Literatura infantil Quotes

“Los apellidos son prosa, los nombres poesía. Hay quienes se pasan la vida leyendo la novela irremediable del apellido. Pero en el nombre laten caprichos, intenciones, prejuicios, contingencias, emociones. Y suele ser la única obra que la madre y el padre escriben juntos.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“La lectura silenciosa es en cierto modo una conquista; quienes leemos en silencio y en soledad aprendemos, justamente, a estar solos, o mejor dicho reconquistamos una soledad menos agresiva, una soledad vaciada de angustia; nos sentimos poblados, multiplicados, acompañados mientras leemos en silenciosa soledad sonora.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Me enorgullece que la primera palabra pronunciada por mi hijo, hace cinco días, haya sido, contra toda tendencia estadística, la palabra papá. Ahora la dice a cada rato. Todavía le cuesta, eso sí, articular la bilabial oclusiva sorda p, por lo que momentáneamente la reemplaza por bilabial nasal sonora m.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Los padrastros empiezan perdiendo la ruidosa batalla de la legitimidad. Pero de pronto alguien va y dice: «Mi padrastro fue mi verdadero padre». Yo quiero escuchar esas historias.

Tal vez todos los padres somos, en el fondo, padrastros de nuestros hijos. La biología nos asegura un lugar en sus vidas, pero igual ansiamos que nos elijan como padres. Que alguna vez digan esta frase tan maravillosamente rara: mi padre fue mi verdadero padre.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“You already know how it ends. Endings, for you, are not tied to closure, they don’t represent the finish line but rather an intermediate position, like when a cyclist completes a lap but still has several rounds to go before the race is over. And really, that’s how literature for adults functions too, though we tend to ignore that fact; we tend to surrender to the superstition of the ending, the denouement, because sometimes we need to assume that stories end, obediently, on the final page.”
― Alejandro Zambra, Childish Literature

“He notado que actualmente en lugar de decir 'terminó conmigo' los jóvenes dicen 'me terminó', y me encanta esta nueva fórmula, porque eso sentí entonces: que ella me terminaba, me liquidaba, me aniquilaba. Que me sacaba las pilas, que me desenchufaba y me cortaba el cable y me guardaba en una caja en el entretecho para siempre”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“La lectura silenciosa es en cierto modo una conquista; quienes leemos en silencio y en soledad aprendemos, justamente, a estar solos, o mejor dicho reconquistamos una soledad menos agresiva, una soledad vaciada de angustia; nos sentimos poblados, multiplicados, acompañados mientras leemos en silenciosa soledad sonora”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“-¿Y por qué quisiste tener un hijo? En estos pocos meses como quince personas se han permitido preguntarme eso.

-Lo que en realidad quiero es ser abuelo, este es solo el paso previo -respondo, por ejemplo.

O bien:

-Porque estaba harto de los gatos.
-Porque ya era hora.
-Por motivos personales.
-Porque estoy enamorado.
-Por curiosidad.

Me gusta particularmente esta última respuesta, tan delicada y banal. Acaso sería mejor hablar de curiosidad intelectual o de afán experimental. O apelar al deseo de aventura, a la prestigiosa sed de experiencias, a la necesidad de comprender la naturaleza humana. Pero me gusta más la respuesta sencilla, a lo Pandora.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“leer es recibir secretos, pero también contarse secretos uno mismo.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Mi única excusa, legítima pero pobre, es la juventud.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Quizás prefiero imaginar que ese adulto del futuro nos ama como yo amo a mis padres: con un amor incondicional y el deseo ferviente y probablemente fallido de no parecerme a ellos.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Debería irme al cuartito de la azotea donde habitualmente trabajo, pero antes de subir preparo más café y vuelvo al sofá para leer otra vez el cuento del topo, no sé muy bien por qué. Bueno, no hay ningún misterio: porque te extraño, pues. Me pasa mucho, también le pasa a tu madre: justo cuando por fin tenemos tiempo para trabajar, nos distrae tu ausencia.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“We turned right, heading toward Café Haití. In a fit of optimism, I thought maybe the danger would end there, and that, as on so many other occasions, my father would order an espresso and I’d get an almond frappé, and we would return the obligatory smiles of those scantily clad young women with endless legs whom I looked at with such shame and delight.”
― Alejandro Zambra, Childish Literature

“When it’s said that someone works with their hands, no one thinks about writers. Rightly so. We have the hands of exceptionally mediocre pianists. My father is not a writer, he never has been, never wanted to be. He was never interested in poetry. Though I do remember a day when he wrote a poem. “It can’t be that hard, Chile is a nation of poets,” he said.”
― Alejandro Zambra, Childish Literature

