Memoirs Quotes
Memoirs
by
Pablo Neruda4,761 ratings, 4.16 average rating, 458 reviews
Memoirs Quotes
Showing 1-20 of 20
“Cuando estamos lejos de la patria nunca la recordamos en sus inviernos. La distancia borra las penas del invierno, las poblaciones desamparadas, los niños descalzos en el frío. El arte del recuerdo sólo nos trae campiñas verdes, flores amarillas y rojas, el cielo azulado del himno nacional.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“I stalk certain words... I catch them in mid-flight, as they buzz past, I trap them, clean them, peel them, I set myself in front of the dish, they have a crystalline texture to me, vibrant, ivory, vegetable, oily, like fruit, like algae, like agates, like olives... I stir them, I shake them, I drink them, I gulp them down, I mash them, I garnish them... I leave them in my poem like stalactites, like slivers of polished wood, like coals, like pickings from a shipwreck, gifts from the waves... Everything exists in the word.”
― Memoirs
― Memoirs
“Quiero vivir en un mundo en el que los seres sean solamente humanos, sin darse en la cabeza con una regla, con una palabr, con una etiqueta... Quiero que la gran mayoría, la única mayoría, todos, puedan hablar, leer, escuchar, florecer. No entendí nunca la lucha sino para que ésta termine.”
― Confieso que he vivido. Memorias
― Confieso que he vivido. Memorias
“las personas más razonables les costaría mucho ser poetas, quizás a los poetas les cuesta mucho ser razonables.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“Começarei por dizer, sobre os dias e anos de minha infância, que meu único personagem inesquecível foi a chuva.”
― Memoirs
― Memoirs
“veo el mundo enteramente rosa y azul.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“He was my friend in everyday life and now I have lost his affection, which was part of my daily bread. No one will be able to give me what he has taken with him, because his active brotherly spirit was one of my life’s treasured luxuries.”
― The Complete Memoirs
― The Complete Memoirs
“«Sou omnívoro de sentimentos, de seres, de livros, de acontecimentos e de batalhas. Se pudesse, comeria toda a terra. E beberia todo o mar».”
― Memoirs
― Memoirs
“There is the idol, there are the believers, and there I am, and if I had fewer scruples, I could well have been a priest, a necromancer, an exploiter of fears, of the primitive idolatry that one way or another the backward and aggrieved of humankind inevitably seek out. Then the church is built, the mystery embellished with art and craft, then dogma arrives, and no one can raise a voice against it. It’s an easy business. For centuries, priests, in different rites and languages, have sold a slice of heaven with all the comforts included: running water, electric light, television above all, a satisfied conscience, etc. The curious thing is that this domain, where there lives a terrible being by the name of God, has never been seen by anyone. Yet they go on selling it, and the price per cubic meter of heavenly air or divine land keeps rising higher and higher.”
― The Complete Memoirs
― The Complete Memoirs
“Beside the Duke’s bed was a little print in a gold frame whose Gothic characters caught my eye. Caramba! I thought, it must be the Albas’ family tree. I was wrong. It was Rudyard Kipling’s “If—,” that uninspired, sanctimonious poetry, precursor of the Reader’s Digest, whose intellectual level, in my opinion, was no higher than that of the Duke of Alba’s shoes. May the British Empire forgive me!”
― The Complete Memoirs
― The Complete Memoirs
“...Todo lo que usted quiera, sí señor, pero son las palabras las que cantan, las que
suben y bajan...
Me prosterno ante ellas... Las amo, las adhiero, las persigo, las muerdo, las
derrito... Amo tanto las palabras... Las inesperadas... Las que glotonamente se
esperan, se acechan, hasta que de pronto caen... Vocablos amados... Brillan como
piedras de colores, saltan como platinados peces”
― Confesso Que Vivi
suben y bajan...
