E se eu precisasse de você? (E se #1)
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Read between February 28 - March 20, 2023
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Tentei me mexer, mas as pernas de Marco estavam completamente enroladas nas minhas e sua mão estava em volta da minha cintura. Abri os olhos e o observei por alguns segundos, dormindo tranquilamente, o peito subindo e descendo devagar, uma mecha de cabelo caindo próxima aos olhos. Ele era lindo, definitivamente era. Cada traço do seu rosto parecia ter sido esculpido.
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Levantei uma das mãos para tirar a mecha do meio do caminho e ele se mexeu, puxando-me para ainda mais perto. Seu corpo era quente e ele tinha o meu cheiro misturado com o dele. Deixei escapar um suspiro alto e ele abriu os olhos, ainda sonolento, soltando-me aos poucos ao perceber o quanto estávamos próximos.
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— Eu te chutei muito? — Comprimi os lábios tentando não rir. — Prendi suas pernas boa parte da noite. — Sua voz saiu rouca. — Ah, e isso resolveu? — Você ainda conseguiu se livrar algumas vezes. — Ele bufou. — Sério, eu nunca vi uma pessoa se mexer tanto pra dormir. Você deveria procurar um tratamento. Dei uma risada. — Pelo menos eu não ronco. — Se você roncasse, você certamente já estaria no seu quarto — ele implicou, e passou as duas mãos no rosto.
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— Vista-se, Rossi. Vamos sair. — Oi? — Cheguei a levantar a cabeça, franzindo as sobrancelhas sem entender. — Ontem você disse que precisava de alguns diários e livros, certo? Talvez tenha alguma coisa na biblioteca da minha casa. Meus olhos arregalaram. — Você... Você tem uma biblioteca? Dentro da sua casa? — O ar chegou a me faltar. — Deus, você não está começando a ficar excitada, está? — perguntou, com desdém, e eu revirei os olhos.
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Era estranho demais estar sentada no banco da frente do carro de Marco Montes, como se aquilo fosse algo completamente rotineiro, mas eu estava transando com ele feito uma cadela no cio e não havia nada de normal nisso também.
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Sabia que Montes gostava de se sentar e ler próximo à janela, assim como eu. Já havia visto algumas vezes essa cena no apartamento.
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Rossi terá acesso total à biblioteca a partir de agora — ele falou, e eu arregalei um pouco os olhos. — Rossi, caso você precise de qualquer coisa, é só chamá-la. — Você vai embora? — Não hoje, quando você voltar sem mim. — Não vou voltar sem você, Marco, está maluco? — Não era possível que ele achava que eu iria ficar vindo até sua casa sem ele. — Rossi, por Deus, a mansão está completamente vazia, a quantidade de livros que tem nesse cômodo é absurda. Você pode trabalhar aqui, realmente é mais confortável que o chão do nosso apartamento.
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— Tamara, você pode servir o café da manhã aqui na biblioteca, por favor? — Claro, Sr. Montes. Vamos prepará-lo imediatamente, mas não estávamos esperando... — Não tem problema, nós não estamos com pressa — respondi, sorrindo e ela suavizou as expressões quando me olhou. — Eu estou com pressa sim, estou morrendo de fome — resmungou, e balancei a cabeça negativamente. Ela sorriu novamente, quase que em cumplicidade para mim e depois ficou séria e pediu licença dizendo que seria ágil.
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— Vá em frente, Rossi. Não se contenha — incentivou, rindo, provavelmente percebendo minha ansiedade em alcançar as estantes. Eu meio que andei, meio que corri em direção aos livros e depois me amaldiçoei pensando em como provavelmente soava patética.
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A maneira como ele era inteligente e lindo fazia com que eu ficasse completamente fora de mim. Uma súbita vontade de pular em cima dele parecia me consumir por completo.
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Nós nos encaramos por alguns segundos em silêncio e quando eu estava prestes a agarrá-lo ali mesmo, Tamara apareceu empurrando um carrinho repleto de itens até a mesa.
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— Sinto muito, mas o Sr. Montes somente avisou agora, não tivemos tempo para preparar nada mais elaborado — ela se justificou, e eu pisquei. Amada? Será que ela não sabia que nosso café basicamente era composto de torradas? Montes só comia algo mais elaborado pela manhã quando eu ou Duda preparávamos ovos, bacon ou alguma tapioca. Mimadinho do caralho e um peso morto dentro de uma cozinha.