“embora milhões de leitores tenham passado por suas páginas, A River Runs Through It é, por um momento, um livro que só eu e meu pai conhecemos. tenho certeza de que ele também sublinhou esta frase: "as pessoas com quem convivemos e que amamos e a quem deveríamos conhecer são justamente as que nos escapam".”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“é um mundo tão familiar e tão alheio, isto é, tão parecido ao mundo que eu habitava e rejeitava ao mesmo tempo. essa violência tão masculina, essa irmandade tão masculina, essa falta de comunicação tão masculina.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“quero dizer: nossos pais estavam tristes, é claro, todos os minutos de todas as horas de todos os dias eles estavam tristes, e a vitória era apenas uma trégua, um paliativo, uma gentileza, um pequeno truque; um sinal exíguo que lhes permitia acreditar momentaneamente que nem tudo era tão terrível.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“não quero caricaturizar minha relação com Anastasia. bem, nem tanto, porque às vezes caricaturizar é inevitável e até aconselhável, porque nos permite perdoar essas outras pessoas que fomos. mesmo que, para dizer a verdade, quem careça de perdão sejamos nós, os adultões insensíveis de agora, capazes de minimizar o que - isso nós sabemos, mas fingimos não saber - foi importante e sério e incrível. falamos do passado e rimos de nós mesmos como se nunca no futuro fossemos rir de quem somos agora.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“- não sei, não estou chorando por algo específico, não estou triste. nunca choro por algo específico. estou acostumada a chorar, sou a favor do choro.
- eu também - falei, sorrindo.
- não sei por que choro. às vezes penso que estou fingindo, o tempo todo. não sou assim.
- eu gosto de como você é. mesmo que você não saiba como é. e eu também finjo, o tempo todo. contigo e com todo mundo”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“ao colocar em palavras minha novíssima e soberana decisão, senti a vertigem e o prestígio das frases definitivas, cruciais.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“eu não soube o que responder. nunca sabia o que responder. por isso, escrevia. o que escrevo são as respostas que não consegui pensar a tempo. os rascunhos dessas respostas, na verdade.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“imagino que ele é livre para nos julgar com severidade, que em sua mente somos selvagens que saquearam o planeta, talvez uns covardes da pior espécie, ou seja, desses que pensam que são corajosos.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“de todas as especialidades de cuidados paternos - guia de escadas, auxiliar de vestuário, conciliador de meias, coletor de brinquedos largados no chão, cheerleader de almoços, salva-vidas de piscina individual etc. - a que desempenhei com maior alegria e, acredito, com maior destreza foi a de inventor e intérprete de vozes de todo tipo de objetos.
[...] a paternidade volta a legitimar a brincadeira que abandonamos quando o senso de ridículo conseguiu nos governar por inteiro, inclusive, tristemente, a intimidade.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“de todas as especialidades de cuidados paternos - guia de escadas, auxiliar de vestuário, conciliador de meias, coletor de brinquedos largados no chão, cheerleader de almoços, salva-vidas de piscina individual etc. - a que desempenhei com maior alegria e acredito, com maior destreza foi a de inventor e intérprete de vozes de todo tipo de objetos.
[...] a paternidade volta a legitimar a brincadeira que abandonamos quando o senso de ridículo conseguiu nos governar por inteiro, inclusive, tristemente, a intimidade.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“bem, não há mistério algum: é porque sinto a sua falta. acontece muito comigo, e também com sua mãe: justo quando finalmente temos tempo para trabalhar, sua ausência nos distrai.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“o final você já sabe. os finais, para você, não estão vinculados a um desfecho nem representam a meta, e sim uma posição intermediária [...]. na verdade, é assim que funciona, também, a literatura dos adultos, embora costumemos ignorar esse fato; costumamos nos render à superstição do final, do desenlace, porque às vezes precisamos imaginar que as histórias terminam, obedientemente, na última página.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“sua existência modifica
o lugar do que é sagrado
sua chegada tem mudado
a esperança, que fabrica
e a coragem, que triplica;
menino, recém-nascido
sempre que ouvir seu pedido
te levo no canguru
pelo resto do futuro
meu macaquinho querido.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“a leitura silenciosa é, de certa maneira, uma conquista; nós, os que lemos em silêncio e solitários, aprendemos, justamente, a estarmos sós, ou melhor, reconquistamos uma solidão menos agressiva, uma solidão despida de angústia; sentimo-nos povoados, multiplicados, acompanhados enquanto lemos em sonora solidão.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“a leitura não pertence à série de atividades que fazemos por você enquanto você não aprende a realizá-las sozinho. não é como escovar os dentes ou se vestir ou cortar as unhas.

tampouco é como caminhar, embora eu goste de pensar que é parecido. nós te carregamos no colo até você aprender a andar e continuamos te carregando quando você se cansa e às vezes te carregamos mesmo que você não esteja cansado e continuaremos fazendo isso enquanto aguentarmos seu peso e enquanto você aguentar o peso simbólico de ser carregado por nós.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil

“Assim passam os dias, cansativos porém felizes, entremeados por dias felizes porém cansativos e por dias felizes porém felizes.”
― Alejandro Zambra, Literatura infantil