Metanoia
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Kindle Notes & Highlights
Read between October 22 - October 26, 2021
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Mariana aproveitou para pegar o celular, abrindo na conversa mais recente: Fernando. “o que significa quando vc sente refluxo só de olhar pra alguém mt bonito?” A resposta não demorou nem um pouco para chegar. “tenho más notícias, linda… :) mas nada que eu já não imaginasse” “vou forjar a minha morte e sumir”.
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— Sabe, William possui… dois lados. Dá para definir assim? Eu não sei — o italiano continuou, recostando-se na cadeira, o olhar ainda fixo em Mariana. — Ele é incrível, você já deve ter notado. Ele se preocupa, ele faz o que está ao alcance dele para agradar, para te manter bem. Ele é péssimo com as palavras, mas isso não costuma importar. Mais estômago embrulhado. Mais pânico. — Mas ele também tem um lado que, porra, ele dá o máximo daquela cabeça teimosa pra não demonstrar. E ele consegue não demonstrar, ou pelo menos, não completamente. “Acho que você é a primeira pessoa que viu todos os ...more
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Como Mariana poderia definir como estava se sentindo? Ela não fazia a porra da menor ideia. Aquela era uma conversa para namorados de verdade. Pessoas que ficariam ali por ele. Ela não poderia ficar. — Mariana, William tem o porão mais profundo e bagunçado que eu já vi na minha vida. E eu mal consegui passar das escadas. Ela engoliu em seco, assentindo. Se é que entendia onde infernos ela entraria naquela conversa, ou o que ela realmente significava. Mariana chegou à conclusão imediata de que odiava metáforas, porque aquela conversa de casas e porões não estava a ajudando nem um pouco.
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Ela poderia tentar amar todos os lados dele, se tivesse a chance.
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— Sabe, eu estava pensando — Paulo anunciou assim que entrou no apartamento, na manhã seguinte. Apenas na manhã seguinte, o que indicava que ele teria passado a noite com alguém. Ele não informou qualquer nome. — Olha, você é capaz disso? — o loiro devolveu da cozinha, enquanto preparava o café da manhã. — Em primeiro lugar, vai se foder. Em segundo, bom dia, amor — ele disse, mas para Mariana, que assistia a televisão no sofá.
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— Certo, voltando ao assunto principal e mais importante. E se eu chamar o Fernando pra sair? — Você acabou de voltar de uma noite com alguém e tá pensando nele? — Eu sempre estou pensando nele, mas não vem ao caso.
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— Sei lá, aparece na clínica veterinária e diz que não sabia que ele trabalhava lá. — Com qual animal eu posso aparecer em uma clínica, Mariana?! — Paulo rebateu. — O Will já tá na sua coleira.
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— Nos chamaram pra visitar uma dessas organizações de futebol pra crianças. Chamaram a Mariana, na verdade. — Sou mais celebridade que vocês — ela zombou. — Claro que sim — Daniel confirmou, sentando-se ao seu lado.
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— Seu namorado é um porre. — Ele tem um charme. — Mariana deu de ombros, bebendo mais um gole do café. O ruivo ergueu uma sobrancelha. — Perdão, eu escutei direitinho? Você elogiou o William? — Só disse que ele tem um charme, não é novidade
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Daniel a fitou por mais alguns segundos, antes de sorrir. — Ansiosa? — Animada. — Adorável — ele disse, por fim, o que a fez revirar os olhos. Mariana bufou.
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A sensação de saber que estava servindo como exemplo para outras pessoas era esmagadora — mesmo que agradável, ao mesmo tempo. Ela precisava conversar com Daniel sobre isso depois. Porque, até então, Mariana não se via como algo além da namorada de um ex-jogador mundialmente famoso. Não chegou a lhe ocorrer que, no fim das contas, isso também pudesse servir para que a vissem como o que era de verdade: uma jogadora. Ela se sentiu estranhamente bem. De modo algum foi sufocante como outros compromissos em que o acompanhara. Talvez porque, por serem crianças, não havia ninguém ali para julgá-la. ...more
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— Nós poderíamos ficar mais um pouco... — É, podemos pensar no caso. — Ele deu de ombros, olhando ao redor e acenando para algumas das crianças menores, que riram animadamente com a atenção vinda dele. — Vou passar na secretaria pra resolver algumas coisas, deve levar algum tempo. Então você pode ficar e depois nós vamos. — Ou posso enfiar todo mundo em uma mala e levar comigo… — Nesse caso, acho que você seria presa. — Ainda bem que o meu namorado é rico e poderia pagar a fiança pra mim. — E perder a oportunidade de me livrar de você?! Acho que não — ele brincou, piscando casualmente na sua ...more
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Quando percebeu que já estava ali há tempo demais e Daniel ainda não tinha voltado, ela resolveu procurá-lo. Encontrou-o facilmente, vendo-o falar com alguém no telefone enquanto assinava alguns papéis. Ela gostava de observar aqueles momentos. Em que ele parecia concentrado em algo, preocupado em resolver alguma pendência. Quando o seu cenho franzia em uma expressão séria, uma pequena ruga se formava em sua testa. Não que ela o observasse demais, claro.
