Amor de Perdição Quotes

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Amor de Perdição Amor de Perdição by Camilo Castelo Branco
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Amor de Perdição Quotes Showing 1-11 of 11
“Se viveres, um dia serás livre; a pedra do sepulcro é que nunca se levanta.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“Amou, perdeu-se e morreu amando.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
tags: amor
“Não deve custar a morte a quem tiver o coração tranquilo. O pior é a saudade, saudade daquelas esperanças que tu achavas no meu coração.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“A verdade é algumas vezes o escolho de um romance.
Na vida real recebemo-la como ela sai dos encontrados casos ou da lógica
implacável das coisas; mas, na novela, custa-nos a sofrer que o autor, se inventa, não invente melhor; e, se copia, não minta por amor da arte.
Um romance que estriba na verdade o seu merecimento é frio, é impertinente, é uma coisa que não sacode os nervos, nem tira a gente, sequer uma
temporada, enquanto ele nos lembra, deste jogo de nora, cujos alcatruzes somos, uns a subir, outros a descer, movidos pela manivela do egoísmo.
A verdade! Se ela é feia, para que oferecê-la em painéis ao público!?
A verdade do coração humano! Se o coração humano tem filamentos de
ferro que o prendem ao barro donde saiu, ou pesam nele e o submergem no charco da culpa primitiva, para que é emergi-lo, retratá-lo e pô-lo à venda!?
Os reparos são de quem tem o juízo no seu lugar; mas, pois que eu perdi o
meu a estudar a verdade, já agora a desforra que tenho é pintá-la como ela é, feia e repugnante.
A desgraça afervora ou quebranta o amor?
Isto é que eu submeto à decisão do leitor inteligente. Fatos e não teses é o
que eu trago para aqui. O pintor retrata uns olhos, e não explica as funções ópticas do aparelho visual.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“Ama-me assim desgraçada, porque me parece que os desgraçados são os que mais precisam de amor e de conforto.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“O coração é a víscera, ferida de paralisia, a primeira que falece sufocada pelas rebeliões da alma que se identifica à natureza, e a quer, e se devora na ânsia dela, e se estorce nas agonias da amputação, para as quais a saudade da ventura extinta é um cautério em brasa; e o amor, que leva ao abismo pelo caminho da sonhada felicidade, não é sequer um refrigério.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“Amou, perdeu-se, e morreu amando.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“Não esperava tanto o académico. O que ele pedia era falar-lhe da rua para a janela do seu quarto, e receava impossível este prazer, que ele avaliava o máximo. Apertar-lhe a mão, sentir-lhe o hálito, abraçá-la talvez, cometer a ousadia de um beijo, estas esperanças, tão além de suas modestas e honestas ambições, igualmente o enlevavam. Enlevo e susto em corações que se estreiam na comédia humana são sentimentos congeniais.
À hora da partida, Simão tremia, e a si mesmo pedia contas da timidez, sem saber que os encantos da vida, os mais angélicos momentos da alma, são esses lances de misterioso alvoroço que aos mais serôdios de coração sucedem em todas as sazões da vida, e a todos os homens, uma vez ao menos.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“- Agora vamos rezar, sim?... Tu não és inimiga dele, não? Olha, Constança, se eu casar com ele, tu vais para a nossa companhia. Verás como és feliz, Queres ir, não queres? - Sim, minha senhora, vou. Mas ele conseguirá livrar-se da morte?”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“Naquele tempo, enflorava-se a pústula; agora, a carne com vareja pendura-se na escápula e vende-se bem, porque muita gente não desgosta de se narcisar num espelho fiel.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição
“O pão do trabalho de cada dia e o teu seio para pousar uma hora a face, pura de manchas: não pedi mais nada ao Céu. Achei-me homem aos dezasseis anos. Vi a virtude à luz do teu amor. Cuidei que era santa a paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fogo sagrado. Nunca os meus pensamentos foram denegridos por um desejo, que eu não possa confessar alto diante de todo o mundo. Diz tu, Teresa, se meus lábios profanaram a pureza de teus ouvidos. Pergunta a Deus quando quis eu fazer do meu amor o teu opróbrio.”
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição