chamado poderoso à responsabilidade diante das vidas que escolhemos salvar. Não Há Sentido em Desejar, de Lawrence Burney Um livro de memórias lírico que atravessa continentes e explora música, arte e identidade negra global. Reflexivo e expansivo, mostra a identidade como fluida e interconectada. Esses livros provam que a leitura pode ser uma experiência transformadora, capaz de mudar não apenas a mente, mas a própria forma de estar no mundo.
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Published on October 22, 2025 03:43

As 5 Melhores Alternativas ao NaNoWriMo para Escrever seu Romance em 2025

O Mês Nacional de Escrita de Romance, conhecido mundialmente como NaNoWriMo, foi por muitos anos um desafio literário que inspirou milhões de pessoas a escrever um livro em apenas trinta dias. Fundado em 1999 por Chris Baty e um grupo de amigos, o projeto cresceu rapidamente até se tornar um fenômeno global. No entanto, após uma série de escândalos e dificuldades internas, a organização responsável pelo evento encerrou suas atividades em abril de 2025. Mesmo assim, o espírito do NaNoWriMo continua vivo. Escrever um romance em novembro virou tradição entre escritores, e várias plataformas criaram suas próprias versões do desafio. A seguir, conheça as cinco melhores alternativas para quem quer participar dessa maratona criativa e concluir o manuscrito em 2025. Por que o NaNoWriMo conquistou tantos escritores O sucesso do NaNoWriMo vinha da simplicidade. O desafio era gratuito, aberto a todos os níveis de experiência e com uma meta clara: 50 000 palavras em 30 dias, cerca de 1 667 por dia. Mais do que números, o evento criava disciplina e comunidade. As novas alternativas mantêm esses princípios, mas acrescentam ferramentas modernas, mentorias e prêmios para tornar a jornada ainda mais estimulante. 1. ProWritingAid: Novel November O ProWritingAid: Novel November combina a estrutura tradicional de 50 000 palavras com oficinas conduzidas por autores renomados. É gratuito e pode ser feito em qualquer ferramenta de escrita. O participante acompanha seu progresso pelo painel do evento, participa de fóruns temáticos e ganha medalhas digitais conforme as metas são cumpridas. Durante outubro e novembro, há workshops de estrutura narrativa e desenvolvimento de personagem com grandes nomes da literatura internacional. Apesar de não oferecer prêmios em dinheiro, a comunidade e o suporte técnico são os grandes atrativos. É perfeito para quem quer reviver o espírito do NaNoWriMo com aprendizado guiado. 2. Order of The Written Word: November Challenge O Order of The Written Word (O2W) é uma iniciativa criada pela autora Holly Rhiannon. O desafio tem três modalidades: escrever 30 000 palavras de um romance, produzir 15 poemas ou 8 contos curtos, ou revisar uma obra já pronta. A comunidade se reúne no Discord, com bots que registram o progresso, sessões coletivas de escrita e oficinas virtuais. O evento oferece camisetas anuais de edição limitada e descontos de parceiros como Scrivener, Ulysses e Plottr. É ideal para quem busca liberdade criativa, aceita metas diferentes e quer evitar o uso de inteligência artificial no processo de escrita. 3. AutoCrit Novel 90 Writing Challenge O AutoCrit Novel 90 é um desafio mais extenso: vai de 1º de outubro a 31 de dezembro, oferecendo três meses para escrever um romance completo. O participante escolhe entre três estilos de escrita: Planner (planejador), Pantser (quem escreve sem planejar) ou Plantser (um híbrido dos dois). Cada grupo é acompanhado por autores reconhecidos que oferecem orientação e motivação. Ao final, há sorteios e destaques para os melhores projetos. É uma alternativa perfeita para quem prefere um prazo mais longo e mentoria contínua. 4. World Anvil: NovelEmber O World Anvil: NovelEmber é a opção mais flexível. Cada escritor define sua própria meta, podendo seguir a tradicional de 50 000 palavras ou criar um objetivo personalizado. A plataforma permite desenvolver romances, contos, campanhas de RPG transformadas em narrativa ou projetos de worldbuilding. O acompanhamento é feito por meio de um painel visual e widgets de progresso. Ao concluir, o participante ganha um certificado digital. A proposta é voltada para quem busca liberdade total e uma comunidade colaborativa voltada à criação de mundos e histórias não convencionais. 5. Outras ferramentas para acompanhar seu progresso Além dessas alternativas, existem plataformas úteis para manter o foco e medir seu avanço durante o desafio. Shut Up & Write organiza sessões presenciais e virtuais de escrita cronometrada com outros autores. 4thewords transforma o processo de escrita em um jogo de RPG, no qual você vence batalhas escrevendo. Novlr é uma ferramenta de escrita com rastreamento de metas e sprints regulares no Discord. Pacemaker permite criar planos personalizados e gráficos de produtividade. TrackBear apresenta seu progresso de forma visual e motivadora. My Write Club é uma plataforma gratuita de sprint e acompanhamento coletivo de metas. Conclusão Mesmo após o encerramento oficial do NaNoWriMo, o desafio de escrever um romance em novembro continua firme. As novas plataformas mantêm o espírito original e adicionam recursos modernos que estimulam tanto iniciantes quanto autores experientes. Seja em busca de prêmios, aprendizado ou apenas o prazer de criar, 2025 oferece várias formas de transformar ideias em histórias completas.
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Published on October 22, 2025 03:15

