Pelo amor de Cassandra (Os Ravenels, #6)
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Read between October 17 - October 18, 2022
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Ele era mais feliz do que a maioria das pessoas presentes, ou pelo menos mais rico, o que era mais ou menos a mesma coisa. Mas por que não se sentia feliz? Fazia meses desde a última vez que de fato sentira alguma coisa.
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Desisti de tentar encontrar o amor. Agora quero apenas alguém a quem eu possa vir a amar com o tempo, e não consigo encontrar nem isso. Há alguma coisa errada comigo. Vou acabar me tornando uma velha solteirona.
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Tom se virou furtivamente na poltrona e espiou pela borda. Na mesma hora, perdeu o fôlego ao olhar para a mulher na sala, maravilhado. Pela primeira vez na vida, Tom Severin estava estupefato. Estupefato e arrasado. Ela era linda como eram lindos o fogo e a luz do sol – quente, cintilante e dourada. Vê-la provocou em Tom uma sensação de vazio, de fome. Aquela mulher era tudo pelo que ele ansiara em sua juventude desfavorecida, cada esperança e cada oportunidade perdidas.
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Alguns homens são uma questão de hábito. Como ostras, ou queijo gorgonzola. Ela deixou escapar um suspiro trêmulo. – Primo West, se eu não me casar até os 25 anos… e você ainda for solteiro… você seria a minha ostra?
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Só preciso de uma pessoa da qual eu possa cuidar. Quero ser importante para alguém. Antes que você recuse…
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Se havia uma coisa em que era bom, era em negociar acordos, e não era assim que se começava. Com algumas poucas palavras ele conseguira se colocar na posição mais vulnerável possível. Mas ele queria tanto aquela jovem que não conseguiu se conter.
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Tom não conseguia afastar os olhos dos de Cassandra. Eram grandes e fascinantes, de um azul da meia-noite, e cintilavam de lágrimas. Suas curvas pareciam firmes e maravilhosas, sem ângulos duros ou linhas retas… nada além de uma suavidade sensual e convidativa. Se conseguisse tê-la para si, talvez finalmente experimentasse o sossego do qual os outros homens desfrutavam. Não passaria mais cada minuto do dia buscando e desejando, sem nunca se sentir satisfeito.
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Antes que o amigo pudesse dizer qualquer coisa, Tom perguntou com urgência: – Posso ficar com ela? – Não. – Eu preciso ficar com ela, por favor, West… – Não.
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Sua irmã gêmea, sua outra metade, começaria uma nova vida com o marido, lorde St. Vincent. E Cassandra estava sozinha.
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Realmente importaria tanto se ele não conseguisse amá-la? – Por que ele não conseguiria? – perguntou Cassandra, intrigada e perturbada. – Ele não tem coração? – Ele tem, sim, mas o coração dele nunca funcionou dessa forma. Está… congelado. – Desde quando? Severin pensou por um momento antes de responder. – Desde quando ele nasceu, talvez? – É impossível nascer com o coração congelado – disse Cassandra em um tom sábio. – Alguma coisa aconteceu com o senhor.
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Como a senhorita sabe tanto sobre corações? – Li romances… – disse ela com seriedade, e ficou aborrecida ao ouvir a risada baixa dele. – Muitos. Não acha que uma pessoa pode aprender coisas lendo romances?
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Um romance pode conter mais verdades do que mil artigos de jornal ou documentos científicos. Ele nos faz imaginar, ao menos por algum tempo, que somos outras pessoas, então conseguimos entender melhor alguém diferente de nós.
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Não tenho nenhum talento especial ou grandes ambições. Mas gostaria de ter a minha própria família algum dia e… quero ajudar outras pessoas muito mais do que sou capaz no momento. Levo cestas de comida e remédios para os arrendatários e conhecidos do vilarejo, mas para mim isso não basta. Quero poder ajudar de verdade as pessoas que precisam. – Ela deixou escapar um breve suspiro. – Acho que isso não é muito interessante. Pandora é a gêmea divertida e empolgante. É dela que as pessoas se lembram. Eu sempre fui… bem, a gêmea que não era Pandora.
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Mas a senhorita não precisa se preocupar – falou. – Pode dizer o que quiser para mim. Sou a sua ostra.
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O senhor não poderia me dar a vida com que sempre sonhei. – Espero que seus sonhos se tornem realidade, milady. Mas, se isso não acontecer, saiba que posso oferecer algumas opções muito satisfatórias. – Não se o seu coração estiver congelado. Severin sorriu ao ouvir isso, e não respondeu. Mas, quando se aproximavam do último degrau, ela ouviu seu murmúrio pensativo, quase aturdido: – Na verdade… acho que ele acaba de descongelar um pouquinho.
