A ler é que a gente se entende discussion
Leituras Conjuntas - Discussão

Preparada para amanhã começarmos o The Lincoln Highway? Estou super entusiasmada!

Estar, estou... mas sei lá porquê, tenho andado lenta, demoro mais a ler as coisas, ainda bem que só está acontecer no fim do ano... mas queria que o livro do Towles fosse o meu 5º do mês e só será 3º e ainda não acabei o 2º... sim, não interessa mas sabes que tenho listas e gosto de cumprir o que determino.

E que te parece a estrutura de capítulos decrescentes...?

O que vale é que o meu namorado trabalha lá perto e vai fazer-me o favor de me ir buscar a mochila com o livro! Portanto, só vou conseguir começar hoje. Já deves estar, entretanto, mais avançada! Hoje espero conseguir apanhar-te :)

Por acaso também fui jantar na casa de familiares ontem e levei o livro, mas não me esqueci dele!
Como os capítulos vão em ordem decrescente, do 10 para 1, vou neste momento começar o 7.
Está a sero que esperava em termos de escrita: meio sugestiva e lírica em partes, com personagens bem desenvolvidas e dimensionadas, ficas logo com uma bela ideia de que personalidade todos têm.
Mas pensava que isto iria numa certa direcção e não está a ir...não li bem a sinopse e estou a ajustar expectativas. Acho que preferia que fosse tudo mais simples.
Por um lado, dá a ideia de que o clímax vai ser óbvio, deixa lá ver se o autor mantém as coisas assim tão... ordeiras.

Sinceramente, fora o 1º capítulo, não achei piada a nada neste livro e apenas esse capítulo e a escrita em si me fazem, ali no limite e a espremer boa vontade, dar uma nota positiva.
Vou aguardar que termines, para falarmos, mas para mim não foi nada mágico como os outros dois livros.

Então, terminei finalmente ontem à noite. Desculpa o atraso, a vida atravessou-se pelo meio :D
Olha, acho que é a primeira vez que temos opinião tão discordante, mas eu gostei imenso do livro! Não tinha quaisquer expetativas para a história, mas adorei a história... para mim é um sólido 4 estrelas. Isto não quer dizer que não perceba a tua desilusão: consigo imaginar outra história onde apenas os irmãos partem à aventura e aprendem diferentes coisas pelo caminho, mas eu amei esta jornada do Emmet.
Eu vi esta história quase como um retelling de uma história de um herói grego - muitas atribulações, muito sofrimento, mas no fim vem a bonança, depois de toda a aventura e desgraça. Vi esta história assim e diverti-me (também sofri, a pensar.."fogo mas já chega de desecontros, de enganos, de tudo...?") a ler o livro. A escrita do autor, na minha opinião, de facto é mesmo bonita. Apontei diversas passagens para colocar no meu caderninho de quotes, para um dia mais tarde recordar. :)
A única personagem que me custou a assimilar foi o Duchess, mas apesar de não gostar dele, consigo perceber o propósito que ele serviu na história. Em vários momentos, senti piedade dele, porque achei que ele é o fruto do pouco amor e cuidado que teve pelo seu pai, mas nada desculpa os seus atos. O final, para mim, foi justiça poética.
Só fiquei triste por: (view spoiler)
E tu, porque não gostaste? Tem que ver com o facto de teres criado uma expetativa sobre a história?

