L.C. Lavado's Blog, page 14
November 28, 2012
Isto vai ajudar-te a manter a escrita segura

Pode parecer básico, mas com escritores que andam com a imaginação a mil e a cabeça longe de tudo o que se assemelhe a realidade, é daquelas pequenas coisas que acontecem e têm consequências desastrosas.
Estou a falar do:
Esquecer de clicar "Guardar".
Guardar em locais errados.
Guardar tão bem que nunca mais é encontrado.
Se há alguns anos atrás foi a mulher do Hemingway que perdeu uma quantidade enorme de manuscritos numa pasta esquecida num comboio, ou o H.P. Lovecraft que também estava com a cabeça na lua e quando teve de sair do comboio à pressa deixou um manuscrito para trás - esta coisa de andar de comboio parece muito perigosa - hoje são ficheiros que desaparecem, que ficam corrompidos, versões que se suplantam... e lá se vão horas de horas de trabalho criativo de génios literários que nunca pode ser recuperado.
A mim também me aconteceu… todas as coisas tristes e parvas me acontecem.
E para que não ponhas o pé (pelo menos) na mesma poça que eu, aqui vão uns hábitos de segurança que talvez estejas a precisar.
- Se usas o Word para escrever (ou mesmo outro programa de escrita) vai às definições e certifica-te de que está em auto-save a cada 1 minuto.
Caso aconteça uma tragédia (e.g. corte de electricidade; o gato tropeçou no teclado e fechou-te o ficheiro, "Guardar?", a pata fofa clica "não"; o PC resolve presentear-te com um blue screen)
É fácil recuperar 1 minuto de trabalho.
- Não confies no teu PC. Se o gato em vez de te fechar o ficheiro, tropeçar no fio da corrente e lá se vai o portátil ao chão, ou tu fazes um erro com a caneca de café que te tem mantido acordado para o turno de escrita da noite… é a morte não só do portátil, mas do trabalho do artista.
Há uma coisa chamada "Dropbox". É grátis. Seguro. E dá-te acesso aos teus ficheiros em qualquer lado.
Vale a pena investigares.
- Não confies em ninguém. Muito menos em ti mesmo. Guarda duas, três vezes, em diferentes sítios.
Backup, backup, backup.
Cada vez que escreves algo novo, envia um email a ti mesmo com o ficheiro em que trabalhaste.
Eu uso sempre o mesmo "subject" e apenas ponho o anexo. Assim permite-me arquivar todos os mais e quando preciso apenas faço uma procura pelo "subject" no gmail e ele apresenta-me todas as versões do meu ficheiro por data.
Estas três dicas devem reforçar a tua segurança e ajudar-te a manter esses textos seguros até encontrares a perfeição e os publicares.
Boas escritas!!!
Liliana





Published on November 28, 2012 00:00
November 26, 2012
Palavra Digital: 9 livros que te ajudam a escrever

Porque mesmo quando já escrevemos o queremos fazer cada vez melhor, aqui ficam 9 livros que ajudam principiantes a ganhar confiança e veteranos a tornarem-se heróis da escrita.
Neste artigo do "Brain Pickings" encontramos não só títulos famosos com "On Writing" do S. King, como outros livros que podes ainda não ter tido a oportunidade de cruzar.
Vale a pena uma espreitadela ;)
Boas leituras!!!
Liliana





Published on November 26, 2012 00:00
November 23, 2012
Nova Edição: Temos papel!

