M. Barreto Condado's Blog, page 18
January 16, 2019
ENTREVISTA a ANA KANDSMAR a autora que nos consegue transportar para os seus mundos fantásticos e muito mais…
“…Ainda que a vida me finte, e traga à minha porta ladrões ou tempestades, eu continuarei a abrir as minhas janelas…” AK
MBC – Porquê o nome Ana Kandsmar?AK- A minha família tem uma história curiosa. A minha avó materna (extremamente pobre) ter-se-á perdido de amores por um homem que a engravidou e desapareceu da sua vida. Depois da minha mãe ter nascido, apareceu outro homem, (este com posses) que perfilhou a bebé (minha mãe) e lhe deu o nome que foi depois herdado por mim, anos mais tarde: Gaspar. Ora, segundo se conta, (ninguém na família sabe muito bem se isto é verdade), esse meu “avô” não tinha Gaspar no nome, mas sim Kandsmar e no registo da minha mãe, alguém nos serviços terá entendido que o nome não seria válido por não ser português. O facto é que quem conviveu com o meu avô (morreu quando a minha mãe tinha apenas 6 anos), divide-se na atribuição da sua nacionalidade. Uns dizem que ele era berbere, outros afirmam que ele era iraniano, e há até quem diga que ele era cigano. O certo, é que Kandsmar é o original para Gaspar em Persa. Tendo em conta esta história, que não acabou bem para a minha avó, (depois da morte do homem que a salvou da miséria, acabou expulsa pelas irmãs deste e foi para a miséria que voltou perdendo todo e qualquer contacto com a família) achei que devia fazer alguma coisa com este nome. Usá-lo. Talvez um dia também faça alguma coisa com esta história e a conte, encaixando-a num outro romance.
MBC - O que te levou a começar por escrever Literatura Fantástica? AK- Eu sou fã de Literatura Fantástica. Aliás, eu sou fã de Literatura. Ponto. À parte disso, acredito que escrever Fantasia tem muitas vantagens sobre a Ficção mais realista ou sobre a Não Ficção e a ausência de limites é uma delas. No Fantástico tudo é possível e o escritor pode realmente dar asas à imaginação. Tendo em conta que o fantástico que eu gosto de escrever é aquele que agarra também no que realmente existe e o “distorce” (um pouco como Dali na pintura) unir todas as pontas sem deixar nenhuma solta, ou cozinhar todos os ingredientes sem exagerar nos temperos, dá imenso trabalho, mas é muito gratificante. E quando digo que dá imenso trabalho, digo que dá mesmo imenso trabalho. Sem qualquer desprimor para quem escreve noutros géneros, é muito mais escritor quem escreve no Fantástico (quando o trabalho é bem feito, claro!). A prova disso é que demorei quase três anos a escrever A Guardiã- O Livro de Jade do Céu, e sete meses e meio para escrever A Lenda do Havn.
MBC – “A Guardiã, O Livro de Jade do Céu” vai ter continuação?AK- Eu gostava que tivesse, mas uma coisa que constatei é que em Portugal o Fantástico quando escrito por autores portugueses não é bem recebido. Mas talvez escreva, mesmo que depois o guarde apenas para mim.
MBC – No ano passado lançaste o teu primeiro romance “A Lenda do Havn” qual tem sido a receptividade dos teus leitores?
AK- O meu primeiro romance foi A Guardiã- O Livro de Jade do Céu. É um romance no género Fantástico, mas não deixa de ser um romance. Relativamente à Lenda do Havn, é um romance que tem surpreendido os leitores. Sobretudo os leitores que não gostam de Fantástico e que compraram A Lenda do Havn à cautela e com muitas reservas. Muitos leitores acabaram por me dizer que não esperavam que eu fosse capaz de escrever um romance como A Lenda do Havn. Claro que essa reacção não se verificou naqueles que me seguem nas redes sociais, ou no blogue. Esses sabiam que eu, mais cedo ou mais tarde, acabaria por ir por aí, e desejavam que eu o fizesse. Fi-lo. É muito gratificante saber que não os desiludi.
MBC – Com qual dos géneros te identificas mais?AK- Eu identifico-me com todos os géneros literários. Desde que bem escrito e com uma narrativa que desperte em mim as mais variadas emoções, identifico-me. Isto enquanto leitora. Todavia, enquanto autora, não tenho um posicionamento diferente. Do que gosto mesmo é de escrever.
MBC – Vais manter-te fiel só a esse género ou continuarás a surpreender-nos? AK -Eu sou fiel a pessoas, não a coisas ou a ideias. Estou sempre em perpétua mutação, em crescimento. Por isso, sim, escreverei sempre sobre o que na altura fizer mais sentido para mim.
MBC – Sei que tens uma agência de divulgação de novos autores a Bee Dynamic Books, como te surgiu esta ideia?
AK- A ideia da Bee surgiu quando percebi que entre os novos autores e os leitores há uma espécie de muro intransponível. Vivemos numa época em que parece muito fácil publicar, e é de facto, mas é muito difícil conquistar leitores. Isso é a consequência natural da democratização das publicações. Por outro lado, o mercado literário é cada vez mais um negócio como outro qualquer e as editoras querem garantir vendas. Logo, não apostam nos autores cujo nome ninguém conhece. E se é verdade que há muita gente a publicar que escrever francamente mal, também há muita gente que escreve brilhantemente e que sem ajuda, não consegue furar aquela tal parede invisível que os separa dos leitores.
MBC – Quais são os serviços prestados pela agência?
AK- A Bee faz um trabalho exaustivo de divulgação de obras literárias. Desde os agendamentos de presenças de autores em escolas, bibliotecas ou outros eventos, usamos as redes sociais para divulgar, com material promocional criado por nós, booktrailers, teasers, imagens promocionais e entrevistas. Na verdade, promovo mais os outros autores do que a mim mesma e nem sempre há um retorno positivo, mas as adversidades fazem parte do caminho.
MBC – Tens algum plano imediato para avançares com a divulgação da Bee Dynamic Books?AK- A Bee Dynamic Books está a ser tão divulgada quanto possível. Temos presença nas redes sociais, na blogosfera, temos uma loja online para venda de livros físicos, e-books e audiobooks. Claro que é preciso mais, mas tudo tem que ser feito com alguma ponderação porque tudo custa dinheiro.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?AK- Os meus livros estão à venda nas livrarias. As redes FNAC e Bertrand têm os meus livros à venda. Para além destas, as lojas online também os têm, como a WOOK, a FNAC, a Bee Dynamic Books em www.beedynamicbooks.pt e a loja online da editora.
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?AK- Tenho uma página e um grupo no Facebook que os leitores podem seguir em: https://www.facebook.com/AnaKandsmar/. Para além disso, existe também o blogue.http://anakandsmar.blogspot.com/
MBC - E a resposta pela qual todos aguardamos, novidades para breve? AK- Para breve, não há nada em vista. Estou a reiniciar o processo de escrita, mas confesso que não tenho pressa nenhuma de publicar. A minha preocupação é escrever bem, criar um romance que transmita uma mensagem forte aos leitores, que mexa com as emoções dos leitores e que, por fim, se torne inesquecível para os leitores. Jamais serei uma dessas escritoras de clichés e lamechices, que publicam um livro ou dois por ano e que têm a mesma relação com os livros que produzem que um comerciante tem com as mercearias que vende. Ora, vender livros e vender batatas não é a mesma coisa. Os escritores que se tornam “vendilhões do templo”, nunca serão escritores e muito menos serão algum dia recordados enquanto escritores. Serão sempre vendilhões e recordados como vendilhões. Não sei por onde passará o meu caminho, mas sei por onde não passará e não será por aí.
“…Não sou perfeita. Tenho contrastes. Um canto bem diferente do outro...uma divisão enorme onde guardo tudo e outra tão pequena que não cabe lá nada…” AK
O meu especial agradecimento à Ana por nos provar que a vida pode ser muito mais do que aquilo que nos mostra mas para que isso aconteça devemos estar rodeados de quem mais amamos e nos ama, porque o amor incondicional existe.
Texto: MBarreto CondadoFotos: disponibilizadas pela autora
in Jornal Nova Gazeta, 16 Janeiro 2019
MBC – Porquê o nome Ana Kandsmar?AK- A minha família tem uma história curiosa. A minha avó materna (extremamente pobre) ter-se-á perdido de amores por um homem que a engravidou e desapareceu da sua vida. Depois da minha mãe ter nascido, apareceu outro homem, (este com posses) que perfilhou a bebé (minha mãe) e lhe deu o nome que foi depois herdado por mim, anos mais tarde: Gaspar. Ora, segundo se conta, (ninguém na família sabe muito bem se isto é verdade), esse meu “avô” não tinha Gaspar no nome, mas sim Kandsmar e no registo da minha mãe, alguém nos serviços terá entendido que o nome não seria válido por não ser português. O facto é que quem conviveu com o meu avô (morreu quando a minha mãe tinha apenas 6 anos), divide-se na atribuição da sua nacionalidade. Uns dizem que ele era berbere, outros afirmam que ele era iraniano, e há até quem diga que ele era cigano. O certo, é que Kandsmar é o original para Gaspar em Persa. Tendo em conta esta história, que não acabou bem para a minha avó, (depois da morte do homem que a salvou da miséria, acabou expulsa pelas irmãs deste e foi para a miséria que voltou perdendo todo e qualquer contacto com a família) achei que devia fazer alguma coisa com este nome. Usá-lo. Talvez um dia também faça alguma coisa com esta história e a conte, encaixando-a num outro romance.
MBC - O que te levou a começar por escrever Literatura Fantástica? AK- Eu sou fã de Literatura Fantástica. Aliás, eu sou fã de Literatura. Ponto. À parte disso, acredito que escrever Fantasia tem muitas vantagens sobre a Ficção mais realista ou sobre a Não Ficção e a ausência de limites é uma delas. No Fantástico tudo é possível e o escritor pode realmente dar asas à imaginação. Tendo em conta que o fantástico que eu gosto de escrever é aquele que agarra também no que realmente existe e o “distorce” (um pouco como Dali na pintura) unir todas as pontas sem deixar nenhuma solta, ou cozinhar todos os ingredientes sem exagerar nos temperos, dá imenso trabalho, mas é muito gratificante. E quando digo que dá imenso trabalho, digo que dá mesmo imenso trabalho. Sem qualquer desprimor para quem escreve noutros géneros, é muito mais escritor quem escreve no Fantástico (quando o trabalho é bem feito, claro!). A prova disso é que demorei quase três anos a escrever A Guardiã- O Livro de Jade do Céu, e sete meses e meio para escrever A Lenda do Havn.