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— E você vai ser o treinador deles? — Mariana não conseguiu conter um sorriso largo dessa vez, porque era impossível não sorrir diante dele. Diante do que ele queria fazer. — Não levo jeito pra isso, acho que eu só patrocinaria mesmo. — Daniel deu de ombros, guardando os papéis em uma pasta. — O lance é encontrar alguém de confiança pra isso. — Acho que você leva jeito pra caralho, na real. Daniel piscou. — Acha? — Não sei se você ainda lembra disso, mas é o meu treinador. E meu time tá indo muito bem esse ano. — Vocês sempre foram boas. — Ele balançou a cabeça. — Mas não tanto quanto agora. ...more
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— William. — Ela pegou a pasta de sua mão, deixando-a de lado antes de se aproximar. Daniel engoliu em seco, comprimindo os lábios em seguida. — Tô orgulhosa pra caralho. — Hm, é? — o loiro soltou, ainda parecendo surpreso com aquelas palavras. — É. E independentemente do que acontecer com esse projeto, se vai sair do papel ou não, é incrível ver você tentando fazer algo assim. Posso contar nos dedos quantas pessoas como você teriam esse tipo de iniciativa. Não é só isso, mas também pelo meu time e por mim. — Acho que é o mínimo. — E a maioria não faz nem isso. — Ela ergueu uma sobrancelha de ...more
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— Se eu não te conhecesse, teria medo de me aproximar de você enquanto tá com essa cara — Daniel brincou (ou não), o sorriso descontraído no rosto enquanto tirava as coisas do carro.
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Ele estava lindo. Como sempre, mas havia algo nos dias em que ele acordava disposto. Daniel brilhava. Era impossível olhar pra ele e não querer tocá-lo. Mas, naquela manhã em especial, Mariana quis socá-lo. Carinhosamente.
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— Para de exagero, não tem nada melhor do que passar a manhã na praia. — Às oito da manhã, William? — Daniel. — Seu cu. — Você fica linda quando tá brava —
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— Quer jogar? A galera sente sua falta nos treinos. — Eu? — Não, o meu pai.
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“as costas dele são obscenamente bonitas”. “ai, porra. vocês transaram?”, Fernando não demorou para responder. “eu estaria mais feliz na cama, ao invés de estar na praia”. “menos mal”.
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— Você claramente gosta dele, por que só não parte pra cima? — Se ele me desse qualquer sinal de que também quer, eu partiria. — Linda, acho que conviver com ele tá queimando seus neurônios — Fernando riu. — Ele é meio caidinho por você, por mais que eu odeie dizer isso. Mas tenho esperança de que você pare de me ligar pra falar do corpo dele caso parem de enrolar.
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— Olha só, eu sei que você gosta dele — ele disse, por fim. Mariana engoliu em seco. — E tudo bem, entendo que você não tenha me contado porque mal deve ter admitido pra si mesma ainda. E eu não sei se eu gosto da ideia de vocês juntos, sabemos do histórico dele. Mas eu acho que é mais recíproco do que você imagina. — Mas eu não… — Mariana Dias, se você ousar me dizer que só se atrai pelo corpo dele, eu fico uma semana sem olhar na sua cara. — Duvido. — Me desafie. Mariana riu baixo, balançando a cabeça, mesmo que ele não pudesse vê-la. — Só não sei se eu quero tentar algo assim agora — ela ...more
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Na quinta jogada perdida, Daniel resolveu que precisava de uma pausa. — Eu me pergunto o que tá te tirando a concentração — Paulo cantarolou atrás dele. Mas ele era um filho da puta. Porque ele sabia. Desde que Mariana fez questão de tirar a camiseta que estava usando e se esticar sobre a cadeira, Daniel não teve mais um segundo sequer de paz interior. Todos os seus pensamentos libidinosos e concupiscentes estavam ali, impedindo-o de bloquear uma maldita bola de vôlei. — Me dê motivos pra não querer ir pra cama com ela — ele murmurou, os olhos ainda presos na morena. Como se fosse capaz de ...more
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— Certo, e os motivos pra querer ir pra cama com ela? Paulo ergueu uma sobrancelha. Quando o ruivo percebeu que deveria mesmo responder aquilo, revirou os olhos. — Você vai parar de chorar feito cachorro abandonado no meu pé. — Ótimo, vou tentar ficar com ela. — Você diria isso mesmo se eu não desse nenhum motivo, né? — Exatamente.
