Thiago’s
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As Crônicas de Gelo e Fogo - Edição Exclusiva (5 livros) no submarino por 49,90. Menos de 10 reais cada livro, tá bom né?
http://www.submarino.com.br/produto/1...-

Boa, Faraday! O Daniel esqueceu de dizer que tb é DM profissional e Mestre Storyteller! É tb um cara que sempre tem comentários super perspicazes sobre tudo o que lê.
Bienvenue!

Bem vindos Vera, Renan e Davidson :)
Davidson wrote: "A propósito preciso de ajuda. Eu tenho um Kindle e gostaria de saber como saber em qual página estou pra monitorar meu progresso no Goodreads. Alguém help? "Então Davidson, não são todos os ebooks que tem número de paginas ( a maioria dos que vc compra na amazon não tem, qnd vc sideload pelo calibre até tem, mas não bate com o número de paginas da versão paper, que normalmente é a utilizada para estimar o número de pgs dos livros digitais). Dito isso, quando vc clicar no canto inferior esquerdo da tela do seu kindle (sendo ele uma das versões touchscreen) ele ira "ciclar" entre "location", "page" (se tiver), "time left in chapter" e "time left in book" e "blank" AKA nada. AO lado de todas essas opções vc terá o "percentual de completação do livro", que eu o que eu sugiro que vc use para monitorar o seu progresso aqui no Goodreads qnd estiver lendo livros digitais.
Veja, por exemplo, meu ultimo update: "Thiago Pires is 7% done with...".
Quando vc seleciona uma edição digital no Goodreads (clicando em "other editions" na main page do livro que vc estiver lendo), por padrão o Goodreads usará o "% de completação" no lugar do "page Y of X" que é o padrão das edições físicas. De qq modo vc pode mudar o padrão de "page y of x" para "x % done with", ou vice-versa, da seguinte maneira:
Vá até a pg do livro, clique em "udate status" e vai aparecer "I'm on PAGE ___of "book name" ou "I'm __ % done with "book name". Vc irá notar que tanto o "PAGE" quanto o "%" são hiperlinks, sõ "clicáveis". Simplesmente clique para alternar entre um e outro.
Abs

Fala Diego, então, pretendo ler o
The Lies of Locke Lamora, mas estou tentando evitar começar séries que ainda não tem conclusão (trauma com o
George R.R. Martin e com o
Patrick Rothfuss).
Bom, terminei o
The Handmaid's Tale (e com ele um dos nossos desafios), gostei muito apesar de ter terminado de ler beirando a depressão. Agora to lendo o
Rimrunners e gostando muito até então. Pretendo ler o
Perdido Street Station tb... Nada de temática leve pra mim mesmo né, só livro com potencial de esmagar minha alma... Ao menos esse mês lerei o
The Call of Cthulhu do bom e velho
H.P. Lovecraft que sempre traz uma boa dose de Cosmicismo, o que me é sempre reconfortante.
Btw, que mais está adorando Jessica Jones??? Meu primeiro reflexo foi "Binge watch all the episodes!!!", mas estou segurando só para não acabar:)

Adoro Earthsea,
A Wizard of Earthsea e
Tehanu estão entre
meus livros favoritos , mas sou apaixonado por todos eles. Ando com uma vontade doida de reler
The Tombs of Atuan. Enfim, são daqueles poucos livros para os quais eu continuo voltando.
@Lauren, devo começar em Janeiro só, quero terminar o livro que estou lendo, e o
Perdido Street Station em Dezembro. Sem falar que essa é a época (xmass) em que eu tradicionalmente releio
The Call of Cthulhu.

Fala Rafael, infelizmente não tem mesmo não. Mas parece que vai sair esse mês! Tradução do
Fábio Fernandes pela Boitempo Editorial que é quem está publicando os trabalhos do Miéville por aqui. Ano passado eles lançaram
A cidade & a cidade.
Fonte:
http://www.boitempoeditorial.com.br/v..."Em 2015, será a vez de Perdido street station (2000), romance que..."
e
http://www.boitempoeditorial.com.br/v...