As boas notícias acabam sempre por chegar e FINALMENTE posso partilhar que o "Inverso" e o "Inverno de Sombras" estão ambos disponíveis em versão papel na Amazon.
Sim... FINALMENTE!
Finalmente, porque eu não sou revisora de texto, nem editora, nem designer, nem marke... bem, marketear até sou, mas o que eu gosto mesmo é de escrever!
Chega de trabalhos extra! De queimar neurónios a entender o mundo da edição de autor.
O resultado de todo o trabalho é óptimo (modesta a parte que sou uma moça simples) e mesmo que ainda me tenham passado algumas gralhas no texto (que essas são como vírus) tenho a dizer que estes dois livros estão um ESPÉTACULO!
Eu já tinha dito que sou modesta?
Pois bem, agora é a vossa vez. Juntem estes títulos há vossa lista de prendas e todos vamos ter um Natal muito melhor. Ah, ah, ah, ah!
Para aqueles que ainda resistem aos apelos da Babilónia, os que se recusam a ter um cartão de crédito, os que não acreditam em compras online, os que sofrem da "mania da perseguição", ou simplesmente querem falar comigo e saber dos meus planos para a chegada do Armageddon... enviem um mail para leitor@lc-lavado.com e o livro chegará a vocês via CTT.
Boas leituras!!!
Liliana





Published on November 23, 2012 00:00
November 20, 2012
Escrever "Sobre mim"

Com o post da semana passada e mais uma entrevista , fez-me recordar mais uma daquelas pequenas coisas que nós jovens escritores temos de fazer e que ninguém nos prepara: o "falar sobre mim".
Uma entrevista é uma boa oportunidade de chegar a novos leitores e dar-nos a conhecer um pouco mais aqueles que já nos conhecem.
Mas quando chega o momento de responder às perguntas, em especial "aquela" que nunca falha em aparecer e nos pede: "fala-nos um pouco mais sobre ti", é dos poucos instantes em que eu olho para o ecrã do portátil e percebo que afinal é possível ficar sem palavras.
Depois de várias entrevistas, a boa notícia é que, com a prática vai-se tornando mais fácil; a má notícia, é que nunca chega a tornar-se verdadeiramente fácil.
Para que não sofras tanto quanto eu, e consigas tirar o melhor partido da oportunidade que Bloggers como a Sofia Teixeira do blogue "Morrighan" , a Elizabete Cruz do "Por Cá, Fala-se Disto" , e a Cláudia Sérgio do "Uma Biblioteca em Construção" , proporcionam a jovens escritores, aqui ficam algumas dicas para te ajudar a domar a tua entrevista.
- Imagina que tens à tua frente dois leitores: o teu maior fã e um que nunca ouviu falar de ti.
O que podes dizer sobre ti que interesse aos dois?
- Mantém em mente que o que vais dizer provavelmente vai ser passado, partilhado e comentado na net. Se não queres que a tua mãe, o teu chefe, ou o teu vizinho da porta ao lado saibam de algo, não o digas.
- Diz apenas a verdade. Nós os escritores somos sempre tentados a extender/distorcer a verdade. É natural em nós romancear e dramatizar. Uma entrevista geralmente é sempre precedida por uma e precedida por outra, vão existir leitores comuns e eles não são assim tão distraídos que não detectam incongruências caso elas existam.
- Prepara-te com antecedência. Quando recebes um convite para uma entrevista, pega no teu bloco de notas e escreve os dois ou três pontos que queres partilhar com os leitores. É natural que repitas informação já disponível no teu Blogue/site, mas garante que partilhas novidades dos teus livros, sobre o que andas a escrever no momento, e factos sobre ti que permitam aos leitores conhecerem-te um pouco mais.
- Sê autêntico. Sempre.
Não só em entrevistas, mas também nas entrevistas, deves manter "a tua voz" e estilo de escrita pelos quais os leitores te conhecem.
Como disse no início, escrever "sobre mim" vai ser sempre trabalhoso, mas se manteres estes pontos em mente, com certeza vai diminuir o desconforto de o fazer. Resultou para mim.
Se tens outras dicas, como escritor ou como leitor, por favor partilha-as aqui.
Ajuda é sempre bem vinda.
Liliana





Published on November 20, 2012 00:00
November 19, 2012
Leituras | "The Terrible Privacy of Maxwell Sim" Jonathan Coe

