Google: A Biografia - Como o Google pensa, trabalha e molda nossas vidas
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“O Google não queria que a Microsoft soubesse o poder da busca na internet”, comenta Sacca. “E, se você soubesse com quantos computadores o Google estava operando, poderia fazer alguns cálculos rápidos e verificar que se tratava de uma grande oportunidade.”
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estimou que, em 2005, os centros de dados eram responsáveis por 1,2% de todo o consumo de energia dos Estados Unidos. Mais de vinte Estados usavam menos energia do que os centros de dados da nação. Isso era o dobro da quantidade de energia que os centros de dados haviam usado cinco anos antes, e a taxa de crescimento era cada vez maior. Como ninguém tinha mais centros de dados do que o Google, a empresa era um dos porcos mais vorazes por energia do mundo. “Usamos uma quantidade considerável de energia”,
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Organizar as centenas de milhares de computadores do Google era um dos “problemas complicados” que faziam os PhDs quererem trabalhar na empresa. Esse definitivamente foi o fator que seduziu Luiz Barroso. Ele era mais um dos colegas de Jeff Dean e Sanjay Ghemawat no Western Research Lab da Digital Equipment Corporation. Nascido no Brasil, Barroso tinha PhD em arquitetura de computadores e havia trabalhado na DEC em processadores Multi-Core, que colocam “cérebros” de vários computadores em um único chip. (Apesar de que na época fosse considerada radical, essa técnica posteriormente se tornou o ...more
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Um dos motivos pelos quais Sanjay Ghemawat adorava o Google era o fato de que, quando os pesquisadores estavam procurando solucionar problemas que se estendiam por um ano, Larry Page exigia que eles trabalhassem na resolução de problemas que poderiam se estender por uma década ou até mesmo de um problema que somente apareceria em um romance de ficção científica. O ponto de vista de Page parecia ser “se você for extremamente prematuro, como as pessoas alcançarão o seu ritmo?”.
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O próximo passo que o Google daria viria a colocar a empresa ainda mais diretamente na mira da Microsoft: eles construiriam uma versão própria do aplicativo para a web que tinha sido o centro
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do caso antitruste da Microsoft, ou seja, um navegador. A ideia há muito tempo fazia
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e fazia sentido que o Google tivesse uma alternativa para o Microsoft Internet Explorer, caso Bill Gates e companhia acrescentassem características que favorecessem a Microsoft.
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O Google iniciou uma parceria com a Mozilla Foundation, a organização sem fins lucrativos fundada com o dinheiro da venda do Netscape para a AOL. O principal produto da fundação era um navegador de código aberto batizado de Firefox. O Google já era a maior fonte de receitas para a fundação, arcando com milhões de dólares para assegurar que a caixa de pesquisa do Firefox fosse mantida pelo Google. No novo arranjo, o Google contratou alguns dos principais engenheiros do Mozilla, incluindo Ben Goodger e Darin Fisher. Embora agora o empregador dos engenheiros fosse o Google, seu trabalho ...more
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Chan percebeu que os usuários ignoravam a barra de tarefas porque ela não oferecia valor para eles. Sua ideia era implementar um item que permitisse às pessoas bloquear janelas irritantes de pop-up, na época uma praga da internet. No entanto, quando ele apresentou a ideia em uma reunião, Brin e Page, que tinham amarrado garrafas de água nos fios de uma persiana e brincavam de espirobol, rejeitaram a ideia. “Isso é a coisa mais idiota que já ouvimos!”, exclamou Page. “Onde foi que nós encontramos você?” Mesmo assim, Chan criou o bloqueador de pop-ups e o instalou de forma sub-reptícia no ...more
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O Internet Explorer e o Mozilla Firefox tinham sido concebidos nos anos 1990, antes da era da computação em nuvem. Agora, esperava-se que a rede se tornasse não apenas um meio de fornecer informações, mas também uma plataforma para a execução de programas. Aqueles navegadores decrépitos e antigos não podiam se adaptar facilmente à nova realidade.
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um sistema que ajuda um computador a continuar funcionando quando um aplicativo falha ou “dá pau”. Por que não expandir a ideia para os navegadores? – assim, se uma aba falhar, as demais não seriam afetadas. Começar do zero tinha outras vantagens. O programa poderia ser projetado para ter um aspecto mais limpo e ser executado mais rapidamente. Isso estava de acordo com a religião do Google: fazer softwares com interfaces espartanas que funcionavam com a velocidade de Usain Bolt.
