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O 1° conto, "Ark" de Veronica Roth, é dececionante. A autora discorre sobre plantas, mais especificamente orquídeas e pouco mais. Para mim foi um conto aborrecido, desinteressante e maçador, a não ser que seja um fã de orquídeas.

"It was nice having a human smart enough to work with like this."

"My son, my son
Remember the chains
When gold ruled with iron reins
We roared and roared
And twisted and screamed
For ours, a vale
Of better dreams."

O 8° conto, "Ônfalo", constrói um mundo em que o criacionismo é cientificamente comprovado e Darwin nunca existiu, revelando-nos o comportamento e o pensamento de uma arqueóloga confrontada com uma história incrível!

O 7° conto, "O Grande Silêncio", constrói uma história em torno do paradoxo de Fermi quanto à existência de vida extraterrestre inteligente que nos é contada por um narrador insólito que habita nas redondezas do radiotelescópio de Arecibo em Puerto Rico.

O 6° conto, "A Verdade de Facto, a Verdade de Sentimento", delícia-nos com uma abordagem à prótese de memória que faria com que possuissemos memórias infalíveis e 100% rigorosas, debatendo as vantagens e os perigos que tal tecnologia acarretaria para a vida dos seres humanos. A analogia com a ruptura causada pela introdução da escrita em sociedades orais é a forma que Chiang encontrou para exprimir as inquietações.

O 5° conto, A Ama Automática de Dacey, dramatizar uma reflexão sobre o impacto da dependência que as máquinas podem criar em crianças a elas expostas desde tenra idade.

O 4° conto é uma especulação deliciosa e absorvente sobre a possibilidade de ir além da antropomorfização de entidades digitais, levando-a ao extremo da sintetização de autênticos seres vivos autónomos, proporcionando reflexões, sob a forma de diálogos entre os personagens, sobre os inúmeros aspetos envolvidos em tal empreendimento. "A experiência não é simplesmente o melhor mestre; é o único mestre". Imperdível!

No 4° conto, Ted Chiang eleva ainda mais a fasquia e brinda-nos com uma história incrível sobre os digientes - formas de vida artificial inteligentes e sencientes - e as respetivas fases da vida em mundos virtuais.

O 3° conto, mais uma vez escrito de uma forma absolutamente original, expande a noção do tempo negativo introduzida no 1º conto e aborda a ilusão do livre-arbítrio, lançando mais uma acha para a fogueira ateada por 1984 de George Orwell sobre a questão filosófica: teremos mesmo livre-arbítrio ou será apenas uma ilusão que alimentamos a bem da nossa sanidade mental?

O 2° conto, "Exalação", dá o nome a esta segunda compilação de contos de Ted Chiang e reflete de uma forma incrivelmente original sobre o autoconhecimento através do estudo do funcionamento do nosso próprio cérebro. É incrível pensar que podemos observar o nosso cérebro enquanto ele está a processar essa observação. É um conto fabuloso!

O 1° conto proporciona uma reflexão muito interessante sobre as viagens no tempo. Bem escrito, trata-se de uma história que vai sendo revelada pelo narrador.