My rating: 1 of 5 stars
This was soooooo DEPRESSING!!!
Tenho um fraquinho muito especial por narrativas de um humor negro deprimente… e se conseguirem oferecer-me um bocadinho de non-sense, PERFEITO!
Isto era tudo o que eu esperava quando trouxe este livro para casa, mas (oh Deus!) como a coisa me saiu mal!
Maxwell Sim é o personagem principal (com direito a integrar o título do livro e tudo) e é tão sozinho e depressivo como prometido; a passar aquela idade dos 40, onde (dizem que) o pouco que faz sentido na nossa vida vai desta para melhor e volta-se a querer ter 20 ou 30 anos e como não é possível regressar no tempo, começasse a agir como se fosse… e depois já sabemos os resultados ainda mais deprimentes.
Talvez pelas semelhanças do nome, talvez apenas porque era o que eu queria ler, esperava encontrar neste livro um toque da "magia negra", humor sagaz e história inesquecível do filme "Mary and Max" .
Foi uma desilusão.
Maxwell Sim e a sua vida solitária são um buraco de depressão e até nos escassos momentos em que há uma tentativa de humor, é tão cliché que nem merece ser considerado. i.e. Um momento em que ele pensa que pela primeira vez um estranho o vai cumprimentar e reconhecer a "sua existência" e é apenas um assaltante que lhe rouba o telefone e cinco minutos depois regressa porque não é daquela zona e precisa de indicações para encontrar a estação de comboios… e a besta do Maxwell Sim diz-lhe qual o caminho que tem de seguir!!!!
Não é difícil perceber porque é que acabei por desisitir e não o ler até ao final.
Quando estiver a apróximar-me dos 40 e se me sentir tão deprimida como Maxwell Sim, talvez volte a pegar neste livro :D …ou não...
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Published on November 19, 2012 00:00
November 15, 2012
Sim, eu estou por todo o lado. Uma nova entrevista...