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Muitas decisões eram feitas por testes, e não pela estética – às vezes, um pequeno ajuste no espaçamento ou na cor podia resultar em milhões de dólares ganhados ou perdidos nos cliques do AdWords. Além disso, Larry Page, desconfiando de qualquer coisa que pudesse prejudicar o desempenho, rotineiramente rejeitava qualquer elemento de interface com enfeites como animações.
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promovê-lo com o AdWords para pessoas que faziam buscas usando “Mozilla” como palavra-chave. “Eles estavam ativamente tentando afastar as pessoas do Firefox”,
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código, a equipe decidiu batizar o navegador de Google
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A ideia era tornar a interface tão minimalista que as pessoas simplesmente não sentiriam que estavam usando um navegador, mas sim interagindo diretamente com as páginas e com os aplicativos da web. “Content not chrome” [Conteúdo sem cromo] se tornou um slogan não oficial, um pouco bizarro se levarmos em consideração o nome do produto. “Aprendemos a viver com a ironia”, comentou o engenheiro
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JavaScript não era executado rápido o suficiente para fazer os aplicativos da web parecerem tão ágeis quanto os aplicativos de desktop.
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Muitas pessoas baixaram o Chrome nas primeiras semanas e acharam que o programa não funcionava. Como o comportamento on-line dos Googlers não era o mesmo do público em geral, muitos sites e aplicativos não tinham sido testados. “Nós tínhamos 5 mil usuários internos, mas nenhum deles percebeu que o Hotmail não funcionava”,
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Andy Rubin, era um veterano da Apple no início dos anos 1990 e de uma pequena empresa chamada General Magic. Ele havia
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dado início à Danger para produzir um dispositivo de comunicação móvel batizado de Sidekick, que era mais parecido com um pequeno computador do que com um telefone celular – sem dúvida o primeiro smartphone com um QI mensurável.
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O mecanismo de busca embutido no Sidekick era o Google. “Os engenheiros simplesmente gostavam do Google”, afirma Rubin. Em 2002, ele mostrava o demo do Sidekick para uma turma de Stanford quando alguém se aproximou para dizer como aquilo era legal. Esse alguém era Larry Page. Alguns anos depois, Rubin fez questão de visitar o Google quando buscava por parceiras para fundar sua nova empresa. (Ele havia saído da Danger e, posteriormente, a Microsoft compraria a companhia.)
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(Em geral, uma operadora paga vinte por cento do custo por telefone por um sistema operacional.)
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Rubin, que era um aficionado maníaco por robôs (ele costumava ir até Akihabara, distrito de Tóquio, em busca de brinquedos japoneses esquisitos, além de construir seus próprios modelos), batizou a empresa de Android.
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Page teve uma ideia: E se o Google comprasse a Android? Aquele era um momento característico de Larry Page: peça para ele pensar em um palito de dente e, em seguida, ele já estaria pensando em uma floresta. Mais tarde, Page explicaria que ele e Sergey estavam pensando em mergulhar mais fundo na telefonia celular já havia algum tempo. “Tínhamos isso em mente”, ele justifica. “E, quando Andy veio até nós, pensamos: ‘É, devíamos fazer isso. Ele é o cara’.”
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Como as operadoras controlavam firmemente, usando suas redes, o software que funcionava nos telefones, o Google tinha um motivo para se preocupar com a impossibilidade de levar seus serviços a essas redes.
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Quando um usuário do Google fazia um busca por tênis da Nike, disse Eustace, havia conjuntos de algoritmos que determinavam os resultados de busca e outro conjunto que definia quais anúncios deviam aparecer na lateral dos resultados; então, outro conjunto de algoritmos realizava um leilão instantâneo. Porém, o sistema estava sempre aprendendo.