October 20, 2025

Resenha: Máscaras para os Mortos de M. P. Neves

Sobre o autor M. P. Neves é um escritor brasileiro que vem se destacando no cenário da literatura fantástica nacional. Com atenção ao detalhe, criatividade e ritmo narrativo consistente, ele constrói universos complexos, capazes de dialogar tanto com fãs veteranos do gênero quanto com novos leitores. Máscaras para os Mortos, primeiro volume da saga A Ruína de Noltora, é um exemplo dessa força imaginativa, revelando um autor que sabe unir construção de mundo, personagens cativantes e enredos cheios de tensão. Sinopse Máscaras para os Mortos é uma fantasia sombria. Uma história onde a magia e o horror caminham lado a lado. Em um continente devastado por um cataclismo mágico, nações fragilizadas lutam para se reerguer, enquanto forças ocultas entram em rota de colisão pelo domínio dos restos de uma terra arrasada. Hakim, um jovem guerreiro, foi escolhido pelos altos sacerdotes para ocupar o lugar do Deus-Rei de Var Khalad. Vestindo a armadura e as máscaras de um deus morto, ele precisa defender o império contra monstros anfíbios conhecidos como abissais. Aos poucos, percebe que a maior ameaça a seu povo talvez venha dos próprios sacerdotes. Moira, uma jovem dos clãs bárbaros do Povo das Cinzas, perdeu tudo o que amava para o fogo divino de Var Khalad. Em sua busca por vingança, ela encontra o poder da necromancia. Estaria disposta a pagar o preço que ele exige? Na encruzilhada entre os caminhos de Moira e Hakim, repousa o destino de um continente. Minha avaliação Máscaras para os Mortos é um início promissor de saga. O livro é bem escrito, com uma prosa que prende desde o primeiro capítulo e mantém um ritmo equilibrado entre descrição de mundo e desenvolvimento da trama. O universo criado por Neves é vasto, rico em detalhes e apresenta aquela sensação de imersão que todo leitor de fantasia busca — ao mesmo tempo grandioso e intimista, cheio de nuances políticas, culturais e mágicas. Outro ponto de destaque são os personagens. Ao invés de arquétipos planos, encontramos figuras complexas, com motivações bem delineadas e arcos narrativos consistentes. Essa construção dá peso às escolhas que movem a história e faz com que cada reviravolta seja impactante. A narrativa surpreende não apenas pelo enredo, mas pela capacidade de manter a coesão entre as múltiplas tramas que se cruzam. Ao terminar a leitura, fica clara a ambição da obra: inaugurar um universo que tem muito a oferecer e que dialoga com o que há de melhor na fantasia internacional, mas com um toque inconfundivelmente brasileiro. Nota final Uma excelente obra de literatura fantástica nacional, que surpreende a cada capítulo e abre portas para uma saga com enorme potencial. Para quem aprecia fantasia épica, Máscaras para os Mortos é leitura obrigatória. Nota: 4,5 de 5
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Published on October 20, 2025 01:58

