Nuno Ferreira's Blog, page 4

February 10, 2013

LAGOA FUNDA

Pouco depois da Lagoa Rasa, maior, mais profunda, envolta em vegetação e relevo, a Lagoa Funda, mais uma das sete crateras vulcânicas do interior da Ilha das Flores. A única que não tem lagoa é a Seca, mais à frente. Flores 122 Flores 123
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Published on February 10, 2013 07:47

NA LAGOA RASA

A primeira a surgir, no meu caminho pelo interior da ilha e de novo para norte, foi a Lagoa Rasa, do lado direito da estrada. Um mundo de silêncio e contemplação, nesse dia bafejado pelo sol. Flores 121
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Published on February 10, 2013 07:44

DO MOSTEIRO ÀS LAGOAS

Interrompi a minha caminhada pelo litoral oeste da ilha no Mosteiro para enveredar pela estrada que me levaria ao interior e às diversas lagoas. flores 119 Flores 120
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Published on February 10, 2013 07:41

PERTO DA ROCHA DOS BORDÕES

Aqui, já depois de uma extenuante subida desde a Fajãzinha, a famosa Rocha dos Bordões aparece do lado esquerdo, vista do trilho. Flores 114 Flores 115
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Published on February 10, 2013 07:37

January 29, 2013

POÇO DO BACALHAU

Enquanto caminho da Ponta da Fajã à Fajã Grande, vou observando as várias quedas de água que se desprendem da montanha. A mais acessível da estrada e impressionante, é a da ribeira das Casas que termina no Poço do Bacalhau Flores 95 Flores 97 Flores 96
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Published on January 29, 2013 10:42

EM CASA DO INVESTIGADOR MARÍTIMO JOÃO GOMES VIEIRA

João Gomes Vieira vem a descer a rua que desce da Igreja da Ponta da Fajã Grande em direcção a sua casa, envolto num cenário verdejante onde pontuam quedas de água que se despenham das alturas. “Venha meu amigo, vamos conversar”, diz João Gomes Vieira, à medida que nos vamos aproximando da casa que mantem na Ponta da Fajã Grande e onde tudo ali remete para o mar, os navios, as memórias de naufrágios, da baleação. Filho e neto de baleeiros, escritor, investigador, fundador do Museu das Flores, um homem profundamente ligado ao mar, vive ali numa zona palco de baleação, naufrágios e tragédias marítimas. Membro da Academia da Marinha, consultor do Museu da Baleia de New Bedford, João António Gomes Vieira recebeu no passado dia 10 de Junho, a insígnia de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. J G VIEIRA 1 Entro numa sala pejada de memórias marítimas. Do tecto em madeira desprendem-se alinhadas umas às outras dezenas de canecas. “Esta casa”, explica João Gomes Vieira, “é feita com madeira de salvados de navios. Estas portas aqui são do navio RMS Slavonia”. O RMS Slavonia, um enorme navio transatlântico pertencente à britânica Cunard Line viajava entre Nova Iorque e Trieste, na Itália quando, em Junho de 1909, alguns passageiros terão pedido ao comandante para ver as ilhas. Envolto em nevoeiro, o navio acabaria por naufragar perto da costa das Flores entre o Lajedo e a Costa do Lajedo. Os cerca de 600 passageiros salvaram-se graças à ajuda das tripulações de dois navios transatlânticos alemães e de muitos florentinos. O Slavonia levou meses a afundar e muitas peças do navio foram retiradas por locais. Aos poucos, João Gomes Vieira foi recolhendo, encaminhando para o Museu. Algumas, guarda naquela preciosa sala da Ponta da Fajã Grande. “Veja, esta papeleira de bordo também pertencia ao Slavonia”. JG VIERA 3 J G VIEIRA 2 Na sala, guarda também salvados de outros navios que naufragaram na zona. “São peças que estavam abandonadas nas casas da ilha e que eu fui guardando”. Uma, por exemplo, pertencia a um navio grego que naufragou em 1967 perto da Ponta da Fajã. Outra pertence à barca Bidart. “A Bidart vinha da Nova Caledónia carregada de minério de níquel com 110 dias de viagem em 1915 e encalhou perto da fajã Grande”. Nunca deixando a sua ilha mas viajando pelos Açores, pelo continente e pelos Estados Unidos, João Gomes Vieira dedicou uma grande parte do seu tempo à investigação da história e da vida marítima. Na série de sete livros “O Homem e o Mar”, o investigador florentino escreve sobre a cultura marítima açoriana. Das embarcações dos Açores do início do povoamento à inventariação do património marítimo, das histórias dos lobos do mar açorianos à baleação, cabotagem, construção naval em madeira, Vieira investiga tudo. Entre as suas recolhas, encontra-se um glossário baleeiro recolhido nas Flores e inúmeras fotos, muitas de particulares, outras dos Arquivos Públicos dos Açores. Filho e neto de baleeiros, João Gomes Vieira gosta de dizer que “o mar é e melhor escola de formação de um homem. “A minha família veio para aqui há sete gerações”, conta, enquanto caminhamos na Ponta da Fajã, “viemos do Alentejo, de Viana do Alentejo a mando do Rei D. Manuel I”. O bisavô de João Vieira Gomes foi um dos florentinos que embarcaram nos navios baleeiros que paravam nas Flores para abastecer. “Embarcou aos 17 anos, atravessou o Cabo Horn, o Alaska, esteve em São Francisco. Voltou mais tarde para a ilha, investiu em terrenos, ganhou dinheiro, morreu em 1907”. Na família, muitos foram para os Estados Unidos como baleeiros, primos, tios. O pai de João Vieira Gomes foi o último dessa enorme rede de oficiais baleeiros na família. “O meu pai apesar de oficial baleeiro sabia que a luta no mar era muito desigual e nunca quis que fossemos para a baleação. Não contava as suas proezas. Só muito mais tarde, no final da vida me foi contando…” Embora a sua profissão fosse em terra, Vieira Gomes sonhava com o mar. “Aproveitava cada viagem em trabalho para trazer peças para o museu. Fui muitas vezes no Transal (o avião da missão francesa nas Flores) a Santa Maria e a Lisboa e vinha carregado de cartas de navegação, livros…Enfim, desde rapazinho que guardei bússolas, binóculos. Uma paixão”. Flores 92 Flores 94
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Published on January 29, 2013 10:30