Nunca tinha pensado em Frankenstein como steampunk, mas é mesmo!
"Eu estava querendo um livro assim para Dezembro: que eu me perca e me divirta, sem pensar em muita coisa séria (sou só eu que fico assim estafada nessa época do ano?)."
Eu tb tô nessa, quero algo bem light. E sim, tb fico estafado essa época do ano, e até meio deprê, faço aniversário em dezembro e detesto ficar mais velho!:D Eu sei, "too much information". :P

Hobitt, o grupo já leu? Tb tive meus problemas com o livro, quando terminei tava super annoyed, mas agora até que lembro dele com carinho... Li recentemente, acho que ano passado, talvez se eu tivesse lido mais jovem teria aproveitado mais? Não sei...
Estava falando outro dia sobre esse livro por skype, vou dar um copy and paste do q me irritou. Não tem spoiler, mas vou por na caixinha de spoiler só pq é meio OOT.
(view spoiler)[[03/11/2015 21:53:35] Thiago Pires: Btw, the thing the turned me a bit off (not a bit, a lot actually) in The Hobbit was the `old grampa mode` that Tolkien would adopt and keep going on and on, basically interrupting his own story to make silly comments (I know it was for children, but still...). The anachronisms he would insert when he was using this Grampa voice annoyed me more than anything else! But then, very often he would go super solemn and write awesome, very touching, magical stuff like the Dwarven Song for example, that shit gives me the goosebumps!
[03/11/2015 21:53:48] Thiago Pires: One of my favourite parts in the book is this
[03/11/2015 21:54:06] Thiago Pires: ""Now they all pushed together, and slowly a part of the rock-wall gave way. Long straight cracks appeared and widened. A door five feet high and three broad was outlined, and slowly without a sound swung inwards. It seemed as if darkness flowed out like a vapour from the hole in the mountain-side, and deep darkness in which nothing could be seen lay before their eyes, a yawning mouth leading in and down."
[03/11/2015 21:54:41] Thiago Pires: I don`t know why, but to me this is so strong, my eyes got all teary of pure awe that I felt while I was reading this passage
[03/11/2015 21:54:51] Thiago Pires: I think this was my favourite chapter
[03/11/2015 21:55:49] Thiago Pires: `on the doorstep` is the chapter
[03/11/2015 21:55:54] Thiago Pires: along with “riddles in the dark” (hide spoiler)]Vlw Diego! Tinha ficado na dúvida quanto ao WoES pq apesar de ser uma jornada "longa e árdua" ela é muito pessoal, é mais uma "coming-of-age story" sem guerras, evil lords, consequências para o destino do mundo e outras dessas coisas que a gente normalmente associa à fantasia épica.

@Lauren,
(view spoiler)[agora seu comentário anterior ficou bem mais claro pra mim, concordo com quase tudo que vc falou, acho que nosso desacordo é mais de terminologia.
Achei especialmente interessante o seu comentário a respeito da Suíça, nunca tinha pensado nisso assim, mas faz total sentido. De qq modo, confesso que qnd mencionei o norte europeu estava pensando mesmo nos países do chamado "Nordic Model", estou interessado em ouvir sua opinião sobre eles. Enfim, achei super legal, vc se incomodaria se eu respondesse direitinho por MP assim que me sobrar tempo?
Btw, fiquei super com vontade de ler The Dispossessed, é um dos livros que está na minha lista de releitura, achei um livro bem difícil, mas adorei e acho que vc vai ter altos insights legais. Topa? (hide spoiler)]Doido para ver o próximo post da Raquel, meio "out of my depth" mas adorei!
To empacado aqui, queria muito tentar reler, mas tá difícil. Se for mesmo rolar um hangouts era até um incentivo :P

Acho que nunca li nada de Steampunk, tive que ir na web procurar recomendação e acabei achando um livro que já estava na milha lista de "10 to read next", nem sabia que se encaixava em steampunk, sorte!
The Anubis Gates do
Tim Powers.
"The Anubis Gates is a steampunk classic that feels more fantasy than sci-fi, but it has time travel and won the Philip K. Dick award in 1984, so that’s good enough for me.
The book features an ancient Egyptian sorcerer, a modern millionaire, a body-switching werewolf, a hideously deformed clown, a young woman disguised as a boy, a brainwashed Lord Byron, and finally, the protagonist Professor Brendan Doyle, who wanted none of this nonsense."
Fonte:
23 Best Steampunk BooksAnother early classic now hailed as a founding steampunk text is this famous novel by Tim Powers. It concerns a literature professor who travels back in time to meet the poet, Samuel Taylor Coleridge, and finds himself embroiled in a plot to restore the ancient Egyptian gods to power. As with all of the best time travel stories, what happens in the past can affect the present from which travelers come.
12 Classic Fonte:Steampunk BooksAgora, o que achei interessante é que nessas duas listas que achei eles colocam
Frankenstein (um dos meus SFs favoritos máximos) como steampunk, o que vcs acham? É? Gêneros sempre me confundem.
De qq modo ficarei igualmente feliz de ler
Perdido Street Station, nunca li nenhuma long fiction do
China Miéville, mas já li algumas short stories e essays e achei tudo sensacional.

