Nuno Ferreira's Blog, page 7
January 18, 2013
NO TRILHO DOS DEZ VULCÕES
O trilho dos dez vulcões ajudou-me a continuar a atravessar a ilha, desta vez da Caldeira até ao Capelo. O trilho prossegue ainda do Capelo aos Capelinhos. A parte mais complicada foi lidar com a água e lama na levada.
Published on January 18, 2013 04:09
January 16, 2013
NA CALDEIRA
A cidade está lá em baixo junto ao canal banhada pelo sol. Aqui, à borda da Caldeira, o vento sopra com uma intensidade tal que de vez em quando é necessário pregar bem os pés no chão e segurar bem a máquina fotográfica. Outras vezes, enterro o boné na cabeça para não voar. Impelidas pelo vento que sopra sobre a cratera, as nuvens não param de dançar. Cada foto é diferente porque em cada a luz recorta as paredes da Caldeira de forma diversa. Num minuto as lagoas brilham lá no fundo numa tonalidade prateada, no outro jazem baças sob as nuvens que se fecham de novo. Flocos de névoa arrastam-se de um ao outro lado da Caldeira, tapam e destapam por instantes as antenas à minha frente. Apesar de recortado junto à Caldeira, o trilho é seguro e praticamente sem água. Só o vento forte me importuna quando ascendo a uma zona desabrigada. Percorrido grande parte do trilho em volta da cratera, salto para uma estrada em terra batida que me levará por trilhos até ao Capelo.
Published on January 16, 2013 12:01
NA ESTRADA PARA A CALDEIRA
Já na freguesia dos Flamengos a vista alcança o vale e o Pico ao fundo. Nesse dia, ouvem-se rugidos dos carros de um rally. Numa parte da subida, passam alguns em velocidade por mim. Felizmente, no cruzamento junto à Ermida de São João seguem em frente e eu sigo à direita na estrada da Caldeira. Exceptuando uma ou outra viatura transportando turistas, a estrada está por minha conta.
Published on January 16, 2013 04:33
O PICO COM NEVE EM NOVEMBRO
Enquanto vou subindo em direcção à Caldeira, o Pico com o topo coberto de neve vai-me acompanhando à distância
Published on January 16, 2013 04:10
A CAMINHO DA CALDEIRA
Deixo de novo a cidade, desta vez empenhado em atravessar o Faial pelo interior, primeiro até à Caldeira, depois contornando a cratera e descendo até ao Capelo pelo trilho dos Dez Vulcões. Junto à Torre do Relógio dá para ver o Pico com neve, uma neve precoce de Novembro.
Published on January 16, 2013 04:08
DESFILE DE BANDAS FILARMÓNICAS NA HORTA
Festas de Santa Cecília. Numa manhã cinzenta de um domingo de Novembro, a pacatez das ruas da cidade da Horta dão lugar ao desfile das bandas filarmónicas do Faial todas em romagem à Matriz.
Published on January 16, 2013 04:03
AS CASAS DA HORTA
Saí da Horta pelo bairro popular de Porto Pim e regressei por outra zona antiga, a Conceição. O miolo da cidade é povoado, no entanto, por estilos arquitectonicos que marcam diferentes fases da sua história e da sua burguesia: Solares do século XVIII, casas construídas no início do século XX pelas empresas de cabos submarinos, edifícios de influência americana com as torrinhas em madeira, exemplares de arquitectura do Estado Novo e o arte déco que marcou a Horta pós-terramoto de 1926.
Published on January 16, 2013 03:38
January 14, 2013
FIM DA TARDE NA HORTA
De repente, cumprida uma curva, só ali estou eu e o cavalo. Os automobilistas espreitam por detrás das vidraças dos respectivos automóveis. Uma luz ténue rompe de vez em quando por entre as nuvens que encobrem a Horta sorumbática de Novembro. Por instantes, as águas de estanho iluminam-se até ao Monte da Guia. Apetece ficar ali, entre o vento que espicaça o canavial, as ervas da Espalamaca, a visão livre do canal, as costas para o asfalto. Um barco risca as águas paradas e cinzentas com um círculo que se desfaz em pequena ondulação daí a pouco.
Published on January 14, 2013 05:55
NA ESPALAMACA
Finalmente a Espalamaca, assediada pelo vento, encoberta e entristecida pelas nuvens de Outono. Lá à frente a Ilha do Pico sob um tecto de nuvens cinza. No miradouro da Nossa Senhora da Conceição, debaixo dos quase 30 metros de cimento da cruz e da imagem em mármore, a Horta lá em baixo. Cá em cima pastam cavalos e vacas, numa atmosfera campestre que bordeja a periferia da cidade dos iates e dos cabos teleféricos, dos hidroaviões e agora, do Parlamento Regional.
Published on January 14, 2013 05:47
ALMOXARIFE
Na estrada principal, já se sente a proximidade em relação à Horta. Como gosto pouco de trânsito, volto a descer por uma estrada secundária, desta vez em direccção ao mar e à Praia de Almoxarife, entalada entre duas lombas. Ao fim da descida da primeira lomba, uma marca, mais uma, da emigração: A Rua New Bedford. Mais à frente, numa praia que em Novembro está praticamente vazia, descubro uma velha posição militar dos tempos da IIª Guerra Mundial, quando aliados e nazis jogavam ao gato e ao rato em águas dos Açores
As ondas vagueiam de cá para lá lambendo o areal de cinza sem pressas. À frente, o Pico esconde-se mais uma vez debaixo de um toalhão de nuvens. O background de Almoxarife, o vale, é pastoril, bucólico. Chuviscos marcam a minha retirada pelo lado oposto, à conquista da Lomba da Espalamaca e de poder avistar finalmente a cidade da Horta do outro lado.
Published on January 14, 2013 05:39