Me prosterno ante ellas... Las amo, las adhiero, las persigo, las muerdo, las
derrito... Amo tanto las palabras... Las inesperadas... Las que glotonamente se
esperan, se acechan, hasta que de pronto caen... Vocablos amados... Brillan como
piedras de colores, saltan como platinados peces”
― Confesso Que Vivi
“«Conversaciones con la vaca»
Em Buenos Aires conheci um escritor argentino muito excêntrico que se chamava, ou chama, Omar Vignole. Ignoro se ainda vive. Era um homem grandote, sempre de grossa bengala na mão. Certo dia, num restaurante do centro, no qual me convidara para comer, já perto da mesa dirigiu-se a mim, com ar deferente, dizendo-me com um vozeirão que ecoou por toda a sala, repleta de fregueses: « Senta-te, Ornar Vignole!» Sentei-me com certo mal-estar e perguntei-lhe acto contínuo: «Porque me chamas Omar Vignole, ciente de que és tu Ornar Vignole e eu Pablo Neruda?» «Sim», respondeu-me, «mas neste restaurante há muitos que só me conhecem de nome e, corno vários deles querem dar-me uma tareia, eu prefiro que a dêem a ti.»
Vignole fora agrónomo numa província argentina e trouxera de lá uma vaca com a qual mantinha amizade entranhada. Passeava por Buenos Aires inteira com a sua vaca presa a uma corda. Publicou então alguns livros, que tinham sempre títulos alusivos: Lo que piensa la vaca, Mi vaca y yo, etc., etc. Quando se reuniu pela primeira vez naquela cidade o congresso do Pen Club mundial, os escritores, presididos por Victoria Ocampo, tremiam ante a ideia de ver Vignole chegar ao congresso com a vaca. Explicaram às autoridades o perigo que os ameaçava e a polícia isolou as ruas em torno do Hotel Plaza a fim de evitar a entrada, no luxuoso recinto onde decorria o congresso, do meu excêntrico amigo com o ruminante. Tudo foi inútil. Quando a festa estava no auge e os escritores examinavam as relações entre o mundo clássico dos Gregos e o sentido moderno da história, o grande Vignole irrompeu na sala de conferências com a sua inseparável vaca, que para mais começou a mugir como se pretendesse tomar parte no debate. Trouxera-a até ao centro da cidade dentro de uma enorme furgoneta fechada que iludiu a vigilância policial.
Dele contarei ainda que uma vez desafiou um lutador de catch as can. O profissional aceitou o desafio, e chegou a noite do encontro, num Luna Park repleto. O meu amigo apareceu pontualmente com a vaca, amarrou-a a uma esquina do quadrilátero, despiu um roupão elegantíssimo e enfrentou o «Estrangulador de Calcutá». Porém, de nada serviam ali a vaca, nem o sumptuoso atavio do poeta-lutador. O «Estrangulador de Calcutá» atirou-se a Vignole e em três tempos deixou-o transformado num nó indefeso, colocando-lhe, para mais, em sinal de humilhação, um pé sobre a garganta de touro literário, no meio da tremenda assuada de um público feroz que exigia a continuação do combate.
Poucos meses depois, publicou um novo livro: Conversaciones con la vaca. Jamais poderei esquecer a originalíssima dedicatória, impressa na primeira página da obra. Dizia, se bem me lembro: «Dedico este livro filosófico aos quarenta mil filhos da puta que me assobiaram e pediram a minha morte no Luna Park na noite de 24 de Fevereiro.»”
― Confieso que he vivido
Em Buenos Aires conheci um escritor argentino muito excêntrico que se chamava, ou chama, Omar Vignole. Ignoro se ainda vive. Era um homem grandote, sempre de grossa bengala na mão. Certo dia, num restaurante do centro, no qual me convidara para comer, já perto da mesa dirigiu-se a mim, com ar deferente, dizendo-me com um vozeirão que ecoou por toda a sala, repleta de fregueses: « Senta-te, Ornar Vignole!» Sentei-me com certo mal-estar e perguntei-lhe acto contínuo: «Porque me chamas Omar Vignole, ciente de que és tu Ornar Vignole e eu Pablo Neruda?» «Sim», respondeu-me, «mas neste restaurante há muitos que só me conhecem de nome e, corno vários deles querem dar-me uma tareia, eu prefiro que a dêem a ti.»
