André Benjamim's Blog, page 55
September 20, 2013
Sophia de Mello Breyner Andresen na Assírio & Alvim
Terror de te amar num sítio frágil como o mundo.
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Coral
Cada dia é mais evidente que partimos,
Sem nenhum possível regresso ao que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudade nem terror que baste.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Coral .
Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que o novo dia nasça.
Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás - mas quando?
Pode ser que primeiro o tempo gaste
A frágil substância do meu sono.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Coral .
Há acontecimentos no mundo editorial que se esquivam à compreensão de um mortal comum. A obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen editada pela Editorial Caminho é um dos objectos mais lindos que este fanático da Poesia e da Literatura tem nas suas estantes. Não é apenas o conteúdo que é excelente - os livros enquanto objecto são de rara beleza. Não que nas mãos da Assírio & Alvim haja algum livro que não seja por si mesmo um objecto de arte. Comprava a Assírio & Alvim se tivesse dinheiro. Claro que ser editado pela Assírio & Alvim é o mais próximo que existe de entrar na Pléiade. Os primeiros volumes já caminham por aí: Poesia (1944), Coral (1950), No Tempo Dividido (1954), e Mar Novo (1958). Na falta de melhor - também há o novo romance de Mario Vargas Llosa - o acontecimento mais relevante numa rentrée que cheira a mofo...
( Coral é o meu livro preferido na obra de Sophia de Mello Breyner Andresen).
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Basta con l'Austerity - Presa Diretta di Riccardo Iacona - Chega de Austeridade, Presa Diretta, Rai Tre
A reportagem "Chega de austeridade" mostra que os cortes salariais são todos sobre os mais fracos: jovens, trabalhadores (nomeadamente os temporários), mulheres, e idosos. Selecionei os três vídeos do relativos à reportagem em Portugal (podem ver a reportagem completa no youtube - sobre Portugal a partir de 01h25m30s) em que se vê um Portugal amordaçado, e se pressente uma raiva e uma revolta silenciosa, com milhares de pessoas a perderem os trabalhos, as casas, a esperança no futuro; literalmente a morrer à fome...
A reportagem sobre Portugal começa aos 09m30s
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September 18, 2013
O Idiota C'Est Moi*
Evolução da ilustração da capa d'"Os Idiotas" - Ilustração de Eduardo Ferreira.
Prometo não voltar a ser chato, caríssimos leitores, e estimadíssimas leitoras, mas quando gosto muito de um livro, não me canso de o anunciar aos sete ventos, ide, ide comprá-lo, que eu não empresto o meu exemplar. Deixo-vos com o texto do autor escrito como cábula para o lançamento e desaparecido em parte incerta quando poderia ser útil.
*Texto do autor escrito como cábula para para o lançamento e desaparecido em parte incerta quando poderia ser útil:
Ao contrário do que possa parecer, sobretudo por estarmos a lançar ‘Os Idiotas’ numa altura de eleições, o título do romance não nasce da minha vontade de insultar políticos. (Algumas partes do livro talvez nasçam da vontade de me rir de políticos, mas não o título.)As pessoas têm-me perguntado quem são os idiotas do meu livro. Julgo que procuram antecipar o gostinho de ver confirmada uma certa imagem do sistema político português, aliás não desmentida pela campanha — da editora. Isso parece-me uma expectativa natural, e por si mesma uma evidência do descrédito que o sistema merece. Ou então do gosto das pessoas pelo vilipêndio, nunca o subestimemos.
Mais informações sobre Os Idiotas:
- Site: www.osdiotas.pt
- facebook livro: www.facebook.com/osidiotaslivro
- facebook narrador: www.facebook.com/luciopeixao
- Blog autor: Os Canhões de Navarone.
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Caim, de José Saramago
Opiniões... (JL - Jornal de Letras Artes e Ideias, Outubro de 2009)
Caim, de José Saramago. Com uma linguagem contundente, expõe as suas ideias sobre o homem, Deus, e a relação de um com o outro - a religião. Põe a nu a humanidade de Deus, o seu orgulho, crueldade e a culpa, através da relação com Caim. Porém, ao despir Deus, é ao homem que coloca perante si mesmo.
Também já me pediram comentários, opiniões, e até que divulgasse este ou aquele livro; deixei de responder a muitos e-mails, não ganho nada com isso, e além de mais não gosto que os meus textos sejam esquartejados, as minhas vírgulas comidas, os meus artigos definidos (ou indefinidos) engolidos, e a minha fotografia reduzida a um pedaço de testa.
Sim, estou velho, derrotado, e careca...
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Carta de Nelson Arraiolos ao (oficialmente) Presidente da República
Cópia de carta de Nelson Arraiolos
entregue na Presidência da República
Ontem tive conhecimento do caso de Nelson Arraiolos, através do blog Entre as brumas da memória - ler também este post no cinco dias - que iria tentar entregar uma carta ao dito, Presidente da República, onde explica os motivos porque deixará de pagar impostos, ao abrigo do artigo 21.º da Constituição da República Portuguesa. Procurei nos meios de comunicação social mais informações sobre o assunto, tendo encontrado este artigo do Expresso. Nelson Arraiolos foi recebido por um representante das relações públicas, e aguarda agora uma possível audiência com o dito, Presidente da República. No blog Entre as brumas da memória encontra-se o texto da carta que Nelson Arraiolos terá deixado na Presidência da República. Penso que é obrigação de todos aqueles que não se conformam, não se calam, não se resignam, enfim, não compactuam com as políticas que estão a levar à destruição de Portugal e (da maioria) dos Portugueses, divulgar este caso, e esta carta. Aqui fica registada, como símbolo do sofrimento atroz (e silencioso), e tristemente cúmplice - não há como negá-lo - de um número indeterminado e crescente de cidadãos:
Exmo. Sr. Presidente da República
i. Sou desempregado, sem qualquer rendimento, e portador de Charcot Marie-Tooth, uma doença degenerativa que me destrói progressivamente o sistema muscular. Se sobrevivo é, unicamente, graças à caridade de várias pessoas.
ii. A minha realidade demonstra que não se está a cumprir a Constituição da República Portuguesa, nomeadamente nos artigos:
- Artigo 26.º - Outros direitos pessoais, ponto 2;
- Artigo 58.º - Direito ao trabalho;
iii. É de notar que, até ao momento em que este documento foi redigido, não foi evocado o Artigo 19.º (Suspensão do exercício de direitos) nem por V. Exa. nem pelo presente Governo. De qualquer forma, mesmo que tal tivesse acontecido, seria necessário actuar em conformidade com os vários pontos deste artigo. Deste modo, não existe justificação para o incumprimento que se verifica, por parte do Estado, dos Artigos citados no ponto ii. deste documento.
iv. Permita-me que lhe recorde vários artigos da Constituição da República Portuguesa:
- Artigo 63.º - Segurança social e solidariedade, ponto 3
- Artigo 81.º - Incumbências prioritárias do Estado, alínea a) e alínea b)
- Artigo 104.º - Impostos, ponto 1, ponto 3 e ponto 4.
v. Permita que lhe recorde que:
A Constituição da República Portuguesa é o documento que suporta as leis do país.
A Constituição da República Portuguesa é o documento que, sendo cumprido, dá lugar a todos os cidadãos.
A Constituição da República Portuguesa é o documento que permite a paz e concórdia entre todos os que habitam em Portugal.
A Constituição da República Portuguesa é o documento que todos os cidadãos eleitos juraram cumprir e fazer cumprir.
A Constituição da República Portuguesa é o documento que todos os cidadãos nomeados juraram cumprir e fazer cumprir.
A Constituição da República Portuguesa é o documento que V.Exa. jurou cumprir e fazer cumprir.
vi. Existe uma inegável hierarquia de valores que exige que eu faça o necessário para garantir a minha sobrevivência física.
vii. Sr. Presidente da República Portuguesa: é contra a minha vontade, e ao abrigo do Artigo 21.º (Direito de resistência), que declaro que suspendo o pagamento ao Estado de qualquer imposto ou taxa. Declaro também que manterei esta minha decisão enquanto não tiver um rendimento que me permita sobreviver de forma digna e autónoma.
A partir do momento em que o actual Governo actua na ilegalidade, ao violar os direitos mais básicos dos cidadãos, não lhe reconheço nenhuma legitimidade. Desta forma, recuso-me a cumprir deveres, como o pagamento de taxas, cuja consequência é a minha morte, enquanto o Estado não cumprir também os seus deveres e deixar de violar os meus direitos. Por outras palavras, enquanto não tiver um trabalho digno, direito consagrado na Constituição da República Portuguesa que cabe ao Estado cumprir e fazer cumprir, não pago nenhum imposto ou taxa que me seja exigido. E não o faço por se tratar de uma opção, faço-o precisamente porque não tenho opção.
Nelson Arraiolos
926880152
Actualização (notícias): ionline; Público; Notícias ao Minuto; RTP (Vídeo).
