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October 1 - October 14, 2021
Portanto, a sociedade moderna exerce grande pressão sobre os indivíduos para que demonstrem seu valor mediante a realização pessoal. Não basta ser bom cidadão ou membro de família. Você precisa vencer, estar no topo, mostrar que é um dos melhores.
sucesso não tem como entregar a satisfação que procuramos.
O Deus de Israel não se deixa controlar, não pode ser comprado nem apaziguado.
Entretanto, o Deus de Israel não pode ser abordado dessa maneira. Independente do que nos conceda, sempre é um dom da graça.
Mas isso só serve para mostrar que a melhor pessoa do mundo não tem a menor ideia de que maneira buscar a Deus.
Ele busca um Deus que possa tornar seu devedor, mas este é um Deus de graça, a quem todos são devedores. Naamã está buscando um Deus particular, um Deus para você, mas não para todos. Mas esse é o Deus de todo o mundo, quer o reconheçamos, quer não.
Ele acabara de descobrir que esse Deus não é uma extensão da cultura, mas alguém que a transformava; não um deus controlável, mas um Senhor soberano.
Ninguém pode controlar o verdadeiro Deus porque ninguém é capaz de conquistar, merecer ou alcançar a bênção e salvação concedidas por ele.
Se você deseja a graça de Deus, tudo de que precisa é da necessidade, tudo de que necessita é nada.
Mas quando perdoa, significa que você absorve a perda e o débito. Você mesmo os carrega. Por isso, todo perdão custa caro.10
Essa heroína bíblica desconhecida recusou-se a aliviar o próprio sofrimento fazendo Naamã pagar por ele. Ela agiu como a Bíblia inteira nos ordena. Não buscou vingança; confiou em Deus para ser o juiz de tudo aquilo. Perdoou Naamã e tornou-se veículo de sua cura e salvação. Confiou em Deus e suportou o sofrimento com paciência.
O ídolo do sucesso não pode ser simplesmente expulso; precisa ser substituído.
Só quando virmos o que Jesus, nosso grande Servo Sofredor, fez por nós enfim entenderemos por que a salvação divina não exige “algo difícil” de nós.
Quando cremos com a mente no que ele realizou em nosso favor e nos comovemos no coração pelo que ele fez por nós, o vício do sucesso a todo custo começa a ser destruído por completo.
A história bíblica da salvação ataca nossa adoração ao sucesso do início ao fim. Para ser curado, Naamã teve de aceitar a palavra de uma serva e, mais tarde, de um servo de Eliseu e, por fim, dos próprios servos.
A resposta não veio do palácio, mas das acomodações dos escravos!
A salvação de Jesus é recebida não pela força, mas pela admissão de fraqueza e necessidade.
O que aconteceu? Idolatria. Quando o amor por seu povo se torna um absoluto, ele se converte em racismo.
Nietzsche, contudo, acreditava que o dinheiro substituiria Deus. Mas há outro candidato a preencher esse vazio espiritual. Também podemos nos voltar para a política. Podemos ver nossos líderes políticos como “redentores”, nossa orientação política como uma doutrina de salvação, e converter nosso ativismo político em uma espécie de religião.
Um dos indicadores de que um objeto está funcionando como um ídolo é quando o medo se torna uma das principais características da vida.
Se estabelecermos o ídolo no centro da nossa vida, nós nos tornaremos dependentes dele. Se nosso deus falso for ameaçado de alguma forma, nossa reação será o pânico total.
Depositaram em seus líderes políticos e na política o tipo de esperança que outrora havia sido depositado em Deus e na obra do evangelho.
Outro indicador de idolatria em nossa política é que os oponentes nunca estão equivocados, mas são sempre maus.
o principal problema na vida é o pecado, e a única solução, Deus e sua graça. A alternativa a essa visão consiste em identificar algo além do pecado como o principal problema do mundo e algo além de Deus como o principal remédio. Demoniza-se assim algo que não é completamente mau, e transforma-se em ídolo algo que não pode ser o bem supremo.
O grande perigo é destacar algum aspecto ou fenômeno da criação perfeita de Deus e identificá-lo como o vilão no drama da vida humana, em lugar da intromissão hostil do pecado.
Em vez de aceitarmos nossas finitude e dependência de Deus, procuramos desesperadamente maneiras de assegurar-nos de que ainda temos poder sobre nossa vida. Mas isso é uma ilusão.
ídolos são coisas boas e necessárias que se tornam deuses.
Você faz de sua filosofia política, não de seu povo, uma fé salvadora. Isso ocorre quando a política se torna “ideológica”.
Em qualquer cultura em que Deus está em grande medida ausente, o sexo, o dinheiro e a política ocuparão a lacuna para diferentes pessoas.
O único modo de lidar com todas essas coisas é curando nosso relacionamento com Deus.
Muita gente com grande ambição de poder vive ansiosa e apreensiva.
Portanto, o poder costuma nascer do medo que, por sua vez, dá à luz mais medo.
Pessoas poderosas não gostam de admitir quão frágeis realmente se sentem.
Os seres humanos têm bem pouco poder real sobre a própria vida. Noventa e cinco por cento do que determina o curso de sua vida está absolutamente fora de seu controle.
Resumindo, tudo o que somos e temos nos é dado por Deus. Não somos criadores infinitos, mas criaturas finitas, dependentes.
Ídolos de poder são “ídolos profundos” que podem expressar-se mediante grande variedade de outros ídolos “superficiais”.25
muito do nosso vício em poder e controle se deve às concepções falsas acerca de Deus.
Somos o produto de três fatores — genética, ambiente e escolhas pessoais — mas sobre dois deles não detemos qualquer poder.
Não estamos nem perto de sermos responsáveis por nosso sucesso como a visão popular de Deus e da realidade nos levam a pensar.
como o sucesso é, em grande medida, produto do nosso ambiente.
A maior parte das forças que fazem de nós quem somos estão nas mãos de Deus.
A questão era disciplina — dor imposta com o propósito de correção e redenção.
“O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer, e estabelece sobre ele o mais humilde dos homens”. Isso significa que qualquer pessoa bem-sucedida simplesmente é receptora do favor imerecido de Deus.
Essa é uma forma rudimentar do evangelho — o que temos é resultado da graça, não de “obras” ou esforços próprios.
Uma das grandes ironias do pecado é que quando os seres humanos tentam se tornar mais do que são, igualando-se a deuses, caem a ponto de tornar-se inferiores a seres humanos. Ser seu próprio deus e viver para a própria glória e poder leva ao tipo mais bestial e cruel de comportamento. O orgulho faz de você um predador, não uma pessoa.29 Foi o que aconteceu ao rei.
Quando colocamos o coração no poder, transformamo-nos em predadores embrutecidos. Tornamo-nos iguais ao que adoramos.
o orgulho leva à morte, ao colapso, à perda da humanidade.
Portanto, se como Eustáquio, Nabucodonosor e Jesus, você experimentar grande fraqueza, mas disser: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito…” (Lc 23.46), haverá crescimento, transformação e ressurreição.
O exemplo e a graça de Jesus curam nosso desejo pelo poder.
Ao abrir mão de seu poder e servir, tornou-se o homem mais influente que já viveu.