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Não quer nada é o caralho. Daniel sabia muito bem quando alguém o queria. E ele estava disposto a entregar tudo que Mariana quisesse. Ele observou Mariana se livrar também de seus shorts. Ele tentou não pensar no quão bonita pra caralho ela era, o quão bonito o seu corpo era. No quanto aquele biquíni vermelho era obscenamente pequeno. Mostrava demais, mas ainda pouco pro quanto o loiro queria ver.
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Daniel já tinha a derrubado outras cinco vezes até que ela conseguisse — finalmente — fazê-lo cair na água. Só que ele a puxou junto. Por um momento, Daniel poderia jurar que estavam sozinhos, porque foi como se todo e qualquer ruído alheio desaparecesse. Mariana caiu sobre ele entre uma risada abafada que cessou assim que ela percebeu o quão próximos estavam. Ele sentiu as mãos de Mariana subirem pela sua nuca, prendendo-se entre o seu cabelo. Foi natural, como ali fosse onde já deveriam estar há muito tempo. Em que maldito momento ele realmente se permitiu colocar na cabeça que ela não ...more
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Daniel a encarou, de novo, por longos segundos antes de assentir, confuso pra cacete. Ele começou a se perguntar se tinha feito errado — não aparentemente. Se poderia existir algum motivo para que Mariana quisesse beijá-lo, mas não se permitisse — também não. Ela queria. Daniel soube isso pela forma como as mãos dela foram do seu peito até o seu cabelo, pela forma como ela suspirou com a proximidade. Por toda a reação que ele viu no corpo da morena.
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— Você tá chateado — ela concluiu, embora sua voz tenha soado baixa. — Eu nunca ficaria chateado só porque você não quer ficar comigo. Só não entendo — ele admitiu —, porque você parece querer. Ela pareceu relaxar. — Eu quero. Daniel piscou. — Só não na frente de tanta gente. Especialmente estranhos e, sabe, pessoas que podem fotografar tudo. Colocar na Internet. Ah. Aquilo fazia muito, muito sentido. — E eu sei que nós teoricamente já temos um relacionamento, e o que as pessoas esperam é que tenhamos esse tipo de momento em público, mas… ainda assim — ela continuou, olhando ao redor. Como se ...more
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— Você poderia ter me dito. — Na água? Entrei em pânico — Mariana confessou, entre uma risada abafada. — E eu achava que você não queria. — Bom, eu achava que você não queria. — Temos um problema de comunicação, então. — O sorriso no rosto de Mariana cresceu, e ela se inclinou de seu assento para se aproximar dele.
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— Você é… Daniel não conseguiu completar. Bonita pra caralho. Um desafio para a minha sanidade. Incrível. Era uma lista longa.
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Finalmente dizer o que queriam parecia ter aberto mais uma porta para eles. Problema de comunicação, Mariana havia dito. Talvez fosse isso.
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Mariana poderia pedir para que esperasse, estavam perto de estar no apartamento. Teriam todo o tempo e privacidade do mundo. Ela não pediu. No lugar disso, ela o puxou pela camisa para, finalmente, chocar seus lábios um no outro. E, nesse momento, Daniel se sentiu quase arrastado por uma onda de adrenalina quando suas línguas se tocam, e pelos pensamentos de que queria aquilo há tempo pra caralho. Queria o toque de Mariana, queria saber como ela o beijaria caso fosse de verdade, queria que ela demonstrasse de verdade que o queria de alguma forma. Quis tanto tudo isso, por tanto tempo, que, ...more
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Se o primeiro, na festa, fora o suficiente para deixá-lo atordoado, desta vez Daniel sentia  que estava prestes a se afogar. E, para Daniel, parecia ser um prazer a possibilidade de se afogar em Mariana Dias.
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Ele poderia se acostumar com as coisas daquela forma. Se tudo continuasse bem… não parecia uma ideia ruim. Mas não era o momento para pensar naquilo.
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— Você está molhando a minha cama, princesa — murmurou, entre outro contato dos lábios em sua pele. Mariana tentou conter um suspiro prolongado, sem sucesso. — Você está molhando outra coisa.
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O beijo tornou-se urgente demais, quase desajeitado, e ainda assim a melhor coisa que ambos já pareciam ter feito na vida.
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Quando ela enfim se livrou da peça, ele não deixou de pensar que tudo bem se ele morresse depois daquilo. Seria uma morte feliz.
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— Espera — Mariana arfou, um sorriso quase travesso em sua expressão. — Eu quero você assim. Preso — mesmo que não estivesse preso de verdade. Entregue. À vossa mercê. Entendi. Ele poderia lidar com a perda de sua autoridade. Não era como se ela já não mandasse nele o tempo inteiro, talvez até sem perceber. A ideia de que acontecesse ali também quase o fez estremecer.