October 17, 2025

Resenha: Enfim, capivaras de Luisa Geisler

Luisa Geisler é escritora brasileira, reconhecida desde muito jovem como uma das vozes mais promissoras da literatura contemporânea. Autora de romances, contos e também tradutora, ela combina humor, leveza e olhar atento sobre as relações humanas. Seus livros exploram o cotidiano e a juventude com originalidade, conquistando leitores que buscam narrativas acessíveis, mas ao mesmo tempo repletas de sensibilidade. Sinopse Em seu primeiro livro para o público jovem adulto, a premiada autora Luisa Geisler narra uma aventura inusitada de cinco jovens em busca de uma capivara perdida. A cidade no interior de Minas Gerais para onde Vanessa se mudou é o tipo de lugar onde anunciam os horários do cinema e os obituários com o mesmo carro de som. Nada de muito interessante acontece por lá, a não ser para Binho, que, segundo ele mesmo, tem várias namoradas e conhece um monte de cantores sertanejos famosos.A verdade é que Binho é um mentiroso contumaz e agora passou dos limites: inventou que tem uma capivara de estimação. Cansados das histórias cada vez mais mirabolantes do garoto, Vanessa se junta aos amigos — Léo, Nick e Zé Luís — para desmascará-lo. E eles estão decididos a ir até as últimas consequências.Narrado durante as doze horas de uma noite regada a álcool, salgadinhos, segredos e romances mal resolvidos, Enfim, capivaras explora, através de diferentes pontos de vista, os relacionamentos entre um grupo de adolescentes em busca de uma capivara — ou muito mais do que isso. Minha avaliação Enfim, capivaras é uma leitura leve, despretensiosa e divertida. O enredo gira em torno de um grupo de amigos que parte em busca da capivara perdida de um deles — personagem que, não por acaso, é também um grande mentiroso. O que poderia parecer apenas uma anedota se transforma em uma aventura adolescente capaz de despertar no leitor tanto a curiosidade pela trama quanto uma nostalgia inevitável. Há nessa jornada algo de universal: todos já vivemos momentos em que a amizade, as pequenas obsessões e a sensação de pertencimento eram o centro do mundo. Luisa Geisler captura com precisão esse espírito da adolescência, criando personagens e situações que ecoam no leitor adulto como lembranças de um tempo em que tudo parecia maior do que realmente era. A graça do livro está justamente nesse equilíbrio: uma narrativa leve, que não exige compromisso ou grandes reflexões, mas que oferece diversão e ternura. É daqueles livros que cativam pela simplicidade e pelo afeto que evocam, mais do que pela complexidade da trama. Nota final ⭐ 4 de 5
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Published on October 17, 2025 03:50