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Então, em julho de 2005 a Android foi para o Google. O maior ajuste que Rubin teve de fazer foi manter seu carro esportivo alemão de edição limitada na garagem – em 2005, a ostentação ainda era desencorajada nos
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Um deles se chamava Sooner, baseado no protótipo existente do Android. Com um teclado logo abaixo da tela, o Sooner foi projetado para entrar mais rapidamente no mercado. O
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Em longo prazo, o grupo de Rubin queria desenvolver uma plataforma mais avançada e com touch screen. Ele chamou essa versão de Dream. Todavia, em janeiro de 2007 o novo iPhone da Apple redefiniu o smartphone. Com seu touch screen sofisticado, software totalmente integrado e uma aparência elegante, o iPhone havia trazido o futuro para o presente. O Sooner foi deixado de lado e o Android passou diretamente para o Dream. No
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Porém, quando uma pessoa em particular começou a perceber o que o Google estava fazendo, uma rivalidade amarga nasceu. Essa pessoa era Steve Jobs, o CEO da Apple.
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Todos os tipos de conceito foram discutidos. Que tal uma versão gratuita do sistema operacional do Mac, patrocinado pelos anúncios do Google? E uma versão Googlelizada do navegador Safari, da Apple? Jobs se tornou mais próximo de Brin – os dois moravam em Palo Alto e faziam longas caminhadas pela cidade e pelas colinas... O rei atual
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o futuro rei do vale, inventando o que estava por vir.
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Porém, em 2002, enquanto estava com amigos e familiares em um restaurante, sua filha de quatro anos acidentalmente o ouviu dizer as palavras “Eu não sei”. Ela entrou na conversa e apresentou uma sugestão: ele devia pegar o telefone e descobrir o que quer que fosse que não sabia. Na realidade dela, afinal, quando alguém ficava preso em uma pergunta, o local para buscar respostas era aquele aparelho do tamanho de uma mão. Aquele foi um momento de “eureca” para Gundotra. “Ocorreu-me que o ponto culminante da Era da Informação não aconteceria na Microsoft”, ele comenta. “Esse ponto culminante não ...more
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Segundo consta, Jobs se orgulhava de ser um observador sagaz não apenas dos negócios, mas também do caráter humano, e não queria admitir – especialmente para si mesmo – que tinha sido traído pelos dois jovens dos quais tinha tentado ser mentor. Ele sentia que a confiança existente entre as duas empresas tinha sido violada. Depois de diversos telefonemas aquecidos, o CEO da Apple foi, no verão de 2008, até Mountain View para ver o telefone Android e julgar pessoalmente até onde ia a violação. Há quem afirme que ele ficou furioso. Jobs não apenas acreditava que o Google havia realizado uma ...more
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Aliás, o G1 era uma entrada sólida, se não irresistível, no mercado de telefonia. Suas características mais atraentes eram a facilidade com a qual o usuário podia executar produtos do Google, como o navegador Android, Gmail e Google Mapas. Diferentemente do iPhone, o G1 era capaz de executar mais de um aplicativo ao mesmo tempo. No entanto, o telefone do Google não tinha a excelente abrangência de um produto da Apple. Além disso, uma influência da nuvem do Google apareceu: quando um iPhone era conectado ao computador, ele automaticamente sincronizava o telefone com os dados no computador – ...more
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O telefone G1 da T-Mobile, “powered by Google”, foi mostrado na cidade de Nova York em 23 de setembro. Comparado à sofisticação em nível Broadway de um lançamento da Apple, esse evento seria um teatro de comunidade.
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Quando lhes foi pedido um exemplo de um aplicativo interessante, Sergey comentou sobre um item que ele mesmo tinha criado, fazendo uso do acelerômetro acoplado. “Você joga o telefone para o ar e ele diz quanto tempo você demorou até pegá-lo de volta.” Ainda que o exemplo refletisse muito bem a obsessão do Google por milissegundos, o demo quase provocou um ataque cardíaco no pessoal da HTC. A última coisa que você pode querer fazer com um telefone caro, cujo componente mais
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frágil era um vidro com touch screen, é jogá-lo ao ar.
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O G1 não acumulou grandes vendas, mas preparou o cenário para os modelos Android subsequentes, produzidos por vários fabricantes de hardware, funcionando em diferentes redes. Depois de algum tempo, o Android passou a ser visto pelas empresas de telecomunicação como o iPhone dos pobres. Como apenas a Apple produzia os iPhones e apenas uma operadora americana – a AT&T – tinha os direitos de venda, esse era um importante nicho de mercado.
