Filosofía del budismo Zen Quotes

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Filosofía del budismo Zen Filosofía del budismo Zen by Byung-Chul Han
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“Hojas de flor flotan al viento. Con cada una envejece la rama del ciruelo. BUSON”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Sabemos que también para Nietzsche reír es una expresión de libertad. Él se «libera riendo», con la risa deshace toda coacción. Y con la risa Zaratustra se quita del medio a Dios: Desgarra al dios en el hombre, como a la oveja en el hombre, y desgarrando reír –¡esa, esa es toda tu felicidad!”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“A compaixão que surge da afabilidade arcaica não se deixa compreender a partir da “compaixão” comum. Ela se aplica, em primeiro lugar, não apenas a outros seres humanos, mas ao ente em geral. Em segundo lugar, ela não se deve à identificação ou a se “pôr no lugar do outro” [Einfühlung]. A compaixão da afabilidade não conhece aquele Eu que se compadece ou se alegra com o outro por meio de um processo de identificação. Se todo “sentimento” [Gefühl] estivesse ligado ao “sujeito”, então, a compaixão [Mitgefühl] não seria um “sentimento”. A compaixão não é um sentimento “subjetivo”, não é uma “inclinação”. Ela não é meu sentimento. Ninguém sente. A compaixão acontece com alguém. Ela é afável: “Ele [o zen-budista] se alegra e sofre como se não fosse de modo algum “ele” que se alegra e sofre. Ele se sente como na respiração: não é “ele” que respira, como se a respiração dependesse dele e do seu consentimento, mas sim ele é respirado e tem, aí, no máximo, a observação consciente”. O Com afável se deve ao vazio que é esvaziado dessa distinção entre Eu e outro. Ele não permite aquele Si que se sentiria na compaixão: “Compaixão [...] não pode promover o menor sentimento de satisfação consigo mesmo”. Aquele Com afável está enraizado em uma in-diferença [In-Differenz] ou equi-valência [Gleich-Gültigkeit]. Ele é livre tanto do ódio quanto do amor, tanto do afeto como da repulsa.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“O filósofo tem de refletir sobre a morte. O cuidado com a filosofia não é senão o cuidado com a morte. O filósofo tem de morrer já em vida, antecipar em vida a morte ao desprezar o corpo e fugir dele como lugar do mal e da finitude. A morte, portanto, não é um ponto-final, uma queda ou revolução, mas sim um começo especial, um ponto de partida no qual a alma, livre do fardo do corpo, se eleva, livre como uma borboleta, para um lugar “nobre, puro e invisível”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“O vazio como o lugar do haiku es-vazia tanto o Eu como o Isso. Assim, o haiku não é nem “pessoal” nem “impessoal”.

Cheiro de rochas:
Essa grama vermelha
D’água e calor
Bashō

Os haikus não apontam, além disso, para nenhum significado oculto que devesse ser encontrado. Não há metáfora da qual se deveria retirar uma interpretação. O haiku é completamente evidente. Ele é claro em si mesmo. Não é preciso primeiramente “esclarecê-lo”.