Não gostei do Duchess nem da intromissão de todos os outros, que até podem ter a sua validade no que representam, mas para mim foram empecilhos no caminho do que eu queria que acontecesse.
Se as coisas tivessem ido de uma certa maneira, talvez a escrita me tivesse salvo ainda mais a impressão geral mas na minha visão, o enredo não teve coesão, com todas as personagens a irem para todo o lado e mais algum, menos para onde tinham planeado.
Também não achei piada ao falso pastor.
Posso entender o simbolismo de muitos aspectos, daí a escrita no geral continuar a ser apelativa, mas foi tão desapontante... ainda se o caminho fosse de redenção, de irem amadurecendo com cada passo ou falha...
Sobre o final, achei um bocado hollywoodesco. Teria preferido um pouco de realidade e não ficar tudo no ar sobre o Emmett e o Billy e a Sally.... o que sucedeu ao Duchess pode ter sido merecido, mas também acho que prisão era um final mais adequado.
Fiquei mesmo aborrecida quando terminei. Tanta distracção, tanta informação solta....não consegui desligar da ideia de que se tivesse sido um livro sobre as ideias e emoções descritas no primeiro capítulo, teria sido melhor.

Eu não vi os outros personagens como intromissão, vi mesmo como parte da jornada do Emmet, na procura de uma vida com a qual ele está confortável e feliz.
Adorei o Billy e o Wooly, por exemplo e acho que a história foi bem mais rica com a participação de ambos.
Quanto ao final do Duchess, apesar de achar que prisão poderia ser uma alternativa realista, acho que esta justiça poética foi bem melhor servida. Isto porque no fundo, ele foi a única pessoa "inocente" e acho que de alguma forma, a meu ver, seria algo injusto que o final dele fosse apenas ir para a prisão. Acho que este fim lhe permitiu alguma reflexão que lhe era necessária.

Mas a jornada do Emmett e do Billy podia muito bem ter acontecido indo eles para onde tinham decidido. Adorei o 1º capitulo, toda a escrita sugestiva do que o Emmett tinha feito e como apesar disso ele mantinha um compasso moral incrivel. Até isso lhe foi, mais ou menos, tirado...
Claro que não imaginei nunca que eles a irem para a California seria só ver paisagens e coisas boas, semrpe pensei que seria uma viagem atribulada, mas que as aprendizagens e dificuldades derivassem mais de ideias e sensações internas do que de antagonistas humanos ou problemas técnicos.
Poderia ser na mesma um heroi a passar a tormenta para alcançar o Eden... assim ficou demasiado no ar (tipo, a história da mãe, a da importancia da presença da Sally, o próprio caminho de ferro!) para eu apreciar mais e até poder dar menos enfase ao que não gostei.
Pensei que este livro seria mais na onda do Gentlemen in Moscow, em termos de simplicidade de enredo vs complexidade interna das personagens.

Mas eu achei que as qualidades morais do Emmett só se exacerbaram com esta viagem que ele teve. No final, a atitude que ele teve com o Duchess e a forma como ele não explodiu - como aconteceu com o outro miúdo - só mostra parte do crescimento dele.
Pois, essa complexidade interna dos personagens foi das coisas que mais gostei neste livro - as áreas de cinzento que o autor mostrou aqui acho que tornaram a história menos straightforward, mas mais rica!
Veremos como vai a nossa próxima leitura... acho que ainda não tinha acontecido termos perspetivas tão díspares de um livro :)

Mas já vi uns nas tuas páginas de livros lidos (quando fazemos aquela coisa de comparar) e em alguns casos são opiniões opostas.
Mas a graça é mesmo assim!
Também vejo como o enredo que o livro tem pode ser considerado, como por ti, positivo e empolgante. Mas simplesmente não me soou e houve até ali bocados que foram um pouco aborrecidos de ler.
Isso não aconteceu com o Gentleman, por exemplo.