Uma nova entrevista com a bloguer Cláudia Sérgio do "Uma Biblioteca em Construção".
Podem encontrar mais entrevistas na página "Algumas ENTREVISTAS" aqui no blogue.
Licenciada em Gestão de Marketing, L. C. Lavadodedica muito do seu tempo à escrita e à produção de histórias. A morar na Suíça, esta escritora portuguesa tem vindo a marcar posição na produção nacional de fantasia urbana, através da publicação de ebooks que podem ser adquiridos na Amazon e na Smashwords.
As aventuras e pensamentos desta escritora podem ser acompanhados no seu blog pessoal (http://www.lc-lavado.com/).
Um profundo agradecimento à Liliana pela entrevista e pelas conversas interessantes via internet.
Uma Biblioteca em Construção (U.B.C.) - O que é que a escrita significa para ti?
L. C. Lavado (L.L.) - Depende do momento em que a pergunta é feita.
Se me perguntarem quando estou a trabalhar na revisão de um livro, eu diria: uma grande dor de cabeça. Se for quando estou a trocar email com os meus leitores betas: uma grande comédia. Neste instante, em que estou a começar a escrever um livro novo: é o que mais gosto de fazer na vida.
U.B.C. - Quando e como é que este processo começou a ter o intuito de “fazer livros”?
L.L. - Ao contrário do que acontece com a maioria dos escritores, que usualmente começam por escrever contos e novelas e mais tarde livros, eu nunca escrevi nenhum dos dois. Para mim foi um impulso de momento.
Um dia estava numa livraria à procura de um livro e não encontrei nenhum que fosse aquilo que “gostava de ler naquele momento”, e então decidi. Se não havia um escritor que fosse capaz de escrever a história que eu queria ler, porque é que eu não o deveria fazer? E assim foi. Saí da livraria sem nenhum livro, cheguei à faculdade, liguei o portátil e comecei a escrever.
U.B.C. - Estás a viver na Suíça há quanto tempo?
L.L. - Estudei em Lisboa e também foi lá que iniciei a minha vida profissional.
Estou a viver na Suíça desde Maio 2010.
U.B.C. - O facto de não estares no país lusófono é impedimento para a escrita?
L.L. - Não é impedimento, pelo contrário, é uma forma de me sentir mais próxima da minha língua materna e continuar ligada às origens.
Apenas se torna mais difícil criar relações com quem partilha este interesse pela escrita. Combinar um encontro para um café com alguém que leu um livro meu e quer trocar ideias, passa a ter de se reduzir a um vai e vem de emails.
U.B.C. - Podes explicar como foi o processo de publicar os teus livros como e-books?
L.L. - Muito longo, mas pode ser reduzido a três grandes momentos.
Submeter o manuscrito aos Leitores-Beta para críticas e consequente revisão.
Trabalhar o livro para corresponder aos parâmetros exigidos pelos grandes retalhistas como Amazon e a Apple.
Contactar Bloguers de interesse para pedir colaboração na promoção do livro.
Em três passos pode parecer simples, mas é necessário quase um ano de dedicação para o fazer.
U.B.C. - Quais foram as principais dificuldades?
L.L. - Pessoalmente, foi a revisão.
Para mim é uma tarefa extremamente árdua e desgastante. Mesmo com grande esforço, com a ajuda dos leitores-beta, parece existir sempre mais uma gralha a ser descoberta.
U.B.C. - E qual foi a sensação de saber que estava tudo bem encaminhado?
L.L. - Depois de ter conseguido publicar o 1° livro, “Inverso” na Amazon foi uma mistura de orgulho de “tarefa cumprida” e ao mesmo tempo a realização, de que era possível fazê-lo, que com esforço e persistência, era possível partilhar as histórias que criei com leitores de todo o mundo.
O meu entusiasmo foi partilhado num dos posts que publiquei no meu blogue http://www.lc-lavado.com/2012/08/inversoamazon.html
U.B.C. - Como está a ser lidar com as críticas?
L.L. - Tenho sorte de a maioria das críticas serem muito favoráveis e de mesmo as menos entusiastas serem de leitores bem educados, o que torna tudo muito mais tolerável. Mas nada impede que fiquem com o coração “a bater a mil” sempre que vejo uma nova crítica no Goodreads, num Blogue ou abro um mail de um leitor.
U.B.C. - Quais pensas serem as tuas principais características como autora?
L.L. - A minha escrita distingue-se por frases curtas, linguagem limpa, e abundância de diálogos, o que combinados, oferecem uma grande dinâmica às minhas histórias.
Em todos os meus livros, mesmo os géneros diferindo entre Romance de época , YA e Fantasia Urbana, há sempre um mistério a ser revelado e um toque de humor que torna a leitura lúdica... bem, talvez o humor esteja um pouco esquecido no 1° livro...
U.B.C. - Quais são as principais inspirações para o teu trabalho?
L.L. - Todos os meus livros nasceram da vontade de criar aventuras e personagens que me permitissem ser outras pessoas através deles.
Cada um teve a sua própria inspiração, uma “história por de trás da história”.
U.B.C. - Quais são os teus autores de referência?
L.L. - Sherrilyn Kenyon, Alex Bell, Carlos Ruiz Zafón, Laurell K. Hamilton.
U.B.C. - Qual o género onde te sentes mais à vontade?
L.L. - Fantasia Urbana.
U.B.C. - Para além da ligação à escrita e à literatura, quais são os outros hobbies que ocupam o teu tempo?
L.L. - Eu adoro tudo o que conte histórias... cinema, teatro, música.
U.B.C. - Neste momento, estás envolvida em algum novo projeto?
L.L. - Neste momento tenho dois grandes projectos.
A revisão de “O Diabo dos Anjos”, um livro que escrevi ainda em Portugal e que tem muito trabalho para ser feito antes da publicação em Janeiro de 2013.
E um novo livro que comecei a escrever este mês, com o título “Fantasmas de Pedra”. Este será o livro 2 do “Inverno de Sombras, e que vai contar a história do Claude e Andrea, dois personagens que eu não previa, mas que conquistaram um grande interesse dos muitos leitores.
U.B.C. - Que desejas vir a alcançar no mundo literário?
L.L. - Alcançar o maior número de leitores possível e proporcionar a todos eles boas horas de leitura.
Ajudar a combater os baixos índices de leitura dos portugueses.
Ser reconhecida como uma jovem escritora portuguesa empreendedora.
Liliana