MBC – “A Guardiã, O Livro de Jade do Céu” vai ter continuação?AK- Eu gostava que tivesse, mas uma coisa que constatei é que em Portugal o Fantástico quando escrito por autores portugueses não é bem recebido. Mas talvez escreva, mesmo que depois o guarde apenas para mim.
MBC – No ano passado lançaste o teu primeiro romance “A Lenda do Havn” qual tem sido a receptividade dos teus leitores?
AK- O meu primeiro romance foi A Guardiã- O Livro de Jade do Céu. É um romance no género Fantástico, mas não deixa de ser um romance. Relativamente à Lenda do Havn, é um romance que tem surpreendido os leitores. Sobretudo os leitores que não gostam de Fantástico e que compraram A Lenda do Havn à cautela e com muitas reservas. Muitos leitores acabaram por me dizer que não esperavam que eu fosse capaz de escrever um romance como A Lenda do Havn. Claro que essa reacção não se verificou naqueles que me seguem nas redes sociais, ou no blogue. Esses sabiam que eu, mais cedo ou mais tarde, acabaria por ir por aí, e desejavam que eu o fizesse. Fi-lo. É muito gratificante saber que não os desiludi.
MBC – Com qual dos géneros te identificas mais?AK- Eu identifico-me com todos os géneros literários. Desde que bem escrito e com uma narrativa que desperte em mim as mais variadas emoções, identifico-me. Isto enquanto leitora. Todavia, enquanto autora, não tenho um posicionamento diferente. Do que gosto mesmo é de escrever.
MBC – Vais manter-te fiel só a esse género ou continuarás a surpreender-nos? AK -Eu sou fiel a pessoas, não a coisas ou a ideias. Estou sempre em perpétua mutação, em crescimento. Por isso, sim, escreverei sempre sobre o que na altura fizer mais sentido para mim.
MBC – Sei que tens uma agência de divulgação de novos autores a Bee Dynamic Books, como te surgiu esta ideia?
AK- A ideia da Bee surgiu quando percebi que entre os novos autores e os leitores há uma espécie de muro intransponível. Vivemos numa época em que parece muito fácil publicar, e é de facto, mas é muito difícil conquistar leitores. Isso é a consequência natural da democratização das publicações. Por outro lado, o mercado literário é cada vez mais um negócio como outro qualquer e as editoras querem garantir vendas. Logo, não apostam nos autores cujo nome ninguém conhece. E se é verdade que há muita gente a publicar que escrever francamente mal, também há muita gente que escreve brilhantemente e que sem ajuda, não consegue furar aquela tal parede invisível que os separa dos leitores.
MBC – Quais são os serviços prestados pela agência?
AK- A Bee faz um trabalho exaustivo de divulgação de obras literárias. Desde os agendamentos de presenças de autores em escolas, bibliotecas ou outros eventos, usamos as redes sociais para divulgar, com material promocional criado por nós, booktrailers, teasers, imagens promocionais e entrevistas. Na verdade, promovo mais os outros autores do que a mim mesma e nem sempre há um retorno positivo, mas as adversidades fazem parte do caminho.
MBC – Tens algum plano imediato para avançares com a divulgação da Bee Dynamic Books?AK- A Bee Dynamic Books está a ser tão divulgada quanto possível. Temos presença nas redes sociais, na blogosfera, temos uma loja online para venda de livros físicos, e-books e audiobooks. Claro que é preciso mais, mas tudo tem que ser feito com alguma ponderação porque tudo custa dinheiro.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?AK- Os meus livros estão à venda nas livrarias. As redes FNAC e Bertrand têm os meus livros à venda. Para além destas, as lojas online também os têm, como a WOOK, a FNAC, a Bee Dynamic Books em www.beedynamicbooks.pt e a loja online da editora.MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?AK- Tenho uma página e um grupo no Facebook que os leitores podem seguir em: https://www.facebook.com/AnaKandsmar/. Para além disso, existe também o blogue.http://anakandsmar.blogspot.com/
MBC - E a resposta pela qual todos aguardamos, novidades para breve? AK- Para breve, não há nada em vista. Estou a reiniciar o processo de escrita, mas confesso que não tenho pressa nenhuma de publicar. A minha preocupação é escrever bem, criar um romance que transmita uma mensagem forte aos leitores, que mexa com as emoções dos leitores e que, por fim, se torne inesquecível para os leitores. Jamais serei uma dessas escritoras de clichés e lamechices, que publicam um livro ou dois por ano e que têm a mesma relação com os livros que produzem que um comerciante tem com as mercearias que vende. Ora, vender livros e vender batatas não é a mesma coisa. Os escritores que se tornam “vendilhões do templo”, nunca serão escritores e muito menos serão algum dia recordados enquanto escritores. Serão sempre vendilhões e recordados como vendilhões. Não sei por onde passará o meu caminho, mas sei por onde não passará e não será por aí.
“…Não sou perfeita. Tenho contrastes. Um canto bem diferente do outro...uma divisão enorme onde guardo tudo e outra tão pequena que não cabe lá nada…” AK
O meu especial agradecimento à Ana por nos provar que a vida pode ser muito mais do que aquilo que nos mostra mas para que isso aconteça devemos estar rodeados de quem mais amamos e nos ama, porque o amor incondicional existe.
Texto: MBarreto CondadoFotos: disponibilizadas pela autora
in Jornal Nova Gazeta, 16 Janeiro 2019
Published on January 16, 2019 17:00
January 14, 2019
ENTREVISTA à autora ANITA DOS SANTOS que me disse uma vez:...
...“Escrevo simplesmente aquilo que a alma me diz para escrever.”
MBC - O que te motivou a escrever Literatura Fantástica?AS - Gosto muito de Literatura Fantástica. É um género de escrita com a qual me identifico muito, que me dá ensejo de sonhar, que abre as portas a mundos diferentes, a gentes distintas, a seres ao alcance da imaginação, para encantar e para assombrar. Tudo é possível e permitido desde que a imaginação nos leve. Em criança, cresci a ouvir as histórias que a minha irmã inventava para me entreter, ou a ouvir os livros que me lia. Acho que isso foi o molde, por assim dizer, pois abriu-me os olhos ao fantástico.Quando comecei a escrever, a sério, sem crer, enveredei por esse caminho. E porque não, se me sinto tão bem com as minhas personagens?
MBC – Só escreves dentro deste género?
AS - Não, embora, para ser sincera, (claro que gosto muito dos meus livros!) gosto muito dos contos que escrevi da chamada Literatura Fantástica, um dos quais está publicado na coletânea Um Livro Num Dia, “O Meu Sonho, Voar!” e um outro, que nunca publiquei, um pouco mais extenso e talvez de todos os contos que escrevi o que mais gosto “Um Conto de Encantar”. De resto, já escrevi uma carta de amor, um conto mesmo para crianças e alguns outros que gosto de pensar, são para sorrir.
MBC – Pretendes escrever algo diferente num futuro próximo?AS - É possível. Depende daquilo onde os dedos me levem. E a imaginação, claro.
MBC – No teu primeiro Livro” Crónicas de André e Vicente – O Bosque dos Murmúrios” como te surgiu a ideia? AS - Lá está, fui levada pelos dedos!A primeira personagem em que pensei, foi no Bosques. Um feérico pequenino, de olhos tortos, nariz pequenino, pele cor da cortiça e cabelos como um emaranhado de tronquinhos! Só eu! A partir daí, fui compondo a história em volta do André e do Vicente, e do porquê de eles terem de procurar a Gente Pequenina. E os personagens foram surgindo, os feéricos foram aparecendo, cada qual com as suas características distintas a acompanhar com os seus carismas. Os mais emblemáticos são, está claro, o Traquinas e o Cotovia que estavam destinados a ser amigos inseparáveis do André e do Vicente.
MBC – Tens algumas personagens com nomes especiais, podes adiantar-nos um pouco da história e do motivo pelo qual optaste por lhes dar essas identidades?AS - Se há um lado bom, também há um menos bom ou até mesmo perverso.O Negro ou Senhor das Trevas é chamado também neste livro Estranho Ser. Foi uma forma de brincar com as letras e dar-lhe um outro nome entre os Comuns. Como o nome indica, ele personaliza os sentimentos negativos, a ganância, a inveja, a maldade mesmo. Ele é belo, porque a maldade muitas vezes é enganadora e, como tal é mais uma arma de que se serve. Ele, primeiro que tudo odeia o verde, a amizade e a bondade, que tenta a todo o custo destruir.É quando os nossos heróis entram em cena!Ao lado do Senhor das Trevas, vamos encontrar a sua irmã gémea, a Rubra, igualmente bela e sedutora. Ela é a Senhora dos Corvos, é os olhos e ouvidos do Negro e, as suas crias, os corvos, são os seus espiões. Toma a forma de corvo se assim o entende e, a sua mente depois de tanto mal infligido tende em vacilar por vezes.
MBC – Como surgiu o teu segundo livro” Crónicas de André e Vicente - A Cidade das Brumas”? A ideia de continuares esta aventura já lá estava?
AS - Sim, o final do primeiro livro deixa perceber que a história vai prosseguir. Não podia ficar só por ali, há muito mais a desvendar. Há toda a história passada do André e do Vicente para saber, muita da qual os próprios desconhecem. Mas não é por esse motivo que eles são chamados à Cidade do Norte, mas sim por um chamamento por parte das Escolhidas, nome conferido entre os druidas da Cidade do Norte ás mães dos dois jovens amigos.Também neste livro tive um cuidado especial relativamente aos nomes dos druidas do Círculo dos Sete. Os nomes foram escolhidos com base em árvores, para o que fiz uma pesquisa para encontrar as árvores que se adequavam aos homens que tinha em mente. Assim, o Ácer, que é um druida das Terras do Gelo, como a sua homónima, é alto, forte, usa os cabelos entrançados em tranças de guerra. O Salgueiro, é baixo e gordinho, com uma cabeleira loira em caracóis e uma enganadora cara de querubim que esconde o mais sagaz alquimista. O Ulmeiro, é o mentor do Círculo, com as suas barbas brancas, olhos brilhantes e humor extremamente ágil. E assim por diante. Foi uma pesquisa que me deu imenso prazer e da qual fiz por utilizar árvores do nosso país, ou que aqui existam.
