More on this book
Community
Kindle Notes & Highlights
(Saia) (Este lugar desumano) (e tome seu remédio!) (cria monstros humanos.)
Ela estava pensando em como Aileen foi atropelada por um carro, e por isso ela está preocupada comigo.
— Não acredito nesses testes — respondeu Jack. — Eles delimitam as expectativas tanto dos pais quanto dos professores.
Tony só se tornou uma figura ameaçadora depois da mudança. Os lapsos, antes agradáveis, tornaram-se pesadelos ainda mais assustadores, pois Danny não consegue se lembrar deles com clareza.
Ele parece acreditar que vocês dois tenham considerado seriamente a possibilidade de um divórcio.
— Sabe de uma coisa, doutor? Esta é a primeira vez que a palavra divórcio é mencionada entre nós. E alcoolismo. E violência contra crianças. Três primeiras vezes em cinco minutos.
— A principal delas, do ponto de vista dele, não era o braço quebrado, mas a quebra do laço entre vocês dois. Mencionou o divórcio para mim, mas não o braço quebrado.
Danny está fazendo, subconscientemente, o que as pessoas conhecidas como místicas e leitores da mente fazem, porém com consciência e cinismo.
Se a vida não se encarregar de inibir suas antenas, acho que será um grande homem.
As manhãs em que Jack e ela se espreitavam silenciosamente, como dois gatos enfurecidos com um rato tremendo de medo entre eles…
Quando um adulto vê coisas, o consideramos pronto para o asilo de loucos. Quando uma criança diz ver alguma coisa em seu quarto ou um vampiro na janela, nós nos limitamos a rir, indulgentes.
Danny não precisa mais de Tony. Ele está expulsando o amigo de seu sistema.
Ele interiorizou Tony durante uma difícil… desesperada… situação de vida, e Tony não vai embora facilmente. Mas irá. Seu filho é um pouco como um viciado largando o hábito.
— A expressão “iluminação” significa algo especial para vocês?
Ficou fascinado com a sensação de banalidade em relação à história que qualquer pessoa pode sentir ao olhar as notícias que foram de primeira mão há dez ou vinte anos.
De repente, parecia que o livro que se prometera, quase de brincadeira, realmente poderia acontecer.
Equilibrado no topo dela e mantendo seu ângulo de repouso Deus sabe há quanto tempo, estava um grosso álbum de recortes com capa de couro branco.
(A Máscara da Morte Rubra dominava tudo!)
Conhecido como amigo da realeza, de presidentes e chefões do submundo, muitos supunham que era o homem mais rico do planeta.
Prometeu a si mesmo que cuidaria do lugar com muito cuidado.
Um dos alunos se embriagou no apartamento do terceiro andar, pulou da janela, caiu no terraço de cimento e morreu.
Homens citados por envolvimento com drogas, vícios, roubos, assassinatos.
O hotel tinha história, isso sim. Uma tremenda história.
Se todo hotel tem seus fantasmas, o Overlook tinha uma assembleia inteira deles.
A parede da saleta junto à porta, que levava ao quarto, estava salpicada de sangue e do que só poderiam ser partículas de cérebro.
Abaixo do recorte, em rabiscos fortes de esferográfica, alguém escreveu: “Levaram as bolas dele junto”.
Mesmo um número de apartamento, pois tinha certeza de que, fosse quem fosse, a pessoa que fizera o álbum de recortes havia se hospedado no hotel.
Você era, apenas, uma das três pessoas sentadas a uma mesa, cercada por dúzias de outros assentos vazios e cobertos com estes forros de plástico transparente.
Afinal, não tomou aquele rumo à toa. Danny foi levado ao apartamento 217 por uma curiosidade mórbida.
Ele havia perdido a noção de quanto tempo estivera ali, parado, hipnotizado diante da insípida porta cinzenta trancada.
Era uma espécie terrível de curiosidade, aquele tipo que faz a pessoa espiar por entre os dedos, nas partes mais assustadoras de um filme de terror.
Ela estava se intrometendo, da mesma maneira que sempre se intrometia na vida dele quando estavam em Stovington e Danny ainda era um bebê.
Ela, perdoem a expressão, foi quem o levou a beber. Talvez essa não fosse a única razão, mas, por Nosso Senhor Jesus Cristo, vamos ser sinceros aqui, e admitamos que foi uma delas.
— Não houve nada. A caldeira está em ordem e ainda nem cheguei a matar minha mulher. Estou esperando para depois das festas de fim de ano, quando ficar entediado.
Grande lugar, a Suíte Presidencial do Overlook. Wilson, Harding, Roosevelt, Nixon e Vito, o Açougueiro, certo?
— Quem é o dono do Overlook agora? Ainda é a Derwent Enterprises? Ou você é muito insignificante para saber?
— Estou pensando em escrever um livro sobre o Hotel Overlook. Pensei que, se eu realmente fizer isso, o dono do álbum vai gostar de ter uma nota de agradecimento na primeira página.
Adivinhe, amor? Perdi outro emprego. Dessa vez precisei usar três mil quilômetros de cabo telefônico para encontrar alguém que eu pudesse agredir, mas dei um jeito.
Jack copiara o número na aba da caixa de fósforos pouco depois de acordar naquele dia, com a ideia de telefonar para Ullman completamente amadurecida e alegre em sua mente. Mas, com que propósito?
Temia, em seu íntimo, que o Overlook pudesse ser exatamente o que ele precisava para terminar o espetáculo.
Já tinha sido humilhado antes por verdadeiros mestres — o Grande Mestre, claro, sendo ele mesmo.
Quando se sentou ao volante do caminhão, se deu conta de que, apesar de estar fascinado pelo Overlook, na realidade não gostava muito do hotel.
Talvez tenha sido por isso que telefonara para Ullman. Para ser demitido enquanto havia tempo.
O que me chateou é que ele levantou tudo isso porque adorava o desgraçado do hotel. O maravilhoso Overlook. O tradicional Overlook. O sagrado Overlook.
Acho que este lugar representa bem um pouco da personalidade americana do pós-guerra.
A ideia de ver você escrevendo um lamaçal sobre o meu hotel e publicando a história como uma grande obra da literatura americana me deixa enjoado.
— Em segundo lugar, prometa, sob palavra de honra. Nenhum livro sobre o famoso hotel das montanhas do Colorado.
Seremos sempre amigos; a coleira com a qual eu prendo você será sempre ignorada por consentimento mútuo, e serei bom e benevolente para com você.