Galveias Quotes

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Galveias Galveias by José Luís Peixoto
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“Há muitas formas de estar morto.
Perder o cheiro, perder o nome, perder a própria vida, mesmo que ainda ocupando um corpo ou uma sombra. Perder o cheiro, perder o nome, perder a própria vida, mesmo que ainda suportando o tempo e o peso do olhar.”
José Luís Peixoto, Galveias
“O futuro está cheio de momentos impossíveis à espera de acontecerem.”
José Luís Peixoto, Galveias
“Todos temos um lugar onde a vida se acerta. Cada mundo tem um centro. O meu lugar não é melhor do que o teu, não é mais importante. Os nossos lugares não podem ser comparados porque são demasiado íntimos. Onde existem, só nós os podemos ver. Há muitas camadas de invisível sobre as formas que todos distinguem. Não vale a pena explicarmos o nosso lugar, ninguém vai entendê-lo. As palavras não aguentam o peso dessa verdade, terra fértil que vem do passado mais remoto, nascente que se estende até ao futuro sem morte.”
José Luís Peixoto, Galveias
“Repito o teu nome e assisto à delicadeza com que se dilui no silêncio.”
José Luís Peixoto, Galveias
“Os meus medos impregnados pelos teus modos.”
José Luís Peixoto, Galveias
“Las personas inventan lo que haga falta para poder criticar”
José Luís Peixoto, Galveias
“Como se despertassem de repente, logo lúcidas, logo esperta, estranharam a cegueira com que se habituaram àquela peste. Estranharam-se a si próprias: foi como se fizessem perguntas a quem tinham sido na véspera e lhes parecesse que falavam com alguém de outro entendimento.
E deixaram de aceitar. Pareceu-lhes incrível que tivessem chegado a esquecer o seu próprio cheiro. Pareceu-lhes incrível que tivessem chegado a esquecer o seu próprio cheiro. Pareceu-lhes incrível aquele tempo, dia apó dia, mês após mês, repetição insistente de uma mentira. Se continuassem a aceitar a mentira, acreditariam nela em breve e, quando acreditassem, nada faltaria para que eles próprios fossem essa mentira.
Há muitas formas de estar morto.
Perder o cheiro, perder o nome, perder a própria vida, mesmo que ainda ocupando um corpo ou uma sombra. Perder o cheiro, perder o nome, perder a própria vida, mesmo que ainda suportando o tempo e o peso do olhar.”
José Luís Peixoto, Galveias