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Os meios onde predominam os Espíritos maus são, pois, impregnados de fluidos deletérios que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pel...
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não é necessário que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre.
Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática, na qual pensamentos malévolos provocam correntes de fluido repugnante.
o pensamento é uma emissão que ocasiona uma perda real de fluidos espirituais e, por conseguinte, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os fluidos bons e os maus, como entre o óleo e a água.
Contra a invasão dos fluidos maus é preciso que se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio indispensável.
perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível.
como as suas qualidades guardam relação direta com as qualidades da alma, é preciso trabalhar pela sua melhoria, visto que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus.
As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Dá-se a mesma coisa com os Espíritos maus, que vão para onde o mal o...
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Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada têm que temer ...
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O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, com o auxílio dele que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.
O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito. É por seu intermédio que o Espírito encarnado percebe as coisas espirituais que escapam aos sentidos carnais.
Na dupla vista ou percepção pelo sentido psíquico, ele não vê com os olhos do corpo, embora, muitas vezes, por hábito, dirija o olhar para o ponto que lhe chama a atenção. Vê com os olhos da alma, e a prova disto é que vê perfeitamente bem com os olhos fechados e vê o que está muito além do seu campo visual. Lê o pensamento figurado no raio fluídico.
O Espírito, portanto, sente-se feliz em deixar o corpo, como o pássaro ao deixar a gaiola; aproveita todas as ocasiões para dele se libertar, todos os instantes em que a sua presença não é necessária à vida de relação. É o fenômeno designado como emancipação da alma, o qual se produz sempre durante o sono.
Toda vez que o corpo repousa e que os sentidos ficam inativos, o Espírito se desprende.
Nesses momentos o Espírito vive da vida espiritual, enquanto o corpo vive apenas da vida vegetativa; acha-se, em parte, no estado em que se encontrará após a morte; percorre o espaço, conversa com os amigos e com outros Espíritos, livres ou encarnados como ele.
O laço fluídico que o prende ao corpo só se rompe definitivamente por ocasião da morte; a separação completa somente se dá por efeito da extinção absoluta da atividade do princípio vital.
Enquanto o corpo vive, o Espírito, a qualquer distância que esteja, é instantaneamente chamado à sua prisão, desde que a sua presença aí se torne necessária. Ele, entã...
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ao despertar, conserva uma lembrança das suas peregrinações, uma imagem mais ou menos precisa, que constitui o sonho; ou, pelo menos, traz delas intuições que lhe sugerem ideias e pensamentos novos, justifi...
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a luz material é feita para o mundo material; para o mundo espiritual existe uma luz especial cuja natureza desconhecemos, porém que é, sem dúvida, uma das propriedades do fluido etéreo, adequada às percepções visuais da alma. Há, portanto, luz material e luz espiritual.
a vista espiritual não tem a mesma extensão, nem a mesma penetração em todos os Espíritos. Somente os Espíritos puros a possuem em toda a sua pujança. Nos inferiores ela se acha enfraquecida pela relativa grosseria do perispírito, que se lhe interpõe como se fora uma espécie de nevoeiro.
nos Espíritos encarnados, pelo fenômeno da segunda vista, tanto no sonambulismo natural ou magnético, quanto no estado de vigília.
Conforme o grau de desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, ela pode dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília: 1o a percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns eventos que se passam a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma doença e os remédios adequados para o seu tratamento; 2o a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos Espíritos; 3o imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do pensamento.
Os sonhos propriamente ditos apresentam as três características das visões acima descritas. Às duas primeiras categorias dessas visões pertencem os sonhos de previsões, pressentimentos e avisos.17 Na terceira, isto é, nas criações fluídicas do pensamento, é que se pode encontrar a causa de certas imagens fantásticas, que nada têm de real, com relação à vida material, mas que têm, para o Espírito, uma realidade tal, que o corpo lhe sente o contrachoque, havendo casos em que os cabelos embranquecem sob a impressão de um sonho.
