A alienação parental é uma forma de violência tão cruel como qualquer outra: não compactuemos!
Roubado do Quadripolaridades e postado na integra como lá está, links e tudo (a falta de humanidade é talvez a pior falha de carácter)
"O meu nome é David Carlos Antunes Pereira, tenho 39 anos de idade, e sofro de uma doença neuro degenerativa, incapacitante, progressiva, incurável e fatal, chamada E.L.A (Esclerose Lateral Amiotrófica), que no passado Verão de 2014, ficou celebremente conhecida pelos famosos banhos gelados (Ice Bucket Challenge).
Convivo diariamente com esta terrível doença, faz cerca de 2 anos e meio, sendo que a esperança média de vida desta doença, é de 2 a 5 anos, em condições de grande privação e sofrimento.
Neste momento estou confinado a uma cadeira de rodas, dependente de terceiros para realizar todas as tarefas, durante a noite, e parte do dia, uso ventilador para manter a minha função respiratória.
A minha grande motivação, para continuar a travar esta luta desigual, têm sido as minhas queridas filhas Daniela e Margarida, com 8 e 11 anos respetivamente.
Juntos brincamos, rimos, estudamos, conversamos, e é com elas que eu quero estar, e aproveitar ao máximo o pouco tempo de vida que me resta.
Infelizmente, no passado dia 17 Junho, a minha esposa abandonou-me, e levou consigo as minhas filhas para parte incerta.
Compreendo perfeitamente, minha esposa me ter abandonado, sou uma pessoa condenada à morte, sem futuro, um encargo permanente, ninguém é obrigado a tomar conta de mim, e uma mulher jovem tem todo o direito e legitimidade de prosseguir com a sua vida.
Acho totalmente desumano e cruel, levar as minhas filhas para longe, e dizer que vou passar muitos meses sem as poder voltar a ver, pois não sei quanto tempo de sobrevida me resta, talvez algumas semanas, meses, talvez um ano, não sei ao certo, mas a doença está a evoluir rapidamente.
Sem as minhas filhas, perdi toda a minha alegria de continuar a viver, não consigo mais dormir, não consigo mais alimentar-me, as minhas dificuldades respiratórias aumentaram, não suporto mais sobreviver nestas circunstâncias.
Contactei a polícia e vários advogados, mas até agora todos dizem que não me conseguem ajudar, se calhar por ser um doente terminal, talvez seja pedir demais, e talvez não tenha acesso aos direitos das “pessoas normais”.
Sinto-me humilhado, desrespeitado, tratado como lixo, gostaria de passar os meus últimos dias de vida com alguma dignidade, e poder ver minhas filhas com regularidade, é tudo o que peço.
Quero apelar à vossa compaixão e solidariedade, no sentido de partilharem este texto com todos os vossos amigos, e peçam para estes também o partilharem, preciso da vossa ajuda, quero tornar pública esta injustiça, porque acredito num mundo melhor, onde todos possam ter os mesmos direitos.
Muito Obrigado
David Pereira
dcappereira@hotmail.com"
Daqui
"O meu nome é David Carlos Antunes Pereira, tenho 39 anos de idade, e sofro de uma doença neuro degenerativa, incapacitante, progressiva, incurável e fatal, chamada E.L.A (Esclerose Lateral Amiotrófica), que no passado Verão de 2014, ficou celebremente conhecida pelos famosos banhos gelados (Ice Bucket Challenge).
Convivo diariamente com esta terrível doença, faz cerca de 2 anos e meio, sendo que a esperança média de vida desta doença, é de 2 a 5 anos, em condições de grande privação e sofrimento.
Neste momento estou confinado a uma cadeira de rodas, dependente de terceiros para realizar todas as tarefas, durante a noite, e parte do dia, uso ventilador para manter a minha função respiratória.
A minha grande motivação, para continuar a travar esta luta desigual, têm sido as minhas queridas filhas Daniela e Margarida, com 8 e 11 anos respetivamente.
Juntos brincamos, rimos, estudamos, conversamos, e é com elas que eu quero estar, e aproveitar ao máximo o pouco tempo de vida que me resta.
Infelizmente, no passado dia 17 Junho, a minha esposa abandonou-me, e levou consigo as minhas filhas para parte incerta.
Compreendo perfeitamente, minha esposa me ter abandonado, sou uma pessoa condenada à morte, sem futuro, um encargo permanente, ninguém é obrigado a tomar conta de mim, e uma mulher jovem tem todo o direito e legitimidade de prosseguir com a sua vida.
Acho totalmente desumano e cruel, levar as minhas filhas para longe, e dizer que vou passar muitos meses sem as poder voltar a ver, pois não sei quanto tempo de sobrevida me resta, talvez algumas semanas, meses, talvez um ano, não sei ao certo, mas a doença está a evoluir rapidamente.
Sem as minhas filhas, perdi toda a minha alegria de continuar a viver, não consigo mais dormir, não consigo mais alimentar-me, as minhas dificuldades respiratórias aumentaram, não suporto mais sobreviver nestas circunstâncias.
Contactei a polícia e vários advogados, mas até agora todos dizem que não me conseguem ajudar, se calhar por ser um doente terminal, talvez seja pedir demais, e talvez não tenha acesso aos direitos das “pessoas normais”.
Sinto-me humilhado, desrespeitado, tratado como lixo, gostaria de passar os meus últimos dias de vida com alguma dignidade, e poder ver minhas filhas com regularidade, é tudo o que peço.
Quero apelar à vossa compaixão e solidariedade, no sentido de partilharem este texto com todos os vossos amigos, e peçam para estes também o partilharem, preciso da vossa ajuda, quero tornar pública esta injustiça, porque acredito num mundo melhor, onde todos possam ter os mesmos direitos.
Muito Obrigado
David Pereira
dcappereira@hotmail.com"
Daqui
Published on July 01, 2015 02:54
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