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Não me incomodaria casar com alguém de um nível social abaixo do meu se estivesse apaixonada, pensou Cassandra. De jeito nenhum. Mas, infelizmente, o amor verdadeiro parecia nunca acontecer a quem o procurava. O amor era travesso e preferia se esgueirar no coração de quem estava ocupado demais fazendo outras coisas.
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Depois de anos sendo rejeitada pelas pessoas que deveriam amá-la, Cassandra precisa de proximidade e atenção. Ela precisa de afeto, Tom.
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Mas o que o amor garante? – zombou Severin. – Quantas crueldades já foram cometidas em nome dele? Por séculos as mulheres sofreram abusos e foram traídas por homens que diziam amá-las. Se quer saber a minha opinião, uma mulher se beneficiaria muito mais de uma carteira de investimentos diversificada do que de amor.
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Era em momentos como aquele que Devon se dava conta de como era raro Severin sustentar seu olhar, ou o de qualquer um, por mais de um segundo. O amigo parecia evitar ao máximo esses momentos de conexão, como se fossem perigosos para ele de alguma forma.
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É que ultimamente… Tenho a sensação de que desejo algo que não tenho, mas não sei o que é. E isso é impossível, porque eu tenho tudo.
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O pensamento causou uma pontada de algo que parecia inveja. Embora Cassandra estivesse feliz pela irmã, queria que o seu “para sempre” começasse. Não parecia totalmente justo que Pandora, que nunca quisera se casar, agora tivesse um marido, enquanto Cassandra se via diante da perspectiva de mais uma temporada social em Londres. A ideia de encontrar as mesmas pessoas, dançar as mesmas danças, pensar em toda aquela limonada e nas conversas de sempre… Meu Deus, que deprimente. Ela não conseguia imaginar um resultado diferente do anterior.
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Um sorriso confuso surgiu nos lábios de Cassandra ao avistar Tom Severin ajoelhado com as coxas abertas para se equilibrar, um cortador de tubos de aço em uma das mãos. Em contraste com sua elegância anterior, ele estava sem paletó e sem colete, com os punhos da camisa enrolados nos antebraços e o colarinho aberto. Era um homem de corpo bem-feito, ombros largos e ossos longos. E parecia fumegar por conta do calor residual da base da caldeira, os cabelos curtos na nuca já úmidos de suor, o linho fino da camisa colado às costas musculosas. Bem, aquilo era de arregalar os olhos, por mais de um ...more
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O romance não é sobre o itinerário. O importante é o que o personagem aprende ao longo do caminho. – O que ele aprende? – Leia – desafiou Cassandra – e descubra. – Vou ler. – Com cuidado, ele colocou o livro ao lado de uma bolsa de lona com as ferramentas de encanador. – Obrigado.
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Para alguém que foi criada quase sem regras, é difícil aprender muitas de uma vez. – Não gosto de regras. – Severin se curvou para examinar uma peça de cobre que se projetava da caldeira e voltou a usar a lima. – Em geral elas beneficiam as outras pessoas, mas não a mim.
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Três boas regras. – Quais seriam? Severin procurava alguma coisa na bolsa do encanador quando respondeu: – Nunca mentir. Ajudar as pessoas sempre que possível. Ter em mente que tudo o que prometem na parte principal do contrato pode ser anulado nas letras miúdas. – Parecem boas regras – disse Cassandra. – Gostaria de ter apenas três, mas sou obrigada a seguir centenas.
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Independentemente das complexidades de Severin, havia muito a ser admirado nele. Era um homem que conhecera os lados mais difíceis da vida ainda muito novo e assumira responsabilidades de um homem. E não apenas sobrevivera; ele prosperara.
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Ninguém nunca me chama de esperta. As pessoas sempre dizem que Pandora é a esperta. – E o que dizem sobre a senhorita? Ela deixou escapar uma risadinha autodepreciativa. – Normalmente alguma coisa relacionada à minha aparência. Severin ficou em silêncio por um momento. – Há muito mais na senhorita do que isso – comentou ele, aborrecido.
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Em relação à forma como eu a pedi em casamento mais cedo… peço desculpas. Fui… desrespeitoso. Estúpido. Desde então descobri pelo menos uma dezena de razões para pedi-la em casamento, e a beleza é a menos importante delas. Cassandra olhou para ele, impressionada. – Obrigada – sussurrou.
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– A senhorita gostaria mais de mim se eu concordasse com tudo o que diz? – Não – respondeu ela com tranquilidade. – Gosto do senhor exatamente como é. A expressão de Severin se tornou inescrutável, como se ela tivesse falado em outro idioma e ele estivesse tentando decifrar.
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As coisas que nos ajudam a chegar ao topo são as mesmas que nos impedem de apreciar a vista quando chegamos lá.