Ainda só estou nos 22%, acabei a cena do primeiro jantar, no dia em que chegaram ao Abrigo, pelo ponto de vista da Emma. Não preciso de pôr estes pensamentos em spoiler porque sei que estás mais adiantada.
Não faço ideia de quem seja a vítima mortal mas quase me apetece que fossem quase todos, parecem-me todos seres humanos desprezíveis. Vá, todos não, mas o Julien e a Miranda soam-me a horrorosos, estão bem um para o outro. O Giles e o Mark também não me deixaram boa impressão.
O islandês falou num estripador ou lá o que é, um assassino que tem atuado ali na zona. Estará isto relacionado com este grupo de amigos?
Revejo-me na Katie, sendo solteira e tal, nas saídas em grupo sou eu que “estou a mais”… Simpatizo com a Katie e estou curiosa para saber mais sobre ela, os motivos das sombras debaixo dos olhos, porque está mais afastada da Miranda (se bem que, nesse aspeto, nem sei porque alguma vez foi próxima daquela mulher estúpida), etc…
A Emma… Acho que também simpatizo com ela mas achei estranho quando, pelo ponto de vista da Heather, esta pensa que a Emma tenta copiar a Miranda, na forma como se arranja, maquilha, veste.
Estou ansiosa por continuar. Espero conseguir terminar antes de começar o ano novo.

Também achei curiosa a ligação entre aquele homicida que anda a causar no pânico na área, mas tendo a pensar que isto é apenas para desviar a atenção do leitor para o que realmente se anda a passar naquele grupo de amigos. E tenho a mesma opinião que tu, parecem-me todos um pouco desprezíveis com algumas notórias exceções.
A personagem que gosto mais até agora é a Katie. Acho que, de facto, é aquela com quem mais facilmente conseguimos simpatizar. Tenho algumas suspeitas sobre o que se passará com ela e porque é que ela se encontra mais distante da Miranda. Isto não são spoilers, porque eu ainda não descobri nada, mas se calhar é melhor leres este comentário que faço a seguir quando chegares à parte de eles se estarem a preparar para o jantar da passagem de ano, a seguir à caçada:
(view spoiler)
Outros pensamentos que já tive sobre a leitura:
Acho que quem irá morrer será a Miranda...acho que, sem dúvida, esta é a personagem que mais quezílias tem com todos os outros e acho que ela já fez mal a muita gente, quer tenha sido intencionalmente ou não. Mas ainda não sei de nada, é apenas um feeling.
A Emma... a Emma é mesmo estranha. Quando li aquela passagem que mencionas no teu comentário pensei: esta Emma quer muito o amor da Miranda. Mais uma vez, é melhor leres este comentário após o primeiro jantar onde eles tomam uns comprimidos.
(view spoiler)
Acho que o mistério que envolve o Doug é também mais para nos distrair do que outra coisa. Ele parece-me ser uma pessoa boa, apesar de estar num sofrimento constante. Quero muito saber o que se passou com ele e o que o levou a vir até este sítio tão isolado.
Para já, estou a gostar bastante, também estou ansiosa para descobrir o que se passou!

A ideia que passa é que alguém do grupo mata outra pessoa por isso também me parece que o outro assassino da região não tem nada a ver mas que raio de coincidência.
Stalker? Também ainda não li essa parte. Fico mais ansiosa por ler mais.
O Doug é, sem dúvida, o personagem mais atraente. Começo a torcer por ele e pela Katie LOL. Lembras-te daquela cena que eles, o grupo, vão passear no lago e deparam-se com 2 estátuas e no fim a personagem que está a relatar essa cena (já não me lembro quem era) diz que a segunda estátua desapareceu? Yikes! Creepy! Devia ser o Doug e aquela gente é tão maluca que nem perceberam que estava ali outra pessoa.
Também tendo a crer que a Miranda será a vítima.

Sim, essa cena foi muito estranha. Acho que a autora está a fazer um bom trabalho a construir o ambiente sinistro e de arrepiar. Sentir-me-ia super desconfortável num local assim.
Aquele outro casal que também está a passar lá estes dias também é completamente sinistro. Pergunto-me que papel terão no meio disto tudo...