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Outra possível vantagem do Android era a natureza aberta de seu sistema. Uma comunidade vibrante de desenvolvedores de software havia adotado o iPhone, criando
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Agindo da mesma forma de quando tinha dizimado toda uma subindústria ao oferecer um produto gratuitamente, o Google não sentiu a necessidade de se desculpar. “Nós não monetizamos o que criamos”, explica Andy Rubin. “Nós monetizamos as pessoas que usam esses produtos. Quanto mais pessoas usam nossos produtos,
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mais temos oportunidades de usar a publicidade neles.” Certamente imaginava-se que o Google não cruzaria
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Rubin levou a ideia para uma reunião de estratégia de produto naquele verão, esboçando um plano para a empresa vender seu próprio telefone, desbloqueado, no site. (O Google não faria o telefone, fisicamente falando, ele explicou; a HTC produziria o aparelho de acordo com as especificações do Google.) Se tudo desse certo, esse método, chamado de ‘direto ao consumidor’, acabaria com o sistema nada amigável que prende os usuários às operadoras e os impede de mudar facilmente, por exemplo, para o mais novo celular Android. Ao
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Em vez de o Google assumir a enorme tarefa de responder a um usuário de cada vez, a empresa devia permitir que um usuário ajudasse o outro! A ideia ia tão contra a prática comumente aceita – era quase como se você estivesse jogando os clientes em uma ilha deserta e pedindo para eles formarem suas próprias sociedades para sair de lá – que Griffin se sentiu perdida. Ainda assim, o Google implementou a sugestão de Page. Um sistema chamado Google Help Forums permite aos usuários (com um Googler ocasionalmente passando por lá) compartilhar seus conhecimentos sobre o sistema. Para a surpresa de ...more
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“Você pode não gostar de não ter suporte; talvez você queira conversar com alguém. Mas você vai deixar de usar? Se nós criamos produtos melhores, o suporte não é um fator de diferenciação.”
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“Um telefone celular tem olhos, ouvidos, uma pele e sabe a localização de quem o usa”, declarou Vic Gundotra enquanto mostrava o telefone um dia antes do lançamento. “Olhos porque você nunca vê um aparelho sem câmera. Ouvidos porque todos eles têm microfones. Pele porque muitos desses aparelhos têm touch screen. E o GPS permite que você saiba sua localização.
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Previsivelmente, uma empresa que não adotou o Google Voice foi a Apple. Além de implementar o Voice como um aplicativo do Android, o Google também o enviou para que a Apple pudesse considerá-lo como um aplicativo para o iPhone – e o pedido foi negado. Jornalistas e analistas do setor especularam que a empresa de Jobs havia batido a porta a pedido de sua operadora exclusiva, a AT&T. A FCC exigia uma explicação e, em 31 de junho de 2009, a Apple arrogantemente se justificou afirmando que não tinha rejeitado o Google Voice, mas que continuava a analisá-lo para garantir que o produto não afetasse ...more
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“a experiência com o iPhone”.
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Dentro de dias, o Google lançou uma mudança em seu sistema operacional Android: eles agora incluiriam os gestos multi touch de pinçar que Jobs havia exigido que o Google removesse. O recurso estava hibernando dentro da base de códigos e tudo o que o Google tinha de fazer era uma alteração no próximo upgrade.
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“A Apple não entrou no campo da busca”, disse ele. “Então, por que o Google entrou no campo dos telefones?” E isso não foi tudo: “O Google quer matar o iPhone. Nós não permitiremos isso.” Mesmo quando a próxima pergunta, sobre um assunto diferente, foi lançada, Jobs sentiu que ainda não tinha se expressado o suficiente. Ele lembrou seus subordinados sobre o mantra “Don’t be evil” do Google. Então, Jobs expressou o que pensava sobre o lema que aquela empresa usava para se definir. “É uma grande mentira”, ele disse.
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Jawed Karim, um engenheiro de 25 anos de idade que trabalhava no PayPal, começou a pensar sobre vídeos na internet de baixo para cima. Como, ele se perguntava, tornar bastante fácil para as pessoas fazerem o upload de seus vídeos caseiros em um site em que todo mundo pudesse vê-los?