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Era realmente incrível como nossa relação tinha evoluído e, particularmente, eu gostava disso. Montes era divertido, quando não estava sendo irritante. Além disso, ele acompanhava tão bem todos os meus raciocínios. Muitas vezes, tinha visões e perspectivas diferentes, o que nos fazia debater um pouco. Mas era um debate com fundamentos e eu amava isso.
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Montes era tão diferente dos outros caras que conheci. Tudo nele era complexo, como um maldito cubo mágico que eu não era capaz de montar. Talvez por isso eu o achasse tão intrigante, tão interessante.
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Duda me seguiu. Eu estava mexendo nas prateleiras enquanto ela me encarava apreensiva, balançando as mãos. — O que foi? — Nós nos beijamos! — disse, baixinho, e seu rosto ficou vermelho. — Não brinca, Duda? Achei que Nick estava morrendo engasgado e você estava fazendo uma respiração boca a boca nele! — falei, cheio de sarcasmo e ela rolou os olhos.
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Ela suspirou fundo e soltou o ar, jogando-se na cama e abraçando um dos travesseiros. — Nossa, você não suporta Alice, mas esteve com alguma mulher que usa o mesmo perfume que ela — comentou, rindo, respirando no tecido com a sobrancelha arqueada e senti meu sangue gelar. — Várias delas tem o mesmo cheiro — falei, tentando não demonstrar nenhum nervosismo e Duda me olhou como se fosse louco.
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Eu ainda não sabia como ela não tinha desconfiado de nada entre nós dois. Duda era inteligente e, na maioria das vezes, pegava tudo no ar, até mesmo o que não existia, mas todo o drama entre Jonas e Nick fazia com que realmente fosse incapaz de perceber outras coisas a sua volta. Bem, também existia o fato de ela ter a certeza de que Rossi jamais se envolveria comigo. Se isso jamais tinha passado pela minha cabeça, certamente não se passava pela dela.
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— Não é como se meus sentimentos por Jonas tivessem acabado, não é? E então tem Nick. Eu nunca... Eu nunca imaginei isso. Óbvio que a relação que tenho com ele não é igual a nossa, por exemplo. — Ela fez uma careta, pensativa. — Mas ainda assim, ele é meu melhor amigo! — Ergui uma das sobrancelhas. — Ele? Ele é seu melhor amigo? Ela revirou os olhos. — Você está mais para um dos meus primos! — E deu de ombros. — Deus que me defenda de ser comparado com o Valente. É Valente, não é? Aquela princesa ruiva revoltada com a vida que arremessa flechas e tem o cabelo tão zoneado quanto o de Rossi? — ...more
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— Então. É... Você sabe se ela... Ahn... — balbuciou, seu rosto ficando levemente corado. Puta que me pariu! — Ela está saindo com alguém? Talvez você saiba, já que moram juntos. Era só o que me faltava, caralho.
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— Sabe, ela me disse que está solteira — minha mãe comentou, em um tom sugestivo, e fiz uma careta. — Que diabos você fica perguntando sobre a vida pessoal de Rossi, mãe? E de que me interessa se ela está solteira ou não? — Oras, se ela está tão inclinada a me ajudar, talvez tenha mudado sua percepção sobre nós e quem sabe você não poderia investir nela e... — Você não pode estar falando sério! — Estou falando seríssimo. — Tossiu um pouco e limpou a garganta. — Ela tem todas as qualidades que você procura em uma mulher.
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Dei uma risada. Alta. — Como você sabe quais qualidades procuro em uma mulher? — Você é meu filho. Acha que não te conheço? — Se está sugerindo que Rossi está dentro dos meus padrões, certamente você não me conhece. — Ah, é mesmo? Que curioso, porque Alice Rossi é inteligente, o que eu sei que é o ponto principal na sua lista. — Ela levantou a mão e começou a enumerar colocando um dedo sobre o outro. — Alice é dedicada em tudo o que faz, é bonita, educada, é divertida. Ela me contou o que aquele garoto Mazza fez — disse, com um tom de nojo na voz. Ainda estava tentando assimilar em que ...more
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— Comentou que ele deu uma entrevista falsa, contou que ficou muito magoada, que não consegue imaginar como uma pessoa poderia ser capaz de trair outra. — Seu tom novamente voltou a ser sugestivo e eu sabia onde ela queria chegar. — Além do mais ela quer ter filhos! — A última frase saiu quase em comemoração. Chutei o saco de Jesus Cristo enquanto ele estava na cruz, certeza! Talvez tenha usado suas bolas de bate-bate. Minha amada (e sorrateira) mãe estava falando sobre filhos! Sobre Rossi ter filhos. Comigo! Precisaria avisar ao médico que a doença agora tinha um novo sintoma: delírio.