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Mas Tom estava tão cansado depois de passar tantos meses se sentindo entorpecido e vazio que mesmo esse arsenal de desconfortos parecia uma alternativa melhor.
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Intrigado e interessado, Tom se deu conta de que o amigo não era mais um ser completamente independente, mas a metade de uma entidade nova.
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– O meu pai não iria gostar de me deixar para trás. Eu sei que não! No silêncio pesado que se seguiu, Tom voltou rapidamente os olhos para West, que parecia pálido e assustado. Phoebe se agachou devagar, até seu rosto estar no mesmo nível que o do filho. – Está falando do tio West? – perguntou gentilmente. – É assim que vai chamá-lo agora? Justin assentiu. – Não quero que ele seja meu tio… eu já tenho muitos tios. E se eu não tiver um pai, nunca vou aprender a amarrar os cadarços.
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O coração se apertou e se contorceu, como uma coisa viva que tivesse sido presa dentro da gaveta de uma cômoda.
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Severin não olhou nem uma vez na direção de Cassandra, mas ela teve a sensação de que ele estivera o tempo todo ciente da presença dela e que a ignorara deliberadamente.
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Severin levou uma das mãos ao rosto dela e inclinou-o para cima. Era a primeira vez que a tocava. Seus dedos eram fortes mas gentis, levemente frios contra o rosto quente de Cassandra. A sensação foi tão incrivelmente boa que ela estremeceu.
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Não é que eu goste de seguir as regras, mas não tenho escolha. Além do mais, o prazer temporário não valeria o risco. – Como sabe, se nunca dançou comigo?
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Embora tivessem começado lentamente, o Sr. Severin tinha acelerado o ritmo para acompanhar a música. A valsa era fluida e rápida, fazendo a saia de Cassandra girar em redemoinhos de seda e brilho. Era como voar.
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Não se sentia tão livre desde que era menina, correndo sem preocupações por Hampshire Downs com a irmã gêmea. O mundo se resumia a luar e música enquanto os dois giravam pela estufa vazia com a fluidez da névoa soprada por uma brisa do mar.
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O senhor deveria dizer: seu desejo é uma ordem. – E qual é a sua ordem? – Dance comigo e não pare nunca.
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Aquilo era algo que ela sempre desejara mas nunca se dera conta: ser abraçada, ancorada, desejada… exatamente daquele jeito.
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É por isso que não podemos ser amigos – disse ele em um sussurro áspero. – É isso que quero fazer toda vez que vejo você. Quero sentir seu sabor… quero a sensação de ter você em meus braços. Não consigo olhar para você sem pensar que você é minha. A primeira vez que a vi… – Ele parou, o maxilar cerrado. – Meu Deus, eu não quero isso. Se pudesse, esmagaria isso como uma fagulha de brasa debaixo da bota. – De que está falando? – perguntou Cassandra, abalada. – Desse… sentimento. – Ele pronunciou a palavra como se fosse uma blasfêmia. – Não sei o que é. Mas você é uma fraqueza que não posso me ...more
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Acho que nunca mais vamos dançar juntos, não é? – Não. Ela não queria parar de tocá-lo. – Foi maravilhoso. Mas… talvez você tenha arruinado as minhas próximas valsas.
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A perfeição é impossível. A maior parte das verdades matemáticas não pode ser provada. A maioria das relações matemáticas também não. Mas você… parada aqui, descalça, neste vestido… você é perfeita.
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Nunca vou conseguir esquecer isso – disse Tom depois de algum tempo. Ele não parecia nada satisfeito. – Vou ter que passar o resto da vida com você espreitando em minha mente.
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Você vai encontrar alguém – disse, a voz soando estranha aos próprios ouvidos. – Sim – retrucou ele com veemência. – Mas não será você.
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E instantaneamente aquele dia se transformou no melhor dia que ele tivera em semanas. O coração batia alegre com a proximidade dela. A mão de Cassandra se encaixava na dele como se cada articulação e músculo, como se cada ligamento delicado tivesse sido projetado para um alinhamento perfeito.
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Não importa o que diga, a verdade é que você está ajudando uma criança necessitada, e acho isso fantástico.
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Se Tom fosse capaz de se apaixonar, teria sido naquele exato momento, enquanto observava lady Cassandra Ravenel fazer uma serenata para um moleque de rua ao cortar os cabelos dele. Ela era tão habilidosa, inteligente e adorável que o peito dele doía. Era uma pressão calorosa que ameaçava fraturar algo.
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Tenho a sensação de ter acabado de lutar com um bando de macacos – desabafou Tom, respirando com esforço. Garrett riu enquanto usava uma toalha para secar os cabelos do garoto. – Parabéns, Sr. Severin. – E quanto a mim? – protestou Bazzle – Eu era o macaco! – Parabéns para você também – falou Garrett.
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