Desculpa, o que é que conta como fantasia épica?
A Wizard of Earthsea conta, se contar eu recomendo esse.

Quanto ao livro, acho que
(view spoiler)[os novos deuses são criados pela cultura americana, me parece que os novos deuses advêm da energia mental dos humanos, tudo aquilo em que depositamos nosso tempo, que tem um lugar especial em nossas mentes está sujeito a ser personificado.
Agora, sim, os deuses antigos, como por exemplo o Anansi, atravessaram o oceano com os imigrantes, atravessaram o oceano no sentido de que eles habitam o imaginário daqueles povos que convergiram para os EUA. Chegando lá foram modificados pela cultura americana, pois se é verdade que as pessoas transformam a cultura o inverso também é. No contexto do livro deuses vão se modificando, tanto novos quanto antigos, de acordo com a relação que temos com eles e o espaço, e a maneiram como ocupam esse espaço, no nosso dia a dia, no nosso imaginário. Sendo esses deuses criações humanas eles dependem de nós, é a nossa “atenção” que os nutre, e é por isso que se modificam, se adaptam a cultura, tanto é que conforme vão sendo esquecidos vão se enfraquecendo e até mesmo desaparecendo... Não lembro assim tão bem do livro, mas eu acho que é mais ou menos por ai...
No fim do Livro o Shadow encontra a versão do Odin de algum pais do Norte Europeu, e esse já é um Odin bem diferente né, o Odin daquela cultura. Uma coisa muito legal pra mim foi a cena extra, que acabou não entrando no livro, onde o Shadow tem uma conversa com Jesus. Achei genial a versão americana de Jesus que, entre outras coisas, usa um boné de time de beisebol.
(hide spoiler)]@Lauren, então, Elysium é bem mais ou menos, mas a gente sempre aproveita alguma coisa né, me trouxe umas reflexões legais, mas o filme definitivamente poderia ter sido bem melhor. Enfim, eu não colocaria na lista de prioridades.
(view spoiler)[Lauren, eu não consigo ver como esses avanços liberais que você menciona são frutos do sistema econômico. Eu vejo eles mais como fruto da democracia, das liberdades que conquistamos, do declínio no poder das religiões organizadas, entre outras coisas. Acho que até dá para encontrar correlações com o capitalismo, mas causação? Sei lá, não vejo como.
Democracia não afeta o status quo? Um tipo de governo a serviço desse sistema econômico? Eu acho que depende do que se entende por Democracia, se você toma como Democracia aquilo que temos aqui no Brasil ou nos EUA, pare citar uma nação em desenvolvimento e ou desenvolvida como exemplo, eu acho que vc está absolutamente correta, mas na minha visão essas são democracias que em muitos aspectos são meramente nominais, formais. Se vc olhar para o Norte Europeu por exemplo, a figura já muda bastante, são países mais democráticos, não que não haja espaço para melhorar, mas eles estão, acho, muito à frente no que concerne democracia. Acho que é melhor se falar em graus de democracia, entre as nações democráticas existem diferentes graus de Democracia.
Eu tenho para mim que Democracia verdadeira, na falta de uma palavra melhor, pressupõe participação ativa da população, quanto maior essa participação, quanto mais envolvida no processo decisório, quanto mais poder nas mãos da população vc tem, mais Democrática uma Nação será.
Enfim, eu acho que Poder nas mãos do Povo ameaça sim o status quo, ameaça estruturas de poder, o problema é que eu acho que a própria natureza do sistema econômico é antagônica ao ideal de democracia, é um sistema que concentra recursos, e consequentemente poder nas mãos de uma minoria, ou seja, existe um “desiquilíbrio de armas”. Acho que um dos maiores obstáculos a Democracia é a desigualdade, e não estou falando apenas de desigualdade financeira, estou falando de desigualdade de acesso, acesso a lazer, saúde, educação, emprego, salubridade, cultura.... Outro truísmo é que um dos maiores problemas do Brasil é a educação, é algo que todo mundo sabe, em toda conversa sobre política se menciona, mas o que a gente está fazendo? A gente até conseguiu melhorar a questão do acesso, hoje em dia temos muito mais pessoas na escola, mas vejo muito pouco sendo feio a respeito da qualidade, e sou muito cético de que teremos qualquer melhoria significativa enquanto 80% da população estuda em escolas públicas e 20%, a galera que tem como pagar, estuda em colégios particulares... Eu acho que se minha sobrinha tivesse que estudar na mesma escola que a filha do porteiro do meu prédio, ou da menina que faz faxina na minha casa as coisas começariam a melhorar bem mais rápido... Saúde o quadro não é tão diferente, tem uma parte da população que pode pagar para não morrer em porta de hospital... Digressing again...
Não acho que exista uma conspiração, acho que o que existe é o funcionamento normal e esperado das instituições dentro da lógica de um sistema que, concordamos, é perversa. Pessoas e instituições irão agir de modo a preservar seus próprios interesses, quanto mais poder elas tiverem mais eficientes será na consecução de seus objetivos. Acho que é pacífico dizer que em linhas gerais nas Monarquias ditatoriais da Europa de outrora O Poder agia em benefício próprio e de modo a se preservar e usavam as ferramentas que tinham para evitar que as populações se revoltassem diante das próprias circunstancias, bom, eu acho que hoje em dia a situação é em alguns aspectos parecida, as ferramentas mudaram, as instituições mudaram, reis e barões foram substituídos por Mega Corporações, e elas obviamente vão agir em benefício próprio, usando o poder e influência que tem, e os fazem as claras, como por exemplo no caso da pratica do fraking, a shell querendo perfurar o Ártico, mais recentemente essa questão da Key Stone Pipeline, ou mesmo quando empresas se reúnem e fazem lobby para restringir direitos trabalhistas, desregulamentar o mercado, e realmente centenas de outros exemplos de coisas que beneficiam um pequeno grupo em detrimento de milhares de pessoas no mundo inteiro, nada disso é conspiracional, a gente sabe que acontece, tudo é feito as claras e seguindo a lógica desse sistema. É claro, as vezes você tem coisas que são feitas às escondidas, de modo ilegal, veja recentemente a crise das construtoras, ou ainda pior, vejo o que a Wolks foi pega fazendo na Europa.... Esses são os casos que pegamos.... Confesso que o da Europa me surpreendeu mais, anyway, de qualquer maneira eu acho que esses episódios de ilegalidade são exceções, na maioria das vezes as grandes corporações não precisam recorrer à ilicitude.