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O que infernos estava acontecendo com minha própria mãe? Ela parecia uma lunática, citando as qualidades de Rossi como se ela fosse uma candidata apta a ser minha noiva. E eu nem queria uma porra de uma noiva, para início de conversa. — Nossa, mamãe, que esplêndido — disse, cheio de escárnio. — Você se esqueceu de dizer que Rossi também é insuportável, orgulhosa, acha que sabe mais do que todo mundo. — Oh, Marco, veja bem, pare de falar de si mesmo. — Ela deu uma risadinha e a olhei irritado. — Bem, ao menos os defeitos de vocês são os mesmos, não é? — Você está achando tudo isso muito ...more
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Comecei a andar de um lado para o outro, balançando a cabeça sem acreditar no bando de merda que estava ouvindo. — Mãe, eu não quero sua ajuda, não quero me casar tão cedo, provavelmente nunca e muito menos com Rossi! Deus, eu realmente... — Sequer conseguia raciocinar com tamanho absurdo diante de mim. — Não perturbe mais Rossi com isso. Pare de questionar sobre a vida dela, sei que ela não puxaria esse tipo de conversa fiada com você. Aparentemente, algum parafuso da sua cabeça soltou e você está empenhada em dar nosso sobrenome para ela, mas isso não vai acontecer nem agora, nem nunca, ...more
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Era absurdo ter que ouvir minha própria mãe vendendo-me Rossi como se ela fosse meu par perfeito. De onde caralhos ela tinha tirado essa ideia fodida e completamente louca? Não havia nenhum tipo de futuro para Rossi na minha vida. Nós transávamos e era isso.
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Por mais que nossa relação atualmente estivesse menos conturbada, sabia que isso se dava ao fato da minha mãe estar doente. De certo que aturá-la não parecia mais tão exaustivo quanto antes e, em alguns momentos, sua companhia era até agradável. Mas nossas brigas e implicâncias estavam adormecidas, era apenas uma questão de tempo até que implodissem novamente. Além disso, eu sabia que ela vinha sendo mais “legal” comigo por conta da minha mãe estar mal. Nada havia mudado, exceto isso. E era só uma questão de tempo para tudo voltar a ser como antes.
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— É, eu sei. Mas você sabe, é o procedimento — comentei, um pouco chateada e me peguei fazendo movimentos circulares na sua mão sem me dar conta. Ele não percebeu, no entanto. Rapidamente parei o que estava fazendo e troquei a mão para apertar os pontos da esquerda.
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— Duda te falou de Nick? — perguntou, em um tom divertido. — O quê? — Apenas não surte se entrar em casa e os dois estiverem um em cima do outro — contou, dando uma risada. — Eles? Não! Nossa, ela não me disse nada. — Aconteceu hoje, ela ainda está confusa. Não vai ser fofoqueira e falar que eu te contei, Rossi! — alertou, em um tom ameaçador e fiz um movimento como se estivesse trancando minha boca com uma chave. — Como você acabou de ser? — falei, rindo, e ele me repreendeu com o olhar.
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— Ah, eles já discutiram por isso. Merda, eu não tinha que falar essas coisas pra você. Você é tagarela demais. — Não sou tagarela e não conto as coisas para os outros. Estamos transando há sei lá, quase quatro meses e nunca contei pra uma alma viva. — Já tem isso tudo de tempo? — Ele fez uma careta. — Mas você está trepando comigo, Rossi, ninguém acreditaria em você, certamente achariam que é uma piada. — É verdade — falei, rindo.
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Marco pareceu perceber que eu já havia parado com os movimentos. Ele se jogou do lado contrário ao que eu normalmente dormia. — Se você vai ficar, deita logo, porque estou exausto e preciso dormir. Eu não aguento foder hoje, Rossi, mas se você não me chutar demais, como a pônei que é... — Eu dei uma risada. — Quem sabe eu te faço gozar antes mesmo de você acordar? — Ele deu um sorrisinho malicioso.
