O Iluminado (O Iluminado, #1)
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Kindle Notes & Highlights
Read between February 8 - March 12, 2025
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Algum dia ainda escreveria o livro, não uma obra leve e reflexiva como a princípio considerou fazer, mas um trabalho duro de pesquisa, com fotografias e registros.
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E, se Al Shockley tivesse ligações com o império de Derwent, então Deus que o ajudasse.
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Não gostava do que o Overlook parecia estar fazendo a Jack e a Danny.
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A pior preocupação, não mencionada — nebulosa e não mencionada, talvez até imencionável —, era que todos os sintomas de alcoolismo de Jack estavam de volta, um por um… todos, exceto a própria bebida.
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Seria até um alívio se ele perdesse a calma, se isso funcionasse como uma válvula de escape,
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Mas essas coisas, um traço integral de seu temperamento, haviam praticamente cessado. Ainda assim, ela sentia que Jack ficava cada vez mais irritado com ela ou Danny, mas se recusava a extravasar.
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Nunca conseguira entendê-lo muito bem. Danny podia, mas o filho não falava.
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Fingindo ler, mas na realidade observando Danny por cima do livro, ela viu nele um estranho amálgama dos modos como ela e Jack expressavam ansiedade.
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Danny havia nascido com o saco amniótico sobre a cabeça, uma simples membrana que os médicos viam talvez uma vez em cada setecentos nascimentos; uma membrana que a crendice popular dizia indicar o sexto sentido.
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As noites eram o pior de tudo. Odiava as noites e o constante uivar do vento na ala oeste do hotel.
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O pai pensava mais em beber. Às vezes, ele se aborrecia com mamãe e não sabia por quê. Andava pelos cantos esfregando os lábios com o lenço, com os olhos distantes e nebulosos. Mamãe se preocupava, e Danny também.
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Não parecia haver diferença nenhuma entre PARAFUSOS FROUXOS e CRISE NERVOSA, e tanto fazia chamar de CASA DE LOUCOS ou SANATÓRIO; o lugar ainda tinha grades nas janelas e não o deixavam sair se quisesse.
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Danny ainda pensava com frequência naquela história. Às vezes, quando caía ou machucava a cabeça, ou tinha uma dor de barriga, começava a chorar e então a lembrança tomava conta dele, acompanhada do medo de não conseguir parar de chorar, de que continuasse chorando e gemendo
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Seu raciocínio estava certo disso, mas, ainda assim, quando pensava em contar aos pais, essa lembrança antiga surgia como uma pedra enchendo sua boca e bloqueando as palavras.
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ele queria desesperadamente se ver livre do Overlook.
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Estava aqui para escrever sua peça. Para se conformar com a perda do emprego. Para amar mamãe/Wendy.
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Só ultimamente o pai começava a ter problemas. Desde que encontrou aqueles papéis.
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E o que o pai faria se perdesse o emprego? Tentara ler a mente dele, e ficava cada vez mais convencido de que o próprio pai não sabia.
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Ou, se existissem, que se contentassem em esperar por uma presa mais importante e deixassem o pequeno trem de três vagões passar ileso.
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As coisas estavam piores agora no Overlook.
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E quando permanecessem trancados e à mercê daquilo que até agora estava apenas se divertindo à custa deles?
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— Danny — começou a mãe, fazendo a voz o mais casual possível —, você ficaria mais feliz se fôssemos embora do Overlook? Se não passássemos o inverno lá?
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— Às vezes — disse ela, com cuidado —, fico pensando que papai também poderia ser mais feliz longe do Overlook.
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Os adultos, porém, estavam sempre metidos em conflitos, todas as possíveis ações influenciadas pelas consequências, pela dúvida, pela própria imagem, por sentimentos de amor e responsabilidade.
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Toda e qualquer escolha parecia ter desvantagens, e às vezes ele não entendia por que as desvantagens eram desvantagens.
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E se você… ele… achar que devemos ir embora, nós iremos. Nós dois iremos embora e estaremos de volta com papai na primavera.
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Mamãe, não quero ir para lá. Prefiro ficar no Overlook.
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— Não — respondeu ele, sufocando as duas palavras que brotaram dentro da boca, depois da simples negativa: Ainda não.
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— Tente fazer Tony aparecer. Agora mesmo. Pergunte a ele se estamos seguros no Overlook.
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Sempre lhe parecera um pouco de maldade cortar e transformar um velho arbusto em algo que ele na verdade não era.
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Jack era o predileto e, mesmo assim, apanhava quando o pai ficava bêbado, o que acontecia frequentemente.
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Mas Jack o amara até onde fora possível, mesmo quando o resto da família só o odiava e temia.
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É melhor parar por aqui, advertiu a si mesmo. Você não é mais uma criança. Não precisa deste lugar para constatar o fato.
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Sim, havia algo estranho. Na topiaria. E era tão simples, tão fácil de ver, que só ele não percebia.
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O coelho estava com as quatro patas na grama. O ventre contra o solo. Mas, há menos de dez minutos, estava apoiado nas patas traseiras, claro que estava, tinha aparado suas orelhas… e sua barriga.
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Agora, estava agachado, a cabeça inclinada, a boca parecendo rosnar silenciosamente.
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Os dois à direita haviam mudado sutilmente de posição, tinham se aproximado um do outro.
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Não estavam mais guardando a alameda; estavam bloqueando ela.
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E agora ele imaginou que podia ver indistintos traços de olhos na folhagem também. Olhando para ele.
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Curiosamente, todos eles pensavam coisas diferentes, mas sentiam a mesma emoção: alívio. A ponte fora atravessada.
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O Overlook enfrentava a neve, como sempre o fizera por aproximadamente três quartos de século, com as janelas escuras forradas de branco, indiferente ao fato de que agora estava isolado do mundo.
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O telefone ficara mudo nos últimos oito dias, e o radiotransmissor, no escritório de Ullman, era seu único meio de comunicação com o mundo exterior.
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Os três riam muito nesses passeios de trenó em volta da casa, mas o assobio e a voz impessoal do vento, tão grandes e fantasmagoricamente sinceros, faziam suas risadas parecerem pequenas e forçadas.
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Encontrara objetos estranhos enfiados no meio das faturas, conhecimentos, recibos. Objetos inquietantes.
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Tive sonhos estranhos sobre coisas sendo golpeadas durante a noite,
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nossa....
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Jack tinha a impressão de que essas coisas eram como pedaços de um quebra-cabeça, coisas que eventualmente se encaixariam, se ele pudesse encontrar os pontos certos de ligação.
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(Promessas foram feitas para serem quebradas, meu caro redrum, para serem quebradas, partidas, despedaçadas, marteladas. ADIANTE!)
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Não havia nada, nada mesmo, neste hotel, que pudesse machucá-lo, e, se tivesse que provar isso a si próprio entrando neste quarto... por que não deveria fazê-lo?
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Ela não respirava. Era um cadáver, morto há anos.
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Só conseguia esmurrar a porta e ouvir a mulher vindo em sua direção, a barriga inchada, o cabelo seco, as mãos estendidas — algo que ficara morto durante anos, talvez, conservado ali como num passe de mágica.
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