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Juntos por um novo ciclo! - III
Outra perspectiva do cartaz-camião aqui.
A um cartaz enorme, uma lista interminável de sessões de doutrinamento, perdão, esclarecimento (imagem abaixo). Muitas no mesmo dia, e suficientemente próximas para que haja tempo para explicar onde se «bota» a cruz. É no partido da «seta para cima». E assim continuaremos, para mais um ciclo. Felizmente, a este ritmo, em breve estará tudo acabado. De vitória em vitória até à derrota final, perdão, extinção total...
Comícios e Sessões de Esclarecimento
(Cliquem na imagem para ampliar)
O caso de Pinhel é paradigmático e deve ser um case-study do despovoamento. O seu decaimento é notável e matemático. Pinhel tem perdido sempre cerca de 1500 habitantes por década há 3 décadas seguidas. Desde 1980. (...)
A lei da extinção das cidades obedece sempre aos mesmos parâmetros sequenciais: perda de gente por falta de emprego implica a perda de emprego por falta de gente.
A oferta de produtos (comércio e serviços) diminui por falta de gente - a que se segue mais desemprego e despovoamento.
Quando é que esta "espiral" recessiva se estanca? Quando se conseguir o equilíbrio entre o número de empregos e o número de pessoas. Como acontece em Manteigas. Por volta das 2 a 3 mil pessoas. Nessa altura tudo se ajusta. A pouca oferta e a pouca procura. Se descer abaixo dos 3 mil de Manteigas é o cancro social e a Vila ou Cidade correrá o risco de ficar sem pessoas.
Do artigo da Visão, completo aqui.
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Leis da Separação, de Rui Almeida
Leis da Separação, de Rui Almeida. Medula, 2013
Leis da Separação
Autor: Rui Almeida
Editor: Medula
Páginas: 51 pp.
Preço: 8 €/10€
Rui Almeida nasceu em Lisboa em 1972 e publicou dois livros de poesia: Lábio Cortado (Torres Vedras: Livrododia, 2009) e Caderno de Milfontes (Nazaré: volta d'mar, 2011). Tem participado em várias antologias e revistas. Mantém, há dez anos, o blogue Poesia distribuída na rua.
Tiragem única de 100 exemplares [8€], 25 dos quais numerados e assinados pelo autor [10€]. Desenho original de Carla Ribeiro. Caso estejam interessados, devem efectuar o vosso pedido, indicando a morada, para o e-mail: medulalivros@gmail.com Esta obra estará também disponível na Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho (Coimbra).
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September 17, 2013
Cavaleiros do Apocalipse
Vienna in 1910 was, thus, a special case. And yet you could argue that America in 2013 is a similarly special case: another weakened empire telling itself stories of its exceptionalism while it drifts towards apocalypse of some sort, fiscal or epidemiological, climatic-environmental or thermonuclear. Our far left may hate religion and think we coddle Israel, our far right may hate illegal immigrants and think we coddle black people, and nobody may know how the economy is supposed to work now that markets have gone global, but the actual substance of our daily lives is total distraction. We can't face the real problems; we spent a trillion dollars not really solving a problem in Iraq that wasn't really a problem; we can't even agree on how to keep healthcare costs from devouring the GNP. What we can all agree to do instead is to deliver ourselves to the cool new media and technologies, to Steve Jobs and Mark Zuckerberg and Jeff Bezos, and to let them profit at our expense. Our situation looks quite a bit like Vienna's in 1910, except that newspaper technology has been replaced by digital technology and Viennese charm by American coolness.
(...)
Like any artist, Kraus wanted to be an individual. For much of his life, he was defiantly anti-political; he seemed to form professional alliances almost with the intention of later torpedoing them spectacularly. Given that Kraus's favourite play was King Lear, I wonder if he might have seen his own fate in Cordelia, the cherished late child who loves the king and who, precisely because she's been the privileged daughter, secure in the king's love, has the personal integrity to refuse to debase her language and lie to him in his dotage. Privilege set Kraus, too, on the road to being an independent individual, but the world seemed bent on thwarting him. It disappointed him the way Lear disappoints Cordelia, and in Kraus this became a recipe for anger. In his yearning for a better world, in which true individuality was possible, he kept applying the acid of his anger to everything that was false.
Let me turn to my own example, since I've been reading it into Kraus's story anyway.