Em certos estados patológicos, em que o Espírito deixou o corpo e o perispírito só se acha aderido a ele por meio de alguns pontos, o corpo apresenta todas as aparências da morte, de sorte que se enuncia uma verdade absoluta, dizendo que a vida aí está por um fio. Tal estado pode durar mais ou menos tempo, podendo mesmo certas partes do corpo entrar em decomposição, sem que, no entanto, a vida se ache definitivamente extinta.
Enquanto não está rompido o último fio, o Espírito pode, quer por uma ação enérgica da sua própria vontade, quer por um influxo fluídico estranho, igualmente forte, ser chamado de volta ao corpo. É como se explicam certos fatos de prolongamento da vida contra todas as probabilidades e algumas supostas ressurreições. É a planta a renascer, como às vezes acontece, de uma só fibrila da raiz.
Quando, porém, as últimas moléculas do corpo fluídico já se destacaram do corpo carnal ou quando este último já chegou a um estado irreparável de degrada...
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o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode oferecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico.
O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende, também, da energia da vontade, que provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido maior força de penetração. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.
O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e seu efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.
A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras: 1o) Pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha subordinada à força e, sobretudo, à qualidade do fluido; 2o) Pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito.20 3o) Pelos fluidos
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A faculdade de curar pela influência fluídica é muito comum e pode desenvolver-se pelo exercício; mas a de curar instantaneamente pela imposição das mãos é mais rara e o seu apogeu pode ser considerado excepcional.
No seu estado normal, o perispírito é invisível para nós; como, porém, é formado de matéria etérea, o Espírito pode, em certos casos, por ato da sua vontade, fazê-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível. É assim que se produzem as aparições, que não se dão, do mesmo modo que os outros fenômenos, fora das leis da natureza.
Conforme o grau de condensação do fluido perispirítico, a aparição é às vezes vaga e vaporosa; de outras vezes, mais claramente definida; de outras, enfim, tem todas as aparências da matéria tangível. Pode mesmo chegar até a tangibilidade real, a ponto de o observador se enganar sobre a natureza do ser que tem diante de si.
Como o perispírito é o mesmo, tanto nos encarnados, como nos desencarnados, um Espírito encarnado, por efeito completamente idêntico, pode, num momento de liberdade, aparecer num ponto diverso daquele em que repousa seu corpo, com os traços que lhe são habituais e com todos os sinais de sua identidade.
Os Espíritos só se mostram quando o querem e a quem também o querem.
Um Espírito, pois, poderia aparecer, numa assembleia, a um ou a muitos dos presentes e não ser visto pelos demais. Isso acontece porque as percepções desse gênero se efetuam por meio da vista espiritual, e não por intermédio da vista carnal, levando-se em conta que, além dessa modalidade de vista não ser dada a toda gente, pode ser retirada, se for conveniente, pela só vontade do Espírito, àquele a quem ele não queira mostrar-se, como pode dá-la momentaneamente, se julgar necessário.
Podendo o Espírito operar transformações na contextura do seu envoltório perispirítico e irradiando-se esse envoltório em torno do corpo qual atmosfera fluídica, pode produzir-se na superfície mesma do corpo um fenômeno análogo ao das aparições. A imagem do corpo real pode apagar-se mais ou menos completamente, sob a camada fluídica, e assumir outra aparência; ou, então, vistos através da camada fluídica modificada, à semelhança de um prisma, os traços primitivos podem tomar outra expressão.