Vignole fora agrónomo numa província argentina e trouxera de lá uma vaca com a qual mantinha amizade entranhada. Passeava por Buenos Aires inteira com a sua vaca presa a uma corda. Publicou então alguns livros, que tinham sempre títulos alusivos: Lo que piensa la vaca, Mi vaca y yo, etc., etc. Quando se reuniu pela primeira vez naquela cidade o congresso do Pen Club mundial, os escritores, presididos por Victoria Ocampo, tremiam ante a ideia de ver Vignole chegar ao congresso com a vaca. Explicaram às autoridades o perigo que os ameaçava e a polícia isolou as ruas em torno do Hotel Plaza a fim de evitar a entrada, no luxuoso recinto onde decorria o congresso, do meu excêntrico amigo com o ruminante. Tudo foi inútil. Quando a festa estava no auge e os escritores examinavam as relações entre o mundo clássico dos Gregos e o sentido moderno da história, o grande Vignole irrompeu na sala de conferências com a sua inseparável vaca, que para mais começou a mugir como se pretendesse tomar parte no debate. Trouxera-a até ao centro da cidade dentro de uma enorme furgoneta fechada que iludiu a vigilância policial.
Dele contarei ainda que uma vez desafiou um lutador de catch as can. O profissional aceitou o desafio, e chegou a noite do encontro, num Luna Park repleto. O meu amigo apareceu pontualmente com a vaca, amarrou-a a uma esquina do quadrilátero, despiu um roupão elegantíssimo e enfrentou o «Estrangulador de Calcutá». Porém, de nada serviam ali a vaca, nem o sumptuoso atavio do poeta-lutador. O «Estrangulador de Calcutá» atirou-se a Vignole e em três tempos deixou-o transformado num nó indefeso, colocando-lhe, para mais, em sinal de humilhação, um pé sobre a garganta de touro literário, no meio da tremenda assuada de um público feroz que exigia a continuação do combate.
Poucos meses depois, publicou um novo livro: Conversaciones con la vaca. Jamais poderei esquecer a originalíssima dedicatória, impressa na primeira página da obra. Dizia, se bem me lembro: «Dedico este livro filosófico aos quarenta mil filhos da puta que me assobiaram e pediram a minha morte no Luna Park na noite de 24 de Fevereiro.»”
― Confieso que he vivido
“La timidez es una condición extraña del alma, una categoría, una dimensión que se abre hacia la soledad.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“ribete”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“humus”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“—Por qué dice usted en la «Oda a Federico» que por él «pintan de azul los hospitales»? —Mire, compañero —le respondí—, hacerle preguntas de ese tipo a un poeta es como preguntarle la edad a las mujeres. La poesía no es una materia estática, sino una corriente fluida que muchas veces se escapa de las manos del propio creador. Su materia prima está hecha de elementos que son y al mismo tiempo no son, de cosas existentes e inexistentes. De todos modos, trataré de responderle con sinceridad. Para mí el color azul es el más bello de los colores. Tiene la implicación del espacio humano, como la bóveda celeste, hacia la libertad y la alegría. La presencia de Fe derico, su magia personal, imponían una atmósfera de júbilo a su alrededor. Mi verso probablemente quiere decir que incluso los hospitales, incluso la tristeza de los hospitales, podían transformarse bajo el hechizo de su influencia y verse convertidos de pronto en bellos edificios azules.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“la locura, cierta locura, anda muchas veces del brazo con la poesía. Así como a las personas más razonables les costaría mucho ser poetas, quizás a los poetas les cuesta mucho ser razonables.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“perdulario”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
“Contra los indios todas las armas se usaron con generosidad: el disparo de carabina, el incendio de sus chozas, y luego, en forma más paternal, se empleó la ley y el alcohol.”
― Confieso que he vivido
― Confieso que he vivido
