Status Updates From Rumo ao Farol

“…as nossas aparências, essas coisas através das quais os outros nos reconhecem, são simplesmente infantis. Debaixo de tudo isso faz escuro, e tudo se estende, e tudo é insondavelmente profundo…”
(Página 56)

"E eis que isto, pensava Lily, pondo tinta verde no pincel, este inventar de cenas acerca das pessoas é o que se chama "conhecer" as pessoas, "pensar" nelas, "gostar" delas! Nem uma só palavra de tudo isso era verdade; mas, de alguma forma, era por isso mesmo que as conhecia. E continuava a romper caminho através do quadro, em direção ao passado."

Teria a Natureza acrescentado aquilo que o homem formulara? Teria ela completado aquilo que o homem começara? Com justa complacência, vira-lhe miséria, perdoara-lhe mesquinhez, consentira-lhe na tortura.

"Porque não precisava, agora, de pensar em ninguém. Poderia ser ela mesma, consigo mesma; ficar só. Toda a acção e toda a existência, expansivas, luminosas, vocais, se evaporavam; e a gente recolhia-se, com um sentimento de solenidade, a ser aquilo que era, um núcleo de sonho em forma de cunha, algo de invisível para os outros."