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click here.Que pena esse final. E não digo isso apenas porque a autora matou a personagem mais querida e admirável dessa história. Uma personagem de força incrível cuja morte nem teve realmente um significado ou motivo real. Digo isso porque se você resolve matar um personagem desse tamanho, que seja por um motivo gigante, em uma situação em que aquela perda seria inevitável ou, até mesmo, compensável. Mas não. A morte da Tris foi boba e sem sentido, em uma situação totalmente evitável.Sua morte não impediQue pena esse final. E não digo isso apenas porque a autora matou a personagem mais querida e admirável dessa história. Uma personagem de força incrível cuja morte nem teve realmente um significado ou motivo real. Digo isso porque se você resolve matar um personagem desse tamanho, que seja por um motivo gigante, em uma situação em que aquela perda seria inevitável ou, até mesmo, compensável. Mas não. A morte da Tris foi boba e sem sentido, em uma situação totalmente evitável.Sua morte não impediu que ninguém morresse e seu fracasso em usar o soro da memória significaria, no máximo, que Chicago seria resetada e os conflitos desapareceriam. Além disso, se a Tris era abnegação, era também Audácia. Não foi a toa que matou o próprio amigo (Will) para poupar sua vida. Não foi a toa que passou o tempo todo fazendo atos heróicos e estúpidos em Insurgente mas no final concluiu que ela queria viver, apesar de tudo. Será que essa Tris teria agido dessa forma? Teria partido o coração do homem que amava de maneira irremediável para exercer, mais uma vez, um ato de altruísmo/coragem? Eu nem mesmo concordo que essa seria a opção da Tris. Que salvaria a vida do irmão, para destruir a do Tobias. O irmão que ela passou o livro inteiro odiando, o irmão que concordou com a sua tortura e morte. Mas, apesar disso, quando você lê o desenvolvimento das coisas, quando você vê que a Tris é que vai ficar com o a Caleb, você sabe que o final vai ser esse. Você simplesmente sabe que ela vai bancar a heroína e, eventualmente, morrer. E foi tão indignante estar certa que quase não terminei de ler o livro. E o Caleb? A Tris aponta uma arma para ele, exigindo que ele entregue a mochila e ele acredita nela? Isso faz dele o maior idiota da Erudição. E por que não deixar que ele fizesse o sacrifício e tivesse a própria redenção na história? Mas isso nem é tudo, e a forma totalmente descuidada com que a autora descreve a morte da Tris e a revela para os outros personagens? É tão negligente que só serve como uma forma de chocar. Depois somos forçados a nos debulhar em lágrimas enquanto acompanhamos a reação do Quatro à sua morte. O que importa aqui é que não me revolto com a morte de personagens, por mais querido que seja. Mortes bem feitas são lindas e tocantes e transformam a história em algo muito maior (Sirius Black e Dumbledore que o digam). Mas para isso, é preciso que a morte seja bem construída e, principalmente, sentida. Mas e o Quatro? No final ele percebe que as pessoas podem se ajudar a se reconstruir e ele finalmente parece estar seguindo em frente, embora ele não pense ou fale muito sobre a Tris (oi?). É claro que seguir em frente é um ato de coragem e necessário, nos permitindo agradecer pelos momentos que passamos com aqueles que amamos. Mas sério, eu precisa de muito mais do Tobias para que a perda da Tris deixasse qualquer mensagem e valesse ao menos um pouco a pena. E no final, a Tris simplesmente corre para a mãe e pergunta se ela poderia acabar, como se morrer fosse o que ela queria, mesmo depois de tudo que aconteceu em Insurgente (sério, comecei a realmente ficar entediada aqui) e mesmo depois de acabar de falar para o Caleb dizer para o Tobias que ela não queria deixá-lo. Acho que eu perdi algum momento que trouxesse lógica para essa cena. Mas o resto também foi ruim. Enquanto a Tris foi melhor construída e mais forte nesse livro, o personagem do Tobias foi totalmente desconstruído. A autora o subestimou. Fez dele um personagem manipulável e bobo quando ele mesmo se apresentou para a Tris dizendo: existe duas coisas que você precisa saber sobre mim e uma delas é que não confio em ninguém. Mas aí ele confia na primeira pessoa que aparece, e tampa os ouvidos para todo o resto. Se torna uma criança emotiva, sensível a tudo que acontece e incapaz de decisões racionais. É um Tobias totalmente quebrado, sem nenhum dos elementos que o tornavam tão especial. Mas, novamente, as críticas não param por aí. E a história fraquíssima que autora inventou totalmente sem pé nem cabeça? E a lentidão do livro? E as brigas incessantes e chatas que não paravam entre a Tris e o Quatro? E a Tris sendo a pessoa que consegue antever tudo, completamente infalível, e sendo uma verdadeira babaca em relação a isso? O livro inteiro foi uma decepção. Eu acho que "Divergente" foi um primeiro livro tão promissor, que essa série tinha tudo para se tornar das melhores por aí. Mas "Insurgente" já não manteve o padrão, e esse último conseguiu acabar de vez com a história....more