October 15, 2025

Como se tornar um escritor melhor: 20 truques e dicas essenciais

Escrever, na prática, parece simples: colocar uma palavra depois da outra. Mas todo escritor sabe que, entre uma palavra e outra, cabem dúvidas, inseguranças e até mundos de frustração. Quem nunca encarou a tela em branco e pensou em desistir antes mesmo de começar? A boa notícia é que a escrita, como qualquer ofício, pode ser lapidada. Com disciplina, leitura e algumas estratégias, é possível evoluir consistentemente. Abaixo, reuni 20 dicas fundamentais para quem deseja escrever melhor, seja literatura, não-ficção, poesia ou qualquer outro gênero. 1. Escreva, de fato A primeira dica parece óbvia, mas é a mais negligenciada. A escrita melhora com a prática. Dedique tempo todos os dias, mesmo que somente 20 minutos. Quanto mais você escreve, mais descobre seus hábitos, seus melhores horários de produtividade e como organizar suas ideias. 2. Vença a repetição Leia seus textos antigos e sublinhe palavras ou estruturas que se repetem demais. Talvez seus personagens “sorriam” o tempo todo, ou suas frases comecem sempre do mesmo jeito. Identificar seu “idioleto” ajuda a eliminar muletas linguísticas e variar o estilo. 3. Fuja dos clichês “Tudo o que importa não é o destino, mas os amigos que fizemos pelo caminho.” Se essa frase já lhe soa batida, é porque os clichês matam a originalidade. Prefira sempre imagens novas, metáforas próprias e descrições autênticas. É assim que seu texto se torna memorável. 4. Busque clareza e concisão Palavras demais podem sufocar uma boa ideia. Releia e corte o que não acrescenta. Compare: “Ele foi até o parquinho para ver se havia um ancinho que pudesse usar para limpar todas as folhas” pode virar “Ele procurou um ancinho no parquinho para limpar as folhas”. Mais curto, mais direto, mais eficaz. 5. Leia muito e de tudo Stephen King já disse: quem não lê, não pode escrever bem. Ler é absorver ritmo, vocabulário e estilo quase por osmose. Leia clássicos, contemporâneos, ficção, não-ficção, poesia, jornalismo. Quanto mais referências, mais rica será a sua escrita. 6. Leia ativamente Não basta ler: é preciso analisar. Grife trechos que chamem sua atenção. Pergunte-se: “Por que essa frase funciona? Como o autor construiu esse efeito?” A leitura crítica é uma das melhores escolas de escrita. 7. Use sua voz, não fórmulas Guias de estrutura são úteis, mas jamais substituem sua personalidade. O que diferencia seu texto é o seu olhar. Escreva com suas opiniões, humor, ritmo e estilo. Textos que soam engessados são esquecidos rapidamente. 8. Experimente formatos novos Se sentir que está estagnado, mude de formato. Se escreve contos, tente poesia. Se faz crônicas, arrisque um ensaio. Essa experimentação limpa o “paladar criativo” e pode trazer novas soluções narrativas. 9. Capriche nas aberturas Leitores decidem em poucos parágrafos se continuam ou não. Evite “aquecimentos” longos. Comece de forma impactante, seja com uma cena forte, uma imagem inusitada ou uma frase que instigue. 10. Construa finais que fiquem na memória Um bom final fecha o arco e deixa eco. Pode ser uma conclusão clara ou até uma ambiguidade proposital, mas precisa soar intencional. O último parágrafo é a sua chance de permanecer na mente do leitor. 11. Contextualize suas ideias Se escreve não-ficção, dê contexto às suas afirmações. Compare, cite pesquisas, traga contrapontos. Na ficção, contextualizar também importa: sua história faz parte de uma tradição literária e dialoga com o que veio antes. 12. Revise com frieza Deixe o texto descansar e depois volte com olhar crítico. Avalie clareza, ritmo, repetições e cortes possíveis. Todo escritor precisa ser também editor de si. 13. Seja claro e objetivo Cada frase deve transmitir exatamente o que você quis dizer. Reescreva até que não haja dúvida possível para o leitor. Clareza é mais valiosa do que floreios. 14. Pense no leitor Não escreva somente para si. Pergunte-se: isso interessa ao leitor? Está claro? É envolvente? Um texto é uma ponte, não adianta se o outro lado não consegue atravessar. 15. Estude narrativa e recursos literários A Pirâmide de Freytag, a estrutura em três atos, o arco do herói. Essas ferramentas não são regras absolutas, mas guias que ajudam a entender como histórias funcionam. Estudar estilo, metáforas e figuras de linguagem também amplia seu repertório. 16. Invista em aprendizado formal Cursos, oficinas, palestras e até faculdades de escrita podem acelerar seu crescimento. Além da técnica, proporcionam networking e feedbacks valiosos. 17. Aceite feedback Mostre seus textos a leitores de confiança. O olhar de fora enxerga falhas que você não percebe. Saiba filtrar críticas construtivas das irrelevantes e use o retorno para crescer. 18. Crie laços com outros escritores Grupos de escrita, clubes de leitura e comunidades online fortalecem sua jornada. Conversar com outros escritores gera troca de ideias, motivação e novas perspectivas. 19. Persistência acima de tudo A escrita exige disciplina. Haverá dias ruins, rejeições e bloqueios criativos. Persistir, mesmo quando o entusiasmo some, é o que separa quem escreve como hobby de quem constrói uma carreira. 20. Aceite o fracasso como parte do processo Todo escritor é rejeitado. Grandes obras já foram recusadas dezenas de vezes. Fracasso não define talento. O que define é a capacidade de continuar escrevendo, aprendendo e tentando de novo. Conclusão Escrever bem não é dom sobrenatural, mas prática diária e consciência do processo. Ler, revisar, experimentar e persistir formam a base do desenvolvimento. Se você sonha em se tornar um escritor melhor, comece aplicando uma dica de cada vez. A evolução virá, palavra após palavra.
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Published on October 15, 2025 01:48

