1808 Quotes
1808
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Laurentino Gomes6,671 ratings, 4.11 average rating, 376 reviews
1808 Quotes
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“Numa época em que a Revolução Industrial britânica começava a redefinir as relações económicas e o futuro das nações, os portugueses ainda estavam presos ao sistema extrativista e mercantilista sobre o qual tinham construído a sua efémera prosperidade três séculos antes. (...) "Era uma riqueza que não gerava riqueza", escreveu a historiadora Lilia Schwarcz. "Portugal contentava-se em sugar as suas colónias de maneira bastante parasitária.”
― 1808
― 1808
“A segunda explicação para a decadência era política e religiosa. De todas as nações da Europa, Portugal continuaria sendo, no começo do século XIX, a mais católica, a mais conservadora e a mais avessa às ideias libertárias que produziam revoluções e transformações em outros países. A força da Igreja era enorme. Cerca de 300 mil portugueses — ou 10% da população total do país — pertenciam a ordens religiosas ou permaneciam de alguma forma dependentes das instituições monásticas. Só em Lisboa, uma cidade relativamente pequena, com 200 mil habitantes, havia 180 monastérios. Praticamente todos os edifícios mais vistosos do país eram igrejas ou conventos.[51] Por três séculos, a Igreja havia mantido submissos o povo, seus nobres e reis. Por escrúpulos religiosos, a ciência e a medicina eram atrasadas ou pouco conhecidas. Dom José, herdeiro do trono e irmão mais velho do príncipe regente, dom João, havia morrido de varíola porque sua mãe, dona Maria I, tinha proibido os médicos de lhe aplicar vacina. O motivo? Religioso. A rainha achava que a decisão entre a vida e a morte estava nas mãos de Deus e que não cabia à ciência interferir nesse processo.”
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
“Carlota, as filhas princesas e outras damas da corte tinham desembarcado com as cabeças raspadas ou cabelos curtos, protegidas por turbantes, devido à infestação de piolhos que havia assolado os navios durante a viagem. Tobias Monteiro conta que, ao ver as princesas assim cobertas, as mulheres do Rio de Janeiro tiveram uma reação surpreendente. Acharam que aquela seria a última moda na Europa. Dentro de pouco tempo, quase todas elas passaram a cortar os cabelos e a usar turbantes para imitar as nobres portuguesas”
― 1808
― 1808
“A esquadra de dom João e da família real portuguesa entrou na baía de Guanabara no começo da tarde de 7 de março de 1808. Havia sol e o céu estava azul, sem uma única nuvem. Um vento forte soprava do oceano para aliviar o calor ainda sufocante do final do verão carioca.”
― 1808 – Edição juvenil ilustrada
― 1808 – Edição juvenil ilustrada
“No dia 16 de novembro, a esquadra inglesa apareceu na foz do rio Tejo, em território português, com uma força de 7 mil homens. Seu comandante, o almirante sir Sidney Smith, tinha duas ordens, aparentemente contraditórias. A primeira, e prioritária, era proteger o embarque da família real portuguesa e escoltá-la até o Brasil. A segunda, caso a primeira não acontecesse, era bombardear Lisboa.”
― 1808 – Edição juvenil ilustrada
― 1808 – Edição juvenil ilustrada
“Tuckey, porém, fazia uma ressalva: “As mulheres brasileiras têm, entre outros, o péssimo hábito de escarrar em público, não importando a hora, situação ou lugar. Tal hábito [...] forma um poderoso obstáculo ao império do charme feminino”.”
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
“O imperador era um general prático, frio e metódico.”
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
― 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
