Sociedade do Cansaço
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Visto a partir da perspectiva patológica, o começo do século XXI não é definido como bacteriológico nem viral, mas neuronal.
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neuronais como a depressão, transtorno de déficit de atenção com síndrome de hiperatividade (TDAH), Transtorno de personalidade limítrofe (TPL) ou a Síndrome de Burnout (SB) determinam a paisagem patológica do começo do século
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Não são infecções, mas infartos, provocados não pela negatividade de algo imunologicamente diverso, mas pelo excesso de positividade.
Arnaldo  Júnior
Excesso de positividade
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Hoje a sociedade está entrando cada vez mais numa constelação que se afasta totalmente do esquema de organização e de defesa imunológicas.
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alteridade
Arnaldo  Júnior
Carater do que e diferente
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Toda e qualquer reação imunológica é uma reação à alteridade.
Arnaldo  Júnior
Reaçao imunologica e uma reação à alteridade.
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diferença pós-imunológica, sim, a diferença pós-moderna já não faz adoecer.
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Imigrantes são vistos mais como um peso do que como uma ameaça.
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desaparecimento da alteridade significa que vivemos numa época pobre de negatividades. É bem verdade que os adoecimentos neuronais do século XXI seguem, por seu turno, sua dialética, não a dialética da negatividade, mas a da positividade.
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São estados patológicos devidos a um exagero de positividade.
Arnaldo  Júnior
Exagero de positividade gera uma patologia
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excrescência e metástase.
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violência da positividade não pressupõe nenhuma inimizade. Desenvolve-se precisamente numa sociedade permissiva e pacificada. Por isso ela é mais invisível que uma violência viral. Habita o espaço livre de negatividade do igual, onde não se dá nenhuma polarização entre inimigo e amigo, interior e exterior ou entre próprio e estranho.
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enfermidades neuronais como depressão, TDAH
Arnaldo  Júnior
Enfermidades neuronais
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Tanto a depressão quanto o TDAH ou a SB apontam para um excesso de positividade.
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sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho.
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“sujeitos da obediência”, mas sujeitos de desempenho e produção.
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A sociedade de desempenho vai se desvinculando cada vez mais da negatividade.
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O plural coletivo da afirmação Yes, we can expressa precisamente o caráter de positividade da sociedade de desempenho.
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Sua negatividade gera loucos e delinquentes. A sociedade do desempenho, ao contrário, produz depressivos e fracassados.
Arnaldo  Júnior
Excesso de positividade produz depressivos e fracassados
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A positividade do poder é bem mais eficiente que a negatividade do
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sociedade disciplinar
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sociedade
Arnaldo  Júnior
Mudança de sociedade da disciplinar para do desempenho
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O depressivo não está cheio, no limite, mas está esgotado pelo esforço de ter de ser ele mesmo”
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O que causa a depressão do esgotamento não é o imperativo de obedecer apenas a si mesmo, mas a pressão de desempenho.
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Vista a partir daqui, a Síndrome de Burnout não expressa o si-mesmo esgotado, mas antes a alma consumida.
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O que torna doente, na realidade, não é o excesso de responsabilidade e iniciativa, mas o imperativo do desempenho como um novo mandato da sociedade pós-moderna do trabalho.
Arnaldo  Júnior
O imperativo do desempenho, como novo mandato de trabalho
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Essa soberania está precisamente ausente daquele novo tipo humano, exposto e entregue indefeso ao excesso de positividade.
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Ela irrompe no momento em que o sujeito de desempenho não pode mais poder. Ela
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A lamúria do indivíduo depressivo de que nada é possível só se torna possível numa sociedade que crê que nada é impossível. Não-mais-poder-poder leva a uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão. O sujeito de desempenho encontra-se em guerra consigo mesmo. O depressivo é o inválido dessa guerra internalizada.
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depressão é o adoecimento de u...
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que sofre sob o excesso de positividade. Reflete aquela humanidade que está e...
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excesso de positividade se manifesta também como excesso de estímulos, informações e impulsos.
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que tem efeitos novamente na estrutura da atenção. A técnica temporal e de atenção multitasking (multitarefa)
Arnaldo  Júnior
Multitasking
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multitarefa não é uma capacidade para a qual só seria capaz o homem na sociedade trabalhista e de informação pós-moderna.
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Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção em diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no comer nem no copular.
Arnaldo  Júnior
Nao e capaz de aprofundamento comtemplativo nem no comer e nem no copular
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Não apenas a multitarefa, mas também atividades como jogos de computador geram uma atenção ampla, mas rasa, que se assemelha à atenção de um animal selvagem.
Arnaldo  Júnior
Atencao multitarefa que nao gera aprofundameento é uma atenção rasa.
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As mais recentes evoluções sociais e a mudança de estrutura da atenção aproximam cada vez mais a sociedade humana da vida selvagem.
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Os desempenhos culturais da humanidade, dos quais faz parte também a filosofia, devem-se a uma atenção profunda, contemplativa.
Arnaldo  Júnior
O desenvolvimentos culturais da humanidade vem de uma atenção profunda e comtemplativa.
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se caracteriza por uma rápida mudança de foco entre diversas atividades, fontes informativas e processos.
Arnaldo  Júnior
Sai da atenção profunda para hiperatencao
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Walter Benjamin chama a esse tédio profundo de um “pássaro onírico, que choca o ovo da experiência”
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Se o sono perfaz o ponto alto do descanso físico, o tédio profundo constitui o ponto alto do descanso espiritual.
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Pura inquietação não gera nada de novo.
Arnaldo  Júnior
Pura inquietação nao gera naada de novvvo
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“dom de escutar espreitando” radica-se precisamente na capacidade para a atenção profunda, contemplativa, à qual o ego hiperativo não tem acesso.
Arnaldo  Júnior
Ego hiperativo nao tem acesso
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O correr ou o cavalgar não é um modo de andar novo. É um andar acelerado.
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dança, por exemplo, ou balançar-se, representa um movimento totalmente distinto.
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Comparada com o andar linear, reto, a dança, com seus movimentos revoluteantes, é um luxo que foge totalmente do princípio do desempenho.
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Só o demorar-se contemplativo tem acesso também ao longo fôlego, ao lento. Formas ou estados de duração escapam à hiperatividade.
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Essa visualização do perfume exige uma atenção profunda. No estado contemplativo, de certo modo, saímos de nós mesmos, mergulhando nas coisas.
Arnaldo  Júnior
Estado comtemplativo saimos de nos mesmos e mergulhamos nas coisas
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próprio Nietzsche, que substituiu o ser pela vontade, sabe que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se dela for expulso todo elemento contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie.
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possibilidade da morte impõe limites ao agir e torna a liberdade finita.
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