Lembrei de uma parada que o Chomsky disse, já deu pra ver que gosto dele né, vou por aqui porque acho que tem a ver:
“How people themselves perceive what they are doing is not a question that interests me. I mean, there are very few people who are going to look into the mirror and say, 'That person I see is a savage monster'; instead, they make up some construction that justifies what they do. If you ask the CEO of some major corporation what he does he will say, in all honesty, that he is slaving 20 hours a day to provide his customers with the best goods or services he can and creating the best possible working conditions for his employees. But then you take a look at what the corporation does, the effect of its legal structure, the vast inequalities in pay and conditions, and you see the reality is something far different.”
― Noam Chomsky
(hide spoiler)]Pô Lauren, vamos ler o Chomsky sim, nas férias que vc diz é o que, férias escolares né? Anyway, é só escolher a data e me falar com um pouquinho de antecedência para eu poder me organizar, vai ser muito legal ler esse com você, tomara que mais pessoas se animem :)
(view spoiler)[Sei lá Lauren, confesso que não sei, tb tenho minhas dúvidas quanto a religião... Não em um nível pessoal meu, apesar de ter sido criado em uma família cristã e estudado 11 anos em colégio católico eu não possuo crença religiosa desde dos quatro anos... O que me "converteu" na época foi ler a bíblia, anyway... De qualquer modo eu tenho o maior respeito pelas pessoas que professam qq religião que seja e que decidem pautar suas vidas elas não queiram
me dizer como pautar minha vida...
"...grupos sociais, sociedades, civilizações? Será que a religião é só um mecanismo de repressão quando vemos deste nível? Ou ela é algo sem a qual a vida em sociedade desmorona?"
Se assumirmos que a sociedade desmoronaria sem religião, e eu não concordo com isso, nós não estamos assumindo tb que religião é sim um mecanismo de controle?
Ok, eu estou sendo falacioso, mas se o seu ponto é que religião não se traduz simplesmente em um mecanismo de controle eu concordo plenamente, acho que ser um mecanismo de controle é apenas uma das facetas da religião, não dá para reduzir religião a um papel ou outro sem ser espetacularmente raso.
Agora, será que a sociedade desmoronaria sem religião? Não sei, mas eu tenho impressão de que os efeitos de Religião organizada na sociedade são na maior parte das vezes deletérios, especialmente quando vc traz valores religiosos para a esfera política, se dependente das religiões organizadas nós provavelmente não teríamos tido vários daqueles avanços liberais que vc mencionou antes...
E assa questão da promessa do pós-vida, isso é o que? Aquela religião ópio? Porque a vida é tão bosta que a gente precisa da promessa de um lugar melhor para aturar? Se for essa, sei lá, acho que existem tantos outros ópios. Talvez religião seja o mais eficiente? Não sei.
Não quero ser desrespeitoso com ninguém que professe alguma religião, eu entendo que é algo importante na vida de muitas pessoas, eu concordo que existem coisas boas vem do sentimento religioso, gente que se levanta, sai de casa e vai ajudar os necessitados, distribui comida, agasalhos, isso é legal. É lógico, sempre vai ter gente que vai dizer “ah, mas vc não precisa de religião para fazer isso”, eu concordo, mas esse não é o ponto, o ponto é que, no mundo real, muitas pessoas fazem esse tipo de coisa motivadas por religião. Eu também entendo que religião muitas vezes traz conforto para pessoas que de outro modo estariam desamparadas.... Mas sei lá, isso, especialmente esse último, acho que diz mais sobre a nossa sociedade do que sobre religião...
Não consigo ver porque a sociedade desmoronaria sem religião, será que nós somos ruins, que precisamos de um set de regras para que nos pautemos de maneira decente uns com os outros, ou de uma promessa de recompensa ou punição para nos comportarmos? Será que juntos não podemos melhorar a condição humana de modo que não precisaremos mais dessa promessa de um lugar melhor?
Ai, eu não quero acreditar nisso não, eu prefiro acreditar que sim, nós somos capazes de viver em harmônia, em igualdade, colaborando uns com os outros, perseguindo interesses que são comuns e benéficos a nós, sem sistemas de opressão... É lógico, a gente ainda vai ter que avançar muito, mas poxa, eu acho que o nosso histórico é bom, nosso trend é ascendente, já conquistamos tanta coisa... Sei lá, por mais irônico que seja para um ateu, eu prefiro ter fé, fé nas pessoas, minha alternativa seria o niilismo.
Foi mal se "misrepresentei" o que vc falou, a verdade é que não alcancei mesmo... E é, provavelmente to misturando alguns conceitos.
E desculpa ficar hijacking o thread do pobre dos Deuses Americanos e falando dessas coisas que pouco tem a ver com o interesse do grupo, especialmente sem ter nem começado a ler o livro! Vou tentar começar amanhã e prometo tentar ficar mais no livro daqui pra frente!
(hide spoiler)]Hmmm, vou tentar começar a ler o AG amanhã... Não é um dos meus favoritos, então eu preferia ler algo novo... Mas depois de postar um monte aqui sinto que tenho a obrigação moral de ler tb :P

Opa, legal, vou adicionar dois apps Apps que acho muito legais.
O
MortPlayer Audio Books é meu favorito para ouvir audiobooks.
O
ComicRack é meu preferido para ler comics no tablet, mas eu não daria 18 reais não, peguei em uma promoção da google play e saiu por 2 reais na época, tem vários free que são bem legais tb... E vc sempre pode pegar ele num navio se sua inclinação é essa...
Ah, para ler comics no computador tem o
cdisplayex, ótimo.

Novembro tá complicado mesmo, fiquei com vontade de reler, mas ainda não sei se vai dar.
@Lauren
(view spoiler)[Eu tenho a impressão de que o grande culto que existe é o culto as coisas, o culto ao ter, me parece que o culto à tecnologia deriva diretamente desse consumismo.
Agora, de onde vem essa ânsia pelo consumismo? Acho que ela é manufaturada, artificial, criada para servir esse sistema que você mencionou. Não estou negando que o novo, o exclusivo, exerça um fascínio sobre a mente humana - isso me lembra da história do idiota da tribo que encontra uma pena mais colorida, coloca na cabeça e se sente especial por isso – mas acho que isso é, propositalmente, potencializado para servir o sistema de modo que praticamente todos nós nos comportemos, em uma escala ou outra, como o idiota da tribo. O modo de se fazer isso é explorando fraquezas, amplamente estudadas, da mente humana. Isso me lembra algo que o Chomsky disse:
“All over the place, from the popular culture to the propaganda system, there is constant pressure to make people feel that they are helpless, that the only role they can have is to ratify decisions and to consume.”
Eu acho que o papel de Mass Media e Propaganda não podem ser subestimados, e de fato vão muito além do consumismo, desde que nas democracias modernas os governantes perceberam que já não dava mais para controlar as populações na base da força bruta passa a se fazer necessária uma forma mais eficiente de controle, você tem o nascimento da Industria de Relações Públicas, Propaganda. Sobre acho que vale a pena assistir o documentário (tem inteiro no youtube) ou ler o livro Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media (Se alguém topar ler em 2016 eu to dentro). Trago mais um quote do Noam Chomsky sobre esse assunto:
“Propaganda is to a democracy what the bludgeon is to a totalitarian state.”
Outro livro que trata, em alguns de seus capítulos, sobre o efeito da propaganda sobre as populações e sobre o individuo é o You Are Not So Smart: Why You Have Too Many Friends on Facebook, Why Your Memory Is Mostly Fiction, and 46 Other Ways You're Deluding Yourself (achei muito legal).
E na verdade, essa necessidade de alienar as massas, de controlar suas atitudes, disposições e opiniões é muito anterior a criação da Industria de Relações Públicas, Hume famosamente escreveu que "Nothing appears more surprizing to those, who consider human affairs with a philosophical eye, than the easiness with which the many are governed by the few; and the implicit submission, with which men resign their own sentiments and passions to those of their rulers. When we enquire by what means this wonder is effected, we shall find, that, as Force is always on the side of the governed, the governors have nothing to support them but opinion. It is therefore, on opinion only that government is founded; and this maxim extends to the most despotic and most military governments, as well as to the most free and most popular. The soldan of Egypt, or the emperor of Rome, might drive his harmless subjects, like brute beasts, against their sentiments and inclination: But he must, at least, have led his mamalukes, or prætorian bands, like men, by their opinion." e ainda antes disso me parece que "panem et circenses" é baseada nos mesmo fundamentos. Para mim uma das falácias mais perniciosas que existem é essa de que as pessoas são tolas, estupidas, egoístas, que elas não são capazes de conviver umas com as outras e de se auto determinarem, que desperdiçariam seus recursos, matariam umas as outras, e que portanto elas precisam de bons lideres, de sistemas de opressão, mecanismos de coerção, de uma classe de homens (normalmente são homens) superiores, iluminados, capazes guiá-los, que sabem o que é melhor para eles, que 99% de nós somos como crianças, que nós nem saberíamos o que fazer se fossemos realmente livres, isso para mim é a mais pura expressão de BS. But I digress...
Acho que vale olhar tb para que tipo de tecnologia, que tipo de produto, nos obceca, não são máquinas de raio X avançadas, fontes de energia limpa, ou diversas outras coisas que são extremamente úteis para a sociedade como um todo. O que parece nos obcecar em grande parte são coisas excrementais, que remetem justamente à pena colorida do idiota da tribo, tecnologia-produto... Sei lá, tô super simplificando um pouco né...