Published on November 15, 2012 00:00
November 13, 2012
Post a convite: "O mapa para os Leitores-Beta"

E qual o tema que escolhi?
Leitores Beta!
Nem podia ser outro.
Obrigada Olinda Gil do blogue "Rabiscos, Rascunhos e Limitada" pelo convite.
Aqui ficam umas dicas para os escritores que pensam em encontrar os seus leitores-beta...
“O mapa para os Leitores-Beta”
Leitor-Beta: leitor com acesso a um livro antes da publicação. A sua leitura tem como premissa uma colaboração com o autor para a revisão e edição do livro.
Se estás a ler este post, é muito provável que estejas a escrever um livro ou a trabalhar numa história que já escreveste, tens a sensação de que o teu manuscrito não está perfeito, de que falta alguma coisa para o tornar no melhor que pode ser.
Leste “Leitor-Beta” e pensaste que talvez seja uma boa ideia para o que procuras.
Tens toda a razão. É uma excelente ideia.
Mas antes de continuares a ler, acho que é importante que perguntes a ti mesmo: Escrever é algo mesmo, mesmo, mesmo importante para mim? ADORO fazê-lo… mais do que tudo?
Estou a pedir que te faças estas perguntas porque isto de escrever é duro, é exaustivo, tumultuoso, uma montanha-russa de emoções a tocar o bipolar, e no final, a recompensa nem sempre vai para além da tua própria satisfação em fazê-lo.
Se gostas de escrever como um hobbie e o fazes de vez em quando, nas férias, quando te sentes melancólico, fantástico para ti.
Escreve e esquece os Leitores-Beta. Diverte-te.
Mas, se já passaste ao ponto em que escrever é uma necessidade, tens pastas no computador carregadas de ficheiros com textos teus e não consegues imaginar-te a deixar passar um dia sem o fazer ou pensar na hora de o fazer… então estás condenado, bem-vindo ao clube, e sim, precisas de toda a ajuda possível.
Os Leitores-Beta podem ser a resposta ao que procuras. Se planeares e fizeres as coisas bem.
Numa pesquisa rápida pela internet, não faltam testemunhos de escritores frustrados. É difícil, trabalhoso, e um projecto que deve ser visto a longo-prazo.
A minha aventura com Leitores-Beta começou no início de 2012 e, mesmo com alguns erros, tornou-se um dos sucessos de que mais me orgulho.
Estes foram alguns dos pontos mais importantes do projecto e que espero te possam ajudar para conseguires o teu próprio grupo de Betas.
- Planeamento.
Olha para os textos que tens escrito e que queres trabalhar e anota no teu bloco de notas a resposta às seguintes questões: Qual o género literário em que se insere? Quais os leitores que pensas que gostariam de o ler? Idades? Onde os podes encontrar na net? O que pretendes que os teus Leitores-Beta te digam sobre a tua escrita? Esperas um comentário ao enredo da tua história? À gramática? Pontuação? Gralhas?
Se precisas de um exemplo, podes encontrar o que fiz aqui http://www.lc-lavado.com/2012/01/procuram-se-leitores-beta.html
É indispensável teres bem presente a informação que esperas receber, para evitares que alguns meses mais tarde, quando os emails começarem a chegar, te percas na quantidade de opiniões e feedbacks.
- Procura os teus leitores.
Não esperes que colocar um post no teu blog a dizer “leitores-beta precisam-se” te vai trazer os leitores que precisas. Tu és o interessado, tu é que tens de os procurar a eles.
Prepara um texto de apresentação. Deve ser simples, de fácil leitura e dizer o que é importante sobre ti, sobre os teus textos, o que pretendes conseguir com os teus leitores-beta e o perfil de leitor que desejas.
Procura leitores no Goodreads. Podes selecionar um livro do mesmo género literário do teu e ver as melhores reviews. Contacta esses leitores por mensagem com a apresentação que preparaste. Pergunta se estariam interessados em colaborar contigo.