October 13, 2025

Resenha: Torto Arado de Itamar Vieira Junior

Itamar Vieira Junior é um dos nomes mais importantes da literatura brasileira contemporânea. Nascido em Salvador, doutor em Estudos Étnicos e Africanos, trabalhou por anos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o que lhe deu contato direto com a realidade de trabalhadores rurais e comunidades quilombolas. Esse olhar atento às lutas sociais e às marcas da desigualdade brasileira atravessa sua obra. Torto Arado, publicado em 2019, venceu prêmios como o Leya, Jabuti e Oceanos, tornando-se rapidamente um dos romances mais comentados e essenciais da literatura nacional recente. Sinopse Obra literária obrigatória para os vestibulares UEL 2025 e UFSC 2025.  Um texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social. Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas — a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção. Minha avaliação Torto Arado é uma narrativa poderosa que expõe as feridas abertas do Brasil profundo. O livro é narrado por três protagonistas — duas irmãs e uma terceira voz que deve permanecer em mistério —, recurso que amplia a complexidade da trama e permite diferentes perspectivas sobre a vida no sertão. Desde a infância das irmãs, marcada por um evento traumático que molda suas trajetórias, até a vida adulta, acompanhamos uma história permeada por violência, silenciamento, injustiça e, ao mesmo tempo, resistência. Itamar escreve com delicadeza, mas também com visceralidade, equilibrando lirismo e dureza para dar corpo às dores e às esperanças de seus personagens. Mais do que uma história familiar, Torto Arado é um retrato contundente do Brasil rural, onde a herança da escravidão ainda pulsa, seja na exploração do trabalho, seja na luta por terra e dignidade. A força do romance está na sua capacidade de unir denúncia social com beleza literária, sem perder o impacto humano. Nota final Uma leitura necessária, especialmente em tempos de apagamento histórico. Torto Arado não é apenas um livro, mas uma experiência de confronto e reflexão sobre quem somos como sociedade. Nota: 5 de 5
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Published on October 13, 2025 01:53

October 10, 2025

Resenha: Este é o mar de Mariana Enríquez

Mariana Enríquez é uma das principais vozes da literatura argentina contemporânea. Jornalista e escritora, sua obra mistura horror, crítica social e marginalidade urbana, sempre com uma atmosfera densa e perturbadora. Sinopse Mariana Enriquez constrói em novo livro um universo sombrio em que lendas do rock encontram fãs fanáticos e seres mitológicos Lendas do rock nunca fenecem. E tudo porque entregaram a vida às Luminosas, seres atemporais que se alimentam dos aspectos mais pungentes da devoção humana. Kurt Cobain? Lenda criada por Violeta. Sid Vicious? Gina. Jim Morrison? Marianne. No universo de Este é o mar, se tornar uma verdadeira lenda do rock envolve seres mitológicos femininos e um mundo intenso e sombrio, marcado pelo esquecimento e pelas lembranças que atravessam gerações. Helena é uma das responsáveis por manter a engrenagem do fanatismo a todo vapor, incitando os jovens fãs humanos a darem tudo de si e a consumirem seu ídolo. No entanto, não quer ser apenas uma abelha operária. Para se tornar uma Luminosa, precisa criar uma nova Lenda. Agora, tendo a morte como aliada, sua missão é eternizar James Evans, o vocalista da banda Fallen — uma árdua tarefa em meio à era da fugacidade dos desejos. Após a repercussão de As coisas que perdemos no fogo , que consagrou o estilo da autora em unir horror a aspectos do cotidiano, Este é o mar traça na esfera do mitológico os aspectos mais perturbadores e indizíveis da essência humana. Um retrato visceral da adolescência e da nossa sociedade, que reafirma Mariana Enriquez como uma das vozes mais potentes da literatura argentina contemporânea. Minha avaliação A ideia central é original e instigante: imaginar uma mitologia para a música e para o fanatismo em torno das bandas e artistas. Porém, a execução não me convenceu. A trama é desengonçada, perde ritmo e não se sustenta na própria dinâmica. Há momentos em que a narrativa soa arrastada, e em outros, dispersa, como se a história não encontrasse uma linha clara a seguir. Não sei até que ponto isso é efeito da tradução ou do texto original, mas senti que a leitura foi, em muitos trechos, difícil e até tediosa. Isso me frustrou, pois esperava mais intensidade e envolvimento, especialmente de uma autora tão poderosa em outros trabalhos. Ainda assim, não se pode negar a ousadia da proposta. O projeto de construir uma mitologia da música é criativo e sugere caminhos interessantes, ainda que, no fim, não alcance todo o impacto que poderia ter. Nota final ⭐ 2,5 de 5
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Published on October 10, 2025 02:10