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Eu deveria ir embora. Deveria. Empurrei os pensamentos, juntamente com os lençóis e me enfiei embaixo das cobertas, sentindo um formigamento no estômago.
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— Você é um idiota — falei, revirando os olhos e ele riu, ordenando que a Alexa apagasse as luzes. Senti seu corpo perto do meu. — Um idiota que te chupa como ninguém — ele afirmou, baixinho, no meu ouvido e mordeu o lóbulo da minha orelha, com um tom sexy, mas divertido.
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Montes se afastou um pouco, mas não muito e prendeu minhas pernas nas dele. — O que está fazendo? — Ainda estava cessando as risadas. — Medidas de segurança, Rossi. Agora cale a boca e vá dormir. E fiquei ali, parada, segurando minha respiração por alguns segundos e pensando por que infernos eu estava com uma porra de um sorriso estúpido nos lábios.
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Montes chegou mais tarde todos os dias, ele sempre passava no hospital, as notícias não eram boas, então ia para o bar de Guedes, ficava lá por algum tempo e depois eu levava uma xícara de chá (ele sempre resmungava, mas bebia) e fazia um pouco de acupressão. Dormi com ele todas as noites, não necessariamente transamos pela manhã e isso foi um pouco estranho, porque normalmente nós dormíamos juntos por conta de sexo. Não estava reclamando, no entanto, era bom dormir com ele.
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E pensava nele boa parte do tempo também. Não. Não podia estar me envolvendo. Não! Tinha tanta certeza de que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer, mas aqui estava eu, com todos os sintomas de uma paixonite aguda por Montes, querendo estar com ele, demasiadamente preocupada com seu bem-estar. Inferno! Como eu me odiava, principalmente por ter me deixado entrar em uma situação como essa.
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— Ninguém vai socar ninguém aqui — disse, por fim. — Leo! — Me enfiei na sua frente, ele ainda estava com os olhos, que tanto me lembravam esmeraldas foscas, fitando Hugo com raiva. — Leonardo! — eu o chacoalhei um pouco e então o verde de seus olhos refletiram minha imagem. E no mesmo segundo em que isso aconteceu, Leo simplesmente me abraçou, permanecendo assim por cerca de dois minutos. — Sério, como eu senti sua falta — falou baixinho, com a cabeça afundada nos meus cabelos.
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— O que ele falou sobre você estar morando com a gente? — Duda levou a taça de vinho que estava bebendo até a boca, com um sorrisinho entretido. — Não gostou nem um pouco e sugeriu que eu vá ficar com ele. Montes tornou a me olhar intensamente através dos cílios, como se estivesse esperando que eu terminasse de falar sobre aquilo. Como se quisesse saber se eu iria embora do apartamento. Ele queria mesmo saber? Não, eu deveria estar imaginando coisas.
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— Rossi, essa desculpa de novo? Nós todos sabemos que você não pretende sair daqui tão cedo. Maldita hora em que deixei aquele colchão que tem crina de cavalo em sua composição no quarto de hóspedes, deveria ter trocado por um de espuma — ele implicou, mas com um sorrisinho cínico no canto dos lábios. As porras dos colchões da casa eram de crina de cavalo? Esses eram os colchões mais caros do mundo. Era por isso que nunca, em toda minha vida, havia dormido tão bem. Maldito Montes e suas tendências burguesas. O que eu faria agora voltando a dormir em um mero colchão normal?
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Tomei um banho quente e demorado, deitei na cama e fiquei observando o lado vazio do colchão, pensando em como queria agora que ele estivesse deitado ao meu lado. Apaguei a luz, na tentativa de que aquela imagem sumisse do meu cérebro. Aquilo não podia ser real. Eu era patética!
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— Eu realmente preciso acordar muito cedo — choraminguei, baixinho, deslizando os dedos por seu braço. — Deus, Rossi, você é uma estraga prazeres. — Deu uma risada, jogando-se para o outro lado, um pouco frustrado. — Vamos deixar para amanhã? — perguntei, inclinando-me em cima dele, beijando seu pescoço e passeando uma das mãos pelo seu corpo por baixo da camisa. Ele puxou o ar forte. — Você não está ajudando, Rossi. — Certo, desculpa — falei, rindo, afastando-me dele.
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— Vou para o meu quarto — avisou, sentando-se na cama e senti meu estômago afundar. — Você... você... poderia ficar aqui? — Eu não sabia se minha frase tinha soado como uma afirmação ou pergunta e graças a Deus estávamos no escuro, porque sentia meu rosto totalmente quente. Montes ficou em silêncio por alguns segundos.
