O Livro dos Espíritos
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Read between January 9 - December 31, 2022
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A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.”
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Entretanto, não creias que tudo o que acontece esteja escrito, como se costuma dizer. Muitas vezes um acontecimento qualquer é a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de modo que, se não o houvesses praticado, o fato não se teria dado.
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Só as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir sobre o moral, são previstos por Deus, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”
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para fazer o bem que lhe cumpre — único objetivo da vida —, é permitido ao homem impedir o mal, sobretudo aquele que possa contribuir para a produção de um mal maior.”
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Sabei, portanto, que ninguém é predestinado ao crime e que todo crime, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.
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Se por vezes há fatalidade, é apenas com relação aos acontecimentos materiais, cuja causa está fora de vós e que independem da vossa vontade.
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Quanto aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem, que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher.
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Quem pretende atravessar um rio a nado, sem saber nadar, tem grande probabilidade de se afogar. Dá-se a mesma coisa com a maioria dos acontecimentos da vida. Se o homem só se dispusesse à realização de coisas compatíveis com as suas faculdades, triunfaria quase sempre.
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O amor-próprio e a ambição fazem que ele se perca, desviando-o do caminho que lhe é próprio e levando-o a considerar vocação o simples desejo de satisfazer a certas paixões. Fracassa por sua culpa. Mas, em vez de admitir o erro, prefere acusar a sua estrela.
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Haveria lugar para todos, se cada um soubesse colocar-se no lugar que lhe compete.”
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Não são os costumes sociais que os homens devem acusar, e sim o seu tolo amor-próprio, que faz com que prefiram morrer de fome a infringi-los.
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“Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto mais rude ela for e melhor a suportares, mais te elevarás.
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os Espíritos, na sua maioria, procuram as provas que lhes sejam mais proveitosas.
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868. Pode o futuro ser revelado ao homem? “Em princípio, o futuro lhe é oculto e somente em casos raros e excepcionais Deus permite que seja revelado.”
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869. Com que objetivo o futuro é oculto ao homem? “Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pela ideia de que, se uma coisa tem que acontecer, não adianta ocupar-se com ela, ou então tentaria impedir que acontecesse. Deus não quis que assim fosse, a fim de que cada um concorra para a realização das coisas, até daquelas a que desejaria opor-se. Assim é que, muitas vezes e sem desconfiares, tu mesmo preparas os acontecimentos que sobrevirão no curso da tua vida.”
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870. Se convém que o futuro permaneça oculto, por que Deus permite que ele seja revelado algumas vezes? “Ele o permite quando esse conhecimento prévio deve facilitar a execução de alguma coisa, ao invés de dificultá-la, induzindo o homem a agir de modo diverso do que faria, caso não tivesse esse conhecimento. Além disso, muitas vezes também é uma prova. A perspectiva de um acontecimento pode despertar pensamentos mais ou menos bons.
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Podendo o homem escolher entre o bem e o mal, a prova tem por efeito instigá-lo à luta contra a tentação do mal, deixando-lhe todo o mérito da resistência.
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Embora Deus saiba previamente se o homem vencerá ou não, Ele não pode, em sua justiça, nem puni-lo, nem recompensá-lo por um ato ainda não praticado.”
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A certeza de um acontecimento feliz o mergulharia na inércia; a de um acontecimento infeliz o encheria de desânimo. Em ambos os casos, suas forças ficariam paralisadas. É por isso que o futuro só é mostrado ao homem como meta que lhe cumpre atingir por seus esforços, mas ignorando os processos por que terá de passar para alcançá-lo. O conhecimento de todos os incidentes do caminho lhe tiraria a iniciativa e o uso do livre-arbítrio. Ele se deixaria arrastar pelo declive fatal dos acontecimentos, sem exercer suas faculdades. Quando a realização de uma coisa está assegurada, ninguém mais se ...more
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A questão do livre-arbítrio pode ser resumida assim: o homem não é fatalmente levado ao mal; os atos que pratica não foram previamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, como prova ou expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio em que se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas terá sempre a liberdade de agir ou não agir. Assim, o livre-arbítrio existe na escolha da existência e das provas que o Espírito elegeu no estado de erraticidade e, na condição de encarnado, na faculdade de ceder ...more
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Desprendido da matéria e no estado errante, o Espírito procede à escolha de suas futuras existências corpóreas, de acordo com o grau de perfeição a que tenha chegado, e é principalmente nisto, como já dissemos, que consiste o seu livre-arbítrio. Essa liberdade não é anulada pela encarnação. Se cede à influência da matéria, é porque sucumbe nas provas que ele mesmo escolheu. Para o ajudar a superá-las, pode invocar a assistência de Deus e dos Espíritos bons.
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Sem o livre-arbítrio o homem não teria nem culpa por praticar o mal, nem mérito em praticar o bem. Isto é de tal modo reconhecido que a censura ou o elogio, em nosso mundo, são feitos à intenção, isto é, à vontade. Ora, quem diz vontade, diz liberdade.
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O homem, portanto, não poderá buscar no seu organismo físico nenhuma desculpa para os seus delitos, sem abdicar da razão e da sua condição de ser humano, para se equiparar aos animais. Se fosse assim quanto ao mal, também deveria ser em relação ao bem.
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quando o homem pratica o bem, tem grande cuidado em garantir o mérito para si, e não cogita de o atribuir aos seus órgãos, o que prova que, por instinto, não renuncia, apesar da opinião de alguns cultores de sistemas, ao ...