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— Puta merda, você pode… parar de enrolar? — Não me faça te amordaçar também. — Você tem fetiches estranhos, eu gosto.
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Ele preferiu pensar que seria interessante mandar um cartão de agradecimento para quem quer que a tivesse ensinado como bater uma pra alguém, porque era tão bom que a sua visão ficou  momentaneamente turva. Daniel até chegou a considerar falar algo sobre isso, mas a capacidade de juntar algumas palavras sumiu completamente de sua mente.
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O loiro a puxou para um beijo quase agressivo demais, porque simplesmente não queria que aquilo acabasse. E, nota mental, Mariana podia  levá-lo até os seus limites em pouco tempo.
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Daniel mordeu, sugou e puxou cada um dos mamilos perfurados por um piercing cada, o que se tornou uma tarefa difícil a partir do momento em que Mariana começou a pressionar-se contra o seu quadril, com uma sequência de “por favor”, “filho da puta” e algo que ele não entendeu. — Que boca suja — comentou, a voz rouca contra os lábios entreabertos da morena. — Eu quero que você me coma — ela  instruiu, trêmula, puxando a raiz do seu cabelo com os dedos. — Mandona. — Desgraçado, eu… — Mariana foi interrompida por dois dedos de Daniel em sua boca.
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— Oi — murmurou, beijando a pele sobre a sua clavícula. — Tudo bem? — Preciso de, pelo menos, meia hora para que a minha alma volte para o meu corpo. — Mariana se espreguiçou, deixando um gemido escapar. — E você me deixou dolorida. — Desculpa? — Você não se sente mal de verdade. — Realmente, não me sinto.
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Pela primeira vez, em muito tempo, as coisas pareciam estar tomando o seu lugar. As coisas dentro de Daniel.
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Ela parou ao entrar no banheiro. Daniel estava lá, na banheira. Aparentemente, não tinha notado que ela estava acordada até então, porque tirou os fones de ouvido com uma expressão surpresa. — Oi, tudo bem? — Foi mal, eu não achei que você… — Mariana gaguejou, hesitante entre ficar ou se aproximar. — Vou esperar lá fora. — Mariana, por Deus. Não faz nem um dia que nós transamos, pode entrar em uma banheira comigo — ele riu, inclinando a cabeça para observá-la melhor. Mariana gostava da forma como Daniel a olhava. Não era invasivo, mesmo que ainda estivesse nua, e que ele fizesse questão de ...more
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Seu primeiro pensamento foi que ele estava ouvindo algum jogo de futebol do dia, o que já era uma surpresa. Até ela ouvir o narrador do jogo dizer o nome dele. Daniel não estava acompanhando um jogo atual. Ele estava ouvindo a um de seus jogos. Ele se manteve em silêncio, porém sustentando o olhar dela. — Por quê? — Mariana devolveu o fone, engolindo em seco. — Vai parecer estranho se eu disser que me ajuda a pensar? — ele suspirou, esticando a mão para pegar o celular e pausar o áudio. — Vai parecer deprimente. — É, um pouco. — Não entendo o sentido. — Mariana franziu o cenho. — Só… colocar ...more
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— Sabe o que eu estava pensando? — Não sei ler mentes ainda, agradeceria se me dissesse. — Babaquinha. — O loiro apertou a ponta do seu nariz. — Seu pai te mataria se soubesse que você tem piercings. — É por isso que ele não sabe. — Mariana exibiu um sorriso convencido. — E você não vai contar. — Porque, pra isso, ele teria que saber que eu fui pra cama com você. E eu me recuso a correr esse risco.
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— Me empresta o shampoo? — Só se você me beijar. — Acho que eu já iria, mesmo se não pedisse o shampoo. — Tô esperando você pedir o condicionador pra propor algo mais indecente.
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— Dan — murmurou. — Hm? — ele não desviou o olhar do celular. — O que nós somos? A mão de Daniel parou em seu cabelo, e ele a encarou cuidadosamente. Mariana precisou engolir em seco, porque o arrependimento de ter perguntado aquilo roubou todo o seu oxigênio. — Por que a pergunta? — Porque todos acham que nós namoramos, então agora nós… só vamos agir como se fosse realmente um namoro de três meses? — O que você gostaria de fazer? — Daniel deitou ao seu lado, guardando o celular. — Acho que eu gostaria que fosse o mais nosso possível. Por um tempo, pelo menos.
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— Sabe, considerando que esse seria o nosso primeiro encontro de verdade, eu esperava algo mais simples. Mas é bom saber que sou tão especial. Ele riu, chutando levemente a sua perna. — Não tenho culpa se os caras com quem você sai te levam pra comer pipoca na esquina. — Sabe, nem todos têm grana ou amigos com grana o suficiente pra bancar uma casa no campo. E eu gosto de pipoca. — Pobres imundos — ironizou, fazendo-a rir mais.