I was a late child in a loving family which, although it wasn't nearly prosperous enough to make me a rentier, did have enough money to place me in a good public school district and send me to an excellent college, where I learned to love literature and language. I was a white, male, heterosexual American with good friends and perfect health. And yet, for all my privileges, I became an extremely angry person. Anger descended on me so near in time to when I fell in love with Kraus's writing that the two occurrences are practically indistinguishable.
I wasn't born angry. If anything, I was born the opposite. It may sound like an exaggeration, but I think it's accurate to say that I knew nothing of anger until I was 22. As an adolescent, I'd had my moments of sullenness and rebellion against authority, but, like Kraus, I'd had minimal conflict with my father, and the worst that could be said of me and mother was that we bickered like an old married couple. Real anger, anger as a way of life, was foreign to me until one particular afternoon in April 1982. I was on a deserted train platform in Hanover. I'd come from Munich and was waiting for a train to Berlin, it was a dark grey German day, and I took a handful of German coins out of my pocket and started throwing them on the platform. There was an element of anti-German hostility in this, because I'd recently had a horrible experience with a penny-pinching old German woman and it did me good to imagine other penny-pinching old German women bending down to pick the coins up, as I knew they would, and thereby aggravating their knee and hip pains. The way I hurled the coins, though, was more generally angry. I was angry at the world in a way I'd never been before. The proximate cause of my anger was my failure to have sex with an unbelievably pretty girl in Munich, except that it hadn't actually been a failure, it had been a decision on my part. A few hours later, on the platform in Hanover, I marked my entry into the life that came after that decision by throwing away my coins. Then I boarded a train and went back to Berlin, where I was living on a Fulbright grant, and enrolled in a class on Karl Kraus.
(...)
In my own little corner of the world, which is to say American fiction, Jeff Bezos of Amazon may not be the antichrist, but he surely looks like one of the four horsemen. Amazon wants a world in which books are either self-published or published by Amazon itself, with readers dependent on Amazon reviews in choosing books, and with authors responsible for their own promotion. The work of yakkers and tweeters and braggers, and of people with the money to pay somebody to churn out hundreds of five-star reviews for them, will flourish in that world. But what happens to the people who became writers because yakking and tweeting and bragging felt to them like intolerably shallow forms of social engagement? What happens to the people who want to communicate in depth, individual to individual, in the quiet and permanence of the printed word, and who were shaped by their love of writers who wrote when publication still assured some kind of quality control and literary reputations were more than a matter of self-promotional decibel levels? As fewer and fewer readers are able to find their way, amid all the noise and disappointing books and phony reviews, to the work produced by the new generation of this kind of writer, Amazon is well on its way to making writers into the kind of prospectless workers whom its contractors employ in its warehouses, labouring harder for less and less, with no job security, because the warehouses are situated in places where they're the only business hiring. And the more of the population that lives like those workers, the greater the downward pressure on book prices and the greater the squeeze on conventional booksellers, because when you're not making much money you want your entertainment for free, and when your life is hard you want instant gratification ("Overnight free shipping!").
What's wrong with the modern world , artigo de Jonathan Franzen; artigo completo no The Guardian.
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September 16, 2013
Mentir para parecer mais inteligente...
Parece que 80% dos britânicos mentem para parecer mais inteligentes. E de que forma é que o fazem?
62% afirma que já leu um "clássico" que nunca leu; 53% altera a sua aparência; 26% corrige os erros gramaticais (dos outros, está claro); 18% cita frases famosas nas conversas; 14% diz que é bastante fluente numa língua estrangeira; 12% utiliza enciclopédias para escrever palavras que impressionem em documentos e e-mails; 11% mente quanto à sua função e estatuto no trabalho; 10% exagera os conhecimentos de vinhos; e 8% classificam como "lixo" filmes populares de que gostaram.
Mas vamos à parte que mais me interessa, até porque tudo isto não é novidade, e não são só os britânicos que o fazem, embora quando colocado em percentagens se torne mais interessante... Quais são os clássicos que os britânicos mais afirmam já ter lido, sem nunca o ter feito? Aqui fica a lista:
1984, de George Orwell - 26%
Guerra e Paz, de Leo Tolstoi - 19%
Grandes Esperanças, de Charles Dickens - 18%
À Espera no Centeio, de J.D. Salinger - 15%
Passagem para a Índia, de E.M. Forster - 12%
O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkein - 11%
Por favor não matem a cotovia, de Harper Lee - 10%
Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski - 8%
Orgulho e Preconceito, Jane Austen - 8%
Jane Eyre, Charlotte Brontë - 8 %
Quantos destes 10 clássicos já leram? Vá, não mintam...!
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September 15, 2013
Dar...
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