Une heure de ferveur Quotes

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Une heure de ferveur Une heure de ferveur by Muriel Barbery
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“Todo homem caminha em direção à hora de seu nascimento, morremos na solidão e renascemos na luz. Então, no intervalo entre esse fim e essa iluminação, realizamos a verdadeira viagem.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“— É a embriaguez de dar — disse Paul —, de dar sem nada esperar em troca, porque a pessoa captou o sentido verdadeiro do dom. Invejo em você essa vertigem.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“A verdade corria conforme as cintilações intermitentes das franjas do bosque onde ele via, um após outro, os anos, as solidões e as impotências. Logo ele seria um fardo para os seus e, ninado pela melopeia das folhagens, pensou: Nada acontece por acaso.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Entrei na era dos lutos e, de agora em diante, são meus mortos que dão a esses edifícios e esses túmulos seu perfume de fervor.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Você sempre sonhou com outros lugares sem jamais ir lá, você quis estrangeiras, você viu na arte outro lugar onde pode curar suas feridas secretas. A sua solidão o impele a fugir mas as suas feridas o mantêm no chão.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“E você — perguntou Keisuke a Haru —, de que modo representa a vida? — Como a travessia de um rio — ele respondeu —, um rio de água preta de tão profunda que é. Não consigo ver o fundo mas é preciso atravessar, mesmo assim. Keisuke olhou para ele com ternura. — Você faz bem — disse —, o orvalho está na outra margem.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Estamos trancados na desgraça de nossa terra, em sua tragédia permanente mas também em nossa língua moderna que não sabe mais expressar o que sentimos.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Temos com cada amigo uma relação diferente — disse Haru —, não me peça para explicar, a explicação é uma doença ocidental.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Sua mulher e ele tinham estudado japonês em Bruxelas e se beneficiavam de uma bolsa de final de curso em Kyödai, a mais prestigiosa universidade da cidade. Acrescentou que estavam no cerne de um sonho, ao que Harada-san refletiu que, sim, perfeitamente, era preciso sonhar — aliás, comentou, a própria vida talvez não seja mais do que um longo sonho.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Enquanto você estiver aqui, desejo viver pois as ausências me trituram mas a sua presença me preenche — ele disse. — Saiba que, se eu estivesse sozinho, apelaria para as potências da morte e lhes diria: Não as temo. Mas não estou sozinho e, se a vida oferece apenas uma hora de fervor, quero que a vivamos juntos.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“No entanto, houve dois momentos em sua vida em que Beth já não se pertenceu. No dia de seus vinte e dois anos, ela se vira pela primeira vez diante do jardim principal do Nanzen-ji. Chovia, ela pagara ao entrar no templo, se descalçara, pegara um longo corredor escuro e depois a cena lhe aparecera em plena luz. Os dez mil quilômetros percorridos, as intuições difusas, os desejos informuláveis, tudo tomava sentido na aparência de um jardim onde figuravam quatro árvores, rochedos, musgo, algumas camélias, uma ou duas azaleias e um mar de areia percorrido por vagas. À esquerda e em frente, muros riscados de branco tendo ao alto telhas cinzentas, à direita, a extensa galeria externa do templo, mais adiante, os telhados de outros templos, as árvores das montanhas, o céu acima das cristas.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur
“Depois de uma curta perambulação, chegam ao fim da alameda e se veem no alto de uma grande escadaria que fende o cemitério na direção de outros templos no vão da colina. Atrás deles há um pagode de madeira, embaixo está Kyöto, esparramada em sua bacia, mais além as montanhas do Oeste. O tempo se dissemina, uma poeira leve, despejada sobre os caminhos do mundo, transfigura as horas e, entre nascimento e morte, Jacques Melland passeia pelo trajeto da vida.”
Muriel Barbery, Une heure de ferveur