MBC – Isso significa que ainda vamos ter mais crónicas para ler? Quantos livros ainda pensas escrever sobre eles?AS - Vamos sim. Vamos ter pelo menos mais um livro das Crónicas que tenho presentemente em mãos.
MBC – Tens dois filhos adultos, terás por acaso colocado algumas das suas características nos teus personagens?AS - Acho que inconscientemente o acabei por fazer, pois as alturas dos meus aventureiros correspondem às alturas, mais ou menos, dos meus filhos. As coisas que a nossa mente faz!
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?AS - Os meus livros podem ser adquiridos em: https://beedynamicbooks.pt/collection...chiadobooks.com aqui também em e-book, Bertrand.pt,Fnac.pt e Wook.pt. Claro que é sempre possível contactar-me para a minha página de autora do Facebook e, fazer a compra diretamente.
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?AS - É claro que sim, e comecemos com a minha página de autora, então:https://www.facebook.com/AnitadosSantos.sitiodosfae/A minha página do Twitter:https://twitter.com/AnitadosSantos_A minha página de Instagram:https://www.instagram.com/anitados.sa...
MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? AS- Bem, agora já em janeiro, no dia 19, irá sair uma nova coletânea da Chiado Books, Coletânea de Micronarrativas Ficcionais, na qual tomei parte com uma micro-história.Depois, espero durante este ano de 2019, terminar por fim o terceiro (quem sabe o último!) volume das Crónicas de André e Vicente.Tenho um outro projeto em mente, mas por enquanto ainda está muito em embrião. Mais para a frente e se o conseguir concretizar, falaremos nele.Para terminar, e porque acho que não lhes fiz a devida referência, gostava de deixar uma nota sobre o Traquinas e o Cotovia. Penso que lhes é devida.O Traquinas, é o companheiro do André e, é um gnomo facho de luz, de cabelos sempre espetados cor de fogo, sardento, com expressão sempre travessa, embora quando as circunstâncias o exigem saiba aparentar inocência enganadora, para o que contribuem as suas orelhas pontiagudas. Tem a faculdade de comunicar com os pequenos animais como raposas, esquilos e outros que tais.O Cotovia, por seu lado afeiçoou-se ao Vicente. É um feérico emplumado que tem a capacidade de comunicar com os alados. Tem o corpo coberto de penas e, é um parceiro incansável para toda a sorte de travessuras que o seu amigo Traquinas possa inventar, ou então forjar ele mesmo.Para finalizar, quero agradecer-te a oportunidade que me deste de poder falar um pouco sobre a “minha” Gente Pequenina.
O meu especial agradecimento à Anita para quem as “As palavras que lia não seriam muito diferentes daquilo que escrevo, pelo menos na minha imaginação” porque só assim nos é permitido sonhar com os mundos fantásticos que cria e continuar a acreditar em Fadas.
Texto: MBarreto Condado
Fotos: disponibilizadas pelo autor
in Jornal Nova Gazeta, 14 Janeiro 2019
MBC - O que te motivou a escrever Literatura Fantástica?AS - Gosto muito de Literatura Fantástica. É um género de escrita com a qual me identifico muito, que me dá ensejo de sonhar, que abre as portas a mundos diferentes, a gentes distintas, a seres ao alcance da imaginação, para encantar e para assombrar. Tudo é possível e permitido desde que a imaginação nos leve. Em criança, cresci a ouvir as histórias que a minha irmã inventava para me entreter, ou a ouvir os livros que me lia. Acho que isso foi o molde, por assim dizer, pois abriu-me os olhos ao fantástico.Quando comecei a escrever, a sério, sem crer, enveredei por esse caminho. E porque não, se me sinto tão bem com as minhas personagens?
MBC – Só escreves dentro deste género?
AS - Não, embora, para ser sincera, (claro que gosto muito dos meus livros!) gosto muito dos contos que escrevi da chamada Literatura Fantástica, um dos quais está publicado na coletânea Um Livro Num Dia, “O Meu Sonho, Voar!” e um outro, que nunca publiquei, um pouco mais extenso e talvez de todos os contos que escrevi o que mais gosto “Um Conto de Encantar”. De resto, já escrevi uma carta de amor, um conto mesmo para crianças e alguns outros que gosto de pensar, são para sorrir.
MBC – Pretendes escrever algo diferente num futuro próximo?AS - É possível. Depende daquilo onde os dedos me levem. E a imaginação, claro.
MBC – No teu primeiro Livro” Crónicas de André e Vicente – O Bosque dos Murmúrios” como te surgiu a ideia? AS - Lá está, fui levada pelos dedos!A primeira personagem em que pensei, foi no Bosques. Um feérico pequenino, de olhos tortos, nariz pequenino, pele cor da cortiça e cabelos como um emaranhado de tronquinhos! Só eu! A partir daí, fui compondo a história em volta do André e do Vicente, e do porquê de eles terem de procurar a Gente Pequenina. E os personagens foram surgindo, os feéricos foram aparecendo, cada qual com as suas características distintas a acompanhar com os seus carismas. Os mais emblemáticos são, está claro, o Traquinas e o Cotovia que estavam destinados a ser amigos inseparáveis do André e do Vicente. MBC – Tens algumas personagens com nomes especiais, podes adiantar-nos um pouco da história e do motivo pelo qual optaste por lhes dar essas identidades?AS - Se há um lado bom, também há um menos bom ou até mesmo perverso.O Negro ou Senhor das Trevas é chamado também neste livro Estranho Ser. Foi uma forma de brincar com as letras e dar-lhe um outro nome entre os Comuns. Como o nome indica, ele personaliza os sentimentos negativos, a ganância, a inveja, a maldade mesmo. Ele é belo, porque a maldade muitas vezes é enganadora e, como tal é mais uma arma de que se serve. Ele, primeiro que tudo odeia o verde, a amizade e a bondade, que tenta a todo o custo destruir.É quando os nossos heróis entram em cena!Ao lado do Senhor das Trevas, vamos encontrar a sua irmã gémea, a Rubra, igualmente bela e sedutora. Ela é a Senhora dos Corvos, é os olhos e ouvidos do Negro e, as suas crias, os corvos, são os seus espiões. Toma a forma de corvo se assim o entende e, a sua mente depois de tanto mal infligido tende em vacilar por vezes.
MBC – Como surgiu o teu segundo livro” Crónicas de André e Vicente - A Cidade das Brumas”? A ideia de continuares esta aventura já lá estava?
AS - Sim, o final do primeiro livro deixa perceber que a história vai prosseguir. Não podia ficar só por ali, há muito mais a desvendar. Há toda a história passada do André e do Vicente para saber, muita da qual os próprios desconhecem. Mas não é por esse motivo que eles são chamados à Cidade do Norte, mas sim por um chamamento por parte das Escolhidas, nome conferido entre os druidas da Cidade do Norte ás mães dos dois jovens amigos.Também neste livro tive um cuidado especial relativamente aos nomes dos druidas do Círculo dos Sete. Os nomes foram escolhidos com base em árvores, para o que fiz uma pesquisa para encontrar as árvores que se adequavam aos homens que tinha em mente. Assim, o Ácer, que é um druida das Terras do Gelo, como a sua homónima, é alto, forte, usa os cabelos entrançados em tranças de guerra. O Salgueiro, é baixo e gordinho, com uma cabeleira loira em caracóis e uma enganadora cara de querubim que esconde o mais sagaz alquimista. O Ulmeiro, é o mentor do Círculo, com as suas barbas brancas, olhos brilhantes e humor extremamente ágil. E assim por diante. Foi uma pesquisa que me deu imenso prazer e da qual fiz por utilizar árvores do nosso país, ou que aqui existam.
MBC – Isso significa que ainda vamos ter mais crónicas para ler? Quantos livros ainda pensas escrever sobre eles?AS - Vamos sim. Vamos ter pelo menos mais um livro das Crónicas que tenho presentemente em mãos. MBC – Tens dois filhos adultos, terás por acaso colocado algumas das suas características nos teus personagens?AS - Acho que inconscientemente o acabei por fazer, pois as alturas dos meus aventureiros correspondem às alturas, mais ou menos, dos meus filhos. As coisas que a nossa mente faz!
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?AS - Os meus livros podem ser adquiridos em: https://beedynamicbooks.pt/collection...chiadobooks.com aqui também em e-book, Bertrand.pt,Fnac.pt e Wook.pt. Claro que é sempre possível contactar-me para a minha página de autora do Facebook e, fazer a compra diretamente.
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?AS - É claro que sim, e comecemos com a minha página de autora, então:https://www.facebook.com/AnitadosSantos.sitiodosfae/A minha página do Twitter:https://twitter.com/AnitadosSantos_A minha página de Instagram:https://www.instagram.com/anitados.sa...MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? AS- Bem, agora já em janeiro, no dia 19, irá sair uma nova coletânea da Chiado Books, Coletânea de Micronarrativas Ficcionais, na qual tomei parte com uma micro-história.Depois, espero durante este ano de 2019, terminar por fim o terceiro (quem sabe o último!) volume das Crónicas de André e Vicente.Tenho um outro projeto em mente, mas por enquanto ainda está muito em embrião. Mais para a frente e se o conseguir concretizar, falaremos nele.Para terminar, e porque acho que não lhes fiz a devida referência, gostava de deixar uma nota sobre o Traquinas e o Cotovia. Penso que lhes é devida.O Traquinas, é o companheiro do André e, é um gnomo facho de luz, de cabelos sempre espetados cor de fogo, sardento, com expressão sempre travessa, embora quando as circunstâncias o exigem saiba aparentar inocência enganadora, para o que contribuem as suas orelhas pontiagudas. Tem a faculdade de comunicar com os pequenos animais como raposas, esquilos e outros que tais.O Cotovia, por seu lado afeiçoou-se ao Vicente. É um feérico emplumado que tem a capacidade de comunicar com os alados. Tem o corpo coberto de penas e, é um parceiro incansável para toda a sorte de travessuras que o seu amigo Traquinas possa inventar, ou então forjar ele mesmo.Para finalizar, quero agradecer-te a oportunidade que me deste de poder falar um pouco sobre a “minha” Gente Pequenina.
O meu especial agradecimento à Anita para quem as “As palavras que lia não seriam muito diferentes daquilo que escrevo, pelo menos na minha imaginação” porque só assim nos é permitido sonhar com os mundos fantásticos que cria e continuar a acreditar em Fadas.
Texto: MBarreto Condado
Fotos: disponibilizadas pelo autor
in Jornal Nova Gazeta, 14 Janeiro 2019
Published on January 14, 2019 17:00
January 11, 2019
ENTREVISTA ao autor FERNANDO TEIXEIRA onde os locais visitados são retratados de forma magistral nos seus livros
"Em Ílhavo quem não rema já remou!”
“Por entre as Brumas de Newfoundland” e nas palavras do autor este é “…. Um romance que pretende ser uma homenagem a todos aqueles que viveram as duríssimas campanhas da pesca do bacalhau…”.
MBC – Quem é o Fernando Teixeira?FT -Nasci em Lisboa, em 1960. Licenciei-me em Engenharia Civil em 1984, pelo Instituto Superior Técnico, e tenho exercido a minha actividade profissional como projectista de estruturas.Sentindo-me tentado a abraçar novos desafios, comecei a escrever obras de ficção em 2014, tendo publicado o meu primeiro romance no ano seguinte.
MBC – Tens dois livros publicados “Não poderia ter sido de outra forma” e “Por entre as Brumas de Newfoundland” queres falar-nos um pouco deles e de como te surgiu a ideia para os escreveres?FT -A ideia surgiu da necessidade de procurar novos desafios, numa área que estimulasse a minha criatividade, após quase trinta anos dedicados exclusivamente ao cálculo e à pormenorização de estruturas. Tentei assim contrapor a uma actividade profissional na área das ciências e da técnica, muito ligada ao cumprimento de normas e legislação, o exercício livre da escrita onde pudesse imaginar enredos que cativassem e sensibilizassem os leitores, focando vários aspectos da condição humana.O primeiro livro, publicado em 2015 e intitulado Não Poderia Ter Sido De Outra Forma, é um romance que procura ser uma homenagem ao Oeste canadiano, divulgando a beleza natural da região das Montanhas Rochosas, e um tributo ao valor das grandes amizades. Paul, Tracy e o filho Kevin vivem em Palo Alto, na Califórnia, Estados Unidos. Decepcionado com um casamento que entrou num marasmo de silêncios e omissões, afectando até o relacionamento com o seu próprio filho, mas com vontade de contrariar a situação, Paul decide levar a família a passar uns dias de férias na região oeste do Canadá, por ocasião do décimo quinto aniversário de casamento. Ele deseja que esse tempo traga um novo fôlego à sua vida familiar. Planeada está uma viagem de comboio a bordo do fantástico Rocky Mountaineer, entre Vancouver e Calgary, com passagem por Banff e pelo magnífico Lake Louise. As emoções vividas nessas férias trazem consequências que vão interferir com a vida daquela família, constituindo o prólogo de uma sucessão de acontecimentos que fazem o protagonista da história travar, posteriormente, uma forte e improvável amizade com um casal que vive em Calgary. Então, na sequência de uma notícia inesperada, Paul vê não só a sua vida ser impulsionada por um novo objectivo, como terá também a hipótese de transformar profundamente a vida do seu novo amigo.
O segundo livro, publicado em 2018 e intitulado Por Entre As Brumas De Newfoundland, é um romance que pretende ser uma homenagem à vida duríssima dos solitários pescadores de bacalhau à linha em dóris e um tributo à Frota Branca portuguesa. Vasco, um português de 53 anos, é neto de um antigo pescador de bacalhau nos dóris. O avô António participou em várias campanhas de pesca nos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia, a bordo do lugre Creoula. O livro descreve as duras rotinas diárias daqueles valentes pescadores que trabalharam mais do que os demais, com um esforço e com uma tenacidade maiores do que todos os outros, enfrentando riscos desmedidos nos mares do Atlântico Norte; em todos eles, o selo da bravura, de uma resistência sobre-humana e persistência inesgotável, colado à pele com dor, suor e sal. Uma hora mais, uma milha mais, um peixe mais… Numa visita à casa dos avós, Vasco descobre uma carta escrita por um companheiro de pesca do avô, mais de quarenta anos antes, que António nunca chegou a ler por ter falecido pouco tempo antes de a receber, dando esta a entender que ambos se haviam visto perdidos no nevoeiro em uma ocasião. O teor da carta, acompanhada da fotografia de uma bebé recém-nascida, levanta questões a que Vasco quer dar resposta, numa tentativa de colmatar um elo quebrado da história, fazendo-o decidir viajar até St. John’s, Newfoundland.
MBC – Porquê o Canadá e os Estados Unidos da América como base dos teus romances?FT -A escolha para que a acção dos meus primeiros dois romances decorra essencialmente no Canadá resulta da enorme admiração que eu tenho por esse país, desde que o visitei em 2001. É igualmente uma forma de materializar esse fascínio e de o procurar levar até aos leitores, transmitindo-lhes o prazeroso espírito de viagem e de descoberta. Já a acção do terceiro romance, em fase de escrita, decorre na Bretanha, França.
MBC – Sendo estes livros passados do outro lado do Atlântico já tens edição em Inglês ou pensas fazê-la?FT -Não tenho edição em Inglês de nenhum dos livros, embora gostasse imenso de ter, uma vez que isso abriria as minhas obras a um mercado muito mais vasto. Esse era até um objectivo inicial, daí que a narrativa do primeiro livro se tenha centrado exclusivamente num cenário norte-americano. Infelizmente, não me é possível, por enquanto, financiar os custos de uma tradução literária.
MBC – O teu livro “Por entre as Brumas de Newfoundland” está exposto no Museu do mar em ílhavo?FT -Sim, o livro Por Entre As Brumas De Newfoundland está à venda na Livraria do Museu Marítimo de Ílhavo, museu onde já fiz uma apresentação desse romance, no dia 17 de Novembro de 2018, no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar.
MBC – Em que género te enquadras enquanto escritor?FT -Posso dizer que o género em que me enquadro e do qual mais gosto é o Romance de Ficção. Porque a Literatura deve ser mais do que mero entretenimento, nos meus livros a acção da narrativa decorre sempre num espaço geográfico real, em terras e lugares reais, com avenidas, ruas e edifícios reais. A isso, acresce ainda a referência a acontecimentos históricos verdadeiros, ocorridos nos locais onde decorre a acção, enriquecendo a narrativa e contribuindo para o conhecimento geral dos leitores. Gosto de escrever a narrativa em forma de “flashbacks” que levem o leitor a pensar e a descobrir como as diferentes peças do “puzzle” vão evoluindo e encaixando no enredo final.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?FT -Os livros físicos podem ser adquiridos na Amazon, na Bee Dynamic Books Loja Online, ou pedindo directamente ao autor através do website:https://fernandojteixeira.wixsite.com/website-2O livro Por Entre As Brumas De Newfoundland pode ainda ser adquirido na Livraria do Museu Marítimo de Ílhavo, como mencionado anteriormente.A versão digital dos romances (e-Books) pode ser adquirida através da LeYa Online, Apple iBookStore, Barnes & Noble, Kobo, Google, Amazon, Onthedot, Numilog, Wook, Samsung, ContentReserve, Imaginarium e Xeriph
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?FT -Página de autor, no Facebook: https://www.facebook.com/Fernando-Tei...
MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? FT -Penso publicar o meu terceiro romance durante o ano de 2019, com o título Traços de Pont-Aven.
MBC – Tens algo que gostarias de dizer aos teus leitores bem como àqueles que te
ficaram a conhecer um pouco melhor depois desta entrevista?
FT -Nada é mais gratificante para um autor do que saber que as suas palavras são lidas por outros. Por isso, expresso o meu reconhecimento a todos aqueles que já leram os meus livros, muitos deles agraciando-me depois com palavras gentis e generosas. Todo o “feedback” é importante: as críticas positivas enchem-me a alma; as críticas negativas fazem-me crescer como escritor. Nunca deixem de expressar a vossa opinião!Desejo que quem ainda não segue o meu trabalho sinta vontade de ler os meus livros e espero que, quando o fizer, sinta o mesmo entusiasmo e emoção, ao lê-los, que eu senti durante o processo da sua escrita. Bem-hajam!
O meu especial agradecimento ao autor por nos relembrar da dureza das viagens, dos homens de coragem que partiam, das mulheres que os aguardavam mas acima de tudo das inúmeras famílias destroçadas perante a incerteza de um regresso.
Obrigada por nos recordares que somos um povo temerário e orgulhoso.
Texto: MBarreto CondadoFotos: disponibilizadas pelo autor
in Jornal Diário do Distrito, 11 Janeiro 2019
“Por entre as Brumas de Newfoundland” e nas palavras do autor este é “…. Um romance que pretende ser uma homenagem a todos aqueles que viveram as duríssimas campanhas da pesca do bacalhau…”.
MBC – Quem é o Fernando Teixeira?FT -Nasci em Lisboa, em 1960. Licenciei-me em Engenharia Civil em 1984, pelo Instituto Superior Técnico, e tenho exercido a minha actividade profissional como projectista de estruturas.Sentindo-me tentado a abraçar novos desafios, comecei a escrever obras de ficção em 2014, tendo publicado o meu primeiro romance no ano seguinte.
MBC – Tens dois livros publicados “Não poderia ter sido de outra forma” e “Por entre as Brumas de Newfoundland” queres falar-nos um pouco deles e de como te surgiu a ideia para os escreveres?FT -A ideia surgiu da necessidade de procurar novos desafios, numa área que estimulasse a minha criatividade, após quase trinta anos dedicados exclusivamente ao cálculo e à pormenorização de estruturas. Tentei assim contrapor a uma actividade profissional na área das ciências e da técnica, muito ligada ao cumprimento de normas e legislação, o exercício livre da escrita onde pudesse imaginar enredos que cativassem e sensibilizassem os leitores, focando vários aspectos da condição humana.O primeiro livro, publicado em 2015 e intitulado Não Poderia Ter Sido De Outra Forma, é um romance que procura ser uma homenagem ao Oeste canadiano, divulgando a beleza natural da região das Montanhas Rochosas, e um tributo ao valor das grandes amizades. Paul, Tracy e o filho Kevin vivem em Palo Alto, na Califórnia, Estados Unidos. Decepcionado com um casamento que entrou num marasmo de silêncios e omissões, afectando até o relacionamento com o seu próprio filho, mas com vontade de contrariar a situação, Paul decide levar a família a passar uns dias de férias na região oeste do Canadá, por ocasião do décimo quinto aniversário de casamento. Ele deseja que esse tempo traga um novo fôlego à sua vida familiar. Planeada está uma viagem de comboio a bordo do fantástico Rocky Mountaineer, entre Vancouver e Calgary, com passagem por Banff e pelo magnífico Lake Louise. As emoções vividas nessas férias trazem consequências que vão interferir com a vida daquela família, constituindo o prólogo de uma sucessão de acontecimentos que fazem o protagonista da história travar, posteriormente, uma forte e improvável amizade com um casal que vive em Calgary. Então, na sequência de uma notícia inesperada, Paul vê não só a sua vida ser impulsionada por um novo objectivo, como terá também a hipótese de transformar profundamente a vida do seu novo amigo.
O segundo livro, publicado em 2018 e intitulado Por Entre As Brumas De Newfoundland, é um romance que pretende ser uma homenagem à vida duríssima dos solitários pescadores de bacalhau à linha em dóris e um tributo à Frota Branca portuguesa. Vasco, um português de 53 anos, é neto de um antigo pescador de bacalhau nos dóris. O avô António participou em várias campanhas de pesca nos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia, a bordo do lugre Creoula. O livro descreve as duras rotinas diárias daqueles valentes pescadores que trabalharam mais do que os demais, com um esforço e com uma tenacidade maiores do que todos os outros, enfrentando riscos desmedidos nos mares do Atlântico Norte; em todos eles, o selo da bravura, de uma resistência sobre-humana e persistência inesgotável, colado à pele com dor, suor e sal. Uma hora mais, uma milha mais, um peixe mais… Numa visita à casa dos avós, Vasco descobre uma carta escrita por um companheiro de pesca do avô, mais de quarenta anos antes, que António nunca chegou a ler por ter falecido pouco tempo antes de a receber, dando esta a entender que ambos se haviam visto perdidos no nevoeiro em uma ocasião. O teor da carta, acompanhada da fotografia de uma bebé recém-nascida, levanta questões a que Vasco quer dar resposta, numa tentativa de colmatar um elo quebrado da história, fazendo-o decidir viajar até St. John’s, Newfoundland.
MBC – Porquê o Canadá e os Estados Unidos da América como base dos teus romances?FT -A escolha para que a acção dos meus primeiros dois romances decorra essencialmente no Canadá resulta da enorme admiração que eu tenho por esse país, desde que o visitei em 2001. É igualmente uma forma de materializar esse fascínio e de o procurar levar até aos leitores, transmitindo-lhes o prazeroso espírito de viagem e de descoberta. Já a acção do terceiro romance, em fase de escrita, decorre na Bretanha, França.
MBC – Sendo estes livros passados do outro lado do Atlântico já tens edição em Inglês ou pensas fazê-la?FT -Não tenho edição em Inglês de nenhum dos livros, embora gostasse imenso de ter, uma vez que isso abriria as minhas obras a um mercado muito mais vasto. Esse era até um objectivo inicial, daí que a narrativa do primeiro livro se tenha centrado exclusivamente num cenário norte-americano. Infelizmente, não me é possível, por enquanto, financiar os custos de uma tradução literária.
MBC – O teu livro “Por entre as Brumas de Newfoundland” está exposto no Museu do mar em ílhavo?FT -Sim, o livro Por Entre As Brumas De Newfoundland está à venda na Livraria do Museu Marítimo de Ílhavo, museu onde já fiz uma apresentação desse romance, no dia 17 de Novembro de 2018, no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar.
MBC – Em que género te enquadras enquanto escritor?FT -Posso dizer que o género em que me enquadro e do qual mais gosto é o Romance de Ficção. Porque a Literatura deve ser mais do que mero entretenimento, nos meus livros a acção da narrativa decorre sempre num espaço geográfico real, em terras e lugares reais, com avenidas, ruas e edifícios reais. A isso, acresce ainda a referência a acontecimentos históricos verdadeiros, ocorridos nos locais onde decorre a acção, enriquecendo a narrativa e contribuindo para o conhecimento geral dos leitores. Gosto de escrever a narrativa em forma de “flashbacks” que levem o leitor a pensar e a descobrir como as diferentes peças do “puzzle” vão evoluindo e encaixando no enredo final.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?FT -Os livros físicos podem ser adquiridos na Amazon, na Bee Dynamic Books Loja Online, ou pedindo directamente ao autor através do website:https://fernandojteixeira.wixsite.com/website-2O livro Por Entre As Brumas De Newfoundland pode ainda ser adquirido na Livraria do Museu Marítimo de Ílhavo, como mencionado anteriormente.A versão digital dos romances (e-Books) pode ser adquirida através da LeYa Online, Apple iBookStore, Barnes & Noble, Kobo, Google, Amazon, Onthedot, Numilog, Wook, Samsung, ContentReserve, Imaginarium e Xeriph
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?FT -Página de autor, no Facebook: https://www.facebook.com/Fernando-Tei...MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? FT -Penso publicar o meu terceiro romance durante o ano de 2019, com o título Traços de Pont-Aven.
MBC – Tens algo que gostarias de dizer aos teus leitores bem como àqueles que te
ficaram a conhecer um pouco melhor depois desta entrevista?FT -Nada é mais gratificante para um autor do que saber que as suas palavras são lidas por outros. Por isso, expresso o meu reconhecimento a todos aqueles que já leram os meus livros, muitos deles agraciando-me depois com palavras gentis e generosas. Todo o “feedback” é importante: as críticas positivas enchem-me a alma; as críticas negativas fazem-me crescer como escritor. Nunca deixem de expressar a vossa opinião!Desejo que quem ainda não segue o meu trabalho sinta vontade de ler os meus livros e espero que, quando o fizer, sinta o mesmo entusiasmo e emoção, ao lê-los, que eu senti durante o processo da sua escrita. Bem-hajam!
O meu especial agradecimento ao autor por nos relembrar da dureza das viagens, dos homens de coragem que partiam, das mulheres que os aguardavam mas acima de tudo das inúmeras famílias destroçadas perante a incerteza de um regresso.
Obrigada por nos recordares que somos um povo temerário e orgulhoso.
Texto: MBarreto CondadoFotos: disponibilizadas pelo autor
in Jornal Diário do Distrito, 11 Janeiro 2019
Published on January 11, 2019 17:00
January 9, 2019
ENTREVISTA à autora CRISTINA DAS NEVES ALEIXO
"Escrever é como respirar: uma necessidade…
talvez sejam os genes"
Nasceu e cresceu no Barreiro. Já adulta toma-se de amores por Lisboa e aí reside até hoje. Profissionalmente desempenhou cargos tão diversos como os de escrituraria, recepcionista, tradutora, secretária, assistente de direcção; chefiou departamentos empresariais; brincou com a locução de rádio e aos modelos fotográficos e publicitários; foi empresária. Durante 30 anos fez do mundo empresarial privado a sua casa, enquanto, secretamente e desde a adolescência, se realizava verdadeiramente com a escrita.
Academicamente brilhava na área de eleição: letras. A formação em escrita criativa foi inevitável.O seu primeiro livro publicado, "Joaninha e o jardim encantado", em Maio de 2015 com a chancela da Capital Books, alerta os jovens, e também os adultos, para os valores da amizade, da diversidade e incute o gosto pela aprendizagem.
Em Julho do mesmo ano dá a sua contribuição em "Todos por um", uma antologia de contos comemorativa do aniversário da editora, com um policial ligeiro: "O caso das pedras preciosas". Um ano depois, em Junho de 2016 e num registo mais uma vez diferente, mantém os laços com a editora que a viu nascer e lança, na Feira do Livro de Lisboa, "Por amor, tudo(?)", com prefácio do Dr. Daniel Cotrim da APAV. Esta é uma estória centrada na violência doméstica, fruto de um trabalho de campo muito sério junto de vítimas reais e que lhe valeu um elogio público. Este é, também, um livro que a autora fez questão que fosse solidário e apresenta o selo da APAV - uma parte das receitas reverte para a instituição. Em Fevereiro de 2018 decide aceitar mais um convite e abraçar outro desafio: é autora da rubrica semanal "Uma mente inquieta" na "Nova Gazeta - Jornal online". Todos os domingos apresenta uma crónica de opinião sobre os mais variados temas, que podem ser actuais ou não.Diz que para si "escrever é como respirar: uma necessidade"; diz, a brincar, que "talvez sejam os genes" - é prima de António Aleixo.
MBC - O que te motivou a escrever e publicar? CNA - Comecei a escrevinhar historietas muito cedo, antes do início da adolescência, e as pessoas que as liam pareciam gostar, professoras incluídas. Mais tarde elogiavam-me a poesia e a forma como escrevia prosa. Por volta dos meus vinte anos comecei a ouvir que devia publicar e assim continuou até me decidir a fazê-lo, muito mais tarde, pois escrevia para mim, por pura paixão, posso quase dizer necessidade – quase não me lembro de não escrever – e só pensei publicar quando achei que tinha algo de útil a dizer aos outros. Gosto de contribuir para a mudança positiva de mentalidades, de ajudar os outros a terem outras perspectivas das coisas e não só escrever por escrever; isso qualquer um pode fazer; escrever com o propósito de mudar algo, de tocar profundamente alguém ou a sua vida, é muito mais difícil, mas também mais prazeroso e enriquecedor.
MBC – Não escreves somente dentro de um género, vais continuar nesta linha ou dedicar-te somente a um?CNA - Gosto de escrever em vários géneros, de criar aquilo que me apetece no momento. Gosto dessa liberdade e, além disso, quando escrevo vivo intensamente as
personagens, cada uma das suas sensações e emoções, o que faz com que quando termino um trabalho sinta a necessidade de me afastar do que “vivi”. Mudar de género é, para mim, uma forma de me apaziguar, renovar e evitar a rotina, que detesto sob qualquer forma.
MBC – “Joaninha e o Jardim Encantado” o teu primeiro livro era literatura infantil, mas transmite uma forte mensagem. Queres contar-nos como te surgiu a ideia?CNA - Sim, é verdade. Pareceu-me que, sendo uma leitura infanto-juvenil, era importante que contivesse algo positivo e transformador que contribuísse para a formação dos nossos miúdos. Estórias de encantar já há muitas e no mundo actual, que é cada vez mais cruel, em que os valores da amizade genuína, da empatia e da entreajuda desinteressada se vão tornando raros, pensei que o que tinha escrito há alguns anos para o meu filho poderia ser útil para outros. Assim nasceu a Joaninha para o público, condimentada com o apontamento da igualdade na diferença, fruto da minha própria vivência com vários miúdos portadores de doenças raras, em que testemunhei, tantas vezes, a dor de não serem aceites pelos seus pares, sem razão absolutamente nenhuma de existir, e o isolamento e revolta a que isso leva.