Se, saindo do terra a terra, o Espírito encarnado se identifica com as coisas do mundo espiritual, a expressão de um semblante feio pode tornar-se bela, radiosa e até luminosa; se, ao contrário, o Espírito é presa de paixões más, um semblante belo pode tomar um aspecto horroroso. Assim se operam as transfigurações, que refletem sempre qualidades e sentimentos predominantes no Espírito. O fenômeno resulta, portanto, de uma transformação fluídica; é uma espécie de aparição perispirítica, que se produz sobre o próprio corpo do vivo e, algumas vezes, no momento da morte, em lugar de se produzir ao
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É por meio do seu perispírito que o Espírito atuava sobre o seu corpo vivo; é ainda por intermédio desse mesmo fluido que ele se manifesta; ao atuar sobre a matéria inerte, produz ruídos, movimentos de mesa e outros objetos, que levanta, derruba ou transporta.
É igualmente com o auxílio do seu perispírito que o Espírito faz que os médiuns escrevam, falem ou desenhem. Como já não dispõem de corpo tangível para agir ostensivamente quando quer manifestar-se, ele se serve do corpo do médium, cujos órgãos toma de empréstimo, fazendo que atue como se fora seu próprio corpo, mediante o eflúvio fluídico que derrama sobre ele.
A mesa não passa de um instrumento de que o Espírito se utiliza, como se serve do lápis para escrever, dando-lhe uma vitalidade momentânea, por meio do fluido que lhe inocula, porém absolutamente não se identifica com ela. Assim, as pessoas que, tomadas de emoção ao manifestar-se um ser que lhes é caro, abraçam a mesa, praticam um ato ridículo; é exatamente como se abraçassem a bengala de que um amigo se serve para bater no chão. Fazem a mesma coisa os que dirigem a palavra à mesa, como se o Espírito estivesse encerrado na madeira, ou como se a madeira se houvesse tornado Espírito. Quando
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Quando a mesa se destaca do solo e flutua no espaço sem ponto de apoio, o Espírito não a ergue com a força de um braço, mas a envolve e penetra de uma espécie de atmosfera fluídica que neutraliza o efeito da gravitação, como faz o ar com os balões e os papagaios de papel. O fluido que se infiltra na mesa dá-lhe momentaneamente maior leveza específica. Quando fica pregada ao solo, ela se acha numa situação análoga à da campânula pneumática sob a qual se fez o vácuo.
não há para o Espírito maior dificuldade em erguer uma pessoa do que em levantar uma mesa, em transportar um objeto de um lugar para outro, ou atirá-lo seja onde for.
Quando a mesa “persegue” alguém, não é que o Espírito corra em sua direção, visto que ele pode permanecer tranquilamente no mesmo lugar. O que acontece em tais casos é que ele dá uma impulsão à mesa, por meio de uma corrente fluídica, com o auxílio da qual ela se move a seu bel-prazer, apontando em direção à pessoa visada.
Quando as pancadas são ouvidas na mesa ou em outro lugar, não é que o Espírito esteja a bater com a mão ou com qualquer objeto. Ele apenas dirige sobre o ponto de onde vem o ruído um jato de fluido e este produz o efeito de um choque elétrico.
Pode-se fazer que qualquer pessoa escreva num idioma que ela ignore, ditando-se-lhe as palavras letra a letra. Compreende-se que o mesmo se possa dar com a mediunidade, desde que se atente na maneira por que os Espíritos se comunicam com os médiuns que, para eles, não passam de instrumentos passivos.
A aptidão de um médium para coisas que lhe são estranhas decorre, na maioria das vezes, dos conhecimentos que ele possuiu em outra existência e dos quais seu Espírito conservou a intuição.
A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta características muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Ela oblitera todas as faculdades mediúnicas. Na mediunidade audiente e psicográfica, a obsessão se traduz pela obstinação de um Espírito em querer manifestar-se, com exclusão de todos os outros.
Assim como as moléstias resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física opõe-se uma força física; a uma causa moral é preciso que se contraponha uma força moral. Para preservar o corpo das enfermidades, é preciso fortificá-lo; para garantir a alma contra a obsessão, tem-se que fortalecê-la. Daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar pela sua própria melhoria, o que na maioria das vezes é suficiente para livrá-lo do obsessor,
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