A FAJÃ ONDE FOI PROIBIDO VIVER

A Ponta da Fajã é um lugar idílico mas considerado perigoso desde que a 19 de Dezembro de 1987 uma derrocada destruiu uma casa, uma capela e uma garagem. Os 50 habitantes foram obrigados a deixar o lugar mas aos poucos os mais teimosos e que ali sempre viveram, regressaram, um regresso que tem algumas semelhanças com o que aconteceu em São Jorge na Fajã da Caldeira de Santo Cristo ( ali a fajã foi evacuada quando do sismo de 1980 mas os habitantes voltaram). Sentado à porta de casa, pouco depois da Igreja, encontrei Manuel da Ponte. “Não gosto da Fajã Grande, toda a vida aqui vivi e é aqui que eu gosto de estar. Era uma vida difícil. Essa montanha estava cheia de arames para trazer lenha e ração para o gado em cestos. Cultivávamos a terra toda. Agora estou cá eu e mais meia dúzia”. Não tem medo? “Não, as “quebradas” não atingem esta zona, a maioria das casas não estão em perigo. Só uma ou duas que estão abandonadas é que estão mais perto da encosta. Ali à frente vê-se uma “quebrada”. Foi há pouco tempo e não atingiu nada nem ninguém”. Flores 87 Flores 88 Flores 91 Flores 90 Flores 89
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Published on January 29, 2013 10:08

NA PONTA DA FAJÃ GRANDE

A travessia levou-me a um patamar onde temos o mar lá embaixo, a rocha do lado esquerdo e uma fatia de caminho atapetado a verde com vista para a Ponta da Fajã Grande. O sol já estava a esmaecer quando lá cheguei. Nesta altura do ano, são poucos os habitantes do lugar, uma ponta de terra que cai abruptamente sobre o mar, cercada por montanha verde de onde caem uma, duas, três, quatro quedas de água, a última das quais é a mais conhecida, o Poço do Bacalhau. No meio do cenário, a Igreja branca da Nossa Senhora do Carmo. Flores 84 Flores 85 Flores 86
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Published on January 29, 2013 10:04

DERROCADA NO TRILHO PERTO DA PONTA DOS FANAIS E ILHÉU DE MONCHIQUE

Avistei primeiro o Ilhéu de Monchique. A seguir, vi lá ao fundo espetada até às rochas abrutas que se erguem em frente ao mar, a Ponta da Fajã. Foi pouco depois que o trilho desapareceu engolido por uma derrocada. A rocha quebrou lá no alto e uma torrente de lama, pedra e água cobriu o que dantes era o trilho entre Ponta Delgada e a Fajã Grande. Fui saltando de obstáculo em obstáculo, enterrando as botas na lama, saltando de pedra em pedra, procurando escorregar o mais possível. Quando consegui ultrapassar a primeira frente de derrocada ou “quebrada”, não via o trilho. Tive de atravessar um mar de conteiras, saltar uma árvore derrubada para descobrir uma nova frente de derrocada que me fez lembrar os corta-fogos do continente. Ainda pensei na hipótese de descer por ali até junto ao mar mas acabei por recuperar o trilho uns saltos entre pedras e mato mais à frente. Flores 82 Flores 81 Flores 83
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Published on January 29, 2013 09:54

POR CIMA DA QUEBRADA NOVA, COM VISTA PARA O ILHÉU DE MARIA VAZ

Flores 77 A determinada altura, o trilho chega junto à falésia. A vista é soberba sobre a Quebrada Nova, por baixo, o Ilhéu De Maria Vaz, a Ponta do Albarnaz e o Corvo ao fundo, do lado direito. Valeu a pena atravessar ribeiras, lama, pedras escorregadias para ali chegar. Aquela zona da costa, uma das mais difíceis das Flores, já foi palco de muita emigração clandestina e de recolha de sargaço. No seu livro "Ilha das Flores-Roteiro Histórico e Pedestre", Pierluigi Bragaglia descreve como é possível com algum grau de dificuldade atingir a Fajã da Quebrada Nova pelo litoral desde a Ponta do Albarnaz. Flores 76 Flores 80
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Published on January 29, 2013 09:41