MBC – Qual foi a reação do público?
CNA - Foi muito boa. As crianças gostaram e os pais também. Alguns disseram-me que era um livro infanto-juvenil que todos os adultos deviam ler e isso encheu-me de orgulho, confesso, por perceber que tinham entendido o meu objectivo e o apoiavam. Este é um livro que gostava de ver lido nas escolas ou nos ATL, por exemplo, pelos valores que apresenta e que, julgo, todos nos deveríamos nortear desde tenra idade.
MBC – Já no teu segundo livro “Por Amor, Tudo (?)” tocas num assunto infelizmente muito real, a violência doméstica. Podes explicar aos nossos leitores porque te lembraste de abordar este tema, quais foram as tuas fontes e quanto tempo demorou a escrever.CNA - Eu estava a compor outro trabalho que tinha alguns apontamentos de violência psicológica e falei com os meus editores da altura sobre isso; eles ouviram-me e perguntaram-me porque é que eu não o fazia abordando a violência doméstica de forma crua; reflecti e achei que podia ser uma boa ideia, o tema era actual e, infelizmente, em crescendo e talvez dessa forma pudesse ajudar a consciencializar quem vive esse drama a não deixar arrastar situações que podem ter desfechos muito graves. Para o fazer de forma séria, pois para mim um verdadeiro escritor tem que “sentir” aquilo que escreve, decidi contactar vítimas reais deste flagelo e foi a partir delas que a Isabel, a personagem principal, tomou forma. Após estes contactos a escrita fluiu e o processo foi rápido: quatro a cinco meses bastaram para o livro estar pronto, até porque, por insistência da editora, é uma estória pequena.
MBC – Neste livro tinhas uma parceria com um grupo de apoio a estas vítimas, explica-nos como foi feita e qual foi a divulgação deste teu trabalho.CNA - Contactei a APAV e expliquei-lhes as minhas pretensões. Inicialmente houve algum receio por parte deles, claro, não me conheciam de lado nenhum, mas depois de
algumas conversas creio que viram a seriedade das minhas intenções e permitiram-me o contacto com vítimas numa casa abrigo. Estar-lhes-ei eternamente grata, quer à instituição, quer a todas as mulheres com quem conversei, pois foi tão doloroso quanto gratificante. Custou-me muito fazê-las falar sobre o seu inferno, perceber as suas feridas, os silêncios… ao mesmo tempo que me ensinavam tanto sobre a natureza humana, quer da vítima, quer do agressor, e no fim sorriam já confiantes e aliviadas – gosto de pensar assim – por terem exorcizado alguns demónios com aquela partilha.
A divulgação, infelizmente, não foi a esperada, nem a que o tema merecia. A meu ver, a editora não fez um bom trabalho nesse sentido e, sendo eu uma autora praticamente desconhecida do público, este livro não chegou onde eu gostaria que chegasse: ao maior número de pessoas, pois considero que não é demais falar sobre algo que está a destruturar as famílias, a criar novos agressores pelo exemplo e a matar seres humanos gratuitamente, com os números a aumentarem ano após ano.
MBC – Pretendes escrever algo diferente num futuro próximo?CNA - Claro que sim. Para o público já escrevi um conto infantil, uma estória centrada na violência doméstica e um conto policial e agora talvez surja uma grande estória de amor… nunca se sabe.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?CNA - Actualmente, através de mensagem na minha página de autora no Facebook.
Qualquer alteração também é por lá que será comunicada.
MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?
CNA - Claro, aliás, é a forma mais segura de terem todas as actualizações. Facebook: www.facebook.com/CristinaDasNevesAleixo Site: https://cristinanevesaleix.wixsite.com/mysite Instagram: cristinanaleixo Goodreads: Cristina Das Neves Aleixo
MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? CNA - Anda qualquer coisa na forja…
O meu especial agradecimento à autora pela sua disponibilidade mas principalmente por ter a coragem de ser mais uma voz a expor assuntos que infelizmente nos dizem tanto mas para os quais continuamos a fechar os olhos. E que essa necessidade que afirma sentir nos seus genes continuem a mover-lhe a caneta com a mesma força com que respira e que nos volte a surpreender.
Texto: MBarreto Condado
Fotos: disponibilizadas pela autora
in Jornal Nova Gazeta, 09 Janeiro 2019
talvez sejam os genes"
Nasceu e cresceu no Barreiro. Já adulta toma-se de amores por Lisboa e aí reside até hoje. Profissionalmente desempenhou cargos tão diversos como os de escrituraria, recepcionista, tradutora, secretária, assistente de direcção; chefiou departamentos empresariais; brincou com a locução de rádio e aos modelos fotográficos e publicitários; foi empresária. Durante 30 anos fez do mundo empresarial privado a sua casa, enquanto, secretamente e desde a adolescência, se realizava verdadeiramente com a escrita. Academicamente brilhava na área de eleição: letras. A formação em escrita criativa foi inevitável.O seu primeiro livro publicado, "Joaninha e o jardim encantado", em Maio de 2015 com a chancela da Capital Books, alerta os jovens, e também os adultos, para os valores da amizade, da diversidade e incute o gosto pela aprendizagem.
Em Julho do mesmo ano dá a sua contribuição em "Todos por um", uma antologia de contos comemorativa do aniversário da editora, com um policial ligeiro: "O caso das pedras preciosas". Um ano depois, em Junho de 2016 e num registo mais uma vez diferente, mantém os laços com a editora que a viu nascer e lança, na Feira do Livro de Lisboa, "Por amor, tudo(?)", com prefácio do Dr. Daniel Cotrim da APAV. Esta é uma estória centrada na violência doméstica, fruto de um trabalho de campo muito sério junto de vítimas reais e que lhe valeu um elogio público. Este é, também, um livro que a autora fez questão que fosse solidário e apresenta o selo da APAV - uma parte das receitas reverte para a instituição. Em Fevereiro de 2018 decide aceitar mais um convite e abraçar outro desafio: é autora da rubrica semanal "Uma mente inquieta" na "Nova Gazeta - Jornal online". Todos os domingos apresenta uma crónica de opinião sobre os mais variados temas, que podem ser actuais ou não.Diz que para si "escrever é como respirar: uma necessidade"; diz, a brincar, que "talvez sejam os genes" - é prima de António Aleixo.
MBC - O que te motivou a escrever e publicar? CNA - Comecei a escrevinhar historietas muito cedo, antes do início da adolescência, e as pessoas que as liam pareciam gostar, professoras incluídas. Mais tarde elogiavam-me a poesia e a forma como escrevia prosa. Por volta dos meus vinte anos comecei a ouvir que devia publicar e assim continuou até me decidir a fazê-lo, muito mais tarde, pois escrevia para mim, por pura paixão, posso quase dizer necessidade – quase não me lembro de não escrever – e só pensei publicar quando achei que tinha algo de útil a dizer aos outros. Gosto de contribuir para a mudança positiva de mentalidades, de ajudar os outros a terem outras perspectivas das coisas e não só escrever por escrever; isso qualquer um pode fazer; escrever com o propósito de mudar algo, de tocar profundamente alguém ou a sua vida, é muito mais difícil, mas também mais prazeroso e enriquecedor.MBC – Não escreves somente dentro de um género, vais continuar nesta linha ou dedicar-te somente a um?CNA - Gosto de escrever em vários géneros, de criar aquilo que me apetece no momento. Gosto dessa liberdade e, além disso, quando escrevo vivo intensamente as
personagens, cada uma das suas sensações e emoções, o que faz com que quando termino um trabalho sinta a necessidade de me afastar do que “vivi”. Mudar de género é, para mim, uma forma de me apaziguar, renovar e evitar a rotina, que detesto sob qualquer forma.
MBC – “Joaninha e o Jardim Encantado” o teu primeiro livro era literatura infantil, mas transmite uma forte mensagem. Queres contar-nos como te surgiu a ideia?CNA - Sim, é verdade. Pareceu-me que, sendo uma leitura infanto-juvenil, era importante que contivesse algo positivo e transformador que contribuísse para a formação dos nossos miúdos. Estórias de encantar já há muitas e no mundo actual, que é cada vez mais cruel, em que os valores da amizade genuína, da empatia e da entreajuda desinteressada se vão tornando raros, pensei que o que tinha escrito há alguns anos para o meu filho poderia ser útil para outros. Assim nasceu a Joaninha para o público, condimentada com o apontamento da igualdade na diferença, fruto da minha própria vivência com vários miúdos portadores de doenças raras, em que testemunhei, tantas vezes, a dor de não serem aceites pelos seus pares, sem razão absolutamente nenhuma de existir, e o isolamento e revolta a que isso leva.
MBC – Qual foi a reação do público?
CNA - Foi muito boa. As crianças gostaram e os pais também. Alguns disseram-me que era um livro infanto-juvenil que todos os adultos deviam ler e isso encheu-me de orgulho, confesso, por perceber que tinham entendido o meu objectivo e o apoiavam. Este é um livro que gostava de ver lido nas escolas ou nos ATL, por exemplo, pelos valores que apresenta e que, julgo, todos nos deveríamos nortear desde tenra idade.