Tecnologia como fonte de poder? Awesome, sim, acho que entendi onde você está indo. Acho que você tem razão tecnologia nunca é um fim em si mesmo, ele é um meio para a consecução de um objetivo. Então eu acho que dá para dizer que tecnologia é algo fundamentalmente neutro, de modo que se torna importante refletirmos a respeito do modo como utilizamos essa tecnologia do ponto de vista individual e social, especialmente, como é comum é SF, sobre o efeito social da tecnologia, da descoberta de novos conhecimentos, do poder que vem com eles e, ainda mais importante, sobre a distribuição desigual dos benefícios desse conhecimento e suas consequências.
Uma reflexão interessante que o filme Elysium (vc viu?) me trouxe foi a seguinte: Nele o avanço tecnológico chegou à um nível em que “free universal healthcare” poderia ser uma realidade, eles basicamente possuem leitos de hospital, que qualquer um pode ter em sua própria casa, capazes de curar o indivíduo de qualquer doença. Mas o que eles fazem com essa tecnologia? Eles vão no caminho contrário, ao invés de resolver o problema da saúde eles mantém essa tecnologia apenas nas mãos das elites, aumentando ainda mais o abismo social. Isso te lembra alguma outra sociedade? Será que nós fazemos muito diferente?
Uma coisa que professor de economia adora comentar quando se fala em escassez (necessidades humanas ilimitadas, recursos econômicos, limitados,) é que esse é um problema que só poderia ser resolvido pela proverbial máquina de cornucópia. Mas será que alcançássemos essa tecnologia nós faríamos muito diferente do pessoal de Elysium? Eu acho que sim,o que aconteceria é que essa tecnologia ficaria restrita ao 0.01%, até porque algo assim ameaçaria apropria fundação do sistema.
Voltando nessa questão dos Deuses e da Tecnologia. Quanto mais olho mais vejo intercessões. Por exemplo, tanto um quanto o outro são formas de conhecimento, então caem nessa mesma realidade, nessa mesma dicotomia de um lado aqueles que tem domínio desse conhecimento e de outros aqueles que não. Ambas são hodiernamente, e na verdade desde de sempre, usadas como forma de controle social, de opressão. Já do ponto de vista pessoal, e me desculpe se eu já tiver batido nessa tecla, será que em grande parte não usamos essa tecnologia-produto para remediar as mesmas inseguranças, frustrações, as mesmas“doenças da alma” para que usamos religião (em ambos os casos acho que um psicanalista viria melhor a calhar).
É claro, nem tecnologia e nem religião se esgotam nessas semelhanças. Btw, e quanto a neutralidade da tecnologia, será que dê alguma forma podemos dizer o mesmo sobre religião?
“Os grupos evoluem com o tempo? Classes sociais tendem a explorar outras? Podemos viver em harmonia? Grupos precisam de grupos-outros-estranhos para criar uma identidade própria? Grupo sempre precisam de instituições de repressão? Sem experança de pós-morte, grupos podem existir hierarquicamente? ”
Então, quanto mais eu penso em nessas questões, mais eu percebo que provavelmente não entendi direito algumas delas, provavelmente porque devo estar encarando elas de um ângulo diferente daquele em que você as formulou, então vou esperar vc elaborar mais caso vc tenha vontade de fazê-lo.
Hehe, é ótimo que acaba de me ocorrer que nesse texto todo provavelmente tenham 2 linhas, se tanto, que remotamente remetam ao livro :D
(hide spoiler)]@Lauren, então, o hangouts funciona tipo assim:
https://www.youtube.com/watch?v=992kG...É o aplicativo que elas estão usando. Máximo de 10 participantes para video chat, bem simples de usar, não precisa instalar nada,, basta ter uma conta do google, roda a partir do próprio browser.
@Raquel, esse mês tá foda pra mim tb, me animei de reler, mas ainda nem consegui começar. E poxa, ainda tem mais dois livros que gostaria de ler em novembro,
The Traitor Baru Cormorant e
Rimrunners...
Alice: edição comemorativa - 150 anos da editora Zahar na
Amazon por 34,90 Peanuts comics no esquema pay what you want do humble bundle.
O mesmo para Army of Darkness.
Historical fiction bundle tb no esquema de pay what you want lá no Story Bundle. Por lá está rolando tb um bundle de crime fiction e outro de NANOWRIMO tools.
E ah, não sei se vcs conhecem, mas tem o
Centless Books site que agrega livros que estão free na amazon. É ótimo, sempre tem coisa nova, e bastante coisa boa aparece, inclusive livros mainstream que entram em promo. Lots of free stuff.