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Existe na posição que o homem ocupa na Terra e nas funções que aí desempenha, em consequência do gênero de existência que seu Espírito escolheu como prova, expiação ou missão. Ele sofre fatalmente todas as vicissitudes dessa existência e todas as tendências boas ou más que lhe são inerentes. Aí, porém, acaba a fatalidade, pois depende de sua vontade ceder ou não ceder a essas tendências. Os detalhes dos acontecimentos estão subordinados às circunstâncias que ele próprio cria por seus atos, e sobre os quais os Espíritos podem influir pelos pensamentos que lhe sugerem.
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A fatalidade, portanto, está nos acontecimentos que se apresentam, por serem consequência da escolha feita pelo Espírito antes de encarnar. Pode deixar de haver fatalidade no resultado de tais acontecimentos, visto depender do homem, pela sua prudência, modificar o curso das coisas.
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Nunca há fatalidade nos atos da vida moral.
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É na morte que o homem se acha submetido de maneira absoluta à inexorável lei da fatalidade, pois não pode escapar à sentença que marca o termo da sua existência, nem ao gênero de morte que deve interromper o seu curso.
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A Doutrina Espírita, evidentemente, é muito mais moral: ela admite no homem o livre-arbítrio em toda a sua plenitude. Ao dizer-lhe que, praticando o mal, ele cede a uma sugestão má que lhe vem de fora, deixa-lhe toda a responsabilidade, pois lhe reconhece o poder de resistir, coisa evidentemente muito mais fácil do que se tivesse de lutar contra a sua própria natureza.
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Assim, de acordo com a Doutrina Espírita, não há arrastamento irresistível: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que lhe fala no íntimo, induzindo-o ao mal, como pode fechá-los à voz material de alguém que lhe fale.
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O homem pode fazê-lo por sua vontade, pedindo a Deus a força necessária e reclamando, para esse fim, a assistência dos Espíritos bons. Foi o que Jesus nos ensinou na sublime prece da Oração Dominical, quando nos manda diz...
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O homem já não é uma máquina que atua por efeito de uma impulsão independente da sua vontade, mas um ser racional que ouve, julga e escolhe livremente entre dois conselhos. Acrescentemos ainda que, apesar disto, o homem não se acha privado de iniciativa, nem deixa de agir por impulso próprio; afinal de contas, ele é apenas um Espírito encarnado que conserva, sob o invólucro corpóreo, as qualidades e os defeitos que tinha como Espírito.
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Consequentemente, as faltas que cometemos têm como fonte primeira a imperfeição do nosso Espírito, que ainda não conquistou a superioridade moral que um dia alcançará, mas que não deixa, por isso, de ter o seu livre-arbítrio. A vida corpórea lhe foi dada para purgar-se de suas imperfeições, mediante as provas a que é submetido, e são justamente essas imperfeições que o tornam mais fraco e mais acessível às sugestões de outros Espíritos imperfeitos, que delas se aproveitam para tentar fazê-lo sucumbir na luta em que se empenhou. Se sai vitorioso dessa luta, ele se eleva; se fracassa, permanece ...more
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Quanto mais se depura, tanto mais diminuem os seus pontos fracos e menos vulnerável ele se mostra aos que procuram atraí-lo para o mal. Sua força moral cresce na razão de sua elevação, fazendo que se afastem dele os Espíritos maus.
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Todos os Espíritos, mais ou menos bons, quando encarnados, constituem a espécie humana e, como a nossa Terra é um dos mundos menos adiantados, nela se encontram mais Espíritos maus do que bons. Essa a razão por que aqui vemos tanta perversidade. Façamos, pois, todos os esforços para não voltarmos a este planeta, depois da presente estada, e para merecermos repousar num mundo melhor, num desses mundos privilegiados onde o bem reina sem mescla e onde não nos lembraremos da nossa passagem na Terra senão como de um exílio temporário.
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875. Como se pode definir a justiça? “A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.”
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“O Cristo vos disse: Desejai para os outros o que quereríeis para vós mesmos. Deus imprimiu no coração do homem a regra da verdadeira justiça, fazendo que cada um veja respeitados os seus direitos. Na incerteza de como deve proceder em relação ao semelhante em dada circunstância, o homem deve perguntar a si mesmo como gostaria que os outros procedessem com ele em idêntica circunstância.
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Deus não lhe podia ter dado guia mais seguro do que a própria consciência.”
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Realmente, o critério da verdadeira justiça está em cada um querer para os outros aquilo que desejaria para si mesmo, e não em querer para si o que desejaria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa.
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“Os direitos naturais são os mesmos para todos os homens, desde o menor até o maior. Deus não fez uns de limo mais puro do que outros, e todos são iguais perante Ele. Esses direitos são eternos.
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A subordinação não estará comprometida, quando a autoridade for conferida à sabedoria.”
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879. Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza? “O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porque praticaria também o amor ao próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.”
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880. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? “O de viver. Por isso ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer a sua existência corpórea.”
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Aquele que, ao contrário, junta pelo trabalho, tendo em vista socorrer os seus semelhantes, pratica a lei de amor e de caridade, e Deus abençoa o seu trabalho.”
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886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
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O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos que nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
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A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola; abrange todas as relações com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque nós mesmos precisamos de indulgência; ela nos proíbe humilhar os desafortunados, ao contrário do que comumente fazemos.
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Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. Assim procedendo, tornamo-nos superiores a eles, ao passo que, pela vingança, nós nos colocamos abaixo deles.”
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A verdadeira caridade é sempre boa e benevolente; está tanto na maneira por que é dada, quanto no ato em si.
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Lembrai-vos também de que a ostentação, aos olhos de Deus, tira o mérito do benefício. Disse Jesus: Que a vossa mão esquerda ignore o que der a vossa mão direita. Com isso Ele vos ensina a não macular a caridade com o orgulho.