MBC – Já no teu segundo livro “Por Amor, Tudo (?)” tocas num assunto infelizmente muito real, a violência doméstica. Podes explicar aos nossos leitores porque te lembraste de abordar este tema, quais foram as tuas fontes e quanto tempo demorou a escrever.CNA - Eu estava a compor outro trabalho que tinha alguns apontamentos de violência psicológica e falei com os meus editores da altura sobre isso; eles ouviram-me e perguntaram-me porque é que eu não o fazia abordando a violência doméstica de forma crua; reflecti e achei que podia ser uma boa ideia, o tema era actual e, infelizmente, em crescendo e talvez dessa forma pudesse ajudar a consciencializar quem vive esse drama a não deixar arrastar situações que podem ter desfechos muito graves. Para o fazer de forma séria, pois para mim um verdadeiro escritor tem que “sentir” aquilo que escreve, decidi contactar vítimas reais deste flagelo e foi a partir delas que a Isabel, a personagem principal, tomou forma. Após estes contactos a escrita fluiu e o processo foi rápido: quatro a cinco meses bastaram para o livro estar pronto, até porque, por insistência da editora, é uma estória pequena.MBC – Neste livro tinhas uma parceria com um grupo de apoio a estas vítimas, explica-nos como foi feita e qual foi a divulgação deste teu trabalho.CNA - Contactei a APAV e expliquei-lhes as minhas pretensões. Inicialmente houve algum receio por parte deles, claro, não me conheciam de lado nenhum, mas depois de
algumas conversas creio que viram a seriedade das minhas intenções e permitiram-me o contacto com vítimas numa casa abrigo. Estar-lhes-ei eternamente grata, quer à instituição, quer a todas as mulheres com quem conversei, pois foi tão doloroso quanto gratificante. Custou-me muito fazê-las falar sobre o seu inferno, perceber as suas feridas, os silêncios… ao mesmo tempo que me ensinavam tanto sobre a natureza humana, quer da vítima, quer do agressor, e no fim sorriam já confiantes e aliviadas – gosto de pensar assim – por terem exorcizado alguns demónios com aquela partilha.
A divulgação, infelizmente, não foi a esperada, nem a que o tema merecia. A meu ver, a editora não fez um bom trabalho nesse sentido e, sendo eu uma autora praticamente desconhecida do público, este livro não chegou onde eu gostaria que chegasse: ao maior número de pessoas, pois considero que não é demais falar sobre algo que está a destruturar as famílias, a criar novos agressores pelo exemplo e a matar seres humanos gratuitamente, com os números a aumentarem ano após ano.MBC – Pretendes escrever algo diferente num futuro próximo?CNA - Claro que sim. Para o público já escrevi um conto infantil, uma estória centrada na violência doméstica e um conto policial e agora talvez surja uma grande estória de amor… nunca se sabe.
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?CNA - Actualmente, através de mensagem na minha página de autora no Facebook.
Qualquer alteração também é por lá que será comunicada.MBC – Queres deixar-nos os teus contactos nas redes sociais para que os leitores possam seguir o teu trabalho?
CNA - Claro, aliás, é a forma mais segura de terem todas as actualizações. Facebook: www.facebook.com/CristinaDasNevesAleixo Site: https://cristinanevesaleix.wixsite.com/mysite Instagram: cristinanaleixo Goodreads: Cristina Das Neves Aleixo
MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para breve? CNA - Anda qualquer coisa na forja…
O meu especial agradecimento à autora pela sua disponibilidade mas principalmente por ter a coragem de ser mais uma voz a expor assuntos que infelizmente nos dizem tanto mas para os quais continuamos a fechar os olhos. E que essa necessidade que afirma sentir nos seus genes continuem a mover-lhe a caneta com a mesma força com que respira e que nos volte a surpreender.
Texto: MBarreto Condado
Fotos: disponibilizadas pela autora
in Jornal Nova Gazeta, 09 Janeiro 2019
Published on January 09, 2019 17:00
January 7, 2019
ENTREVISTA à autora que nos toca o coração através dos Gatos VANESSA LOURENÇO
Vanessa Lourenço nasceu em Lisboa, em 1982. A par da formação superior em Psicologia Clínica, os animais e as artes sempre estiveram presentes na sua vida, o que se reflectiu no seu percurso literário. É autora dos dois primeiros volumes publicados de uma trilogia de literatura fantástica (vertente inspiracional): A cria negra de Felis Mal'ak (2015) e A batalha de Sekmet (2016). Em 2017, traduziu e publicou a 1a edição inglesa de A cria negra de Felis Mal'ak (The black cub of Felis Mal'ak), contando já com leitores pelo mundo inteiro. Em 2018 publicou (em parceria com o projecto de tipografia artesanal Quadratim Letterpress), A vida aos olhos de um gato, um pequeno livro de edição limitada e construção manual, composto por pequenos aforismos inspiradores. Encontra-se presentemente a trabalhar na edição inglesa de A batalha de Sekmet, e no terceiro e último volume da trilogia.
MBC – Porquê duas páginas no Facebook Vanessa Lourenço – autora e Vanessa G. Lourenço?VL - A existência de duas páginas de autora deve-se ao facto de uma delas abraçar o meu projecto de escrita em português, e a outra em língua estrangeira, destinada aos meus leitores além-fronteiras.
MBC - O que te levou a escrever Literatura Fantástica? VL - Sou eu própria uma ávida leitora desse género literário, mas no que toca ao meu trabalho, costumo dizer que não fui eu que escolhi esse caminho, mas ele que me escolheu a mim. Quando fechas os olhos, respiras fundo e decides criar, não tens realmente como direcionar a inspiração: ela surge, e tu atravessas a porta que se abre. Qualquer outra decisão seria imprudente.
MBC – Continuarás sempre a escrever dentro deste género fantástico?VL - Tenho horror a estereótipos e a limitações, por isso deixo essa resposta em aberto. Hoje é assim, amanhã? Quem sabe? (risos)
MBC - Os Gatos para ti são uma paixão, pretendes continuar com o tema?VL - Sou acima de tudo uma amante de animais inveterada, que acabou por se cruzar no caminho da autodescoberta com esta espécie fascinante que é a espécie felina. Sem me estender muito no futuro, e pelo menos enquanto estiver a trabalhar nesta trilogia, serão os gatos os protagonistas do meu trabalho.
MBC – Ao mesmo tempo que escreves em português já tens dois livros traduzidos, “The Black Cub of Felis Mal’Ak” e “Words from Cats”, como sentes a adesão dos leitores em língua inglesa? Melhor ou pior que os leitores portugueses?VL - A literatura fantástica escrita em português não está ainda, infelizmente, muito dinamizada em Portugal. Damos ainda muita primazia, nesse âmbito, ao autor estrangeiro. Ainda assim, posso orgulhar-me de ter alcançado um número significativo de leitores portugueses dos meus livros, e o feedback tem sido nada menos do que extraordinário. Incrivelmente, e após arriscar na tradução dos meus livros, o mesmo se tem verificado com as minhas edições inglesas. Neste momento, ambos os livros contam já com leitores um pouco por todo o mundo, e multiplicam-se os pedidos para que seja publicada a edição inglesa do segundo volume da saga, A batalha de Sekmet. Para responder à tua pergunta, felizmente a aceitação é muito satisfatória quer a nível nacional, quer internacionalmente.
MBC – Os teus planos para um futuro recente incluem finalizares a saga de “Felis Mal’Ak” bilingue? E depois?VL - Sim, esse é o meu objectivo principal neste momento. O que não significa que não vá sendo intercalado, aqui e ali, por outros projectos independentes, como por exemplo “A vida aos olhos de um gato”, lançado no natal passado. E… quem sabe ainda surjam mais novidades num futuro próximo, nesse âmbito.MBC – O teu último livro “A vida aos olhos de um gato”
foi impresso de uma maneira diferente. Queres falar-nos de como te surgiu esta ideia e como foi feito o trabalho?VL - “A vida aos olhos de um gato” é um projecto que nasceu de um telefonema da minha querida amiga Vânia Nunes, co-fundadora do projecto artesanal de tipografia tradicional Quadratim Letterpress.
Ao telefone, apresentou-me a ideia de uma compilação de textos originais meus, organizados num livro criado manualmente por recurso a máquinas tipográficas centenárias. Uma edição limitada e numerada, um livrodiferente de todos os outros e de criação completamente artesanal. Perante a paixão da ideia dela, e visualizando o que só poderia ser um estrondoso resultado, não podia de forma nenhuma dizer que não. E assim nasceu este projecto, que conta já com muitos leitores por todo o país.
MBC - E a pergunta que todos queremos saber novidades para este ano?
VL - Bom… sim, haverão novidades! Estejam atentos! (risos)
MBC – Onde é que os leitores podem adquirir os teus livros?VL - Todos os meus livros (edições portuguesas e inglesas) podem ser adquiridos no site da Amazon, ou por intermédio da minha página de autora: https://www.facebook.com/asasdetintanopapel/
MBC – Tens algo que gostarias de dizer aos teus leitores bem como àqueles que te ficaram a conhecer um pouco melhor depois desta entrevista?VL - Quero antes de mais agradecer a todos aqueles que já seguem o meu trabalho e adquiriram os meus livros, pelo voto de confiança. E pelos feedbacks maravilhosos que me fazem chegar. Mas mais do que isso, agradecer a todos aqueles que seguem o meu trabalho por um motivo muito mais profundo: cada um de vocês mantém viva a luz de um gato preto que um dia entrou na minha vida e a mudou para sempre. E em cada livro comprado, em cada texto lido na minha página, o legado desse animal extraordinário se espalha um pouco mais. Pelo mundo inteiro. E isso, isso não tem preço. A não ser a minha incomensurável gratidão.
O meu especial agradecimento à autora Vanessa Lourenço pelo tamanho da sua alma, pela sua disponibilidade e acima de tudo por nos falar ao coração. Que o destino lhe entregue o tão merecido reconhecimento.
Texto: MBarreto CondadoFotos: disponibilizadas pela autora
in Jornal Nova Gazeta, 07 Janeiro 2019
Published on January 07, 2019 17:00
January 3, 2019
Literatura campanha de lançamento do 2º livro da saga Profecia do Sangue
A partir do próximo dia 05 de Janeiro, as primeiras dez pessoas a enviarem-me mensagem privada para mbarretocondado@gmail.com poderão adquirir os dois primeiros livros da saga Profecia do Sangue "Yggdrasil" e a "Fivela de Aker" por 30€ já com portes incluídos.
Sinopse:E se a vida como a conheces pudesse ser muito mais?Desde o início do tempo dos clãs, que os MacCumhaill se mantinham unidos. Família de poderosas mulheres e orgulhosos guerreiros. Tinha-lhes sido exigido um único sacrifício em troca da sua imortalidade, manter o equilíbrio entre os três mundos. E esse equilíbrio tinha sido quebrado. As portas estavam abertas facilitando a passagem de todos os seres sobrenaturais.Seria Maria, uma jovem estudante portuguesa acabada de chegar a Dublin a ajuda poderosa pela qual aguardavam há tanto tempo? Conseguiria ela aceitar tudo o que lhe era pedido? Acreditar neles e lutar ao seu lado? Dividida entre o seu dever e o amor que sente pelo herdeiro do clã irá descobrir que deve seguir o seu coração, mas esse também já não é seu. Tinha-o entregue àquele homem ainda antes de lho dizer.Este era o início de uma nova Era…da Profecia do Sangue.