@Sinara Poxa, muito triste de não ter ido ano passado, mais triste ainda de não estar indo esse ano :( Acho que inclusive os ingressos já estão esgotados. 2016 eu vou de qualquer maneira! Btw, bem vinda, vê se aparece ai para conversarmos sobre livros, vai ler o
American Gods com a gente?
@Lauren... Que inveja... De novo... Queria muito. Vou ver se o Planetário do Rio tem algo assim, mas duvido. Btw, alguém mais aqui é viciado nesses apps de celular para olhar os astros? Tipo google sky map, night sky tools e outros.

"quando crescer"??? Como assim!? Gente, acho que a Thaís me chamou de velho! Ahhhhhhhhhhhhhhh! :P Ainda não fiz nem 32! :D
@Lauren, muito legais os pensamentos e as indagações, achei foda! Juro que quando terminei de ler eu tava até arrepiado.
E "O Iluminismo foi o golpe intelectual à Igreja, o consumismo tem sido o golpe emocional.". To aqui morrendo de inveja da maneira brilhante com que vc colocou esse pensamento. Genial.
Enfim, cabeça borbulhando aqui, vou ter dificuldade de dormir pensando nesse texto, estou viajando aqui, especialmente nas indagações que vc propôs ao fim do item 5. FDS se prepara para um texto gigante da minha parte tb, talvez amanhã, mas não prometo pq amanhã tem 007 :P
De qualquer modo já refleti um pouco e adianto que acho que basicamente tudo que vc falou tem a ver com poder e aquisição de poder em suas diversas formas. Pronto, garanti meu meio ponto, YAY! :D (Ri muito de dessa história).
Ah, antes de ir vou avançar novamente a seguinte ideia; Hangouts para conversarmos sobre o livro do mês, tipo na primeira semana do mês seguinte ao mês em que o livro foi lido ou algo assim. Acaba que é sempre uma meia duzia que acaba lendo o livro do mês mesmo, se houver interesse acho que dá pra fazer, eu sei que eu topo.