Filipa, não te preocupes, não sou picuinhas em relação a spoilers, um cheirinho só me aguça a curiosidade e, de qualquer modo, tu tiveste o cuidado de dizer que o spoiler se passava após a caçada e eu sabia que não tinha lido ainda a parte da caçada. É para onde vou a seguir, ou antes, os personagens.
Sabes, ontem estava a ler e a Miranda referia que já não via a Katie há vários meses e que ela nem quis que a Miranda fosse visitar a mãe da Katie e pensei: e se a Katie já teve o bebé? Isso explicava porque arranjou desculpa durante meses para não ver Miranda, para não revelar a gravidez.
Já li sobre o stalker. Ehhh… Não sei que pensar. A Emma, dirias tu? Houve uma parte que a Miranda refere que o stalker lhe roubou uns brincos que ela própria roubou numa loja onde estava muita gente e o bilhete que o stalker enviou quando devolveu os brincos dava a entender que ele sabia que ela roubou os brincos por isso ele teria de estar na loja a vê-la. Será que a Emma poderia estar na loja e a Miranda não a via? É possível, ela não tem a Emma em grande conta e numa loja cheia é fácil não ver uma cara conhecida (e é bem provável que a Emma se estivesse a esconder). Mas é bastante maluquice que fosse a Emma, arrepiante até.
E o Mark? Aquela cena dele a apalpar a Emma e depois agarrá-la na casa de banho. Que parvo, não gosto nada dele. Olha que par, ele todo apanhado pela Miranda, casado com a Emma, que tenta imitar a Miranda e, possivelmente, a perseguiu.
Pois, o mistério em torno do Doug pode ser para distrair. Mas olha que quando ele referiu que às vezes tem apagões e dá por ele em sítios sem se lembrar de como lá foi ter ou o que fez, deixou-me a pensar. Tem de haver alguma coisa mais daquele estrangulador da zona do que apenas ser referido de passagem. Lembras-te da polícia com quem a Heather falou, a reportar ter encontrado o cadáver e a polícia refere estar a trabalhar noutro caso na zona mas recusa dizer que caso é quando Heather lhe pergunta? E Heather refere que leu no jornal sobre os crimes do estrangulador, como matou as vítimas – estranguladas, como o cadáver que encontrou. Custa-me a crer que fosse o Doug, mas ele “fits the profile”, com aqueles blackouts e distúrbios psicológicos/psiquiátricos que é evidente que tem.
A vítima terá sido estrangulada e para isso teria de ser alguém com muita força, acho que não é fácil estrangular uma mulher, daria luta. Por agora, aposto num homem como assassino. O Doug? Serviria como assassino da nossa vítima e das vítimas do estrangulador. Mas se for a Miranda, estaria mais inclinada para ter sido o Mark.
Também há o casal de islandeses, são muito estranhos (lembras-te daquela cena de terem sexo na rua e a Miranda os apanhar e eles a convidarem a juntar-se a eles?) e o homem, no 1º jantar, com aquela conversa sobre matar animais, credo, que nojo.
Concordo, a autora fez um ótimo trabalho de envolvência, é o ambiente, são os personagens malucos, o mistério de uma vítima ainda desconhecida… Só me atrapalham as cenas do passado, quando os personagens relembram cenas do passado e me perco, que já nem sei se estou a ler uma cena do passado ou do presente. Ou, com a mudança de narrador, dou por mim a dado ponto num capítulo a confundir a personagem que está a narrar naquele momento, a pensar que é outra e as coisas não batem certo.

Portanto, vou abster-me de responder diretamente aos teus comentários para já, porque se não vais conseguir descobrir tudo antes de acabares o livro!
Acabei por gostar do livro, mais do seu ambiente e da sua envolvência do que propriamente dos personagens. Houve algumas coisas em que acertei, outras que foram uma surpresa! Por isso, vou aguardar que avances mais na história para poder comentar mais abertamente!

- Já li que a Katie está grávida;
- Aquela parte quando estão a jogar o Verdade ou Consequência foi disparate atrás de disparate, são piores que garotos. A Miranda, que mulher horrorosa! Fazer a Katie ir para o lago com aquele frio. Mas, verdade seja dita, a Katie só o fez porque quis.
Não percebo porque este grupo mantém a tradição de se encontrarem, é óbvio que uma parte anda contra a outra, não se entendem. De que adianta reunirem-se se andam a pensar mal uns dos outros? O Mark, o Giles e a Miranda são uns estafermos.

Podes crer... eles são os únicos que já não compreendem que não há nada que os junte, a não ser o saudosismo dos tempos de faculdade. Não têm nada em comum e acho que mesmo que trazem ao de cima o pior que há em cada um!

Eu gostei. Tu tiveste mesmo jeito para adivinhar o que estava a acontecer: a Katie era amante do Lucien e estava grávida dele; a Emma era a stalker da Miranda LOL Eu não acertei nada. Pensei que o estrangulador teria mais impacto no enredo, foi meio letdown que fosse apenas referido. Acabou por ser todo um desfecho surpreendente mesmo assim.

Vou para o capítulo 23.
Até agora tenho estado a gostar, acho a April muito apelativa enquanto protagonista e a "voz" dela continua interessante embora ela seja uma adolescente...
Achei que essa parte seria mais de introdução mas que a maior percentagem do livro incidisse nela adulta mas até agora não desgosto dela, porque não há aqui parvoíces; não só ela é madura para a idade mas as coisas que faz, pensamentos que tem, parecem-me sérios o suficiente para me manter intrigada.
Espero que não lhe vá acontecer nada de mau!

Eu gostei. Tu tiveste mesmo jeito para adivinhar o que estava a acontecer: a Katie e..."
Pois é isso... acabou por não me surpreender muito, mas gostei do livro e até da forma como foi explicada aquela questão do Iain nunca ter saído da propriedade e aquilo ser apenas uma frente para outros negócios!

Eu estou bem mais atrasada que tu :D espero hoje conseguir avançar mais na minha leitura. Estou a meio do capítulo 6.
Eu ainda estou assim um pouco na dúvida se gosto da April ou não. Ela às vezes está a parecer-me um pouco petulante, mas estou a tentar manter a mente aberta até porque não deve ser fácil com 16 anos ser completamente abandonada por tudo e todos.
Estou naquela parte em que ela começa a fazer as malas. Estou curiosa e quero ler para saber mais!

Mas ainda gosto dela, se bem que há momentos em que parece que a autora se esforça para dar a ideia de que aquele é o caminho da April... isto é, que ela não tinha outra forma de se encaminhar.
Por um lado, é sempre mais fácil quando se vê de fora, por outro ela tinha opções...

Olha, confesso que está a ser uma daquelas leituras que não consigo definir se estou a gostar ou não…está história está a parecer-me tão estranha! Ainda não percebi qual é o propósito da autora e confesso que em algumas partes a narrativa me parece algo aborrecida, parece que nada acontece.
Não estou a ser a maior fã da April, para te ser sincera. Desde o início que tenho tentado manter a mente aberta, mas ainda não consegui bem relacionar-me com ela, bem conectar-me com a sua situação. E esta relação com o Adam é tão sem nexo, sem contexto…não sei.
Tendo já lido metade do livro, confesso que esperava mais. Mas vamos lá ver o que nos reserva o restante livro.

Tenho estado aqui a pensar em quantas estrelas dar mas dava jeito as meias. Vou dar 4 para arredondar mas é mais 3.5
Gostei de algumas coisas e da escrita mas há ali momentos... acho que o objectivo é mesmo mostrar que não somos ilhas e que não é fraqueza termos pessoas que sejam parte da nossa vida.
O fim foi um pouco sensaborão...não acaba mal mas para mim não atingiu aquele clímax que o tom de história (self discovery) parece ter pretendido...
Vou esperar que termines!

Para mim, tem estado a ser uma leitura algo aborrecida, muito sensaborona do início ao fim, mas vou esperar pelo final para poder julgar melhor!

Mas pronto, cada novo livro é uma aventura inesperada!
Trocamos impressões depois, então!

Olha o caso do livro do Amor Towles... é o que é! Eu já venho comentar depois do almoço :D

A meio da leitura, já me tinha apercebido que o livro não me ia surpreender por aí além, mas decidi ler até ao fim para ver se algo mudava. No fim de tudo, o livro acabou por ser constante no seu tom, energia e emoção - que, na minha opinião, ficaram todos aquém da expetativa. Acho que o livro foi do início ao fim um pouco "aborrecido", foi tudo um pouco sem sal...
Não me consegui relacionar com a April, muito sinceramente. E claro, sendo o livro sobre ela e ainda por cima na primeira pessoa, limitou logo à partida o entusiasmo com a leitura. Juro que tentei manter a mente aberta, mas esta miúda não tinha mesmo ponta por onde se lhe pegasse. Eu sei que as circunstâncias não a ajudaram (tanto a nature como o nurturing não estavam do lado dela), mas honestamente... não consigo ver o que de tão "especial" ela tinha.
Ela passou o enredo a fugir das situações, em vez de crescer e aprender com os desafios que a vida lhe punha à frente. Fugiu do pai e da cidade onde vivia, fugiu do seu primeiro amor, fugiu da pessoas que lhe mostraram que ela poderia ter uma vida normal e até feliz, fugiu de quem lhe deu uma segunda oportunidade, fugiu da única mãe que tinha... a história para mim foi aborrecida por isso mesmo, foi sendo sempre a repetição do mesmo ciclo, sem haver grandes melhorias lá pelo meio (a não ser mesmo no final, quando a catraia finalmente abre os olhos para aquilo que a vida lhe tinha andado a tentar mostrar nos últimos 3 anos).
Eu até compreendo o porquê da autora ter optado por este arco narrativo e percebo a decisão de colocar a personagem nestes ciclos repetitivos, mas isso tornou a história aborrecida, pouco surpreendente e altamente repetitiva. Também não achei a escrita nada por aí além, factual, sem grandes emoções... também não fiquei especialmente agarrada e não fosse isto uma leitura conjunta, teria demorado muito mais tempo a ler porque em vários momentos não senti vontade de continuar a ler.
Acho que o final acabou por ser mais do mesmo, mas que me soube a pouco. Lá teve a melhoria de que finalmente ela percebeu que não está sozinha neste mundo e que não tem que contar só com ela, mas a própria lição e aprendizagem não me pareceu genuína, sabes? Parece que foi apenas uma consequência de ela ter entrado em trabalho de parto, porque até então o discurso era sempre "para onde vou a seguir", para onde vou fugir agora. Não achei que fosse uma jornada de aprendizagens ou de emoção. Acho que esta foi a história de uma miúda completamente perdida, atirada aos lobos pelas circunstâncias da vida, abandonada por quem lhe devia ter dado apoio incondicional e foi mais uma história de sobrevivência, pura e dura. Nesse sentido, não é que a história seja má... simplesmente tinha a expetativa de ser uma leitura com maior valor emocional.
Entretanto, como amanhã já temos o início de uma nova leitura, vou já começar o novo livro. Não faz sentido estar agora a iniciar um novo livro :)

Bom, eu gostei do tom e do caminho da April, no geral. É o 3º livro que leio da autora e o estilo dela é apelativo para mim, embora este seja um género diferente (os outros eram romances).
Concordo com a repetição e o esgotar das possibilidades alo longo da narrativa; as coisas podiam muito bem ter tido uma volta diferente e até pensei que isto ia encaminhar para a April se tornar uma cantora profissional (ok, no sentido mais famosa, em oposição a trabalhar com frequência) mas a coisa ficou muito parada.
Não esperava aquela do Matty vir a ser actor lol
Achei também que o final foi muito pouco aproveitado e não ofereceu "closure" suficiente, tendo em conta as angustias que ela passou. Achei pertinentes algumas das reflexões que a April tem à medida que passa por algumas coisas menos boas e penso que foi uma boa amostra de como somos facilmente influenciados por tudo o que nos rodeia, tanto pessoas como experiencias.
Percebo o teu ponto de vista e concordo com algumas coisas, resumiste bem a coisa. Mas sim, fiquei com uma impressão um pouco mais positiva, mas podia ter sido bem melhor, achei que o momento de percepção em como tudo pode ser parte de uma aprendizagem fosse ser mais explorada, sim.
Sim, sei que não podia adivinhar mas fico chateada se sou eu a sugerir um livro e ele depois é decepcionante lol
Espero bem que os próximos que eu sugeri não sejam como este.
Leitura dia 7?
Mas a próxima conjunta é dia 10, Segunda.
(a de dia 7 é em fevereiro.... terás confundido?)

Certo, eu acho que a história poderia ter sido muito mais interessante se ela entretanto se tivesse tornado cantora profissional, por exemplo. No geral, via esta história a ter um enquadramento diferente e imaginava um caminho completamente diferente.
Mas eu não desgostei da história, simplesmente achei que foi mal aproveitada. A escrita também achei-a muito normal. Lá está, também não desgostei, mas acho que esperava mais emoção para uma história de coming-of-age, onde os teenagers sentem tudo com grande emoção e desespero.
Oh, não te preocupes mesmo! Os livros são mesmo assim...

Sónia, já comecei hoje, durante a hora de almoço. Só li 2 capítulos, mas acho que a história tem potencial. Estou com muita vontade de ler :D

Olha, eu estou a gostar muito... ontem parei no capítulo 26.
Aquilo que mais me está a agradar é mesmo o facto de haver aqui um certo equilibrio entre os dilemas das personagens e a razão de não poderem simplesmente estar juntos sem haver algum tipo de consequência e a atração entre eles. Felizmente, não passam os dias só a pensar nisso, na atracção física, quero dizer.
Tenho pensado como seria estar na pele da heroina e acho que esta autora está a conseguir manter um tom sério e racional nisto tudo.
Estou empolgada para ver como se alcançará o HEA!

Estou também a gostar bastante desse equilíbrio que mencionas... acho que torna a história mais cativante, mais complexa e mais completa.

Muitas vezes, em romances de época, a não ser que seja intencional, é chato quando tão facilmente se metem numa relação que não é tão livre como pode ser nos dias de hoje.
Estou ocupada no trabalho mas talvez lá para o meio-dia já tenha despachado o premente e possa ir ler mais um bocado lol
É mesmo daqueles que nos deixam a pensar no que estarão as personagens a fazer enquanto nós não estamos com eles.

Mesmo!! Estou aqui mortinha para saber mais... :)
Entretanto na hora de almoço só consegui ler mais um capítulo. Estou na parte da festa de ano novo, em que ela está a dançar com o Lord Ballantine.

Já não falta muito, vou decididamente acabar em breve lol
As coisas estão a chegar ao ponto de maior drama.

Adorei e já vi a nota que deste...
Este foi mesmo fofinho e romantico mas sem ser banal ou condescendente para com os assuntos "importantes".
Lá teremos de ler o resto da série, não é?

Eu adorei o livro, mesmo... acho que foi uma história muito completa em todos os aspetos. É o meu primeiro livro de 5 estrelas este ano!
Assim num resumo, este livro fez-me lembrar a série Bridgerton da Julia Queen. Este tem um tom mais sério, porque apesar da autora ter uma escrita leve e divertida, acaba por falar em temas mais estruturantes da sociedade, que fizeram com que a história se tornasse também mais interessante e complexa.
Como dizias, este é mesmo daqueles livros que tu ficas a pensar nos personagens e na história quando não estás a ler e achei mesmo este livro de leitura viciante. Diverti-me mesmo muito... :)
Adorei o romance entre o Sebastian e a Annabelle e também concordo com aquilo que tinhas dito antes: acho que o facto de eles terem demorado o seu tempo a entender-se faz-me sentido para a história que é. Nesse aspeto, eu não mudaria o desenvolvimento do romance, porque assim pareceu bem mais genuíno e sentido. Achei o Sebastian um querido e a forma como ele se foi apaixonando pela Annabele foi muito bonita.
Diverti-me imenso com o quarteto das meninas. Acho que vai ser muito giro conhecer cada uma delas e esta sociedade de direitos das mulheres ainda vai dar muito que falar.
Enfim, para mim foi mesmo uma leitura mesmo completa - daí o rating. Adorei!! E fico mesmo em pulgas para ler os restantes volumes da série. Entretanto também já li a cena extra do casamento (Bringing Down The Duke: The Wedding Story), gratuito no site da autora. Tens o link na página do livro se quiseres ler! É fofinho, tal e qual como o livro.
Disseste na tua review que mudarias um ou outro detalhe. O que mudarias (por curiosidade)?

Para mim também funcionou a toda a linha, principalmente no tom e no ritmo. Acho que autora fez muito bem em desenvolver as coisas lentamente porque assim ficamos com mais certeza de que aquilo que eles pensam e sentem é sólido.
Sobre o que mudaria, por exemplo daria um pouco mais de ênfase a uma resolução emotiva por parte da Annabelle sobre o que lhe aconteceu com o William. Acho que teria ajudado a que ela pensasse na "big picture" mais facilmente quando o Sebastian admitiu os seus sentimentos.
Pessoalmente, também teria gostado de ver um pouco mais de ajuda (em detrimento de saber que a Caroline estendeu a mão, por assim dizer, após o casamento) por parte de alguém na sociedade para com eles. Sim, sim, isto desmoronaria toda a relativa precisão histórica da história - elemento que, afinal, é parte da razão de ter apreciado o livro assim tanto - mas o meu lado romântico gostaria de ver que a relação deles não seria ostracizada como a do conde que o Sebastian menciona em determinado momento, o que casou com uma cantora de ópera.
O que mais gostei foi eles serem personagens que a autora desenvolveu, é verdade que houve cenas convenientes, mas ainda assim eu acreditei no desenrolar da relação deles.
Quando terminei pus-me a imaginar o futuro deles...quer dizer, o meu não dá mas a imaginar cenas hipotéticas com personagens de um livro já resulta.... lol

Estou muito curiosa para ver se vai haver alguma menção a este casal nos próximos livros, precisamente pelo que disseste relativamente à ajuda de alguém da sociedade. Fico curiosa para ver se as relações entre eles e a sociedade vai, de alguma forma, melhorar.
Ai...estou tão curiosa para ler os próximos livros. Espero que sejam tão bons quanto este!!

Apesar de tudo, foi romântico. Espero que os próximo também sejam :)

Meninas, já li nove capítulos.
Não sei bem que dizer do enredo, ainda me parece precoce explicar o que quer que seja, mas para já estou a gostar de ser uma escrita fluida, simples e de haver mensa conversa sobre livros! Esta parte é a melhor, ainda para mais porque se comentam alguns titulos interessantes e os da Agatha Christie eu já li.
Talvez devesse vir com o aviso de que revela o desfecho e os twists dos livros mencionados e algum leitor pode ficar decepcionado...
Onde vão vocês? O livro não é grande, devo acabar ainda hoje ou amanhã de manhã.
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Sim, esperava mais fulgor nisto tudo. Há ali passagens interessantes e a ideia em si é óptima mas para mim não bastou que a Circe simpatizasse e se identificasse com os humanos. Eu acho que teria sido mais giro se ela e os outros deuses (ok, de certa forma, todas as personagens) mostrassem mais as suas fraquezas e lado vulnerável. Assim, a unica comparação é que a Circe é menos arrogante e maliciosa por comparação, o que pode ser bom, mas não foi suficiente para me fazer criar uma ligação emocional com ela.
O fim foi.... sugestivo e aberto o suficiente para me fazer querer pensar que acaba bem.