Sinopse:Poderosos guerreiros irlandeses, que há muito tempo renunciaram ao amor, desafiam a sua própria existência para o reclamar. Num mundo de magia intemporal onde a imortalidade é tida como uma certeza, têm em Maria a ajuda de que necessitam para alcançar a sua tão almejada felicidade. A força dos MacCumhaill depende da sua união, do amor e confiança que sentem uns pelos outros. Será no meio da incerteza que o amor nasce. Os escolhidos dos quais fala a Profecia, começam a unir-se. Agora já não é possível voltar atrás. De todos os cantos chegam reforços, porque é o sangue que os une.Sente-se uma mudança no ar. Um ser antigo, que se libertou de Annwan com promessas de vingança, volta para concretizar o que começara muitos anos antes.
Madalena Barreto Condado, nasceu em Moçambique. Vive na companhia do filho, do marido, dos seus cães e gatos. Desde cedo que adora contar estórias transportando-nos àqueles locais fantásticos onde só a imaginação nos consegue levar e onde tudo pode acontecer. Adora ler, animais, viajar, gelado de café, o som da chuva, o cheiro do mar, a companhia da Lua, o escuro, mas acima de tudo escrever. Acredita que os seus livros são uma representação de quem é. Curiosa por natureza e temerária por opção, chegou para dar asas à imaginação.
Sinopse:E se a vida como a conheces pudesse ser muito mais?Desde o início do tempo dos clãs, que os MacCumhaill se mantinham unidos. Família de poderosas mulheres e orgulhosos guerreiros. Tinha-lhes sido exigido um único sacrifício em troca da sua imortalidade, manter o equilíbrio entre os três mundos. E esse equilíbrio tinha sido quebrado. As portas estavam abertas facilitando a passagem de todos os seres sobrenaturais.Seria Maria, uma jovem estudante portuguesa acabada de chegar a Dublin a ajuda poderosa pela qual aguardavam há tanto tempo? Conseguiria ela aceitar tudo o que lhe era pedido? Acreditar neles e lutar ao seu lado? Dividida entre o seu dever e o amor que sente pelo herdeiro do clã irá descobrir que deve seguir o seu coração, mas esse também já não é seu. Tinha-o entregue àquele homem ainda antes de lho dizer.Este era o início de uma nova Era…da Profecia do Sangue.
Sinopse:Poderosos guerreiros irlandeses, que há muito tempo renunciaram ao amor, desafiam a sua própria existência para o reclamar. Num mundo de magia intemporal onde a imortalidade é tida como uma certeza, têm em Maria a ajuda de que necessitam para alcançar a sua tão almejada felicidade. A força dos MacCumhaill depende da sua união, do amor e confiança que sentem uns pelos outros. Será no meio da incerteza que o amor nasce. Os escolhidos dos quais fala a Profecia, começam a unir-se. Agora já não é possível voltar atrás. De todos os cantos chegam reforços, porque é o sangue que os une.Sente-se uma mudança no ar. Um ser antigo, que se libertou de Annwan com promessas de vingança, volta para concretizar o que começara muitos anos antes.
Madalena Barreto Condado, nasceu em Moçambique. Vive na companhia do filho, do marido, dos seus cães e gatos. Desde cedo que adora contar estórias transportando-nos àqueles locais fantásticos onde só a imaginação nos consegue levar e onde tudo pode acontecer. Adora ler, animais, viajar, gelado de café, o som da chuva, o cheiro do mar, a companhia da Lua, o escuro, mas acima de tudo escrever. Acredita que os seus livros são uma representação de quem é. Curiosa por natureza e temerária por opção, chegou para dar asas à imaginação.
Published on January 03, 2019 08:29
December 17, 2018
"ENTRE MONSTROS E DRAGÕES" - LANÇAMENTO NO PASSADO DIA 15 DEZEMBRO
Tudo começa com uma folha em branco.
Mas a verdade é que a fantasia faz parte do nosso subconsciente e o motivo que nos leva a ler ou escrever fantasia pode ser um escape para nos alhearmos da realidade que nos rodeia ou simplesmente por gostarmos de nos sentir vivos como se fossemos mais uma personagem de uma aventura que nos faz vibrar a cada página e nos deixa um vazio quando acaba.
Se Luís de Camões n’ “Os Lusíadas” nos cantos IX e X na “Ilha dos Amores” utiliza a mitologia greco-romana para descrever a intervenção dos Deuses, Vénus, o Cúpido e as Nereidas ou Ninfas, só para citar alguns, porque não podemos nós ansiar ser beijadas por um vampiro, amadas por um lobisomem, transportadas no dorso de um Dragão para lá das estrelas, viver rodeados de Bruxas, Fadas, Elfos, almas antigas.
A verdade é que podemos!
Mas e se em vez de vivermos estas aventuras somente através dos livros de autores estrangeiros porque não dar uma hipótese aos nacionais? Em vez de darem primazia a nomes conceituados como J.K.Rowling ou Robin Hobb, experimentem ler R.C. Vicente, Vanessa Lourenço, Anita dos Santos, Ana Kandsmar, Helder Martins entre tantos outros, acredito que se surpreenderão.
“O Homem sonha, a Obra nasce.” Fernando Pessoa não chegou a conhecer o potencial de R.C. Vicente, mas felizmente Gonçalo Martins, CEO da Chiado Grupo Editorial soube e no passado sábado dia 15 de Dezembro de 2018, o I tomo de “Entre Monstros e Dragões” surgiu perante uma casa cheia no Clube Literário da Chiado Editora e uma plateia ávida de ver o resultado final, de ter o privilégio de adquirir um exemplar, ler os diversos contos, todos tão diferentes, mas principalmente admirarem a capa que R.C. Vicente conseguiu transformar numa obra de arte.R.C. Vicente com este livro conseguiu alcançar as estrelas montada no dorso de um dos seus Dragões munida de destreza, ousadia, coragem, tudo capacidades de quem tem um coração de fogo.
“Entre Monstros e Dragões” conta na sua maioria com contos de anónimos, mas potenciais autores de fantasia escrita em Português que continua a ser a mais bela língua do mundo.
Do número elevado de contos somente trinta e um foram aceites para este I tomo, dezoito deles de mulheres, o que nos faz acreditar que a fantasia em Portugal escrita em português é possível devido ao sacrifício pessoal e à luta diária das autoras portuguesas deste género que continuam a desbravar diariamente os mais difíceis obstáculos com que se deparam. Que sejam elas as pioneiras desta mudança.Mas “Entre Monstros e Dragões” é muito mais do que folhas soltas, nele encontramos títulos apelativos como: “Aprendiz de Bash’Aye”, “A Sétima Filha”, “Espelho ao Luar”, “Arde em MIM”, “Água na Madrugada”, “Olhos de Sangue de Dragão”, “Irmã”, “A Chave Ardente”, só para citar alguns.
Além dos merecidos agradecimentos à Chiado Editora por ter permitido que a obra acontecesse, e à R.C. Vicente simplesmente por ser grande e uma promissora autora de fantasia com a sua saga das “Crónicas de Amindrius, Bérnia e Efendes” do qual recomendo lerem “O Ressurgir dos Eternos Titãs”, julgo ser necessário agradecer a cada um dos anónimos que permitiram com a sua qualidade e imaginação que o sonho se tornasse realidade deixo-vos aqui o nome de todos com a esperança que comprem o livro e comprovem que tudo o que vos digo é a realidade da “fantasia” que vive em cada um de nós.
Espero sinceramente que num futuro próximo se lembrem destes nomes sem se esquecerem que tudo começou com uma folha em branco e os anónimos passaram a autores são eles: Afonso Azevedo, Alexandra Lopes, Alina Dobrovolska, Ana Cláudia Dâmaso, Ana Luísa Matos, António Costeira, Célia Maria, Daniel de Freitas Guido, Filipa Carujo, Francisco Ramalheira, Gabriela Simões, G.L. Durão, Helder Martins, Iria Alexandra Cardoso, João Matias, Jorge Guimarães, Maria Meireles, Mariza Martins, MBarreto Condado, Milene Simão, P.H. Daragh, Patrícia Ferreira, Pedro Beckett, R.R. Baltazar, Rafaela Costa, Rodrigo Manhita, Romulo Felippe, Sara Baptista, Tânia Dias, Tânia Gama, Tiago Monteiro.
MBarreto Condado
Published on December 17, 2018 08:03
December 15, 2018
Lançamento do Livro "ENTRE MONSTROS E DRAGÕES"
JÁ ESTA TARDE, ESPERO POR TODOS
A autora R.C. Vicente e a Chiado Grupo Editorial convidam para o lançamento do livro "Entre Monstros e Dragões", a convite da Chiado Grupo Editorial e da autora integrarei a mesa de lançamento da obra, espero ver-vos lá.
SÁBADO DIA 15 DEZEMBRO, 17:30H
Surgiu de uma ideia da autora R. C. R.C. Vicente com o apoio da Chiado Grupo Editorial, e já ai está um excelente presente de Natal o I volume de "Entre Monstros e Dragões" apareçam e ajudem a divulgar.
Aproveitem e leiam o meu conto "Cruz das Almas".
A autora R.C. Vicente e a Chiado Grupo Editorial convidam para o lançamento do livro "Entre Monstros e Dragões", a convite da Chiado Grupo Editorial e da autora integrarei a mesa de lançamento da obra, espero ver-vos lá.
SÁBADO DIA 15 DEZEMBRO, 17:30H
Surgiu de uma ideia da autora R. C. R.C. Vicente com o apoio da Chiado Grupo Editorial, e já ai está um excelente presente de Natal o I volume de "Entre Monstros e Dragões" apareçam e ajudem a divulgar.
Aproveitem e leiam o meu conto "Cruz das Almas".
Published on December 15, 2018 10:00
Lançamento do Livro "NATAL EM PALAVRAS"
HOJE ÀS 15:30h
Lançamento do Livro "Natal em Palavras" Da Chiado Books, onde podem ler o meu conto "Noite de Natal"
Lançamento do Livro "Natal em Palavras" Da Chiado Books, onde podem ler o meu conto "Noite de Natal"
Published on December 15, 2018 09:00
December 14, 2018
Lançamento do Livro "Natal em Palavras"
Lançamento do Livro "Natal em Palavras" da Chiado Books, onde podem ler o meu conto "Noite de Natal"
Published on December 14, 2018 13:00