Hmmm, oitra coisa...
(view spoiler)[Fui na web ver se encontrava o Neil Gaiman falando sobre esse New Gods, não achei, mas achei um review que cita alguns outros novos deuses que aparentemente são mencionados no livro. Deuses das autoestradas, radio, cartão de crédito, hospital... Então tb não sei, eu até consigo imaginar, as far as mythical creatures go, manifestações de celebridade,mass media, internet, talvez até um deus do Iphone ou do Android, criadas pelas nossas obsessões, mas hospitais, auto estradas? Qual é a critica, qual é o critério? Sei lá, meio confuso, não sei se entendi... Antes eu acho que tinha visto essa parada dos novos deuses mais como uma critica aos valores da nossa sociedade, ao nosso consumismo, a nossa superficialidade, esse mundo instável, de coias descartáveis, onde estamos sempre procurando pelo "next big thing", consumindo, devorando tudo e continuando com fome, nsatisfeitos... Mas sei lá. (hide spoiler)]

Opa, legal:) Tenho muita vontade de ler o
Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies.
(view spoiler)[
Sim, não tenho dúvidas de que o fogo, o arco e flecha, a matemática, a agricultura, e tantas outras tecnologias mudaram as nossas vidas, foram cruciais na nossa evolução, na verdade muito mais do que qualquer coisa que apareceu nas últimas décadas, sem algumas delas ainda estaríamos morando em cavernas né? O fogo mesmo, alguns estudiosos acreditam que a habilidade de cozinhar nossos alimentos, o que não teria sido possível sem o controle do fogo, foi o que permitiu que nossos cérebros se desenvolvessem muito além de qualquer outro primata, e o que dizer do impacto da escrita que foi outro verdadeiro game changer para nossa espécie. Mas me expressei mal, minha intenção não era compara-las do ponto de vista da importância que tiveram em nossa jornada, nem diminuir o papel dessas tecnologias, mas apontar a diferença entre a relação que tínhamos com elas da relação que temos com algumas das nossas “novas tecnologias”, ao meu ver existem algumas diferenças.
Não digo que exista uma identificação total entre o papel do culto aos deuses e o que estou chamando de culto a novas tecnologias, mas, em uma sociedade onde as pessoas se definem cada vez mais pelo que elas têm e consomem, sejam filmes, ´series, roupas, alimentos, times, gadgets, onde o ser se confunde com o ter, onde usamos produtos para preencher vazios, combater medos e inseguranças, pertencer a grupos, será que não existe uma considerável área de intercessão?
Agora, também acho a nossa relação com essas novas tecnologias se deve a esse consumismo desenfreado, que por sua vez é consequência, me parece, da propaganda massiva nos bombardeando diariamente. Cada vez mais eu vejo avanços excrescentes, “tecnologias” criadas não para atender necessidades, mas necessidades imaginarias sendo criadas e marteladas no nosso subconsciente em resposta a tais tecnologias. Mas isso muda alguma coisa, nós não criamos os deuses também para atender certas necessidades?
Nem as grandes religiões escapam dessa nova realidade consumista, quantas vezes elas não são banalizadas, transformadas em produtos, resumidas a um slogan sem muito significado em um bumper sticker na traseira de um carro, vestida como uma camisa de time de futebol (para mim ainda outra manifestação quasi-religiosa).
E sei lá, na minha opinião, o Technical Boy e a Media, no âmbito do livro, são sim manifestações do consumismo desenfreado que assola nossa cultura.
Então, minha pergunta acho que é, até que ponto nos usamos essas novas tecnologias para “tapar os mesmos buracos” que religião tipicamente tapou? E outra, na sua opinião, é comum que certas tecnologias façam tão parte do "espirito de uma época" quanto essas novas techs fazem da nossa (caso vc concorde que elas façam)?
Btw, uns anos atrás li um artigo, quase certeza de que no psychology today, onde estudiosos defendiam que em futuro não tão distante nós não teríamos mais religião, e um dos argumentos era de que cada vez mais nos países desenvolvidos as pessoas substituíam Deus por bens.
Mas respondendo sua pergunta, não, vc tem razão, tb não acho que nós idolatramos a internet com já idolatramos os deuses. Mas sei lá, acho que estamos encarando a coisa por ângulos distintos. Se eu conseguisse me expressar de forma escrita com a mesma clareza que vc ajudaria bastante, sou altamente prolixo e muitas vezes pouco claro, não é de proposito! Juro que sou bem menos prolixo falando! Mas enfim, veja ai se vc acha que faz sentido :D (hide spoiler)]

É, sei lá. Provavelmente perdi alguns contatos, mas pelo menos uns 300 deles não vão me fazer falta. E assim do alto da minha cabeça tem só duas pessoas que se eu quisesse contactar me daria um pouco mais de trabalho... As vezes faz falta, mas anyway, eu entro direito no próximo facebook... On a side note, eu entrei no twiteer uns tempos atrás, me faz me sentir um velho, I just don't get it...
(view spoiler)[Hmmm, não era eu não, o saucer e sem esse s no fim mesmo. Tempo Jack Pires então, estava assim antes. Se não funcionar te passo o email por mensagem privada. (hide spoiler)]