Pede ajuda a Bloggers que conheças. Não há vergonha nenhuma em pedir ajuda se precisas dela. Uns bloggers vão ajudar-te, outros não, mas desde que sejas sincero e transparente no que fazes, a maioria não se importa de trocar alguns emails contigo.
- Comunicação.
Logo que aceitas um leitor como teu Beta, envia-lhe um email e tenta conhecê-lo melhor.
É importante saberes quem “está do outro lado”, as limitações, as expectativas. Permite-te por exemplo, saber que se um Beta está na faculdade, em tempo de exames, não é bom momento para lhe pedires nada.
Pessoalmente, eu privilegio sempre o email pessoal, mas quando há informação que interessa a todos de forma igualitária, opto pelo email colectivo.
Ao enviares o teu texto, relembra-os do que estás à espera de receber em troca, o que queres que comentem. Eu, por exemplo, optei por disponibilizar uma espécie de questionário com perguntas como "No final do capítulo o que pensas-te que ia acontecer?" "O que gostavas que acontecesse a seguir?" “Qual a personagem que mais gostastes?” “Qual a que menos gostaste? Porquê?”
Nós somos o escritor, tens de ter em conta que os leitores não estão habituados a escrever e tudo o que lhes possas enviar para lhes facilitar a vida, melhor.
- Prepara-te para ser avassalado.
Com a chegada dos primeiros emails com opiniões, vem a excitação pela concretização do que tanto trabalho te deu a planear, mas quando eles continuam a chegar por vários dias, e com eles diferentes pontos de vista que te puxam em direcções opostas, corres o risco de te deixares submergir por tanta informação.
Prepara-te para cortar nas horas de sono. Eu passei cerca de um mês com serões apenas a responder a emails. É importante teres isso em consideração quando definires o número de Betas que procuras.
E o mais importante: responde SEMPRE aos emails, mesmo quando as opiniões são más, mesmo quando disseste que o teu livro é de Terror e um Beta te responde a dizer que “parei de ler, é horrível, nunca gostei deste tipo de livros, como é que podes escrever que uma pessoa mata outra e gosta? É imoral...” pode apetecer-te gritar e repetir “EU DISSE QUE ERA TERROR” mas não vai valer a pena. Apaga o email da tua lista e continua.
Para conseguir os meus Betas, foi um processo de meses e que nunca termina. Alguns lêem apenas um livro, outros lêem todos, outros desistem, outros chegam mais tarde.
Nem todos os leitores são bons Leitores-Beta, prepara-te para uma percentagem de desistências, para outra de falta de compatibilidade.
O segredo está em aprender a trabalhar com o melhor em cada um dos teus leitores. Há uns que são invencíveis a encontrar gralhas, e outros que mergulham tanto na história que esquecem as palavras, mas ficam a conhecer os teus personagens melhor do que tu e apontam-te "desvios" de carácter que nunca viste antes. É o papel do escritor combinar o talentos dos vários perfis dos seus Leitores-Beta.
A minha dica para ti é: tenta fazer o mesmo. Baseia-te no que fiz, adapta, e constrói a tua própria história de sucesso. Depois, partilha e conta o que correu bem e o que correu “menos” bem.
Liliana Lavado





Published on November 13, 2012 00:00
November 12, 2012
Leituras | "The Marriage Plot" Jeffrey Eugenides

My rating: 5 of 5 stars
Há meses que andava a chorar pelos cantos por um livro que me apaixonasse e finalmente "The Marriage Plot" aterrou nas minhas mãos, com Madeleine, Mitchell e Leonard.
Num cenário de faculdade Ivy League, a história acompanha os últimos dias destes três personagens em Brown (com analepses que me fizeram perceber Semiotica como nunca esperei) e a descoberta do mundo real, fora dos muros seguros da faculdade.
Pelos personagens, pelos diálogos, e por todo o ambiente de auto-descoberta, fez-me recordar o "One Day" .