Bater do vento
Faz com que os pássaros
Fiquem mais brancos
Buson

O haiku revela inteiramente o seu “sentido”. Ele, por assim dizer, não tem nada para esconder. Ele não é voltado para dentro. Não habita nele nenhum “sentido profundo”. A ausência de “sentido profundo” constitui, justamente, a sua profundidade. Ela é correlata da ausência de interioridade da alma. A abertura clara, a amplidão desimpedida do haiku surge do coração des-interiorizado, es-vaziado, da coleção de ninguém, sem interioridade.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Certamente, o espírito zen-budista é oposto ao espírito hegeliano, cujo traço fundamental é a interioridade. A prática zen-budista é a tentativa de des-interiorizar o espírito, sem, todavia, afundá-lo ou invertê-lo em um mero “fora”, ou esvaziá-lo em um “invólucro vegetável”. O espírito deve ser es-vaziado em uma vigília e recolhimento sem interioridade. O satori caracteriza o estado do espírito que, por assim dizer, floresce, floresce para além de si, que, por assim dizer, passa inteiramente na luz e no esplendor de cores. O espírito iluminado é a árvore florescente. O satori é o outro da “mesmidade”, o outro da “interioridade”, o que, todavia, não significa nenhuma “exterioridadade” ou “alienação”. Ultrapassa-se, muito antes, a distinção entre “dentro” e “fora”. O espírito se des-interioriza em uma in-diferença, sim, no Afável.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“A camada profunda do desejo de se fundir com Deus aponta para uma estrutura narcisista. Na unio mystica [união mística], o ser humano se deleita com Deus. Ele se vê em Deus, se alimenta, por assim dizer, dele. O zen-budismo é livre de toda autorreferencialidade narcisista. Não haveria nada com que eu poderia me “fundir”, nenhuma contraparte divina que espelharia o meu Si. Nenhum “Deus” restitui ou reembolsa o Si. Nenhuma economia do Si anima o coração vazio. O vazio do zen-budismo nega precisamente toda forma de retorno narcisista a si. Ele des-espelha o si.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Também o pensamento de Heidegger abdica, como se sabe, de toda representação metafísica do fundamento no qual a pergunta pelo porquê chegaria à paz, de um fundamento de explicação [Erklärungsgrundes] ao qual se deveria remeter o ser de todo ente. Heidegger cita Silesius: “A rosa é sem porquê, ela floresce porque floresce”. Heidegger contrapõe esse sem-porquê ao “princípio de razão suficiente”: Nihil est sine ratione [nada é sem razão]. Certamente, não é fácil se demorar no sem razão ou habitar nele. Ter-se-á, afinal, que clamar por Deus? Heidegger cita novamente Silésio: “Um coração que por razão de Deus é silencioso como Ele quer, é de bom grado tocado por Ele: Ele é o seu instrumento”. Sem Deus, o coração permaneceria, então, sem “música”. Enquanto Deus não tocar, o mundo não soa. Precisa o mundo, então, de um Deus? O mundo do zen-budismo não é apenas sem “porquê”, mas também sem qualquer “música” divina. Também o haiku, caso se o escute mais atentamente, não é “musical”. Ele não tem nenhum desejo, é livre de todo clamor ou nostalgia. Assim, ele soa insípido. Essa insipidez intensiva constitui a sua profundidade.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“A meditação zen é radicalmente diferente da meditação de Descartes, que, em sua orientação pela máxima da certeza, se salva da dúvida, como se sabe, por meio da ideia de “Eu” e de “Deus”. O mestre zen Dōgen comunicaria a Descartes que ele poderia continuar com a sua meditação, avançar ainda mais com a sua dúvida e aprofundá-la ainda mais, até chegar àquela grande dúvida, até ele mesmo se tornar essa grande dúvida que despedaça inteiramente tanto o “Eu” como a ideia de “Deus”. Tendo chegado a essa grande dúvida, Descartes teria, possivelmente, clamado de alegria: neque cogito neque sum [Nem penso nem existo]: “O lugar do não pensamento não pode ser medido por nenhum conhecimento, pois na esfera do verdadeiro ser-assim [Soseins] não há nem ‘Eu’ nem ‘outro”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“O budismo não permite nenhum chamado de Deus. Ele não conhece nem a interioridade divina, na qual o chamado poderia se afundar, nem a interioridade humana, que careceria de um chamado. Ele é livre de toda pulsão pelo chamado. É estranho a ele aquele “impulso imediato”, aquela “nostalgia”, aquele “instinto do espírito” que demandaria a concreção ou a concentração de Deus “na figura de um ser humano efetivo” (a saber, Cristo). Na figura humana de Deus, o ser humano veria a si mesmo. Ele se sentiria em Deus. O budismo, em contrapartida, não é estruturado narcisisticamente.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Em sua interpretação do budismo, Hegel opera, de maneira problemática, com conceitos onto-teo-lógicos como substância, essência, Deus, poder, soberania e criação, que são todos inadequados para o budismo. O nada budista é tudo, menos uma “substância”. Ele não é nem “em si essente” nem [algo que] “repousa e permanece em si mesmo”. Antes, ele é, por assim dizer, em si vazio. Ele não foge à determinação para se recolher em seu interior infinito. O nada budista não se deixa determinar como aquela “força substancial” que “rege o mundo e permite que tudo se origine e venha a ser segundo uma ordenação [Zusammenhang] racional”. O nada significa, antes, que nada domina. Ele não se exterioriza como um senhor. Dele não parte nenhuma “soberania”, nenhum “poder”. Buda não representa nada. Ele não encarna a substância infinita em uma singularização individual. Hegel emaranha de maneira inadmissível o nada budista em uma relação representacional e causal. O seu pensamento, que se dirige à “substância” e ao “sujeito”, não concebe apreender o nada budista.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Para Hegel el budismo es una «religión del ser en sí». Aquí Dios se concentra en su interior. Está «cortada» la «relación con otro». En cambio, a la religión de la «fantasía» le falta esta concentración. Allí el «uno» no está en sí mismo, más bien «está sometido a un movimiento disperso».”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“La dimensión profunda del deseo de fundirse enteramente con Dios muestra una estructura narcisista.”
Byung-Chul Han, Philosophie des Zen-Buddhismus
“La ausencia del «Señor» desliga el budismo de toda economia del dominio. La falta de concentración del «poder» en un nombre conduce a una ausencia de la violencia. Nadie representa un «poder».”
Byung-Chul Han, Philosophie des Zen-Buddhismus
“Después de la comida dormir y hacerse un buey bajo las flores del melocotonero. BUSON”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Si encontráis a Buda, matad a Buda. [...] Entonces alcanzaréis liberación por primera vez, entonces ya no estaréis encadenados por cosas y lo penetraréis todo libremente.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“Todo ha salido de la nada y todo vuelve a la nada. La nada es lo uno, el principio y el final de todo.”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen
“La «filosofía del budismo Zen» se alimenta de un «filosofar sobre» y «con» el budismo Zen. Tiene”
Byung-Chul Han, Filosofía del budismo Zen