October 8, 2025

Autor Paleolítico: Conselhos Terríveis de Escrita com um Autor da Idade da Pedra

Imagine descobrir um manuscrito literário congelado em um bloco de gelo, escrito por um autor do paleolítico. Agora imagine esse mesmo autor, recém-descongelado, dando entrevistas e distribuindo dicas de escrita como se fosse um guru literário do século 21. Foi exatamente isso que aconteceu. Nossa equipe conversou com o Escriba das Cavernas, que insiste em dizer que é pioneiro da “publicação independente em paredes de caverna”. O resultado? Conselhos tão ruins que fariam qualquer escritor moderno agradecer por nascer milênios depois. “Escreva o que você sabe” (mesmo que só saiba bater pedras) Para o Autor Troglodita, a chave de um bom livro é escrever somente sobre aquilo que você conhece. Como ele só conhece caçadas, fogueiras e pedras, todos os protagonistas de seus livros são homens das cavernas musculosos, irresistíveis e absolutamente perfeitos. Quando questionado sobre críticas de que seus personagens são “Mary Sue”, ele responde sem hesitar: “Leitor não gosta de personagem com falha. Personagem com falha lembra muito leitor. Melhor herói começar incrível e terminar ainda mais incrível”. Ponto de vista narrativo: todos sabem tudo Enquanto escritores modernos discutem narradores em primeira pessoa ou terceira pessoa limitada, o Autor Troglodita prefere outra abordagem: “Narrador deve dizer tudo. O que herói pensa, o que vilão pensa, o que galinha pensa no fundo da cena. Sem segredos para o leitor.”O resultado? Livros de mistério em que, já no primeiro capítulo, o assassino pensa em voz alta que é o culpado. Suspense, segundo o Escriba das Cavernas, é “perda de tempo”. Planejamento de enredo? Só se for na pedra lascada Perguntamos se ele é do time que planeja a história ou dos que escrevem de improviso. A resposta foi curta: “Autor Troglodita não planeja. E Autor Troglodita não tem calças.”Seu método de escrita é simples: começar com uma ideia absurda e adicionar outras ainda mais absurdas, sem nenhuma preocupação com coerência. Um de seus romances começa com um homem das cavernas que come uma galinha, que vira outra galinha, que vira um monstro de pedra, que depois se transforma em uma rocha que decide morar na Lua. O título prometia ser sobre uma garota, mas ele esqueceu de colocar a personagem principal. Detalhes. Influências literárias e processo criativo No tempo que passou no século 21, o Escriba das Cavernas garante ter estudado outros escritores, mas diz que seu maior exemplo é “um cara que escrevia muito, acreditava em deuses estranhos e nunca revisava nada”. Sua filosofia é clara: primeiro rascunho é também último rascunho. Se um agente literário sugerir revisões, a melhor solução, segundo ele, é “discutir enquanto o agente dorme com pedra na mão”. Marketing pré-histórico: como vender livros sem internet Perguntamos ao Autor Troglodita quais seriam suas estratégias de marketing. A resposta foi imediata: “Livro bom se vende sozinho. Mas, se não vender, risca propaganda na parede da caverna vizinha.”Segundo ele, alguns métodos infalíveis de divulgação incluem: Sessões de autógrafos em pedra Enquanto autores modernos sonham com noites de autógrafos em livrarias, o Escriba das Cavernas garante que não há nada como “sessão de autógrafos na pedra polida”. O fã entrega uma lasca de pedra, e ele devolve com uma assinatura feita com sangue de javali. “Muito mais pessoal e inesquecível”, ele garante. Distribuição de exemplares: ossos e favores Em vez de vender exemplares, o Autor Troglodita prefere trocar livros por ossos raros, frutas secas ou favores caçadores. Perguntamos como ele mede o sucesso das vendas. Ele explicou: “Um livro de sucesso é quando pilha de ossos na frente da caverna fica tão alta que bloqueia a entrada.” Conclusão: péssimos conselhos, ótimas risadas No fim, o Autor Troglodita deixa claro que sua missão é inspirar novos escritores a abandonarem regras chatas como coerência, suspense e revisão. Para ele, literatura é como pintura rupestre: basta riscar na parede e esperar que alguém goste.Talvez suas dicas sejam realmente terríveis para autores modernos, mas não dá para negar que sua sinceridade é pré-histórica e, de certa forma, refrescante.
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Published on October 08, 2025 01:42