E tal como no livro de David Nicholls, o único aspecto que me deixou desiludida, foi uma ideia que é passada nesta história, a ideia de que crescer é um conjunto de más decisões e desilusões.
Madeleine, que "evitava por instinto pessoas instáveis" acaba por se envolver com Leonard que sofre de depressão crónica e é uma autêntica bomba relógio. Leonard por sua vez, tenta lidar com os efeitos secundários da doença e dos medicamentos que a controlam, e ao mesmo tempo vive num limbo de medição de forças com Madeleine na relação de ambos. Mitchell, curioso em explorar o lado espiritual da existência, embarca na típica viagem à India onde apenas encontra desilusão ao perceber o homem que realmente é.
Apesar desta pequena divergência de ideias, tenho um novo autor favorito, e com certeza que irei ler outros livros de Jeffrey Eugenides.
Liliana
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Published on November 12, 2012 00:00
November 10, 2012
Nem tudo são livros.

Desta vez não é nenhum livro, é o Blogue que tem a palavra.
O "Neuroses da Escrita 2.0" foi escolhido para a rubrica "Cantinho da semana" do Tertúlias à Lareira.
Muito obrigada à Ni e à Ivonne Zuzarte pela oportunidade.
Se segues o Blogue há algum tempo, sabes como este espaço é importante para mim, e o quanto tenho aprendido com cada post durante este ano.
Muito obrigado a ti por me acompanhares.
Liliana.





Published on November 10, 2012 04:57
November 8, 2012
A aventura do papel.

Provavelmente já viram pelo meu post no Facebook que finalmente o "Inverso" já tem a sua versão papel.
O que vocês não imaginam, é a trabalheira até o conseguir.
Nas últimas semanas eu - literalmente - queimei os olhos em tanta revisão e formatação até que o ficheiro de texto se torna-se decente, e depois... depois, a luta com o Photoshop para adaptar a capa, criar a lombada e a contra-capa (aqui o que me safou foi o anjo designer que "sabe das coisas").
Mesmo agora, que tenho o livro nas mãos, o trabalho continua... mais uma revisão... e uma nova guerra (esta épica) com o Internal Revenue Service (IRS) dos US, porque preciso de autorização deles para poder disponibilizar o livro para compra na Amazon.
Sim, podem acreditar, isto de ser escritora independente mete o Internal Revenue Service ao barulho.
Enfim, desejem-me sorte! (que bem preciso)
Queres imprimir os teus textos em formato livro?
Para aqueles de vocês que andam a pensar em ver o vosso trabalho em formato livro, não precisam de se iniciar com estas batalhas administrativas, existem em Portugal opções de POD (Print on Demand ou Impressão a pedido) que imprimem livros à unidade, consoante eles são necessários, e poupam-te de teres de investir centenas de € em cópias impressas que depois tens de manter lá por casa até as conseguires vender. A Bubok e o Eu Edito são duas que conheço e que usei no início.
Recomendo a Bubok. O processo é bastante acessível, mesmo para quem não percebe muito do sistema, disponibilizam capas pré-definidas (se não queres entrar em aventuras com o Photoshop) o que torna tudo muito simples e o preço final do livro é ainda mais baixo do que um livro convencional.
Se precisares de ajuda, o meu endereço de email está no canto superior esquerdo aqui da página. É só enviares as tuas perguntas e eu tentarei ajudar.
Boas escritas!
Liliana





Published on November 08, 2012 00:00