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— Vou para o meu quarto, Rossi — ele disse por fim, e limpei a garganta, respondendo um “ok” logo em seguida, vendo-o levantar da cama e caminhar na direção contrária da minha. — Boa noite. — Boa noite. — Minha voz saiu fraca e abracei meus travesseiros quando ele passou pela porta. Mas que merda do caralho.
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Há dois dias eu não conseguia dormir e tinha certeza de que o motivo era o fato de Rossi não fazer aqueles malditos pontos de pressão na minha mão.
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Ele era muito inseguro e tinha pânico de perder sua melhor amiga e a verdade é que eu não conseguia mais imaginar Nicolas sem Duda. Eu também não era capaz de pensar na minha vida sem ela. E esse era o principal motivo por estar sendo tão cauteloso com a relação aos dois. Nick havia me dito que eles haviam se beijado algumas vezes e nada mais, que conversaram e decidiram deixar as coisas fluírem, mas ele estava apavorado, principalmente com medo de Jonas ressurgir das cinzas para “reivindicá-la”.
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— A única coisa que eu poderia sentir falta em relação a Leonardo, é do pau dele. Mais nada. Fiz uma careta. — Sério isso, Duda? — perguntei. — Eu não quero saber sobre a porra do pau do Ortega, caralho. Ela deu de ombros. — Infelizmente ele fode bem. — Que ótimo. Ele é o queridinho da cidade e ainda fode bem. — Nick suspirou frustrado. — Que chance o resto de nós tem? Puta que pariu, Nicolas estava mesmo agindo como um idiota apaixonado.
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— Vocês nem transaram ainda, Nick. Sério, apenas vá devagar. — Está de sacanagem, não é? Mais devagar do que estou indo? E Duda não facilita nem um pouco essa merda. Ela é tarada, porra. — Ele deu uma risada. — Você já é um caso perdido sem nem transar com ela, a hora que isso acontecer, já era — eu zombei. Ele suspirou frustrado. — Até com isso estou preocupado. Ela já disse que Ortega fode bem e Jonas tem uma tromba no lugar do pau.
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Quando chegamos, ela contou que estava tendo problemas com o namorado, disse que havia descoberto que ele estava traindo-a com outra mulher. Paula estava triste, sem sombra de dúvidas, eu a conhecia bem demais. Ela não precisava chorar para mostrar o quanto estava quebrada e muito menos admitir que gostava desse cara. Mesmo que Paula fosse mais fria e indiferente, ela queria um relacionamento.
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— A idiota da minha treinadora quer que eu fale com Pablo Botelho. Aparentemente ele é um grande fã meu. A vaca ainda sugeriu que eu abaixasse um pouco mais o decote! — Duda contou, revoltada. — E saiu andando, nem mesmo tive a chance de dar uma resposta para a cretina. — Que filha da puta. — Nick estreitou os olhos para a mulher do outro lado do salão, que caminhou até nós, sorrindo falsamente. — Sr. Montes, Sr. Guedes — ela cumprimentou, e nós apenas assentimos. — Duda, achei que você iria falar com o Sr. Botelho.
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— Margot... — eu comecei a dizer em um tom levemente ameaçador. — Posso estar enganado, mas percebi que suas atletas estão mostrando mais... — fiz uma pausa — seus atributos... Já vi umas três jogadoras descendo o decote ou subindo um pouco o vestido após falar com você. Me pergunto o que as leva a ter essa atitude... — Ela arregalou um pouco os olhos. — Mas se Duda mexer em um centímetro da sua própria roupa ou se eu observar mais alguma delas fazendo isso, você vai perder sua maior doação da noite e ficarei imensamente feliz em dá-la para qualquer outro time. — Não só a doação de Marco, como ...more
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— Estive. Na verdade, não foi um saco, foi bem interessante. — Então sua voz caiu um tom e ele começou a falar, como se fosse muito sábio. — “Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância”. Era uma indireta pra mim, caralho? Esse arrombado estava mesmo me mandando uma porra de uma indireta com um ditado do Buda ou sei lá quem tinha dito aquela merda? A minha paciência seria aprimorada se eu pudesse socar aquela fuça arrogante dele que carregava aqueles óculos horríveis e bregas que ele usava, isso sim.